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Channel: Dr. Marcos Britto da Silva, MD, MSc Ortopedista Traumatologia Esportiva
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Ortopedistas: quem são eles e o que eles fazem ?

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Quem é o Ortopedista ?
O ortopedista ou cirurgião ortopédico ou ainda cirurgião traumato ortopedista é um médico dedicado ao diagnóstico, tratamento, prevenção e reabilitação de lesões, distúrbios e doenças do sistema músculo-esquelético do corpo. Este sistema inclui ossos, articulações, ligamentos, músculos, nervos e tendões.

Enquanto os ortopedista estão familiarizado com todos os aspectos do sistema músculo-esquelético, muitos ortopedistas se especializam em certas áreas, como pé e tornozelo, mão, ombro e cotovelo, coluna, quadril, joelho, doenças osteo-metabólicas. 
Ortopedistas também podem optar por se concentrar em campos específicos como pediatria, trauma, cirurgia reconstrutiva, oncologia (tumores ósseos) ou medicina esportiva.

Por que escolher um ortopedista ?
Dor nas costas, lesões esportivas, artrite séptica de quadril, artrose de joelhos, torcicolo estiramento e distensões musculares são apenas algumas das condições músculo-esqueléticas que têm um enorme impacto sobre os Brasileiros e todo o sistema de saúde. As estatísticas americanas contabilizam aproximadamente 135 milhões de consultas ambulatoriais, mais de 3 milhões de hospitalizações, quase US$ 245 bilhões em custos médicos anuais e 488 milhões de dias não trabalhados a cada ano. 
Doenças musculoesqueléticas consomem aproximadamente 14% dos gastos com saúde por ano nos Estaddos Unidos. 
Para obter um diagnóstico preciso e as opções de tratamento mais adequadas para as condições músculo-esqueléticas é importante consultar um ortopedista.

Como nos tornamos um Ortopedista?
Educação e treinamento
Um cirurgião ortopédico tem formação extensiva no diagnóstico e tratamento tanto clínico quanto cirúrgico de lesões e doenças do sistema musculoesquelético. Cirurgiões ortopédicos completaram aproximadamente 22 anos de educação formal:
  • 12 anos de estudo no Primeiro e Segundo grau
  • 6 anos de estudo em uma Faculdade de Medicina
  • 3 anos de estudo concentrado em uma Residência Médica em Ortopédia.
  • 1 ano numa sub especialidade.
No meu caso específico 26 anos somando mais 4 anos de mestrado em Medicina com área de concentração em Traumato Ortopedia 

Título de especialistaé um passo muito importante após a conclusão do programa de treinamento ortopédico. Para tornar-se Membro Titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia ( SBOT) , um médico que cursou a residência ou um curso de especialização deve apresentar um trabalho científico, passar por uma prova escrita, caso aprovado realizar outras provas: oral, exame físico de um paciente e um exame de habilidade em cirurgia. Os candidatos com nota média acima de 6 e acima de 5 individualmente em todas as provas são aprovados.
É importante visitar cirurgiões ortopédicos que sejam membros titulares da SBOT isso garante a você um médico que foi submetido e aprovado num processos de certificação dos mais difíceis do Brasil.

Quais as doenças e patologias que um Ortopedista trata?
Cirurgiões ortopédicos tratam pacientes de todas as idades - recém-nascidos, crianças, atletas, adultos e idosos - com condições que vão desde ossos quebrados, articulações inchadas e fraturas articulares até rupturas nos músculos, ligamentos, nervos e tendões em todas as regiões do corpo.

Algumas das condições e doenças que um cirurgião ortopédico trata:
Anormalidades dos dedos das mãos e dos pés, tornozelos, perna, joelho, coxa e quadril
Na coluna: Dor nas costas, discos intervertebrais protusos, hérnias de disco, dor ciática e escoliose
Tumores ósseos, distrofias musculares e paralisia cerebral
Pé torto, joanete, pernas com tamanho diferente
Fraturas e luxações dos pés até a coluna cervical.
Anormalidades do crescimento
Osteoartrite, osteoartrose  e artrose
Osteopenia e Osteoporose
Complicações articulares e tendinosas da Artrite reumatóide e outras doenças reumáticas
Lesões do esporte ou  traumas relacionadas com o trabalho
Lesões do tendão, músculo contraturado, bursite, degeneração na cartilagem 
Ligamentos rompidos, entorses e lesões capsulares

Que tipos de cirurgias os ortopedistas realizam?
Cirurgiões ortopédicos realizam vários tipos de cirurgias em pacientes.
Cirurgias comuns:
Artroscopia - um procedimento usando câmeras e equipamentos para visualizar, diagnosticar e tratar problemas dentro de uma articulação.
Fusão  articular ou artrodese - um processo de "soldagem" para o qual os ossos são fundidos junto com enxertos e  dispositivos internos - como hastes de metal - isso é realizado para curar uma articulação com problema.
Fixação interna (osteossíntese) - um método para manter os fragmentos de um osso quebrado fixos usando placas de metal.
Substituição das articulações (artroplastia, prótese parcial, total e de revisão) - quando uma articulação artrítica ou danificada é removida e substituída por uma articulação artificial chamada prótese.
Osteotomia ( cortar o osso ) - uma correção da deformidade óssea por corte e reposicionamento do osso, usado para corrigir um osso que está torto, rodado ou fora do eixo.
Reparação de partes moles - sutura ( costura )  de tecidos moles, tais como tendões ou ligamentos rompidos.

O que um paciente espera de uma consulta com um cirurgião ortopédico?
Em geral,  a consulta com o ortopedista começa com uma entrevista pessoal (anamnese) , exame físico e revisão de registros ou testes e exames anteriores. Isso pode ser seguido por exames diagnósticos adicionais, como exames de sangue, raios-X, tomografia, eletro-neuro-miografia, Potenciais Evocados Somato Sensitivos (PESS), Ressonância ou outras imagens.  Seu médico vai discutir com você opções de tratamento para determinar mutuamente o plano mais adequado para a sua saúde e estilo de vida.

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 12/03/2017.

Laudo de Ressonância

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Sobre a antecipação de resultados de exames de imagem de Ressonância Nuclear Magnética e Tomografia

Antecipação de resultados por telefone:
Varias clínicas de Radiologia no Rio de Janeiro oferecem o serviço de laudo parcial por telefone para o médico assistente.
Esses laudos não são o laudo final e podem ser revistos.
O padrão de entrega de exame de imagem é o exame ser laudado por um médico e revisto por um segundo médico radiologista.
No laudo parcial por telefone o médico de plantão olha as imagens em tempo real e passa uma primeira impressão ao médico assistente.
O ideal é sempre aguardar o laudo final ou quando você quiser um parecer mais rápido solicite a copia do CD com as Imagens, dessa maneira seu médico poderá interpretá-las e passar um parecer.

O laudo é sempre a opinião de um terceiro. Sempre que possível o médico assistente deverá interpretar as imagens e correlaciona-las com o exame físico e história clínica.

A disponibilização de imagens pela internet já ocorre porém o tempo que demanda do médico é semelhante a uma consulta e as imagens estão em formato de baixa qualidade o que pode causar má interpretação, muitas vem com a ressalva que não tem objetivo diagnóstico e nesse caso o médico não pode usá-las para passar um parecer.

Resumidamente:
Aguarde as imagens definitivas e então leve para seu médico assistente.


Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 26/06/2017.


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Fraturas Complexas do Punho

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Qual a importância de identificar e tratar uma fratura de punho em pacientes idosos?

A fratura de punho é um preditor de uma fratura mais grave em paciente idosos, deve servir de alerta. Quando o idoso cai e quebra o punho demonstra que ele tem uma fragilidade óssea, mas significa que ainda possui mecanismos de defesa (consegue colocar a mão à frente do corpo no momento da queda). Esse idoso, sem tratamento adequado, provavelmente irá sofrer uma fratura mais grave nos próximos 10 anos. O tratamento das Fraturas complexas do punho é sempre um desafio para o Cirurgião Ortopedista.

Qual a incidência de fraturas do punho ?

 A fratura de punho (também conhecida por fratura de pulso) ocorre com muita frequência, algo próximo a 500 mil fraturas por ano no Brasil.

Quem é a população que é mais afetada por essa fratura?

A fratura de punho ocorre mais intensamente em dois momento: entre 5 e 25 anos, em pacientes jovens vítimas de queda com trauma de maior energia cinética e volta a sofrer um aumento de incidência em pacientes idosos, sendo ainda mais frequente naqueles com fragilidade óssea.


O idoso que cai e quebra o punho está com boa saúde ?

Em geral sim, inclusive possuem boa cognição, pois há o discernimento do cérebro para se defender (posicionar o braço à frente do corpo). Quando a capacidade de coordenação motora diminui, ao cair, o idoso tem muito mais chances de sofrer fraturas do ombro e cotovelo.

Qual o melhor tratamento para as fraturas graves do rádio e ulna na região do punho?

As fraturas complexas do punho são melhor tratadas com placas e parafusos bloqueados. Implantes modernos que permitem um tratamento ótimo mesmo em pacientes com osteoporose avançada.
As fraturas de punho são consideradas fraturas articulares. Como as articulações são a parte do corpo responsável pelo movimento, fraturas desse tipo que consolidam com deformidade ou degrau articular desenvolverão artrose com o passar do tempo. O indivíduo sentirá dor e terá algum grau de perda de força e de arco de movimento. O tratamento cirúrgico das fraturas graves tem por objetivo restabelecer a anatomia e dessa maneira permitir que o organismo promova a consolidação da fratura numa posição próxima da original, minimizando as sequelas.
Fratura de Punho articular multi fragmentar tratada com  Placa bloqueada volar, no pós operatório o paciente não usa gesso e em menos de 24 horas está liberada para movimentar os dedos, isso melhora muito a recuperação da função após a fratura.


O tratamento com gesso pode levar a rigidez articular e diminui a mobilidade e a independência do idoso durante meses
Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Rio de Janeiro, RJ, Brasil
atualizado em 18/07/2017

Epicondilite Lateral do Cotovelo ( Tennis Elbow )

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O que é epicondilite?
A epicondilite é uma inflamação na região do epicôndilo do cotovelo. A epicondilite mais freqüente é a epicondilite lateral porém ela também pode ocorrer na face interna do cotovelo. A epicondilite da face interna do cotovelo é conhecida como epicondilite medial do cotovelo.
A epicondilite é conhecida com outros nomes?
Sim, muitas vezes chamamos a epicondilite lateral de cotovelo de tenista (Tênis Elbow) porém ela pode ocorrer em qualquer pessoa que use muito as mãos e a musculatura do antebraço

Quais estruturas estão inflamadas na epicondilite?
Ocorre comumente uma tendinose na origem dos músculos no epicôndilo lateral do cotovelo (extensor radial curto da carpo e extensor comum dos dedos)

Quais os sintomas da epicondilite?
  • Dor face lateral Cotovelo
  • Piora da dor aos esforços
  • Limitação dos movimentos de preensão na mão
  • Dificuldade para segurar objetos.
Quais as manobras que o ortopedista realiza para diagnosticar a epicondilite?
O paciente em geral apresenta dor a palpação da região e podemos fazer uma série de manobras especiais que auxiliam no diagnóstico: Teste de Cozen, Teste de Mill, Teste da Cadeira ( Gardner ), Teste da Cadeira (Modificado), Teste de Maudsley (do 3° dedo), etc.

Quais são as patologias que podem se confundir a epicondilite do cotovelo?
Uma série de patologias podem se confundir com a epicondilite entre elas podemos citar: Cervicopatias, Síndrome do Nervo Interósseo Posterior, Artrose rádio capitelar, Corpo livre intrarticular, Sinovite do cotovelo, Instabilidade Rotatória ( pós cirurgia ou trauma no cotovelo)

Qual a História natural da epicondilite lateral do cotovelo?
Cyriax diz que a epicondilite evolui entre 8 a 12 meses com resolução completa dos sintomas ou a permanência de uma clinica residual na maioria dos pacientes **
Verhaar afirma que 45% dos pacientes evoluem bem mesmo sem tratamento *

*Verhaar JA. Tennis elbow. Anatomical, epidemiological and therapeutic aspects. Int Orthop 1994;18:263–7.
**Cyriax JH. The pathology and treatment of tennis elbow. J Bone Joint Surg Am 1936;4:921–40.

Quais exames complementares podem ser usados para ajudar no diagnóstico da epicondilite do cotovelo?
Em geral o diagnóstico é clínico porém podemos usar em alguns casos o exame de raios X simples, o ultra som e a ressonância magnética


Qual o tratamento da epicondilite lateral do cotovelo?
  • AINE oral
  • AINE Pat local ( adesivo )
  • Alongamento extensores
  • Mudança nos Hábitos do trabalho/ esporte
  • Infiltração
  • Infiltração com Botox
  • Imobilização da mão ou de todo o membro superior
  • Fisioterapia 
  • Cirurgia para os casos crônicos que não responderam aos demais tratamentos.

Revisão da Literatura em relação aos métodos de terapia.

Toxina Botulínica (Botox) Nível de Evidência “A”
Richard Placzek, MD, Wolf Drescher, MD, PhD, Georg Deuretzbacher, PhD, Axel Hempfing, MD, and A. Ludwig Meiss, MD
Treatment of Chronic Radial Epicondylitis with Botulinum Toxin A
Duplo cego, Placebo-Controlado, Randomizado e Multicentrico
Melhora significativa com 2, 6 e 18 semanas pos infiltração em relação ao grupo controle com p < 0,001.
The Journal Of Bone & Joint Surgery · Jbjs.Org  Volume 89-A Number 2 · February 2007 Treatment Of Chronic Radial Epicondylitis

Artroscopia Nível de Evidência “C”
Jeroschand, J., Schunck J. Arthroscopic treatment of lateral epicondylitis: Indication, technique and early result
20 pacientes,
Média idade 42 anos
Tempo médio de sintomas 14 meses
Conclusão resultados promissores com diminuição da dor e melhora da função.
Infiltração com corticoideNível de Evidência “A”
Assendelft WJ, Hay EM, Adshead R, Bouter LM: Corticosteroid injections for lateral epicondylitis: a systematic overview
Vantagens: Seguro e eficácia em pouco tempo
Os autores Indicam uso na prática diária.
Br J Gen Pract. 1996 Apr;46(405):209-16

UltrassomNível de Evidência “B”
Van Der Windt DA, Van Der Heijden GJ, Van Den Berg SG, Ter Riet G, De Winter AF, Bouter LM: Ultrasound Therapy For Musculoskeletal Disorders: A Systematic Review
Avaliação de US no tratamento da Epicondilite Lateral
38 estudos randomizados avaliando eficácia na dor e ADM
Ultrassom: baixa relevância estatística (sem significância X placebo)
Pain. 1999 Jun;81(3):257-71.

Ondas de ChoqueNível de Evidência “A”
Buchbinder R, Green SE, Youd JM, Assendelft WJ, Barnsley L,
Shock wave therapy for lateral elbow pain Br J Sports Med. 2005 Jul;39(7):411-22; discussion 411-22.
Bisset L, Paungmali A, Vicenzino B, Beller E: A systematic review and meta-analysis of clinical trials on physical interventions for lateral epicondylalgia J Rheumatol. 2006 Jul;33(7):1351-63 Cochrane Database Syst Rev.

13 artigos com Qualidade metodológica: (1006 pac.) Nível de Evidência  “A E B”
11 dos 13 não evidenciou diferença entre Ondas de Choque e Placebo
Ondas de Choque: pequeno ou sem benefícios em relação ao placebo.
Esteróides melhores após 3 meses do final do tratamento em relação a dor e a força muscular.

A conclusão dos autores é de que as ondas de choque não são melhores que o placebo para o tratamento da epicondilite lateral do cotovelo.


Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Rio de Janeiro, RJ, Brasil
atualizado em 18/07/2017

Lesões e Estiramentos Musculares

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A Lesão Muscular (estiramento, distensão ou ruptura muscular) é uma lesão comum nos membros inferiores, principalmente entre os atletas.

Quadríceps
A panturrilha e a coxa são locais frequente de lesões musculares nos atletas de modo geral. Usamos como modelo de estudo das lesões musculares o conjunto de músculos da coxa
O coxa tem três conjuntos de músculos: os músculos isquiotibiais na parte posterior da coxa, os músculos extensores do quadríceps na frente e os músculos adutores na face interna da coxa. Os músculos do quadríceps e isquiotibiais trabalham juntos para estender e fletir o joelho. Os músculos adutores em conjunto com os glúteos realizam a adução e abdução.  Os grupos de músculos isquiotibiais e quadríceps estão particularmente em risco de distensões musculares, pois eles cruzam tanto o quadril quanto o joelho ( biarticulares). Eles também são usados ​​para atividades de alta velocidade, como competições de atletismo (corrida, obstáculos, salto em distância), futebol, basquete, etc.

Sintomas das lesões musculares

Uma pessoa que sofre uma lesão muscular na coxa freqüentemente descreve uma sensação de pontada, estalo ou estiramento muscular. A dor é repentina e pode ser severa. A área em torno da lesão pode estar sensível ao toque, com hematomas visíveis 1 ou 3 dias após a lesão em alguns casos. Em geral o atleta leva a mão no local da lesão quando sente a dor. ( muito comum observamos o jogador de futebol levar a mão na região posterio lateral da coxa, pouco abaixo do glúteo nas rupturas do bíceps femoral da coxa)

Mecanismo de lesão das lesões musculares

Lesões musculares geralmente acontecem quando um músculo é alongado além do seu limite ( lesão indireta ), rasgando as fibras musculares. Elas ocorrem frequentemente na transição tendão músculo. Uma lesão similar ocorre se houver um trauma direto sofre o músculo, mais provavelmente ocorrerá uma contusão muscular nesses casos. Os estiramentos musculares na coxa podem ser muito dolorosos. Após um estiramento muscular o músculo é vulnerável a uma nova lesão, principalmente nas semanas seguintes a lesão. O tratamento adequado é fundamental para permitir uma cicatrização correta e prevenir recidivas.

Diagnóstico das lesões musculares


Importante colher uma história clinica e procurar por hematomas e GAPS ( falhas, buracos) na musculatura que se tormem mais visíveis com a contração muscular. Os exames de imagem como ultrassom e Ressonancia  quantificam a extensão da lesão e ajudam na classificação.
Classificação
Distensões musculares são classificadas em 3 graus de acordo com sua gravidade.

Grau I:desconforto leve na deambulação ou no alongamento. O alongamento passivo do músculo é possível o produz pouca dor, nos exames de ultrassonografia e ressonância magnética vemos um edema muscular. 

Grau II: ruptura parcial. o paciente se queixa dor à palpação, dor ao estiramento contra resistência e pode limitar a amplitude de movimento das articulações adjacentes. Na ressonância magnética já observador lesões musculares.

Grau III:é uma ruptura total do músculo. São menos frequentes, e o atleta tem dor importante principalmente durante flexo/extensão ou adução da coxa. o edema e a equimose são frequentes edema, há depressão ( gap) palpável no local da lesão. 

Tratamento das lesões musculares


A maioria dos estiramentos musculares podem ser tratadas com o protocolo de Rice. 

O protocolo RICE (arroz em inglês) é eficaz para a maioria das lesões esportivas. RICE significa descanso, gelo, compressão e elevação.(rest, ice, compression, elevation)
* Rest. Repouso e aliviar a carga, andar com um par de muletas
* Ice. Gelo por 20 minutos várias vezes ao dia. Não aplique gelo diretamente sobre a pele.
* Compression. Bandagem elástica de compressão tipo joelheira
* Elevação. Para reduzir o inchaço, colocar o joelho num nível mais alto que o coração.
Antinflamatórios podem ajudar a melhorar o quadro algico.

Prevenção das Lesões Musculares


Vários fatores podem predispor o atleta a lesões musculares, incluindo:
  1. EncurtamentoMuscular. Músculos encurtados são mais vulneráveis ao estiramento. Os atletas devem seguir um programa durante todo o ano de exercícios diários de alongamento.
  2. Desequilíbrio muscular. o desbalanço entre os músculos agonistas e antagonistas é um fator importante das lesões musculares. Músculos mais fracos são mais susceptíveis a lesão.
  3. Condicionamento físico inadequado. O baixo condicionamento é um fator importante na gênese das lesões musculares 
  4. Fadiga muscular. Fadiga reduz a capacidade de absorção de energia dos músculos, tornando-os mais suscetíveis a lesões.
  5. Aquecimento: Um aquecimento adequado é protetor, porque aumenta a amplitude de movimento e reduz a rigidez.  

Fatores predisponentes para recidiva de uma lesão muscular

  • Perda ou deficiência da flexibilidade muscular ( alongamento )
  • Lesões antigas nesse músculo ou em músculos próximos
  • Desequilíbrios muscular (força entre músculos de ações agonistas e antagonistas) quando por exemplo o músculo da parte da frente da coxa fica muito mais forte que o músculo posterior da coxa
  • Formação de tecido cicatricial em abundancia diminuindo a flexibilidade
  • Fisioterapia ou reabilitação incompleta ou inadequada
  • Distúrbios nutricionais, principalmente falta de proteínas na alimentação.
  • Fadiga cardioresperatória e fadiga muscular
  • Treinamento Inadequado.
  • Aquecimento inadequado
  • Incoordenação de movimentos
  • Técnica incorreta na execução dos movimentos. ( erro de gesto esportivo )
  • Sobrecarga- principalmente com vários treinos anaeróbicos em curtos intervalos.

Tratamento das lesões Musculares

Mobilidade Precoce.

•PROS
•acelera o crescimento capilar
•melhora regeneração e a força das fibras musculares
•melhora a orientação em paralelismo das novas fibras

A recuperação das lesões musculares  com mobilidade precoce é mais rápida em relação aos casos tratados com imobilização.

•Contras
Mobilidade muito precoceAumenta a produção de cicatriz Impede a entrada de miofibroblastos na cicatriz

Maior chance de reruptura quando a mobilidade é muito precoce.


Imobilização para tratamento das lesões musculares



•Pros  
  • Imobilização precoce diminui reruptura 
  • Diminui a formação do excesso de cicatriz

Contras 
  • Imobilização prolongada leva a atrofia muscular das fibras saudáveis 
  • Retarda a recuperação da força e da elasticidade muscular pré lesão.
  • No 10 dia de lesão a cicatriz já é mais forte que o músculo ao redor nos testes de estiramento.
Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedia, Traumatologia e Medicina do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ
atualizado em 14/12/2017

Gurus de Saúde e Medicina

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Esse é um blog autoral porém vou tomar a liberdade de transcrever esse excelente artigo de  médica Australiana Lisa Pryor que é colunista do New York Times. 
Os 'gurus' da saúde têm muito entusiasmo, mas pouca ciência  

Talvez um dia, quando eu tiver décadas de experiência como médico e mais treinamento em minha área de especialização, eu possa falar sobre questões de saúde com o falso tom de autoridade de um naturopata qualquer. ( Naturopatia - seria um sistema de medicina baseado no poder de cura da natureza)

Foi o que passou por minha mente há pouco tempo, enquanto eu vagava pelo mundo on-line dos profissionais de saúde alternativa, blogueiros do bem-estar, chefs de comida integral e Gwyneth Paltrow.

Eu não estava procurando. Chegou até mim por algoritmos das redes sociais. O Facebook ofereceu um anúncio em vídeo de uma "especialista não em saúde hormonal feminina" com "consultório" próprio. Não era uma endocrinologista, mas uma naturopata.

Ela ( uma não médica ) falava com confiança e segurança sobre exames de tireoide, apesar de a maior parte do que ela dizia estar errada. E lá fui eu pelo buraco do coelho da internet. ( alusão ao filme Alice no País das Maravilhas )

Uma visão tradicional da profissão médica é que os médicos são exigentes e autoritários, e até arrogantes. Embora alguns indivíduos se encaixem nessa descrição, na verdade, a profissão médica  é construída sobre dúvidas.

A maioria dos médicos, especialmente os bons, têm uma aguda consciência dos limites de seu conhecimento. Aprendi com aqueles muito mais experientes e qualificados que eu que a humildade é algo a ser cultivado ao longo do tempo, e não perdido.

Nosso campo é construído em torno de tentar provar que estávamos errados. Nos hospitais fazemos reuniões de morbidez e mortalidade para tentar mostrar onde falhamos, o que precisamos mudar, como podemos melhorar. Nosso trabalho no hospital é auditado para identificar onde ficamos aquém de nossos ideais. Por meio da pesquisa científica, tentamos invalidar a eficácia dos tratamentos. Nossas falhas são expostas de dentro para fora.

É da natureza da medicina baseada em evidências que as práticas mudem conforme surgem novas evidências. ( sistema de tratamento onde baseamos nossas decisões em artigos científicos e não na opinião de alguém )

Também é o caso de outros profissionais de saúde cuja prática se baseia na ciência, como nutricionistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e psicólogos qualificados. As diretrizes são revistas, os conselhos são revertidos –sobre pressão sanguínea, dieta, substituição hormonal, prescrição de opioides. Isso pode ser enormemente frustrante para os pacientes, mas é o que devemos fazer para oferecer o melhor tratamento possível.

ENTUSIASMO
Diante dessas dúvidas, não é de surpreender que alguns indivíduos, mesmo os inteligentes e instruídos, sejam contagiados pela confiança entusiástica dos GURUSDA SAÚDE, que têm uma paixão intensa, enquanto os qualificados carecem de convicção.

É um viés cognitivo conhecido na psicologia como efeito de Dunning-Kruger.

Resumindo: quanto menos você sabe, menos é capaz de reconhecer o quão pouco você sabe, portanto menor a probabilidade de você reconhecer seus erros e fracassos. indivíduos que possuem pouco conhecimento sobre um assunto acreditam saber mais que outros mais bem preparados, fazendo com que tomem decisões erradas e cheguem a resultados indevidos; é a sua incompetência que os restringe da habilidade de reconhecer os próprios erros. Estas pessoas sofrem de superioridade ilusória.

Para os altamente qualificados, como os cientistas, o oposto é verdadeiro: a competência real pode enfraquecer a autoconfiança e algumas pessoas muito capacitadas podem sofrer de inferioridade ilusória, achando que não são tão capacitados assim e subestimando as próprias habilidades, chegando a acreditar que outros indivíduos menos capazes também são tão ou mais capazes do que eles. A esse outro fenômeno dá-se o nome de síndrome do impostor

Talvez isso explique como um chef-celebridade australiano chamado Pete Evans possa não apenas promover os benefícios de uma "dieta paleolítica", como também sentir-se suficientemente informado para fazer pronunciamentos sobre flúor, filtro solar e vacinação.

Ele respondeu às críticas em uma entrevista na televisão dizendo: "Para que você precisa de qualificação? Para falar senso comum?". E acrescentou: "Por que você precisa estudar algo que está ultrapassado, que é promovido pela indústria, que é preconceituoso, que não está alcançando resultados?".

É difícil envolver-se quando os proponentes da saúde alternativa estão em um plano astral tão diferente que é um desafio até mesmo encontrar uma linguagem comum para conversar, especialmente quando eles promovem conceitos tão espúrios quanto a "doença pirrólica", da qual podem falar em grandes e falsos detalhes, atraindo o leigos e até mesmo profissionais bem informados para um redemoinho de casos pessoais e sabedoria antiga, salpicado de críticas aos grandes laboratórios.

É mais ou menos como um engenheiro aeroespacial querer discutir sobre espaçonaves alienígenas com o fundador de um museu de óvnis. Como pode um engenheiro aerodinâmico falar com autoridade sobre o assunto se ele  não se deu ao trabalho de pesquisar, como ele pode discutir sobre algo que ele nunca viu,  sobre os acontecimentos do caso Roswell e nem sequer sabe que há vídeos sobre dissecação de alienígenas disponíveis na internet?

Contestar os gurus da saúde on-line é especialmente difícil quando eles oferecem o coquetel irresistível de linguagem pseudo médica misturada com uma estética muito mais agradável que a medicina, longe do mundo clínico de linóleo (espécie de tecido impermeável ) e antisséptico, um lugar melhor onde as condições dos pacientes são diagnosticadas com metáforas ("fadiga ad-renal") e tratadas com poesia (manjericão sagrado, caldo de osso, sal marinho do Himalaia).

Assim como aquela naturopata no Facebook se descrevia como "especialista" com um "consultório", os gurus da saúde alternativa usam a linguagem da medicina para parecer autênticos. Eles encomendam falsas pesquisas, adotam protocolos. E, é claro, o que dizem parece certo no censo comum, pois é assim que funciona a pseudociência.

Mas não é o vocabulário da ciência que é importante –é a metodologia. Seria muito melhor que eles deixassem a linguagem e, em vez disso, adotassem a abordagem rigorosa das evidências, o que poderia significar, por exemplo, o site Goop decidir não mais vender por US$ 84 uma garrafa de água com quartzo ametista para "infundir a água com energia positiva".

Diante desse circo, nós, médicos, devemos nos ater firmemente às evidências. Devemos nos ater a nossas dúvidas, o conhecimento de nossa falibilidade como indivíduos e como profissão, sabendo que a humildade é uma força, e não uma fraqueza.
Nós Médicos devemos nos envolver em debates públicos sobre saúde, inclusive nas redes sociais, juntamente com nossos colegas em campos de saúde aliados. Se não o fizermos, a discussão será dominada pelos apaixonadamente desinformados, que constroem confiança apenas para vender falsas curas. E devemos ouvir os pacientes, como nos foi ensinado, demonstrando cuidado e compreensão.

Devemos encarar o difícil desafio de inspirar e motivar com a verdade.

12/01/2018

A evolução do tratamento das fraturas

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A capacidade dos seres humanos para tratar e curar os ossos quebrados contribuiu em muito para a longevidade da espécie humana. Os achados arqueológicos mostraram evidências de fraturas tratadas em ossos do Homem de Neanderthal que datam de 130 mil anos atrás. Este artigo examina brevemente os vários métodos utilizados para tratar fraturas com especial atenção ao que os antigos egípcios e greco-romanos tinham em seu repertório e como seriam os ortopedistas da época.

Tratamento das Fraturas no Antigo Egito

Papiro de Edwin Smith

De longe, a literatura mais impressionante referente aos antigos métodos de tratamento decorre do Papiro de Edwin Smith. Ele remonta ao Segundo Período Intermediário no Egito, cerca de 1600 ac. Ao contrário dos documentos contemporâneos de sua época ( Ebers papyrus) que enfatizam a magia, apresenta o gerenciamento médico do ponto de vista científico. Há 48 casos mencionados alguns estão completos e descrevem várias fraturas do úmero ( ombro) e o que parece ser a técnica de redução de uma luxação anterior escapulo umeral.
Ele detalha os métodos de tração usando "algo entre as escápulas ( omoplatas) " e puxando até a fratura se reduzir ( retornar ao lugar correto). Parece que o método de imobilização é semelhante às técnicas modernas de gesso em que o médico egípcio aplicou bandagens de pano e alúmen. Eles usavam o mel como um complemento para o tratamento de fraturas e trocavam as ataduras regularmente.

Uma descrição no papiro de Edwin Smith pode ser a primeira documentação da redução da fratura exposta. Ele menciona uma técnica chamada "nekhebkheb", o que significa "mover, mexer ou colocar no lugar a fratura sob os dedos do médico". As feridas superficiais foram tratadas de forma semelhante com ligaduras de alumen ( tipo de sal que é solúvel em aguá e álcool e endurece em temperatura ambiente), mel e óleo. As lesões graves com osso exposto através da pele e do músculo foram descritas como sem esperança, independentemente do tratamento.

Arqueólogos encontraram vários restos esqueletais com fraturas cicatrizadas que datam dos tempos egípcios antigos, que representam evidências do sucesso do gerenciamento ortopédico na antiguidade. Há também evidências de talas e bandagens encontradas em múmias que ilustram a técnica, como mencionado no Papiro de Edwin Smith, o que sugere que as pessoas aprendiam com experiências anteriores e literatura atual e podem ser a primeira evidência que temos das educação médica continuada em  Ortopedia.

Tratamento das Fraturas na era Grego Romana

Greco-Romanos

Hipócrates (460 ac-370 ac). O método hipocrático de redução do ombro após a deslocação ainda é ensinado em escolas médicas modernas e representa um testamento de seu legado onde a tração é aplicada com o pé na axila fornecendo contra-tração. Ele também é reconhecido por descrever um método para reduzir as fraturas do úmero onde o paciente está sentado com uma haste na axila, tendo tido a tração aplicada no braço sob a forma de pesos. O médico reduz a fratura manualmente e se imobiliza com o uso de ligaduras. De notar, as ligaduras são embebidas em óleo, resina, cera ou cerato para fornecer rigidez. Ele menciona que as ligaduras devem ser alteradas regularmente para torná-lo mais apertado, o que atesta a compreensão dos gregos da inflamação dos tecidos moles. O testamento do sucesso da escola de pensamento hipocrática se manifesta através dos escritos dos seguintes médicos, nomeadamente Galen (129-215 dc) e Celsus (25 ac-50 dc).

Celsus (25 ac-50 ad) foi um romano e a ele é creditado uma compilação ( livro ) conhecida como "De Medicina", que compreende artigos que vão desde medicina, filosofia, lei e táticas militares. Ele é conhecido por sua descrição anatômica de fraturas (proximal, central, distal) e seus respectivos tratamentos e prognósticos. Suas contribuições incluem descrições do tipo de curativas e como o uso de diferentes técnicas em sua aplicação se adequaria a vários tipos de lesões (por exemplo, usando bandagens mais longas para o úmero proximal em comparação com fraturas distal / eixo). Ele difere de Hipócrates em que suas ligaduras foram molhadas com vinho e óleosao vicente gavea beta 2 unimed.

Outra pessoa notável é Oribasius (325-397 dc), que é creditado pela compilação de escritos médicos e livros que se pensava estarem disponíveis na grande biblioteca de Alexandria. Entre suas muitas contas, inclui uma descrição da redução da articulação do ombro em fraturas-luxações do úmero antes da fixação da fratura. Oribasius recomendou o banco hipocrático "scamnum" para o tratamento de tais fraturas.

É importante apreciar que a Ortopedia é um campo em constante expansão com novas descobertas, conhecimentos e técnicas sendo descobertas e melhoradas com o tempo. Métodos antigos foram refinados ao longo das gerações, o que nos permitiu melhorar a gestão de fraturas abertas, deslocamentos complexos e estabelecer o campo da artroplastia ( substituição de uma articulação por uma prótese).
Outras civilizações tiveram sua parcela de contribuição incluindo os árabes medievais, práticas antigas da Índia e da China porém que são pouco conhecidas por nós ocidentais.

7 benefícios dos exercícios

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Você provavelmente tem uma sensação de que o exercício é bom para você, e você provavelmente já ouviu falar que é "saudável para o seu coração."

Mas se você for como a maioria das pessoas, isso não é motivação suficiente para levá-lo a a realizar exercícios e suar com  regularidade. A revista TIME publicou na capa, "The Exercise Cure", apenas 20% dos norte-americanos praticam 150 minutos de atividade física cardiovascular por semana, mais de metade de todos os baby boomers relatam que não praticam qualquer exercício, 80,2 milhões de americanos com mais de 6 anos de idade são totalmente inativos. Os dados no Brasil são semelhantes

Claude Bouchard, diretor do laboratório de genética humana na Pennington Biomedical Research Center, em Louisiana afirma que "Não existe uma pílula que chegue perto do que o exercício pode fazer de bom para a saúde e se houvesse um, seria extremamente caro."

1. O exercício é ótimo para o seu cérebro.

Esstá provado que o exerciçio melhora a depressão, melhora memória e o aprendizado se torna mais rápido. Estudos também sugerem que o exercício é, a partir de agora, a melhor maneira de prevenir ou retardar o aparecimento da doença de Alzheimer, um grande medo para muitos indivíduos.
Os cientistas não sabem exatamente por que o exercício muda a estrutura e função do cérebro, mas é uma área de pesquisa ativa. Até agora, eles descobriram que o exercício melhora o fluxo sanguíneo para o cérebro, alimentando o crescimento de novos vasos sanguíneos e até mesmo novas células cerebrais, graças à proteína BDNF (fator neurotrófico derivado do cérebro). BDNF desencadeia o crescimento de novos neurónios e ajuda a reparar e proteger as células do cérebro da degeneração. Ele também pode ajudar as pessoas a melhorar a concentração e o raciocínio.

2. Você será mais feliz.

Inúmeros estudos mostram que muitos tipos de exercício, de andar a pé ou andar de bicicleta, fazem as pessoas se sentirem melhor e podem até aliviar os sintomas da depressão e diminuir as dores crônicas. O exercício provoca a liberação de substâncias químicas no cérebro: serotonina, noradrenalina, endorfina, dopamina diminuem a dor constante, melhoram o humor e aliviam o stress.
"Durante muitos anos, os benefícios físicos do exercício ficaram restritos ao sistema cardiovascular porém os benefícios psicológicos e emocionais são muito grandes"

3. O exercício regular pode retardar o envelhecimento.

O exercício físico pode prolongar a vida útil em aproximadamente cinco anos, em alguns indivíduos ainda mais. Um pequeno estudo novo sugere que o exercício de intensidade moderada podem retardar o envelhecimento das células. Como seres humanos envelhecem e suas células se dividem uma e outra vez, seus telômeros-as (tampas protetoras na extremidade dos cromossomos) ficam mais curtos. Para ver como o exercício afetavam os telômeros, pesquisadores realizam uma biópsia muscular e amostras de sangue de 10 pessoas saudáveis, ​​antes e depois de um passeio de 45 minutos em uma bicicleta estacionária. Eles descobriram que o exercício aumentam em uma molécula os telómeros, em última análise, diminuindo a rapidez com que encurtam ao longo do tempo. Exercício, então, parece retardar o envelhecimento, ao nível celular.

4. Ele vai fazer sua pele olhar melhor.

O exercício aeróbico acelera o fluxo sanguíneo para a pele, fornecendo oxigênio e nutrientes que melhoram a saúde da pele e até mesmo ajudar a curar feridas mais rápido. "É por isso que quando as pessoas têm ferimentos, eles devem se mover tão rapidamente quanto possível, não só para garantir que o músculo não atrofia, mas para se certificar de que há um bom fluxo sanguíneo para a pele", diz Anthony Hackney, um fisiologista do exercício em da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill. Treine e você vai adicionar mais vasos sanguíneos e capilares minúsculos para a pele também.

5. As coisas surpreendentes podem acontecer em apenas alguns minutos.

Emergente pesquisa sugere que não é preciso muito movimento para obter os benefícios. "Estamos interessados ​​na questão de, qual o mínimo de exercíçio necessário?", Diz Martin Gibala, um fisiologista do exercício na Universidade McMaster, em Ontário. Ele queria testar a eficácia de um treino de 10 minutos pode ser, em comparação com o treino típico de 50 minutos. O micro-treino que ele desenvolveu consiste em três intervalos de 20 segundos de atividade intensa, seguido por breves recuperações, durante 10 minutos Em um estudo de três meses, ele colocou a curto treino contra o padrão para ver que foi melhor. Para sua surpresa, os exercícios resultaram em melhorias idênticas na função cardíaca e controle de açúcar no sangue, apesar de um treino era de cinco vezes mais do que o outro. "Se você está disposto e capaz de empurrar com força, você pode ir longe com muito pouco exercício", diz Gibala.

6. Ele pode ajudá-lo a recuperar de uma doença grave.

Mesmo exercício vigoroso de curto intervalo de Gibala pode ser adequado para pessoas com diferentes condições crônicas, de diabetes tipo 2 para insuficiência cardíaca, porém antes de realiza-lo é fundamental consultar o seu médico. Isso é um novo pensamento, porque durante décadas, as pessoas com certas doenças foram aconselhados a não se exercitar. Agora os cientistas sabem que muito mais pessoas podem e devem exercer. Uma análise recente de mais de 300 ensaios clínicos descobriram que para as pessoas se recuperando de um acidente vascular cerebral, o exercício foi ainda mais eficaz em ajudá-los a reabilitar.
Autores californianos prescrevem exercícios para seus pacientes desde o início da década de 1990, na esperança de distribuindo menos medicação. Os estudo demonstram uma melhora surpreendentemente,  particularmente nos pacientes mais sedentários. Quando os pacientes realizam exercícios em base regular, mesmo apenas uma caminhada melhoram as doenças crônicas como depressão, ansiedade , condicionamento físico e o humor, levando a uma melhora inclusive nas patologias cardíacas.

7. Suas células de gordura irão emagrecer

O corpo usa carboidratos e gorduras como fontes de energia. Mas, depois de treinamento físico aeróbico consistente, o corpo fica melhor na queima de gordura, o que requer uma grande quantidade de oxigênio para convertê-la em energia.
Um dos benefícios do treinamento físico é que o nosso sistema cardiovascular fica mais forte e melhor no fornecimento de oxigênio, de modo que somos capazes de metabolizar mais gordura como fonte de energia.
Como resultado, as células que produzem substâncias responsáveis ​​pela inflamação crônica diminuem e a produção dessas substâncias também diminui.

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 07/03/2018

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RUPTURA DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR

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Ruptura do LCA

O ligamento cruzado anterior é um dos ligamentos lesionados mais freqüentemente do joelho. Em geral, a incidência de lesão LCA é maior em pessoas que participam de esportes como o futebol, basquete, esqui e volei

Aproximadamente metade das lesões LCA ocorrem em combinação com ruptura do menisco, cartilagem articular ou outros ligamentos. Além disso, os pacientes podem ter contusões no osso debaixo da superfície da cartilagem. Estes podem ser vistos em uma imagem de ressonância magnética ( áreas de edema ósseo ) e podem indicar lesão na cartilagem articular sobreposta.

Imagens artroscópicas de LCA normal e LCA com Ruptura
(Esquerda) Imagem artroscópica da LCA normal.
(Direito) Imagem artroscópica da LCA rompido [estrela amarela].






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Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 07/03/2018

Considerações sobre o paciente com ruptura de LCA

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Considerações sobre o paciente com ruptura de Ligamento Cruzado Anterior

Pacientes adultos ativos envolvidos em  empregos que exigem longas caminhadas, subir e descer escadas,  trabalho manual pesado  ou praticantes de esportes mesmo de modo amador são encorajados a considerar o tratamento cirúrgico. Isso inclui pacientes mais velhos que anteriormente foram excluídos da consideração da cirurgia de LCA . A Atividade, e não a idade, deve ser o fator determinante para a indicação de intervenção cirúrgica da ruptura do LCA.

Em crianças pequenas ou adolescentes mais jovens com rupturas do LCA e ainda com a fise aberta, a reconstrução precoce do LCA cria um possível risco de lesão na placa de crescimento, levando a problemas de crescimento ósseo. O cirurgião pode atrasar a cirurgia de LCA até que a criança esteja mais próxima da maturidade esquelética ou o cirurgião pode modificar a técnica de cirurgia de ACL para diminuir o risco de lesão de placa de crescimento.

Um paciente com ruptura do LCA  e instabilidade funcional significativa tem um alto risco de desenvolver danos secundários no joelho e, portanto, deve considerar a reconstrução do LCA.

É comum ver lesões LCA combinadas com danos aos meniscos, cartilagem articular, ligamentos colaterais, cápsula articular ou uma combinação dos acima. A "tríade infeliz", freqüentemente vista em jogadores de futebol e esquiadores, consiste em lesões na ruptura do LCA , no Ligamento Colateral Medial ( LCM ) e lesão do menisco medial.

Nos casos de lesões combinadas, o tratamento cirúrgico geralmente produz melhores resultados. Até metade das rupturas do menisco podem ser reparáveis ​​e podem se curar melhor se o reparo for feito em combinação com a reconstrução do LCA.

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Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 07/03/2018


CIRURGIA PARA RECONSTRUÇÃO DO LCA

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Procedimento cirúrgico para reconstrução do Ligamento Cruzado Anterior

Antes de qualquer tratamento cirúrgico, o paciente geralmente é enviado à fisioterapia. Os pacientes que têm um joelho rígido e inchado que não possuem amplitude de movimento total no momento da cirurgia de LCA podem ter problemas significativos para recuperar o movimento após a cirurgia. Geralmente, leva três ou mais semanas a partir do momento da lesão para recuperar a amplitude de movimento total. Recomenda-se também que algumas lesões ligamentares sejam preparadas e permitam curar-se antes da cirurgia de reconstrução do LCA

O paciente, o cirurgião e o anestesista selecionam a anestesia utilizada para cirurgia. Os pacientes podem se beneficiar de um bloqueio anestésico dos nervos da perna para diminuir a dor pós-operatória.

A cirurgia geralmente começa com o exame do joelho do paciente enquanto o paciente está relaxado devido aos efeitos da anestesia. Este exame final é usado para verificar se o LCA está rompido e também para verificar a frouxidão de outros ligamentos do joelho que podem precisar ser reparados durante a cirurgia ou abordados no pós-operatório.

Se o exame físico sugere fortemente a LCA rompido, o tendão selecionado é colhido (para um autoenxerto) ou descongelado (para um aloenxerto) e o enxerto é preparado para o tamanho correto para o paciente.
  • Passagem do enxerto de tendão patelar durante a reconstrução do LCA
  • Passagem do enxerto do tendão patelar no túnel tibial do joelho.
Após o enxerto ter sido preparado, o cirurgião coloca um artroscópio na articulação. As incisões pequenas (um centímetro) chamadas portais são feitas na frente do joelho para inserir o artroscópio e os instrumentos e o cirurgião examina a condição do joelho. Os lesões do menisco e da cartilagem são cortados ou reparados e o cotos do ligamento cruzado anterior são removidos com o auxilio do shaver.


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Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
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Atualizado em 07/03/2018




Radiografia após a reconstrução do LCA

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Radiografia pós-operatória da reconstrução do Ligamento Cruzado Anterior

O raio-X pós-operatório após a reconstrução do tendão patelar ACL (com imagem de sobreposição sobreposta) mostra a posição do enxerto e a fixação dos tampões ossos com parafusos de interferência de metal porém os materiais não metálicos tem maior dificuldade de visualização

Na técnica de reconstrução ACL mais comum, os túneis ósseos são perfurados na tíbia e no fêmur para colocar o enxerto LCA em quase a mesma posição que a LCA rompido. Uma agulha longa passa então pelo túnel da tíbia, através do túnel femoral e sai pela pele da coxa. As suturas do enxerto são colocadas através do olho da agulha e o enxerto é puxado para a posição através do túnel tibial e depois no túnel femoral. O enxerto é mantido sob tensão, pois é fixado no local usando parafusos de interferência, anilhas, postes ou grampos com ponta. Os dispositivos usados ​​para manter o enxerto no lugar geralmente não são removidos.

As variações nesta técnica cirúrgica incluem os tipos de reconstruções LCAde "duas incisões", "over-the-top" e "double-bundle", que podem ser usados ​​por preferência do cirurgião ou circunstâncias especiais (revisão de reconstrução LCA ou placas de crescimento aberto).



Antes do final da  cirurgia, o cirurgião irá testar o enxerto para se certificar de que tem uma boa tensão, verificar se o joelho tem toda a amplitude de movimento e realizar testes como o teste de Lachman para avaliar a estabilidade do enxerto. A pele está fechada com sutura e são aplicados curativos. O paciente geralmente vai para casa no dia seguinte a cirurgia.

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Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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AUTO-ENXERTO DE TENDÃO PATELAR NA CIRURGIA DE RECONSTRUÇÃO DO LCA

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Escolhas cirúrgicas da rupturas do LCA

  • Auto-enxerto de tendão patelar preparado para reconstrução LCA 
  • Auto-enxerto de tendão patelar preparado para reconstrução LCA .

AUTO-ENXERTO DE TENDÃO PATELAR NA CIRURGIA DE RECONSTRUÇÃO DO LCA

O terço médio do tendão patelar do paciente, juntamente com um tampão ósseo da tíbia e a rótula, é usado no auto-enxerto do tendão patelar. Referido no passado por alguns cirurgiões como o "padrão-ouro" para a reconstrução do LCA, é frequentemente recomendado para atletas de alta demanda e pacientes cujos trabalhos não requerem uma quantidade significativa de joelho.

Em estudos que compararam os resultados do tendão patelar e a reconstrução do LCA do auto-enxerto de isquiotibiais, a taxa de falha no enxerto foi menor no grupo do tendão patelar. Além disso, a maioria dos estudos mostra resultados iguais ou melhores em termos de testes pós-operatórios de laxidade do joelho (Lachman, gaveta anterior e testes instrumentados) quando esse enxerto é comparado com outros. No entanto, os auto-enxertos do tendão da patela têm uma maior incidência de dor pós-operatória (dor por trás da rótula) queixas patelofemurais e outros problemas.

As armadilhas do auto-enxerto de tendão patelar são:
  • Dor pós-operatória por trás da rótula
  • Dor com joelho
  • Risco ligeiramente aumentado de rigidez pós-operatória
  • Baixo risco de fratura da rótula
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Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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AUTO-ENXERTO DE TENDÃO ISQUIO TIBIAL NA CIRURGIA DE RECONSTRUÇÃO DO LCA

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Escolhas cirúrgicas da rupturas do Ligamento Cruzado Anterior

Auto-enxerto de tendão isquiotibial. 

O tendão de isquiotibiais semitendinoso no lado interno do joelho é usado na criação do auto-enxerto de tendão isquiotibial para reconstrução de ACL. Alguns cirurgiões usam um tendão adicional, o gracilis, que está preso abaixo do joelho na mesma área. Isso cria um enxerto de tendão de duas ou quatro vertentes. Os defensores do enxerto de isquiotibiais afirmam que há menos problemas associados à colheita do enxerto em comparação com o auto-enxerto de tendão patelar incluindo:
  • Menos problemas com dor na região do joelho e na rótula após a cirurgia
  • Menos problemas de rigidez pós-operatória
  • Incisão menor e menor sangramento
  • Recuperação mais rápida
  • Auto-enxerto de tendão do isquiotibedo preparado para a reconstrução do LCA.
A função de enxerto pode ser limitada pela força e tipo de fixação nos túneis ósseos, já que o enxerto não tem tampas ósseas. Houve resultados conflitantes em estudos de pesquisa sobre se os enxertos de isquiotibiais são ligeiramente mais suscetíveis ao alongamento do enxerto (alongamento), o que pode levar ao aumento do laxismo durante o teste objetivo. Recentemente, alguns estudos demonstraram diminuição da força do isquiotibiais em pacientes após a cirurgia.

Existem algumas indicações de que os pacientes com relaxamento ligamentar intrínseco e hiperextensão do joelho de 10 graus ou mais podem ter um risco aumentado de laxidade do enxerto do isquiotibial pós-operatório no exame clínico. Portanto, alguns clínicos recomendam o uso de auto-enxertos do tendão patelar nestes pacientes hipermercados.

Além disso, uma vez que os isquiotibiais medianos geralmente fornecem suporte dinâmico contra o estresse e a instabilidade de valgo alguns cirurgiões sentem que a laxidade do ligamento colateral medial crônico ou residual (grau 2 ou mais) no momento da reconstrução do LCA pode ser uma contra-indicação para o uso do semitendinoso do próprio paciente e os tendões gracilis como enxerto LCA .

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Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
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AUTO-ENXERTO DE TENDÃO QUADRÍCEPS NA CIRURGIA DE RECONSTRUÇÃO DO LCA

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Auto-enxerto de tendão do quadríceps. 

O autoenxerto do tendão do quadríceps é freqüentemente usado para pacientes que já falharam na reconstrução do LCA. O terço médio do tendão do quadríceps do paciente e um tampão ósseo da extremidade superior da cápsula do joelho são usados. Isso produz um enxerto maior para pacientes mais altos e mais pesados. Como há um tampão ósseo em um lado, a fixação não é tão sólida quanto para o enxerto do tendão patelar. Existe uma alta associação com dor no joelho anterior pós-operatória e baixo risco de fratura da rótula. Os pacientes podem achar que a incisão não é cosmeticamente atraente. Uso raramente esse enxerto.

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Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
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ALOENXERTO NA CIRURGIA DE RECONSTRUÇÃO DO LCA

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Aloenxertos para reconstrução do LCA

Os aloenxertos são enxertos de cadáveres e estão se tornando cada vez mais populares. Estes enxertos também são usados ​​para pacientes que falharam numa reconstrução prévia do LCA  e em cirurgias para reparar ou reconstruir mais de um ligamento de joelho. As vantagens do uso de tecido de aloenxerto incluem a eliminação da dor causada pela obtenção do enxerto do paciente, diminuição do tempo de cirurgia e incisões menores. O aloenxerto do tendão da patela permite a fixação óssea forte nos túneis do osso tibial e femoral com parafusos.

No entanto, os aloenxertos estão associados a um risco de infecção, incluindo a transmissão viral (HIV e hepatite C), apesar do rastreio e processamento cuidadoso. Várias mortes ligadas à infecção bacteriana por meio de tecido de aloenxertos (devido a técnicas inadequadas de aquisição e esterilização) levaram a melhorias nas técnicas de teste e processamento de tecido de aloenxerto. Também houve resultados contraditórios em estudos de pesquisa sobre se os aloenxertos são ligeiramente mais suscetíveis ao alongamento do enxerto (alongamento), o que pode levar ao aumento do laxismo durante o teste.

Algumas literatura publicada indicam uma maior taxa de falhas com o uso de aloenxertos para a reconstrução do LCA. As taxas de falha mais altas para aloenxertos foram relatadas em pacientes jovens e ativos que retornam a atividades esportivas de alta demanda após a reconstrução do LCA, em comparação com os auto-enxertos.

O motivo dessa maior taxa de falha não está claro. Pode ser devido às propriedades do material do enxerto (processos de esterilização utilizados, idade do doador do enxerto, armazenamento do enxerto). Poderia ser devido a um retorno mais aconselhável anterior ao esporte pelo atleta por causa de uma recuperação fisiológica percebida mais rapidamente, quando o enxerto não está biologicamente pronto para ser carregado e estressado durante atividades esportivas. Pesquisas adicionais nesta área são indicadas e estão em andamento.

NÃO USO ALOENXERTO NAS MINHAS CIRURGIAS

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Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
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DOR NO PÓS OPERATÓRIO DO LCA

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CONTROLE DA DOR  dor no pós operatório do cirurgia de reconstrução do LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR

Após a cirurgia, você sentirá alguma dor. Esta é uma parte natural do processo de cura. Seu ortopedista e enfermeiras trabalharão para reduzir sua dor, o que pode ajudá-lo a se recuperar da cirurgia mais rapidamente.

Os medicamentos são frequentemente prescritos para alívio da dor a curto prazo após a cirurgia. Muitos tipos de medicamentos estão disponíveis para ajudar a administrar a dor, incluindo opióides, antiinflamatórios não esteróides (AINEs) e anestésicos locais. Seu médico pode usar uma combinação destes medicamentos para melhorar o alívio da dor, bem como minimizar a necessidade de opióides.

Esteja ciente de que, embora os opióides ajudem a aliviar a dor após a cirurgia, eles são um narcótico e podem ser viciantes. A dependência e a overdose de opióides tornaram-se um problema crítico de saúde pública nos EUA. É importante usar opióides apenas conforme as instruções do seu médico. Assim que sua dor começar a melhorar, pare de tomar opióides. Converse com seu médico se sua dor não começou a melhorar dentro de alguns dias da cirurgia. Raramento uso derivados da morfina nesse tipo de cirurgia. Gelo, repouso e Analgésicos em geral são satisfatórios em muitos casos

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Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
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Atualizado em 07/03/2018







Fisioterapia após cirurgia de LCA

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FISIOTERAPIA E REABILITAÇÃO NA RECONSTRUÇÃO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR

A fisioterapia é uma parte crucial da cirurgia LCA bem-sucedida, com exercícios iniciados imediatamente após a cirurgia. Grande parte do sucesso da cirurgia reconstrutiva do LCA depende da dedicação do paciente à fisioterapia rigorosa. Com novas técnicas cirúrgicas e maior fixação do enxerto, a fisioterapia atual usa um curso acelerado de reabilitação.

Fisioterapia pós-operatório. 

Nos primeiros 10 a 14 dias após a cirurgia, a ferida é mantida limpa e seca, e a ênfase precoce é colocada na recuperação da flexo extensão completa e restaurar o controle do quadríceps.

Compressas com gelo são usadas de 2/2 horas  para reduzir o inchaço e a dor. O cirurgião pode ditar o uso de uma cinta pós-operatória e o uso de uma máquina para mover o joelho através do seu alcance de movimento ( CMP ). O uso de muletas para permitir a descarga do peso também é determinado pela preferência do médico, bem como outras lesões tratadas no momento da cirurgia. Mantenho o par de muletas por algumas semanas até o paciente recuperar a capacidade de andar sem mancar 3/5 semanas.

Reabilitação pós operatória. 

Os objetivos para a reabilitação da reconstrução do LCA incluem reduzir o inchaço do joelho, manter a mobilidade da rótula para prevenir problemas de dor na região do joelho, recuperar a amplitude de movimento, principalmente extensão completa, fortalecer o quadríceps e os músculos isquiotibiais.

O paciente pode retornar ao esporte quando não há dor ou inchaço, quando o alcance do movimento do joelho completo foi alcançado e quando a força muscular, a resistência ao uso funcional da perna foram totalmente restaurados isso em geral ocorre com 5/6 meses de pós operatório e fisioterapia intensa.

O senso de equilíbrio e controle da perna do paciente também devem ser restaurados através de exercícios destinados a melhorar o controle neuromuscular ( propriocepção ). Isso geralmente leva de 4 a 6 meses. O uso de um imobilizador articulado quando retornar ao esporte pode não ser necessário após uma reconstrução LCA bem-sucedida, mas alguns pacientes podem sentir maior sensação de segurança usando um.

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Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
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Complicações após uma reconstrução do LCA

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Complicações cirúrgicas após uma reconstrução do LCA

Infecção. A incidência de infecção após a reconstrução LCA artroscópica é muito baixa. Também foram relatados óbitos ligados à infecção bacteriana por tecido de aloenxertos devido a técnicas inadequadas de aquisição e esterilização.

Transmissão viral. Os aloenxertos especificamente estão associados ao risco de transmissão viral, incluindo o HIV e a hepatite C, apesar do rastreio e processamento cuidadoso. A chance de obter um aloenxerto de osso de um doador infectado pelo HIV é calculada para ser inferior a 1 em um milhão.

Hemorragia . Raros riscos incluem sangramento por lesão aguda na artéria poplítea .

Dormência e formigamento e fraqueza ou paralisia da perna ou pé são raros, porém não é incomum ter dormência da parte externa da perna ao lado da incisão para retirada de enxerto, isso pode ser temporária ou permanente e esta relacionada a via de acesso. parestesias temporárias nos pés também sào frequentes principalmente quando o pé fica muito tempo para baixo.

Coágulo de sangue e trombose. Embora raro, o coágulo de sangue nas veias da panturrilha ou da coxa é uma complicação potencialmente fatal. Um coágulo de sangue pode migrar na corrente sanguínea e viajar para os pulmões, causando embolia pulmonar ou ao cérebro, causando em casos raros um acidente vascular cerebral.

Instabilidade. A instabilidade recorrente devido à ruptura, estiramento ou afrouxamento  do ligamento reconstruído é possível e apresenta vários relatos na literatura.

Rigidez. Joelho duro. A rigidez do joelho ou a perda de movimento foram relatados por alguns pacientes após a cirurgia. Isso pode ser minimizado com fisioterapia

Falha no mecanismo do extensor. A ruptura do tendão patelar (auto-enxerto do patelar) ou a fratura da patela (tendão do patelar ou auto-enxertos do tendão do quadríceps) podem ocorrer devido ao enfraquecimento no local da colheita do enxerto quando o tendão patelar e a fonte do enxerto.

Lesão na placa de crescimento. Em crianças pequenas ou adolescentes com ruptura do LCA, a reconstrução precoce  cria um possível risco de lesão na placa de crescimento, levando a problemas de crescimento ósseo. A cirurgia LCA pode ser adiada até que a criança esteja mais próxima da maturidade esquelética. Alternativamente, o cirurgião pode ser capaz de modificar a técnica de reconstrução do LCA para diminuir o risco de ferimento na placa de crescimento.

Dor no joelho. A dor pós-operatória na região anterior do joelho é especialmente comum após a reconstrução do LCA com o auto-enxerto do tendão patelar. A incidência de dor por trás da rótula varia muito nos estudos.

A melhor maneira de minimizar as complicações é escolher um bom cirurgião e operar num bom hospital

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Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 07/03/2018

Opções de Enxerto nas rupturas do LCA

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Tratamento cirúrgico das Rupturas do Ligamento Cruzado Anterior LCA

As rupturas do LCA geralmente não são reparadas usando sutura para costurar os cotos de tendão, porque as LCA suturados geralmente evoluíram com  falha ao longo do tempo. Portanto, as rupturas do LCA  são tratadas com reconstrução ligamentar.

Qual enxerto na cirurgia de reconstrução do LCA ?

Opções de Enxerto nas rupturas do LCA

  • Auto-enxerto de tendão rotuliano (o auto-enxerto provém do paciente)
  • Auto-enxerto de tendão isquiotibial
  • Auto-enxerto do tendão do quadríceps
  • Aloenxerto (de um cadáver) tendão patelar, tendão de Aquiles, semitendinosus, gracilis ou tendão tibial posterior
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Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 07/03/2018


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