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Channel: Dr. Marcos Britto da Silva, MD, MSc Ortopedista Traumatologia Esportiva
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Ligamento Antero Lateral do Joelho - ALL

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Esse artigo descreve O Ligamento Antero Lateral do Joelho de acordo com  o trabalho de dos Doutores:
Steven A. Claes, MD, Pellenberg, Belgium
Stijn Bartholomeeusen, MD, Malle, Belgium
Evie E. Vereecke, PhD, Kortrijk, Belgium
Jan M. Victor, MD, GENT, Belgium
Peter Verdonk, MD, PhD, Ghent, Belgium
Johan Bellemans, MD, Langdorp, Belgium
Dissecção do Ligamento Antero Lateral do Joelho
Legenda ALL Anterior Lateral Ligament, LCL Ligamento Colateral lateral

Esses autores descreveram a existência de um novo ligamento no joelho, a lesão desse ligamento pode explicar a presença de instabilidade no joelho após reconstruções ligamentares.


Por que o Pivot Shift pode estar presente após uma reconstrução do Ligamento cruzado anterior - LCA?

Alguns ortopedistas ressaltam que isso pode estar relacionado a dupla banda do LCA, porém os autores desse trabalho que descreve a existência desse novo ligamento acreditam na verdade que o pivot shift permanece devido a lesão do Ligamento Antero Lateral do Joelho. (Antero Lateral Ligament - ALL).
O Pivot Shift poderia permanecer após a reconstrução do LCA nos casos onde o ligamento Antero lateral do Joelho estivesse rompido.

Qual o mecanisno de Trauma e Lesão do Ligamento Antero lateral do Joelho?
Segundo os autores atualmente é desconhecido que tipo de força (em magnitude e direção) é necessária para produzir lesão no ligamento antero lateral do joelho ALL. A partir dos dados biomecânicos, foi sugerido um tensão rotatória anterior e interna translacional no joelho como sendo o mais "propenso" a causar as lesões. Nesta visão, o existência de um padrão clássico de edema ósseo no platô tíbial e no condilo fêmural após a lesão do LCA devem levantar a suspeita de uma lesão do ALL.

O que é o pivot shift?
O exame de pivot shift é uma manobra realizada para avaliar a rotação da tíbia sobre o femur que ocorre nas rupturas do ligamento cruzado anterior.

O ligamento Antero lateral do Joelho pode cicatrizar sem cirurgia?
Segundo os autores ainda não foi possível determinar a capacidade de cicatrização do ALL com o tratamento não operatório. Segundo os autores é necessária uma maior investigação para estabelecer o grupo de pacientes que podem se beneficiar de uma reconstrução do ALL adicional, após uma reconstrução LCA.

Existe alguma técnica para reconstruir esse ligamento quando ele estiver rompido?
Varias técnicas extra-articulares de reconstrução foram descritas no passado, com resultados variados, por exemplo, McIntosh 1, 2 e 3, Losee, Andrews, Ellison, etc. A técnica descrita por esses autores é uma modificação das técnicas mais antigas, embora o princípio geral seja o mesmo. A grande diferença é que agora estejamos reconstruindo uma estrutura anatômica específica afirmam os autores.

Qual o resultado da reconstrução do ALL?
Os resultados de estudos anteriores que combinam reparos intra e extra-articulares são variados. Um dos pré-requisitos de um estudo comparativo deve ser que os dois grupos estudados sejam semelhantes entre si. A presença da ruptura do ligamento Antero Lateral do joelho pode ser uma explicação para os resultados conflitantes testemunhados até o momento .

Marcos Britto da Silva
Ortopedia, Traumatologia e Medicina do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ
Publicado em 15/11/2013.

PRP no Ombro

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Um estudo prospectivo apresentado no ultimo Congresso Americano de Cirurgiões Ortopédicos em Abril de 2013 ( AAOS 2013) em Chicago indica que plasma rico em plaquetas (PRP) pode ser uma alternativa segura e de baixo custo no tratamento para tendinopatia do manguito rotador (RCT), nos casos com ruptura parcial do manguito rotador. Os resultados foram apresentados em Poster Científico P318, "Injeção de plasma rico em plaquetas como uma alternativa de tratamento para tendinite do manguito rotador do ombro", escolhido como o Melhor Poster 2013 na categoria de Ombro e Cotovelo, e foi exibição na Academia Salão B durante o congresso da AAOS em Chicago.

Nos últimos anos, o PRP surgiu como uma opção de tratamento eficaz para tendinopatias diversas em todo o corpo, incluindo o tendão do manguito rotador. Turlough O'Donnell, MD, e seu colega H. Aamir Shaikh, MSc, MRCSEd, HCM, do UPMC Hospital Beacon em Dublin, na Irlanda, avaliaram os efeitos terapêuticos de várias injeções de PRP administrados diretamente no tendão supra-espinhal, em comparação com o uso de injecções de corticosteróides no tratamento das rupturas parciais

Eles identificados prospectivamente 204 pacientes com função ruim com base no indice Constante-Murley para o ombro (CMS) marca ombro e dor no ombro que restrição de movimento (ADM). Apenas os pacientes com ROM passivo total e MRI confirmada grau Goutallier 2 ou menos infiltração gordurosa foram incluídos.

Os pacientes foram divididos em dois idade e sexo pareados coortes. O grupo PRP (n = 102) foi tratado com injecções PRP administradas directamente no tendão suprasimatos, o grupo de controlo (n = 102) foi tratada com 20 ml de solução de 0,05 por cento e bupivacaína 80 mg de metilprednisolona no espaço subacromial.

Escala visual analógica (VAS) escores de dor, ROM, e dezenas de ombro constantes foram obtidos em todos os pacientes 3 meses após a última injecção.PRP encontrado segura, eficaz Aos 3 meses após a injecção, os investigadores encontraram melhora clínica e estatisticamente significativa nos escores de dor VAS, ROM e escores médios constantes em ambos os grupos em comparação com pré-injeção de escores (P <0 br=""> Os pacientes do grupo PRP também teve flexão frente significativamente melhor ativo, abdução e rotação interna no final do acompanhamento do que aqueles no grupo de controle. A diferença média de pontuações constantes após a injecção nos dois grupos foi de 19,4. De acordo com os pesquisadores, quando esta mudança de meio estimados foi registada em função do pré-injecção, mediante a utilização de análise de variância, o aumento da pontuação foi claramente superior no grupo PRP do que no grupo de esteróides (67,7 por cento e 24,9 por cento, respectivamente). Além disso, em 1 ano de follow-up, apenas 3 pacientes do grupo de PRP foram submetidos à cirurgia para a dor recalcitrante, enquanto que 48 pacientes do grupo do corticosteróide havia necessidade de intervenção cirúrgica.

"Em 12 meses de acompanhamento, os pacientes que receberam uma série de injeções de PRP foram 16 vezes menos probabilidades de ter sofrido uma intervenção cirúrgica do que os pacientes que receberam injeções de corticosteróides", disseram os autores. Os autores concluíram que as injeções de PRP são uma alternativa de tratamento clinicamente segura e de baixo custo para as injeções de corticóide para dor RCT.0>

Marcos Britto da Silva
Ortopedia, Traumatologia e Medicina do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ
Publicado em 15/11/2013.

Medicamentos Genéricos e Similares

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Um medicamento genérico é um medicamento que além de conter a mesma substância passou por teste de biodisponibilidade do medicamento de marca.


O medicamento genérico é a mesma coisa que medicamento similar?
Não, o medicamento similar contém a mesma substância porém não passou por testes de biodisponibilidade.

Quando meu ortopedista me passar um medicamento posso trocar por um Genérico ou similar na Farmácia?
Não, caso você prefira tomar medicamentos genéricos converse isso com o seu ortopedista antes de sair do consultório, com a receita prescrita.

Nunca troque o medicamento prescrito por orientação de terceiros.
Caso você imagine que o genérico é mais barato converse antes com o seu ortopedista. Algum medicamentos mesmo contendo o mesmo princípio ativo não funcionam da mesma maneira.
O remédio é como o Médico funciona melhor quando você confia.
Quando você toma um medicamento diferente do que o médico prescreveu e você tem uma reação adversa fica sempre a dúvida, a reação foi causada pela substância ou por não ter tomado o medicamento prescrito.

Se estiver em dúvida em relação ao medicamento prescrito, ligue para o seu médico.
Não troque o remédio na farmácia.

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista medicina do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
atualizado em 19/10/2013 O que é um medicamento Genérico?

Má Postura e Torcicolo

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O pescoço (região da coluna cervical) é composta de 7 vértebras que começam na parte superior do tronco e terminam na base do crânio. As vértebras, juntamente com os ligamentos  fornecer estabilidade para a coluna. Os músculos sustentam e permitem o movimento da coluna cervical. O pescoço tem uma quantidade significativa de movimento e suporta o peso da cabeça. No entanto, é menos protegido do que o resto da coluna, o pescoço pode ser vulnerável a lesões e doenças que produzem dor e restringem o movimento. Para muitas pessoas, a dor no pescoço é uma condição temporária que desaparece com o tempo. Outros necessitam de diagnóstico e tratamento médico para aliviar seus sintomas.

Causas da dor no Pescoço
Uma das causas mais comuns da dor no pescoço é a má postura. A má postura da coluna cervical é um mal dos novos tempos. hoje passamos horas deitados vendo televisão com dois travesseiros embaixo da cabeça, lemos deitado, usamos o computador em posição errada com o monitor muito alto, muito baixo, a direita o esquerda do corpo o que obriga a manter a cabeça girada para um lado por várias horas. Algumas secretárias tem o hábito de atender telefone segurando a telefone com o ombro para ficar com as duas mãos livres, principalmente o celular! Essa necessidade de ser multitarefa dos dias atuais coloca o pescoço em posições que levam a torcicolos e a longo prazo podem levar ao desenvolvimento de doenças mais sérias como a artrose. Outro hábito ruim para o pescoço é dormir com a barriga para baixo e em alguns casos o uso de óculos multifocais. o Hábito de carregar peso na cabeça por períodos prolongados também sobre carrega as articulações intervertebrais levando a desgaste, dor e artrose no pescoço.

A dor no pescoço pode resultar de anormalidades nos tecidos moles, músculos, ligamentos e nervos, em outros casos o problema pode estar relacionados aos ossos e articulações da coluna vertebral. As causas mais comuns de dor no pescoço são anormalidades do tecido mole devido a lesão ou uso prolongado inadequado e a artrose. Em casos raros, tumores ou infecções podem causar dor no pescoço. Em algumas pessoas, problemas no pescoço podem ser a fonte de dor na parte superior das costas, ombros ou braços, zumbido e problemas de equilíbrio.

Doenças inflamatórias
A artrite reumatóide pode destruir as articulações no pescoço e causar rigidez e dor severa. A artrite reumatóide normalmente ocorre na área do superior pescoço .

Degeneração do disco cervical (Espondilose)
O disco funciona como um amortecedor entre os ossos do pescoço. Na degeneração de disco cervical (que normalmente ocorre em pessoas com idade de 40 anos e mais velhos), o centro normalmente gelatinoso do disco se degenera e o espaço entre as vértebras se estreita ( imagem vista na radiografia, tomografia computadorizada ou ressonância magnética). Como o espaço em disco se estreita, mais stress é aplicado para nas articulações da coluna cervical causando desgaste ainda maior e artrose. O disco cervical pode também projetar e colocar pressão sobre as raízes da medula espinhal ou de nervos quando a borda do disco enfraquece. Isto é conhecido como uma hérnia de disco cervical.

Traumas e acidentes
O pescoço é muito flexível e suporta a cabeça por isso é extremamente vulnerável a lesões. Acidentes de mergulho, esportes de contato e quedas e acidentes automobilísticos podem resultar em lesões no pescoço. O uso regular do cinto de segurança em veículos a motor podem ajudar a prevenir ou minimizar a lesão no pescoço. A batida de carro por trás pode resultar em hiper extensão, um movimento para trás do pescoço além dos limites normais, ou hiperflexão, um movimento para a frente do pescoço para além dos limites normais, Chicote na batidas de frente. As lesões do pescoço mais comuns envolvem os tecidos moles: músculos e ligamentos. Lesões graves no pescoço com uma fratura ou deslocamento do pescoço podem danificar a medula espinhal e causar paralisia.

Outras causas de dor cervical
Causas menos comuns de dor no pescoço incluem tumores, infecções ou anormalidades congênitas das vértebras.

Quando  procurar cuidados médicos?
Presença de dor cervical severa que ocorra após uma lesão em acidentes de viação,  mergulho, carro ou até mesmo em parques de diversão e também após quedas, Um profissional treinado, como um paramédico ou Bombeiro, deve imobilizar o paciente para evitar o risco de outras lesões e possível paralisia. O atendimento médico deve ser procurado imediatamente.

Assistência médica imediata também deve ser procurado quando uma lesão causar dor no pescoço que se irradia para os braços e pernas.
Dor ou dormência nos braços ou pernas, causando fraqueza nos braços ou pernas, mesmo sem dor no pescoço também devem ser avaliadas.

Se não houve uma lesão aparente, o paciente deve procurar atendimento médico quando a dor no pescoço é:
  • contínua e persistente
  • grave
  • acompanhada de dor que se irradia para os braços ou pernas
  • acompanhada por dores de cabeça, dormência, formigamento ou fraqueza
Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 01/11/2013.

Fratura Diafisária de Úmero

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As fraturas da diáfise do úmero são muito freqüentes, representam cerca de 3 a 5% da ocorrência de todo tipo de fratura. São descritos bons resultados com o tratamento não operatório (Sarmiento), porém, as fraturas segmentares, associadas às fraturas do antebraço, lesões neuro-vasculares, fraturas expostas, patológicas, bilaterais, poli-traumatizados, agravamento ou surgimento de lesão neurológica, quadriplégicos, lesões do plexo braquial, falha do tratamento conservador, são indicações para a estabilização cirúrgica (Brinker). A fratura da diáfise do úmero ocorre de forma bimodal, com dois picos, o primeiro entre 21 e 30 anos, o segundo em pacientes mais velhos, entre 60 e 80 anos, principalmente do sexo feminino (Pollock). O trauma de alta energia é o principal responsável pelo primeiro pico de incidência nos jovens e a osteoporose é responsável pelo segundo pico. A observação de fraturas de úmero em pacientes com osteoporose é uma boa oportunidade para investigarmos a causa primaria dessa doença (Tytherleigh-Strong).

1.    Quais as principais indicações para o tratamento cirúrgico da fratura da diáfise do úmero.
As principais indicações são: cotovelo e ombro flutuante; associação com lesões vasculares; fraturas abertas e expostas; segmentares; multi-fragmentadas; patológicas ou bilaterais; poli-traumatizados; agravamento ou surgimento de lesão neurológica; quadriplégicos; lesões do plexo braquial; ausência de consolidação no tratamento conservador; incapacidade de manter a redução com gesso ou órteses; pacientes com fraturas nos membros inferiores que requeiram apoio com o membro superior (Pollock). A extensão do traço de fratura para a articulação do cotovelo ou ombro também requer tratamento cirúrgico para obter uma redução anatômica, e permitir mobilidade precoce. As indicações relativas são: pacientes obesos, com tórax muito largo, não aceitação do uso de imobilizações do tipo órteses ou gesso (Ruedi).

2.    Qual o melhor método de fixação para o tratamento das fraturas da diáfise do úmero?
A fixação é realizada com placas e parafusos de compressão, hastes intramedulares ou fixadores externos. Os livros textos de ortopedia apontam a placa como sendo o padrão-ouro para o tratamento das fraturas diafisárias de úmero fechadas, porém este conceito deve ser interpretado com cautela pois a placa de compressão não resolve todos os casos. Na revisão da literatura com análise dos trabalhos com maior confiabilidade, encontramos que as taxas de re-operação foram menores com o uso de placa de compressão em comparação com o uso de haste intramedular bloqueada, com risco relativo de 0.26 para re-operação, IC95% 0,07-0,9 com valor de p = 0,03 (Bhandari). Porém esses resultados podem estar superestimados devido ao reduzido número de pacientes e fraturas nos trabalhos analisados.

Os artigos de revisão sistemática indicam discreta superioridade do tratamento com placa de compressão dinâmica, porém não houve diferença estatística nas taxas de consolidação e recuperação funcional entre os dois médotos (Bhandari).  A meta-análise de ensaios clínicos randomizados concluiu que as placas reduzem o risco de cirurgia subseqüente em pelo menos 12% e no máximo em 93%. Esses achados devem ser interpretados com cuidado, pois o número de pacientes envolvidos foi de 155 no total.

A escolha do método de fixação cirúrgica ideal das fraturas do úmero ainda necessita de uma maior quantidade de pacientes estudados em trabalhos comparativos. (Rodriguez-Merchan)

3.    Quais as indicações para uso do fixador externo nas fraturas diafisárias do úmero?
O fixador externo em geral é usado nas fraturas da diáfise do úmero como uma síntese temporária, pois apresenta alta incidência de complicações quando usado por longos períodos (Rich). As principais indicações são fraturas expostas, principalmente com alto grau de contaminação, ou fraturas onde não podemos instalar placa ou haste intramedular bloqueada (Kamhin). Pacientes que apresentam lesões de partes moles e pele, como em casos de queimadura também se beneficiam dos fixadores externos. O fixador externo pode ser empregado para controle do dano em pacientes com múltiplos traumatismos (Choong).

4. Qual a incidência de lesão do nervo radial na fratura diafisária do úmero?
A incidência de paralisia do nervo radial acomete cerca de 12% dos pacientes. Existe uma relação direta entre a gravidade do trauma e a presença de lesões do nervo radial nas fraturas diafisárias de úmero. As fraturas do terço médio e médio distal são mais frequentemente associadas a lesões do nervo radial que o terço médio proximal. As fraturas com traço transverso e espiral estão mais relacionadas à lesão do nervo radial em comparação com o traço obliquo ou cominutivo. Cerca de 71% dos pacientes apresentaram recuperação espontânea, em 88% dos casos após a exploração cirúrgica (Shao). Numa série de 620 pacientes tratados com brace Sarmiento encontrou 67 pacientes com paralisia do nervo radial e somente em 1 paciente não houve recuperação funcional espontânea.Na avaliação da lesão do nervo radial é importante determinar o momento em que a lesão ocorreu. Se a lesão ocorre no momento do trauma na maioria dos casos temos uma neuropraxia e podemos aguardar a recuperação espontânea, que ocorre na maioria dos casos. A exploração do nervo radial se torna obrigatória em pacientes que evoluem com perda progressiva da função neurológica ou se essa ocorrer opós manipulação do foco, ou colocação da imobilização. Nesses casos provavelmente o nervo está interposto no foco de fratura, e isto também constitui contra indicação para a colocação de hastes intramedulares a foco fechado. Nas fraturas expostas onde inicialmente o nervo radial está com paralisia, o mesmo deve ser explorado no momento da limpeza cirúrgica. Em relação ao tempo que devemos esperar para explorar nervo radial que está com paralisia, não há evidência definitiva, porém o tempo mínimo sugerido é de 8 semanas, e o máximo de seis meses (Shao).
5.    Qual o melhor método de osteossíntese em fraturas patológicas da diáfise umeral? O úmero é o segundo sítio mais freqüente de fraturas patológicas pos metástases ósseas de neoplasias malignas (Sims).O tratamento não operatório com órteses e radiação são eficazes na maioria dos pacientes, porém, alguns se beneficiam do tratamento operatório, principalmente os acamados. Em pacientes com fratura patológica se tem tradicionalmente usado hastes intramedulares bloqueadas, principalmente quando realizada de modo minimamente invasivo, pois facilita o uso de radiação complementar pós-operatória para controle da neoplasia (Foster). Com o surgimento das placas bloqueadas, essas passam a ser alternativa razoável para o manejo dessas fraturas (Redmond). Não foram encontrados na literatura trabalhos comparando o uso de hastes intramedulares e placas bloqueadas em fraturas patológicas de úmero.Ambos os métodos de fixação são satisfatórios, não sendo indicadas as placas de fixação convencionais devido à osteoporose e risco de falência de síntese. Ocorre também dificuldade para irradiação posterior devido à via de acesso alargada. Lancaster JMA realização da osteossíntese sem violação do foco deve ser realizada nos casos com necessidade de esclarecimento diagnóstico, ou nos casos com necessidade de complementação da síntese com cimento ósseo, ou quando a ressecção da tumoração deve ser realizada para o controle a longo prazo da doença primária, como no caso da metástase isolada de carcinoma de células renais (Chin).

6.    Qual a deve ser a via de acesso para abordar as fraturas da diáfise do úmero?
O úmero pode ser abordado por via de acesso antero-lateral, lateral, antero-medial e posterior, além das duplas vias de acesso no tratamento com placas em ponte, com técnica minimamente invasiva.
A via de acesso antero-lateral é mais usada para abordagem das fraturas do terço médio e médio-proximal, nesse acesso o nervo radial deve ser dissecado na região distal da fratura para evitar lesões (Chesser).A via de acesso lateral expõe satisfatoriamente os 2/3 distas do úmero (Mills). A via de acesso posterior é muito usada para as fraturas do terço distal da diáfise umeral. Esta via ainda apresenta a vantagem da possibilidade de colocar uma placa larga bem apoiada na cortical devido a forma achatada do úmero nessa região e parte da via de acesso é usada para a inserção das hastes intramedulares retrógradas. A via de acesso antero-medial não é frequentemente usada, porém proporciona excelente exposição ao feixe vascular e aos nervos mediano e ulnar. Deve ser usada quando existe associação de fraturas da diáfise do úmero com lesões vasculares.McNamara JJ,Podemos também realizar via de acesso antero-superior ao ombro com dissecção através do manguito rotador para inserção das hastes intramedulares anterogradas.Reimer BL

7.    Quais os critérios para indicação de tratamento cirúrgico apos falha no tratamento não operatório?
A fratura diafisária de úmero apresenta boa evolução com o tratamento não operatório e normalmente observamos uma diminuição progressiva na mobilidade do foco de fratura nas trocas de gesso. A consolidação clínica é um parâmetro mais importante nas primeiras semanas, pois nesse momento ainda não contamos com bom parâmetro radiológico.
A fratura consolida em 6 a 10 semanas (David). Em fraturas cominutivas, o tempo de consolidação é mais longo, de 11 semanas em media, e de 12 semanas para as fraturas transversas(Sarmiento). Deve-se aguardar até 16 semanas para indicar o tratamento cirúrgico, porém esse prazo pode ser alargado, desde que esteja ocorrendo progressão radiológica para consolidação nos controles radiológicos seriados a cada 4 semanas.

8.    Qual a incidência de rigidez articular no ombro e cotovelo quando comparamos hastes intramedulares bloqueadas com placas de compressão?
Os pacientes operados com placa apresentam taxas menores de dor no ombro. No entanto, quando as placas são colocadas em fraturas próximas da região metafisária do cotovelo apresentam maior incidência de dor nessa região. Os pacientes operados com haste intramedular bloqueada anterograda apresentam maior incidência de impacto, dor, e rigidez no ombro (Bhandari).

9.    Qual o melhor método de fixação das fraturas diafisárias do úmero em pacientes com osteoporose ?
Pacientes com osteoporose apresentam dificuldade técnica para fixação Cornell, devido às modificações de estrutura óssea, e perda de densidade mineral óssea Giannoudis, que leva à dificuldade de estabilização mecânica do implante, e diminuição da força necessária para arrancamento do parafuso da placa (Perren )A densidade mineral óssea tem correlação direta com a estabilidade mecânica dos parafusos (, Chapman2)
O uso de placas de compressão em ossos osteoporóticos apresenta altas taxas de complicação e soltura do implante. Sendo necessária, algumas vezes, o uso de técnicas para aumentar a estabilidade do implante. Por exemplo, o uso de cimento ósseo nos orifícios dos parafusos (Chapman). O uso de placas com parafusos bloqueados aumenta a estabilidade do implante, principalmente com os parafusos bicorticais (Larson). Essas características da placa com parafusos bloqueados ajudam no tratamento de fraturas em ossos osteoporóticos ( Wenzl). As hastes intramedulares bloqueadas são também boa alternativa para o tratamento de fraturas em ossos osteoporóticos (Mc Cormack)

10.Quais as principais complicações do tratamento com placa de compressão, haste intramedular bloqueada e fixadores externos.
O retardo de consolidação, pseudartrose, e infecção, foram discretamente mais freqüentes no tratamento com placa e parafusos, em relação às hastes intramedulares bloqueadas (Chapman). As lesões neurológicas ocorreram em freqüência baixa após a cirurgia, havendo recuperação em totalidade dos casos.
 Quanto o acesso e realizado por uma via anterógrada, as complicações são o impacto e diminuição do arco de movimento do ombro (Chapman). O uso de hastes retrógadas está associado à fratura supracondileana, diminuição de força no tríceps, dor no cotovelo, diminuição do arco de movimento, e anquilose do cotovelo (Rommens).
Apesar do acesso minimamente invasivo, e do reparo do manguito rotador, durante a introdução da HIB anterógrada no ombro, a etiologia da dor e da disfunção permanecem não explicadas (Chapman). As hastes flexíveis com ponto de entrada fora do manguito rotador podem melhorar essas complicações, porém ainda necessitam de mais trabalhos científicos para uso em larga escala (Stannard).

11. Há necessidade de órteses externas, tipo brace, no pós-operatório do tratamento com placas ou hastes intramedulares?
Não foram encontrados trabalhos na literatura que justificassem o uso de brace no pós-operatório da osteossíntese, com qualquer placa, parafusos ou hastes intramedulares. As órteses são usadas para tratamento não operatório das fraturas diafisárias de úmero. (Sarmiento )

12.O que se conclui com a análise das taxas de complicações, tais como pseudartrose, infecção e impacto pós-estabilização cirúrgica da fratura de diáfise do úmero?

Os pacientes com fratura da diáfise umeral que requerem estabilização cirúrgica podem ser tratados satisfatoriamente com haste intramedular bloqueada e placas de compressão. A haste intramedular requer maior curva de aprendizado e está relacionada maiores taxas de complicações e re-operações. Porém, é a melhor alternativa em casos selecionados. As placas bloqueadas e as hastes intramedulares são superiores às placas convencionais em pacientes com osteoporose. As lesões do nervo radial associadas à fratura da diáfise do úmero recuperam espontaneamente na maioria dos casos (Bhandari).
A seleção do implante deve ser baseada em fatores tais como idade, sexo, ocupação, morfologia da fratura, localização, lesões de partes moles associadas e experiência do cirurgião (Perren).
Importante ressaltar que as diretrizes aqui apresentadas são baseadas em estudos científicos.  O suporte hospitalar adequado é condição sine-qua-non para atingir os melhores resultados. Situações críticas em locais remotos, sem acesso à tecnologia, tais como material cirúrgico básico, implantes adequados, equipamentos anestésicos, controle radiológico,  podem necessitar de alternativas terapêuticas não expressas nessa diretriz (Bhandari )

REFERÊNCIAS:

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Esse é o segundo artigo que Escrevi para o projeto diretrizes da SBOT-AMB em 2008 em Parceria com o Dr. Helio Barroso esse artigo foi publicado no Setimo livro do Projeto Diretrizes da AMB.

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 29/11/2013
 

Neuropraxia do Nervo Radial Sindrome do Braço do Namorado

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Acordar com o braço dormente é um sintoma muito frequente.
A dormência em geral dura alguns minutos ou horas e em geral não deixa sequelas.

O que provoca a parestesia ( dormência, formigamento) no Braço ?
Temos duas possibilidades, uma origem vascular outra neurológica.
Compressão vascular: Ao deitar em posição ruim as artérias que irrigam o membro superior podem ficar comprimidas e isso provoca uma sensação de formigamento, a mão fica boba e não obedece aos comandos. Ao esticar o braço o sangue volta e alguns minutos depois o formigamento desaparece e a função da mão retorna.
Compressão neurológica: o nervo mais frequentemente comprimido quando dormimos com a cabeça sobre o braço é o nervo radial, esse nervo é responsável por esticar os dedos e o punho. por exemplo para levantar o polegar e fazer o sinal de joia ( =  Curtir no FaceBook) o nervo radial deve estar funcionando. Quando a namorada dorme sobre o braço a cabeça dela pode comprimir o nervo radial contra o úmero e o nervo radial pode parar de funcionar, a isso chamados de neuropraxia do nervo radial ou braço do namorado.

Anatomia do Nervo radial
O nervo radial sai da região axilar na parte de dentro do braço e desce em direção ao cotovelo num trajeto junto ao osso do braço chamado de úmero. Ele desce por traz do úmero e na junção do terço médio com o terço distal o nervo sai da região posterior e cruza pela face lateral do úmero. Nesse ponto o nervo radial é mais propenso a compressões pelo crânio.

Quanto tempo dura uma neuropráxia do nervo radial na sindrome do braço do namorado?
Pode durar poucos minutos ou horas porém quando a cabeça fica muito tempo comprimindo o nervo a parestesia pode durar vários dias, porém em geral regride em duas semanas.

A neuropraxia do nervo radial pode durar mais tempo?
Sim, nos compressões mais sérias pode permanecer por semanas porem em geral a recuperação sempre ocorre. Em casos raros a compressão e tão séria que fica uma sequela porém isso é muito raro.

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 17/12/2013

esse post responde a pergunta abaixo:

Márcio Rocha deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Compressão do Nervo Ulnar no Cotovelo e Punho": 

Olá Dr.Marcos 

Sou Márcio,esses dias eu estava estudando numa das bibliotecas da Usp(IME)...e eu estava muito cansado entao eu dormi na mesa,em cima de meu braço direito, ele estava reto , e depois de uns 40 min eu acordei e não conseguia meche-lo,fiquei desesperado,pedi para que me levasem ao HU(hospital universitario) o medico disse que voltaria ao normal no mesmo dia,disse que me despreocupa-se ,fui para casa e no outro dia eu acordei e ainda estava do mesmo jeito, voltei no hospital e a médica disse que pelo fato de eu não conseguir fazer alguns movimentos com as maos ex:não conseguir levantar a palma da mao para cima com os dedos esticados isso voltaria ao normal em 4 meses estaria 100% mas se não melhora-se nada em 2semanas eu volta-se lá ,o que vc acha que pode ter acontecido comigo DR.pelos sintomas ditos, eu nem se quer consigo manipular um copo de agua direito, e to até sem força , isso pode ter uma solução ? 

Fratura de tíbia - Diafisaria

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A tíbia, osso da canela ou osso da perna é um do osso longo frequentemente fraturado. Os ossos longos incluem o fêmur, úmero, tíbia e da fíbula. A fratura diafisária da tíbia ocorre ao longo do comprimento do osso, abaixo do joelho e acima do tornozelo.
Normalmente a fratura dos ossos longos é decorrente de uma grande força e outras lesões ocorrem frequentemente com estes tipos de fraturas.

AnatomiaA perna é formada por dois ossos: a tíbia e a fíbula. A tíbia é o maior dos dois ossos. Ele suporta a maioria do peso corporal e é uma parte importante da articulação do joelho e do tornozelo.

Tipos de fraturas diafisárias da tíbia A tíbia pode quebrar de diversas formas. A gravidade da fratura geralmente depende da quantidade de força que causou a fratura. A fíbula é muitas vezes quebrada também.

Os Tipos mais comuns de fraturas tibial incluem:
Fratura estável:
Este tipo de fratura apresenta pouco descocamento os ossos estão próximos e não tem a tendencia de sair do lugar. As extremidades dos ossos estão alinhados. Em uma fratura estável, os ossos costumam ficar no local durante a cicatrização.

Fratura deslocada ou desviada: Quando um osso quebra e é deslocado, as extremidades quebradas são separados e não se alinham. Estes tipos de fraturas geralmente exigem cirurgia para colocar os fragmentos ósseos de volta no lugar.

Fratura transversa: Este tipo de fratura tem uma linha de fratura horizontal. Essa fratura pode ser instável, especialmente se a fíbula também está quebrada.

Fratura oblíqua:
Este tipo de fratura tem um padrão angular e normalmente é instável. Se uma fratura oblíqua é inicialmente estável ​​ou minimamente deslocada, ao longo do tempo pode desviar. Isto é especialmente mais frequente se a fíbula não está quebrada.

Fratura espiral: Este tipo de fratura é causada por uma força de torção. O resultado é uma espiral em forma de linha de fratura sobre o osso, como uma escada em caracol. Fraturas em espiral podem ser deslocadas ou estáveis, dependendo da quantidade de força que provocou a fratura. 

Fratura cominutiva ou multifragmentar: Este tipo de fratura é muito instável. O osso quebra em três ou mais fragmentos.

Fratura exposta: Quando os ossos quebrados rompem a pele, eles são chamados de fraturas expostas ou abertas. Por exemplo, quando um pedestre é atingido pelo pára-choques de um carro em movimento, a tíbia quebrada pode se projetar através de um rasgo na pele e de outros tecidos moles.
Fraturas expostas muitas vezes envolvem muito mais danos para os músculos ao redor, além de tendões e ligamentos. Eles têm um maior risco de complicações como infecção e levam mais tempo para curar.

Fratura fechada: Com esta lesão, os ossos quebrados não romper a pele. Apesar da pele não está lesada, internamente os tecidos moles ainda podem ter sido seriamente danificados. Em casos extremos, inchaço excessivo pode cortar o fornecimento de sangue e levar a morte do músculo, e em casos raros amputação ( Síndrome compartimental).

Causas
Colisões, quedas de moto e acidentes de alta energia de alta energia, são causas comuns de fraturas da diáfise tibial. Em casos como estes, o osso pode ser quebrado em vários pedaços (fratura cominutiva) Raramente podem quebrar em esportes como no futebol, quando a fratura ocorre com traumas menores precisamos avaliar a possibilidade de fraturas patológicas, atletas que quebram a perna com traumas que habitualmente não produzem fratura podem ter uma história prévia de dor após os treinos e apresentarem um trinca  (fratura de estresse) por overtraining.

Lesões esportivas: Essas fraturas são normalmente causados ​​por uma força de torção e resultam em um tipo oblíquo ou espiral de fratura.

Quais os sintomas da fratura de tíbia?
Os sintomas mais comuns de uma fratura diafisária da tíbia são:
  • Dor
  • Incapacidade de caminhar ou suportar o peso sobre a perna
  • Deformidade ou instabilidade da perna
  • Osso saliente sob a pele 
  • Perda ocasional da sensibilidade no pé

Exame médico
É importante que o seu médico saiba as circunstâncias de como ocorreu a fratura. Por exemplo, se você caiu de uma árvore, até onde você caiu? É tão importante para o seu médico para saber se você sustenta qualquer outros ferimentos e se você tiver outros problemas médicos, tais como diabetes. O médico também precisa saber se você toma qualquer medicação. Depois de discutir os seus sintomas e história médico, o médico fará um exame cuidadoso, irá avaliar o seu estado geral, e em seguida se concentrar em sua perna. 

  • Deformidade óbvia, tais como angulação ou encurtamento (as pernas não têm o mesmo comprimento)
  • Fissuras na pele
  • Contusões (escoriações)
  • Inchaço
  • Proeminências ósseas sob a pele
  • Instabilidade (alguns pacientes podem reter um certo grau de estabilidade se a fíbula permanece intacta ou a fratura for incompleta, essa podem se completar com um trauma mais forte)
Após a inspeção visual, o ortopedista pode paupar ao longo da perna para ver se há anormalidades da tíbia. No paciente acordado e alerta, o médico pode testar a sensibilidade e força muscular, pedindo para mover os dedos dos pés e avaliando a sensibilidade nas diferentes áreas ao longo do pé e tornozelo.


Testes e Exames de Imagem
Outros exames que podem ajudar o médico a confirmar a sua fratura incluem:

Raios X
Raios-X pode mostrar se o osso está quebrado e se há deslocamento (a distância entre os ossos quebrados). Eles também podem mostrar quantos pedaços de osso existem. Os raios X são úteis para identificar o envolvimento do joelho ou tornozelo e a presença de uma fratura da fíbula.

A tomografia computadorizada (TC)
Depois de revisar o exames de raios-x, o ortopedista pode recomendar uma tomografia computadorizada da perna. Isto é feito frequentemente, se há uma fratura estendendo-se para a região do joelho ou tornozelo. A tomografia computadorizada mostra uma imagem de corte transversal do membro. Ele pode fornecer ao seu ortopedista informações valiosas sobre a gravidade da fratura.

Tratamento da Fratura de Tíbia
No planejamento de seu tratamento, o ortopedista irá considerar várias coisas, incluindo:

  • A causa da lesão ( trauma agudo, fratura de estresse que se completou, etc)
  • A saúde geral do Paciente
  • A gravidade da lesão
  • A extensão dos danos dos tecidos moles
Tratamento não cirúrgico pode ser recomendado para pacientes que:

  • Tem doenças sistêmicas que dificultam o tratamento operatório ( diabetes, doença vascular)
  • Pessoas sedentárias, que por isso são mais capazes de tolerar pequenos graus de angulação ou diferenças no comprimento da perna.
  • Têm fraturas fechadas com apenas dois fragmentos de ossos grandes e com deslocamento pequeno 
Tratamento inicial. A maioria das lesões causam algum inchaço durante as primeiras semanas. O médico ortopedista pode inicialmente aplicar uma tala para proporcionar conforto e apoio. Ao contrário de um gesso circular, uma tala pode ser apertada ou afrouxada e permite que o inchaço ocorra de forma segura. Depois que o inchaço diminui, o médico ortopedista irá considerar um leque de opções de tratamento.



Tratamento com aparelho Gessado. Um método de tratamento não cirúrgico é o gesso tipo PTB ( Patelar Tendon Bearing - gesso de contato total com apoio no tendão patelar descrito por Sarmiento) Inicialmente é usada uma calha, depois um gesso completo: cruro podálico e finalmente o PTB. Depois de semanas no gesso, ele pode ser substituído com um imobilizador ou brace funcional e iniciada fisioterapia.

Tratamento Cirúrgico
O médico ortopedista pode recomendar uma cirurgia para a fratura se:
  • Uma fratura aberta ou exposta, ou ainda que apresente feridas que necessitam de monitoramento 
  • Extremamente instável devido a fragmentos de ossos soltos e grandes deslocamentos 
  • Fratura que não curou com métodos não-cirúrgicos
Fixação Intramedular. A forma atual mais popular de tratamento cirúrgico para fraturas da tíbia é a haste intramedular. Durante este procedimento, uma haste de metal especialmente projetada é inserida a partir da frente do joelho para baixo no canal medular da tíbia. A haste passa através da fratura para mantê-lo na posição, o ideal é fixar a haste percutaneamente nas região proximal e distal a fratura.


Tipos de Haste Intramedular.
Hastes intramedulares vêm em vários comprimentos e diâmetros para caber na maioria dos ossos  da tíbia. A haste intramedular é parafusado ao osso em ambas as extremidades. Isso mantém as fragmentos ósseos na posição correta durante a cicatrização.

Vantagens da haste Intramedular de Tíbia.
A Haste Intramedular permite uma fixação estável e forte. O paciente pode em geral pisar com apoio sobre o membro fraturado e fixado com uma haste intramedular. A técnica também torna mais provável que a posição do osso obtido no momento da cirurgia seja mantido quando comparado com a placa ou a fixação externa.

Placas e parafusos. As fraturas da diáfise da tíbia eram rotineiramente tratados com placa e parafuso. Estas ferramentas são reservados para fraturas onde a fixação com hastes intramedulares não é  possível ou ideal, porém é opção também em certas fraturas que se estendem tanto para o joelho ou tornozelo.
Durante este tipo de procedimento, os fragmentos ósseos são primeiramente reposicionados (reduzidos) em seu alinhamento normal. Eles são mantidos juntos por parafusos especiais e placas de metal ligada à superfície externa do osso.

Fixação externa. Neste tipo de operação, pinos de metal ou parafusos são colocados dentro do osso acima e abaixo do local da fratura. Os pinos e parafusos são conectados a um barra fora da pele. Este dispositivo é um quadro de estabilização que mantém os ossos na posição adequada para que eles possam curar e a pele cicatrizar
A fixação externa produz resultados razoáveis e é um excelente método para tratamento das partes moles.

Recuperação pós fratura de Tíbia
O tempo para voltar às atividades diárias varia de acordo com diferentes tipos de fratura. Algumas fraturas da diáfise tibial curam dentro de quatro meses, mas muitos podem demorar 6 meses ou mais tempo para sarar. Isto é particularmente verdadeiro com fraturas expostas e nas fraturas em pacientes menos saudáveis com doenças sistêmicas e desnutridos.

Movimentação precoce. Muitas vezes incentivamos o movimento das pernas no início do período de recuperação. Por exemplo, se lesão de tecidos moles está presente com uma fratura, o joelho, tornozelo, pé e dedos podem ser mobilizados no início, a fim de evitar a rigidez e evitar trombose.
Fisioterapia. Durante o uso de gesso circular ou tala, o paciente provavelmente vai perder a força muscular no local da lesão. Exercícios durante o processo de cura e após a remoção do gesso são importantes. Eles irão ajudar a restaurar a força muscular, mobilidade articular e flexibilidade.
Peso corporal. Quando o paciente começa a andar, provavelmente precisará usar muletas ou um andador.
É muito importante seguir as instruções do seu médico ortopedista em relação a colocação ou não de peso ( carga) sobre o perna quebrada para evitar problemas. Em alguns casos, os médicos irão permitir que os pacientes coloquem peso sobre a perna após a cirurgia e em outras situações colocar peso sobre a perna é terminantemente proibido. Você deve sempre seguir as instruções específicas dadas pelo seu cirurgião.

Dor A dor no local da fratura geralmente diminui muito antes mesmo do osso colar. Colocar peso sem autorização médica em fraturas com extensão metafisária e articular para o joelho ou tornozelo pode provocar afundamento ósseo e a necessidade de cirurgia para colocação de enxerto. 

Complicações A fratura diafisária da tíbia pode causar vários danos e complicações.
  • Fragmentos afiados podem cortar ou rasgar os músculos adjacentes, nervos ou vasos sanguíneos. 
  • Inchaço excessivo pode levar à síndrome de compartimental, uma condição na qual os compartimentos da perna edemaciam e a circulação sanguinea é interrompida levando a necrose dos tecidos Isso pode resultar em consequências graves e requer cirurgia de emergência uma vez diagnosticada. 
Fraturas expostas podem provocar infecção profunda óssea ou osteomielite, embora a prevenção de infecção tenha melhorado dramaticamente ao longo da última geração.As complicações cirúrgicas
  • Desalinhamento, ou a incapacidade de posicionar corretamente os fragmentos 
  • Infecção 
  • Lesão dos nervos 
  • Lesão vascular 
  • Coágulos sanguíneos - Trombose (estes também podem ocorrer sem cirurgia) 
  • Pseudartrose (ocorre quando osso não cura) 
  • Angulação 
  • Necessidade de outras cirurgias
Certos fatores estão frequentemente associados a dificuldades na consolidação de fraturas. Fraturas expostas, em que os fragmentos ósseos são deslocados o suficiente para sair da pele, geralmente sustentam uma maior lesão e estão em maior risco para a infecção. Isso pode frear ou impedir a cura. Essas fraturas são mais susceptíveis de exigir procedimentos cirúrgicos secundários. Pacientes Fumantes e com diabetes podem ter dificuldade de consolidação das fraturas em geral.
Além disso, a saúde geral pode ter um efeito sobre a cura. Fumo e uso de corticosteróides afetam ambos os ossos e também a cicatrização da pele, por isso é importante informar o seu médico se você for fumante.

Pesquisa
Proteínas morfogenéticas ósseas (BMPs) formam uma nova classe de proteínas que tem sido identificado com fatores que promovem a cicatrização óssea. Algumas dessas proteínas foram isolados e estão disponíveis para uso como coadjuvantes para cicatrização das fraturas.


Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 03/01/2014

Vitamina D e Miomas Uterinos.

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Os tumores uterinos não são patologias ortopédicas porém tomo a liberdade de usar esse espaço para comentar um excelente trabalho com 384 mulheres em 2 centros de infertilidade na Itália. 

Os miomas são mais frequentes em mulheres negras e foi sugerido que a carência de vitamina D possa ter um papel no desenvolvimento desse tipo de neoplasia.

As pacientes foram separadas em dois grupos. Todas foram submetidas  a ultrassonografia transvaginal de rotina. Todos as pacientes que apresentaram Mioma > 1 cm foram alocadas no grupo 1 e as pacientes sem mioma detectável ao ultrassom foram alocadas no grupo 2. A concentração de vitamina D nas 128 mulheres com Mioma foi muito mais baixa em relação ao grupo controle. (18 ± 7,7 contra. 20,8 ± 11,1 ng/ml, respectivamente, p = 0,01). O normal da vitamina D deve estar acima de 30 ng/ml.

Esses resultados sugerem uma relação direta entre a carência de Vitamina D e o surgimento de Miomas uterinos porém a comprovação de uma relação causal ainda depende de outros estudos.

Esse estudo reforça a importância de tomar Sol. 
Sol em excesso pode causar câncer de pele porém o medo exagerado criado nos últimos anos do Sol esta produzindo um epidemia de paciente com Baixa Hormonal ( a vitamina D é na verdade um hormônio) responsável pela transcrição do DNA e RNA nas células.


Marcos Britto da Silva
Ortopedia, Traumatologia e Medicina do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ
atualizado em 03/01/2014.


INFORMAÇÕES SOBRE OSTEOPOROSE

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A osteoporose é uma doença que promove a perda progressiva da massa óssea e provoca uma alteração da microestrutura dos ossos. A osteoporose provoca um aumento no risco de fraturas. A fragilidade óssea pode chegar ao ponto em que ocorram fraturas espontâneas, principalmente na coluna vertebral e no 1/3 proximal do fêmur, fazendo com que o ortopedista tenha que fazer uma cirurgia, para evitarmos essas fraturas é fundamental o prevenção e o tratamento.
A osteoporose é normalmente uma doença silenciosa e pode ter como único sintoma dor nas costas ou o primeiro sintoma pode ser uma fratura.

QUAL A DIFERENÇA ENTRE OSTEOPOROSE E OSTEOPENIA ?

A osteopenia é um estágio anterior a osteoporose, a sua definição está associada a quantidade de perda óssea, ou seja, na osteopenia temos um perda óssea, porém, essa perda óssea é menor que na osteoporose.
A OMS gradua a perda óssea em estágios.

Resultado da densitometria:
Resultados acima da média ou com uma perda óssea até - 1,0 DP ( DP é o desvio padrão da média e o sinal de “ - “ indica perda óssea ) o exame de densitometria é dito normal.
Se a perda óssea estiver entre - 1,0 e - 2,5 DP dizemos que o paciente tem osteopenia.
Se a perda for > - 2,5 DP classificamos o paciente como tendo osteoporose.

A osteopenia não é tão grave quanto a osteoporose, porém, o risco de fraturas também está aumentado. A osteopenia também deve ser tratada. Converse com o seu ortopedista

PORQUE DEVEMOS NOS PREOCUPAR COM A OSTEOPOROSE ?
A osteoporose é uma problema sério de saúde pública e com o envelhecimento da população brasileira este problema está se agravando.
Estima-se que em breve cerca de 15 milhões de pessoas desenvolvam osteoporose no Brasil, isto deve provocar cerca de 1 milhão de fraturas por ano ( dados feitas por aproximação e semelhança com as estatísticas americanas fazendo as correlações entre as populações )

As fraturas do quadril ( fraturas do colo do fêmur e da região transtrocanteriana ) são as que apresentam maior risco de complicação.
Os pacientes que apresentam uma fratura do quadril mudam completamente o seu modo de vida.
Na maioria dos casos passam a necessitar do auxílio de muletas e se tornam dependentes dos familiares.
Outro problema relacionado às fraturas do quadril é a mortalidade que atinge índice impressionante em algumas estatísticas. De acordo com 2 trabalhos na literatura a taxa de mortalidade é de 36% dos pacientes no primeiro ano pós fratura.* ** Referências: ( * Melton LJ III: Hip fractures: A worldwide problem today and tomorrow. Bone 1993;14(suppl):S1-S8. e ** Cummings SR, Rubin SM, Black D: The future of hip fractures in the United States: Numbers, costs, and potential effects of postmenopausal estrogen. Clin Orthop Relat Res 1990; 252:163-166.

Entre os pacientes que sobrevivem a fraturas do quadril somente 1/3 retornam completamente ao seu estilo de vida anterior, ou seja, somente 1 em cada 5 pacientes que sofrem fraturas do quadril retornam ao seu status quo prévio. Referências: ( Epstein RS: Hip fractures in the elderly: How to reduce morbidity and mortality. Postgrad Med 1988;84:254-257. Iorio R, Healy WL, Appleby D, Milligan J, Dube M: Displaced femoral neck fractures in the elderly: Disposition and outcome after 3- to 6-year follow-up evaluation. J Arthroplasty 2004;19:175-179. Zuckerman JD, Sakales SR, Fabian DR, Frankel VH: The challenge of geriatric hip fractures. Bull N Y Acad Med 1990;66:255-256. )

A fratura do quadril requer um tratamento caro com valores iniciais de aproximadamente R$9.000,00 ( SUS) para tratamento com osteossíntese ( colocação de placa e parafusos ) e valores ainda maiores para a colocação de próteses de quadril ( substituição da cabeça do fêmur por uma prótese metálica ). Nos Estados Unidos o gasto aproximado é de 35 mil dólares por paciente e são gastos aproximadamente 10 bilhões de dólares ao ano, no tratamento das fraturas do quadril.

O QUE CAUSA A OSTEOPOROSE ?
A osteoporose é uma doença multifatorial na maioria dos casos.
A seguir alguns dos fatores que ajudam no desenvolvimento da osteoporose:

• IDADE – Todos perdemos massa óssea com o passar dos anos e a medida que a população envelhece temos mais casos de osteoporose. 90% do cálcio que iremos levar para o resto da vida é acumulado no organismo até os 25 anos de idade. Dos 25 aos 40 anos acumulamos os 10 % restantes ( existe uma certa controvérsia em relação a estes dados e alguns autores afirmam que dos 30 aos 40 anos temos uma certa estabilidade na massa óssea, porém todos concordam que a partir da idade próxima aos 40 anos iniciamos a perda da massa óssea )

• HEREDITARIEDADE – A história familiar de fraturas, ter a pele muito branca e ser muito magro podem aumentar o risco do aparecimento da osteoporose.

• NUTRIÇÃO E ESTILO DE VIDA – Pacientes mal nutridos, principalmente com uma baixa ingestão de cálcio, sedentários, fumantes e com consumo regular de álcool estão sujeitos ao desenvolvimento da osteoporose
.
• USO DE MEDICAMENTOS E OUTRAS PATOLOGIAS – A osteoporose está associada ao uso continuado de corticoesteróides e a algumas doenças sistêmicas como os problemas de tireóide.

O QUE DEVE SER FEITO PARA PREVENIR A OSTEOPOROSE E FREAR A SUA PROGRESSÃO ?
HÁ UMA SÉRIE DE MEDIDAS QUE PODEMOS TOMAR PARA PREVENIR E TRATAR OSTEOPOROSE.
Inclua nas suas refeições diárias uma ingestão adequada de cálcio e vitamina D.

• CÁLCIO – durante o crescimento o organismo precisa de muito cálcio para produzir ossos fortes e para fazer uma reserva que será usada na velhice.
o Fazer uma boa poupança de cálcio é a maneira mais eficiente de prevenir a osteoporose no futuro.
Independente da idade e do estado de saúde, necessitamos de cálcio na dieta diária. Diariamente o organismo perde cálcio principalmente pela urina. O cálcio, isoladamente, não conseguir prevenir a perda óssea após a menopausa, porém ele continua realizando um papel importante na prevenção de fraturas e na manutenção de ossos saudáveis.
Mesmo em pacientes com osteoporose instalada o aumento da ingestão de cálcio e vitamina D podem diminuir o seu risco de fraturas.

A quantidade de cálcio que o organismo precisa depende muito na idade e de outros fatores. A recomendação da The National Academy of Sciences (USA) para a ingestão diária de cálcio e de:
o Meninos e meninas dos 9 aos 18 anos: 1300 mg diárias
o Homens e mulheres das 19 aos 50 anos: 1000 mg por dia>
o Mulheres grávidas e lactantes até 18 anos 1300 mg por dia.
o Mulheres grávidas e lactantes dos 19 aos 50 anos: 1000 mg por dia
o Mulheres e homens acima de 50 anos: 1200 mg por dia.

A ingestão diária de derivados do leite como iogurte e queijo são excelentes fontes de cálcio, um copo de leite com 250 ml tem aproximadamente 300 mg de cálcio. O leite e derivados são a melhor fonte de cálcio pois esta é a forma onde o cálcio é melhor absorvido. Outras fontes de cálcio são as sardinhas com ossos e os vegetais como folhas verdes tais como o brócolis e a couve. Se a sua dieta não possuir uma quantidade adequada de cálcio procure o seu médico e converse com ele. Importante ressaltar que não basta ingerir o cálcio, ele tem que ser absorvido pelo organismo e neste passo é importante a presença da vitamina D. Alimentos como o espinafre e a aveia dificultam a absorção do cálcio.

• VITAMINA D
A Vitamina D ajuda o seu organismo a absorver o cálcio, portanto ela é fundamental na prevenção e no tratamento da osteoporose. A recomendação para a ingestão de vitamina D é de 800 unidades internacionais por dia.
A vitamina D pode ser produzida dentro do nosso organismo: a pele produz vitamina D a partir 7-dehidrocolesterol quando exposta aos raios UVB com comprimento de onda entre 290–315 nm.
Para as pessoas com dificuldade de exposição ao Sol os suplementos vitamínicos são excelentes fontes de vitamina D. Cuidado com o uso de vitaminas sem orientação médica, o excesso de vitamina D pode ser tóxico para o organismo.

• EXERCÍCIOS REGULARES
Como os músculos, os ossos necessitam de atividades físicas para se manterem fortes. Independente da idade os exercícios físicos melhoram a massa óssea, alem de promover outros benefícios, principalmente cardiovasculares.
Os médicos acreditam que a prática de exercícios regulares de intensidade moderada e regulares ( 3 a 4 vezes por semana ) é efetiva na prevenção e no tratamento da osteoporose.
Os exercícios antigravitacionais como caminhar, correr, subir escadas, andar de bicicleta, dançar e também a musculação são provavelmente os melhores exercícios para o tratamento e a prevenção da osteoporose.
A hidroginástica é um excelente exercício para as articulações, principalmente em pacientes idosos, porém, parece ser menos efetivo que os exercícios antigravitacionais na prevenção e no tratamento da osteoporose.
Sempre que possível associe a hidroginástica a algum exercício antigravitacional. A pratica de atividades físicas deve ser sempre precedida de uma consulta medica para avaliar a sua capacidade cardíaca.

• PREVENIR AS QUEDAS
As quedas são responsáveis por cerca de 50% das fraturas, portanto, prevenir as quedas é fundamental em pessoas com osteoporose. Os programas de fisioterapia com reforço muscular e equilíbrio e o Tai Chi Chuan são excelentes na melhora do equilíbrio e na força muscular, sendo portando ótimas estratégias na prevenção de quedas.

. DEPRESSÃO E OSTEOPOROSE
Estudos recentes tem mostrado uma relação direta entre depressão e diminuição da densidade Mineral óssea. Isso provavelmente é causado pela inatividade que as pessoas deprimidas apresentam que a médio e longo praso provorarão osteoporose, foram inclusive identificados marcadores de reabsorção óssea na urina dessas pacientes.

OSTEOPOROSE NOS HOMENS
A osteoporose é 6 vezes mais freqüente nas mulheres, porém, também acomete os homens. A osteoporose nos homens está associada a senilidade ( acomete homens mais velhos ) e parece haver associação com a diminuição dos hormônios masculinos. Como nas mulheres é uma doença silenciosa, alguns autores sugerem que seja realizada uma densitometria óssea de base aos 60 anos de idade. Essa idade pode ser menor, principalmente nos homens com fortes fatores de risco ( álcool, fumo, sedentarismo, desnutrição, pele branca, baixa exposição ao sol, etc. )

COMO A OSTEOPOROSE É DIAGNOSTICADA ?
O diagnóstico da osteoporose é normalmente feito pelo seu médico usando uma associação entre a história clínica, exames radiológicos, densitometria óssea e exames laboratoriais.
A densitometria óssea é um exame seguro e indolor que usa os Raios X para comparar a sua massa óssea com o pico de massa óssea que é atingido em torno dos 25 anos de idade.
A densitometria normalmente é feita na mulher após a última menstruação ( menopausa ), existem vários aparelhos de densitometria e seu médico que orientará em relação a quais exames realizar.
Com o passar dos anos a pessoa com osteoporose pode apresentar microfraturas seriadas da coluna vertebral que provocam a diminuição da estatura e causam um encurvamento anterior da coluna torácica provocando uma deformidade conhecida como Cifose. A Cifose torácica é de difícil tratamento, sendo a melhor estratégia a prevenção da osteoporose.

COMO O OSTEOPOROSE DEVE SER TRATADA ?
O melhor tratamento para a osteoporose é a prevenção, portanto, a preocupação com a osteoporose deve ser iniciada na infância e adolescência. Hoje dispomos de uma série de medidas medicamentosas e não medicamentosas que podem ajudar a prevenir as fraturas e até mesmo recuperar parte da massa óssea perdida.
A chave para o tratamento da osteoporose deve ser sempre centrada em exercícios e uma boa dieta, em associação com essas medidas seu médico poderá orientar em relação ao uso de medicamentos e na duração total do tratamento.

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedia, Traumatologia e Medicina do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ
atualizado em 07/01/2014

Vitamina D Osteoporose e Doença Cardiovarcular

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Vitamina D e Sol 

A vitamina D é um hormonio produzido no pele a partir do colesterol quando a pele é exposta aos raios solares. Portanto o Sol é fundamental para o organismo produzir vitamina D.

A quantidade de vitamina D ingerida através dos alimentos é suficiente para as necessidades do organismo?
Não, se o paciente não pegar sol diariamente ele irá desenvolver carência de vitamina D.

A Vitamina D é uma vitamina ou um hormónio?
Uma "vitamina" por definição é uma substância reguladora requerida pelo organismo em pequenas porções porém o organismo não pode produzi-la.
Tecnicamente a vitamina D é um hormônio esteróide e pode ser produzido pelo organismo através da exposição ao sol.
A vitamina D continua a ser oficialmente classificada como vitamina por razões nutricionais e de saúde pública.

Vitamina D e Equilíbrio.
A vitamina D é um hormonio que participa da função de várias células, inclusive do sistema nervoso central. A carência de vitamina D está relacionado ao equilibrio e a carência de vitamina D está relacionada ao aumento do número de quedas em pacientes idosos.

Vitamina D e Câncer 
A vitamina D induz a diferenciação e inibe a proliferação de várias células no orgaminismo. A vitamina d em altas doses pode inibir a profiferação de células cancerosas porém ainda não conseguimos usar essa propriedade na prática clínica pois as concentrações requeridas para produzir esse efeito levam a hipercalcemia  ( aumento da concentração sanguinea de cálcio) que é prejudicial ao organismo.

Vitamina D e capacidade cognitiva
A vitamina D é um hormónio esteroide que ativa e modula várias células cerebrais, estudos recentes demonstraram que pacientes com deficiência de vitamina D tem diminuição da capacidade cognitiva e essa deficiência se acentua a medida que os níveis de vitamina D diminuem no sangue.

Como é o Metabolismo da Vitamina D?
Inicialmente ocorre uma Foto conversão na pele. O Colesterol mais especificamente a 7-dehidro colesterol se transforma em vitamina D3 ou nos casos onde o paciente não se expõe ao sol o paciente pode receber suplementação de vitamina D oralmente.
Após a pele a vitamina D3 vai para o Fígado e sobre uma hidroxilação: Vitamina D3 → 25(OH)D3, e esse é a principal fração circulante
Após o fígado a vitamina D segue para o rim e sofre uma segunda hidroxilação Rim: 25(OH)D3 → 1a,25(OH)2D3 que é a vitamina ativa.
A vitamina D e estão Transportada (1,25(OH)2D3) aos órgãos alvo.
Na célula ocorre a Ligação da 1,25(OH)2D3 ao receptor nuclear (chamado de RVD) do órgão alvo e ocorre a produção da resposta biológica.

Vitamina D e osteoporose.
A vitamina D é essencial para tratamento e para a prevenção da Osteoporose.

Vitamina D e Cálcio
A vitamina D faz parte integrante do metabolismo do cálcio, pois controla a absorção de cálcio no intestino, sem vitamina D o organismo não absorve o cálcio ingerido. Mesmo tomando suplementos de cálcio sem vitamina D não absorveremos esse cálcio.

Deficiência de Vitamina D na Infância.
A deficiência de vitamina D na infância leva ao raquitismo, doença causada pela deficiência na mineralização óssea que leva o esqueleto a ficar com os ossos curvos. A criança fica com as pernas arqueadas.

Quais as funções da vitamina D?
No Intestino ativa receptores que controlam a absorção do cálcio.
Na pele regula a Produção de mais vitamina D.
Regulam várias outros receptores nucleares no organismo.

Como ocorre a produção de vitamina D na pele?
A produção de vitamina D na pele ocorre principalmente nas camadas espinhosa e basal, sendo maior com 295-297 nm. Índice UV maior 3 (no Brasil esse indice é maior que 4-9 o ano todo) Nos paises de clima temperado ela ocorre na primavera e verão porém nunca atinge esses índices nos pólos.

Individuos de pele escura precisam de mais vitamina D?
Sim, Indivíduos melanodérmicos necessitam de mais tempo expostos ao sol para produzir a mesma quantidade de vitamina D que indivíduos de pele clara.

Onde ocorre a Deficiência de vitamina D?
Altamente prevalente nos Estados Unidos e Europa
Poucos dados sobre o Brasil - Em Teoria baixa incidência devido a possibilidade de exposição ao Sol. Estamos observando um aumento da incidência com o envelhecimento, 1/3 da população de meia idade e idosos nos USA tem deficiência de vitamina D.

Quais as causas de deficiência de vitamina D em pacientes mais idosos?
Varias são as causas podemos destacar: a dificuldade de locomoção, comorbidades, diminuição de exposição ao Sol, uso de roupas cobrindo todo o corpo, protetores solares e chapéu.

Qual a Dosagem sanguínea Normal de vitamina D?
A dosagem normal varia entre 30-100 ng/ml

Qual o papel da genética e da idade na absorção do Cálcio mediado pela vitamina D?
Dawson-Hughes B, et al: Calcium absorption on high and low calcium intakes in relation to vitamin D receptor genotype. J Clin Endocrinol Metab, 1995.
Receptores nucleares da Vitamina D (RVD) tem polimorfismo de resposta com indivíduos “bb” tendo > densidade mineral óssea que “BB”. ( isso ocorre devido a Ação nos receptores das células intestinais levando a uma menor absorção de calcio) ou seja individuos bb tem receptores nucleares mais sensíveis a vitamina D e portando respondem melhor, melhorando a absorção de calcio e prevenindo a osteoporose.

A idade influencia na vitamina D?
A concentração do RVD intestinais diminui com a idade, podendo ser uma causa da resistência a 1,25(OH) D3 no idoso, com consequente diminuição da absorção de cálcio nesse grupo etário.
Ou seja a medida que envelhecemos temos menos receptores portanto precisamos de mais vitamina D para obter as mesmas respostas anteriores.
Referencia Wémeau JL: Calciotropic hormones and ageing. Horm Res 1995.

A Fotoproteção com o uso de cremes e diminuição do áreas expostas ao Sol diminuem a concentração de vitamina D no Sangue?
Ferreira, AMO e colaboradores realizaram um trabalho de Correlação entre fotoproteção e concentração de 25 hidroxi-vitamina D e paratormônio entre médicos de São Paulo 
An. Bras. Dermatol, 2007.
Foram avaliados 50 voluntários: na maioria Médicos 35 a 60 anos na cidade de São Paulo.
Foram criados 2 grupos:
Grupo 1: fotoprotegidos: chapéu camiseta, sombra e filtro solar FPS 30 após 6 meses concentração sanguinea de vitamina D=29,2 ng/ml
Grupo 2 sem fotoproteção após 6 meses concentração sanguínea de vitamina D=35,4 ng/ml
Conclusão se diminuirmos muito as áreas expostas ao sol e usamos continuamente fotoprotetor podemos ficar com deficiência de vitamina D

Qual a relação entre Vitamina D e Sistema Cardiovascular?
Um corpo de evidências cada vez maior sugere que a deficiência de vitamina D pode afetar adversamente o sistema cardiovascular .Existe uma Associação entre Níveis de Vitamina D e:
  • Níveis de atividade da renina plasmática,
  • Pressão arterial,
  • Calcificação das artérias coronárias e
  • Prevalência de doenças cardíacas
Referencia: Zittermann A, Schleithoff SS, Koerfer R. Putting cardiovascular disease and vitamin D insufficiency into perspective. Br J Nutr. 2005.

Quais as Evidências entre Deficiência de Vitamina D e Doença Cardiovascular?
  • Estudos ecológicos tem demonstrado um aumento nas doenças coronarianas e da hipertensão com o aumento da distância da linha do equador,
  • Esse fenômeno que tem sido atribuído a alta prevalência de deficiência de vitamina D em regiões com menor exposição solar
Referencias:
Voors AW, Johnson WD. Altitude and arteriosclerotic heart disease mortality in white residents of 99 of the 100 largest cities in the United States. J Chronic Dis. 1979;
Fleck A. Latitude and ischaemic heart disease. Lancet. 1989
Grimes DS, Hindle E, Dyer T. Sunlight, cholesterol and coronary heart disease. QJM. 1996.
Rostand SG. Ultraviolet light may contribute to geographic and racial blood pressure differences. Hypertension. 1997
O'Connell TD, et al 1,25- Dihydroxyvitamin D3 regulation of cardiac myocyte proliferation and hypertrophy. Am J Physiol. 1997

Qual a relação entre a vitamina D e a hipertensão arterial?
Em ratos a não ativação dos receptores da vitamina D leva a aumento da regulação do sistema renina angiotensina com o desenvolvimento de hipertensão e hipertrofia do ventrículo esquerdo.

Qual a relação entre a Vitamina D e Proliferação de Cardio miócitos e musculatura lisa dos vasos?
In vitro ( pesquisa feita em laboratório): 1,25 dihidroxivitamina D suprime a expressão do gene da renina, regula o crescimento e a proliferação das células da musculatura lisa dos vasos e dos cardiomiócitos ( células musculares do coração)

Li YC, et al. 1,25 - Dihydroxyvitamin D(3) is a negative endocrine regulator of the renin-angiotensin system. J Clin Invest. 2002;

Qual a relação entre vitamina D, glicemia e a hipertensão?
Nesse trabalho foram avaliados 381 estudantes  universitários (201 Homens  e 180 Mulheres com idade media 24 anos)
Vitamina  D foi inversamente relacionado a massa corporal, a pressão sistólica e a circunferência abdominal
Nos modelos de analise com regressão multivariada, após ajuste para sexo e índice de massa corporal a 25 OH D foi um preditor da glicose plasmática rápida e da pressão sistólica na população em geral.
Conclusões: Parece que indivíduos com baixa vitamina D são mais gordos, tem pressão sanguinea mais alta e tem aumento da circunferencia abdominal.

Referencia: Gannag-Yared MH , Chedid R, Khalife S, Azzi E, Zoghbi F, Halaby G. Vitamin D in relation to metabolic risk factors, insulin sensitivity and adiponectin in a young Middle-Eastern population. Eur J Endocrinol. 2009 Mar.

Qual a relação entre a Insuficiência Cardíaca Congestiva e a Osteoporose?
Abou-Raya S , Abou-Raya A Osteoporosis and congestive heart failure in the elderly patient: Double disease burden. Arch Gerontol Geriatr. 2008 Oct 30.
esses autores avaliaram 126 pacientes, > 65 anos com Insuficiencia Cardíaca Congestiva

Observaram uma Associação direta entre a insuficiência cardíaca e diminuição da massa óssea.
A insuficiência cardíaca associada a osteoporose aumenta ainda mais o risco de fraturas nesse grupo.
Conclusão: estratégias para otimizar o tratamento da insuficiência cardíaca e melhorar os níveis de vitamina d  e da atividade físicas são críticos nesses pacientes

Qual a relação entre a Vitamina D e os Eventos Cardiológicos?
O estudo Avaliou a concentração de 25 OH no sangue em 1739 descendentes do estudo Framinghan
Idade média de 59 anos, 55% Mulheres, 45% Homens, Todos Brancos
Foi considerado Normal para o metabolismo ósseo a concentração de 25-OH D maior que 30 ng/ml
Considerou os seguintes níveis de deficiência:  
  • Deficiência 25-OH D menor que 15 ng/ml ( 28% casos )
  • Deficiência severa 25-OH D menor que 10 ng/ml ( 9% casos )
  • Grupo Controle 25-OH D maior 15 ng/ml
Durante acompanhamento médio de 5,4 anos 120 indivíduos apresentaram um evento cardiovascular
Nos Pacientes com 25-OH D < 15 ng/ml a Taxa de risco de relativo foi 1.62 (IC95% 1.11 a 2.36 p=0,01) quando comparada aos pacientes 25-OH >15 ng/ml
Esse efeito foi evidente somente nos pacientes com hipertensão, taxa de risco de 2,13 contra 1.04 nos pacientes não hipertensos.
Taxa de risco de 1.53 níveis de 10 a 15 ng/mL (IC95% 1.00 a 2.36) (P =0.01).Taxa de risco de 1.80 níveis « 10 ng/mL (IC95% 1.05 a 3.08) (P =0.01).
Ajustes posteriores em relação ao PCR atividade física ou uso de vitamina D não afetaram os resultados.
Conclusão: Há um aumento do risco de evento cardiovascular com a diminuição da concentração de 25(OH)D. ( em níveis mais acentuados )
A deficiência de Vitamina D está associada a incidentes cardiovasculares, porém, estudos clínicos e experimentais devem ser realizados para determinar se a correção dos níveis circulantes de vitamina D pode contribuir na prevenção de doença cardiovascular.
Referencia: Wang, TJ et al. Vitamin D Deficiency and Risk of Cardiovascular Disease Circulation Jan,2009

Qual a relação entre Vitamina D e dores Musculares ?
Badsha H, Daher M, Ooi Kong K Myalgias or non-specific muscle pain in Arab or Indo-Pakistani patients may indicate vitamin D deficiency. Clin Rheumatol. 2009 Mar

Avaliaram 139 pacientes , 95% mulheres, Media de Idade  = 40 anos - em DUBAI
  • 50% árabes dos paciente ( e dessas 92% usavam a burca. )
  • 31% indianas ( 11% usavam burca )
  • 16% brancos ocidentais
  • 3% orientais
74% desses pacientes apresentavam vitamina D menor que 20 ng/ml mesmo estando num Pais com muito Sol
Dos pacientes que apresentaram deficiência de vitamina 86% das árabes e somente 8% dos brancos ocidentais apresentaram deficiência de vitamina D que foi atribuída ao uso da Burca ( tipo de vestimenta que cobre todo o corpo)

Conclusão: Nesse trabalho 90% das pacientes com vitamina D menor que 20 ng/ml que receberam suplementação melhoraram das dores, sugerindo que a carência de vitamina D pode estar relacionada as dores crónicas.

Qual a Relação entre a Vitamina D Osteoporose e Osteomalacia ?
A Osteomalácia é a Carência de vitamina D no Osso que leva a Deficiência na mineralização da matriz óssea e provoca a Fragilidade Óssea, uma Diminuição da força e dores musculares, casos graves podem cursar com tetania.

Referencia: Mechica, JB Raquitismo e osteomalacia Arq. Bras. Endocrinologia Metab.1999, Dec. Pequena serie de 8 biopsias de crista ilíaca em pacientes com fratura de colo de Fêmur revelou 2 casos com osteomalacia

A densidade óssea é um favor determinante na etiologia da fratura do quadril.
Raro com densidade > 1,0 g/cm3
A incidência sobe para 16,6 fraturas por 100 indivíduos com densidade é menor que 0,6 g/cm3.

DEAN G. LORICH JBJS (A) 2004
Cranney, A. et al. Effectiveness and safety of vitamin D in relation to bone health. Evid Rep Technol Assess (Full Rep). 2007 Aug

Revisão Sistemática de 167 artigos, 112 ensaios clínicos randomizados, 19 coortes prospectivos, 6 casos controle e 6 seis ensaios tipo antes e depois.
50% dos pacientes adultos maiores de 50 anos com fratura do quadril tem concentração sérica de vitamina D menor que 12ng/ml  nos USA.
Conclusâo: A deficiência de vitamina D esta associadas as quedas e também a um aumento da osteoporose.
O aumento da concentração de vitamina D circulante está associada a diminuição da incidência de quedas.

Qual a relação entre Vitamina D - Força Muscular e equilíbrio?
Quando encontramos Concentração sérica de 25 OH menores que 30 ng/ml observamos:
  • Aumento da incidência de quedas nos pacientes
  • Ocorre uma diminuição da força muscular
  • Deterioração do equilíbrio e da coordenação motora
Referencia: Dhesi et al. Neuromuscular and psycological funcional in elderly subjects who fal and the relationship with vitamin D status J Bone Miner. Res. 2003.

Suplementação de Vitamina D e diminuicão da incidência de Quedas?
Foram pesquisados 124 participantes idade média de 89 anos, 5 grupos: avaliou a incidência de quedas em 5 meses após suplementação de vitamina D

Os autores observaram uma diminuição na incidência de quedas quando a suplemetação foi maior ou igual a 800 unidades por dia

Gráfico com a Incidência  de quedas com em relação a dosagem de vitamina D tomada diariamente:
  • Placebo - 44%
  • 200 ui -    58%
  • 400ui -     60%
  • 600ui -     60%
  • 800ui -     28% ( menor incidência de quedas do grupo )
Parece que a diminuição da incidência de quedas ocorre somente com maiores valores de suplementação de vitamina D. pacientes que tomaram 800 unidades de vitamina D apresentaram somente 28% de quedas.
Referencia Broe, Kerry et al. A Higher Dose of Vitamin D Reduces the Risk of Falls in Nursing Home Residents: A Randomized, Multiple-Dose Study Journal of the American Geriatrics Society. February 2007.

Qual a Dose diária recomendada de vitamina D de acordo com a idade?
CRIANÇAS Até 6 meses                                 300UI
CRIANÇAS Mais de 6 meses                          400UI
ADULTOS com mais de 24 anos                     200UI
Gestantes e lactantantes                                   400UI
Na ausência de exposição ao sol                    800UI
IDOSOS                                                            1000UI

Tabela de conversão de pg/ml para pmol/l e ng/ml para nmol/l para converter basta multiplicar pelo numero.Vitamina D 
1,25-Dihydroxivitamina D pg/mL multiplicar por  2.6 e teremos o resultado empmol/L 
25-Hydroxivitamina D resultado em ng/mL multiplicar por 2.496 e teremos o resultado em nmol/L 

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 01/03/2013.

Cotovelo da Babá

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O que é o chamado cotovelo da babá?
Esse nome não reflete a verdade, talvez melhor seria cotovelo da criança que faz pirraça. O nome médico é pronação dolorosa. A pronação dolorosa é um pequeno deslocamento da cabeça do rádio no cotovelo. Isso ocorre quando elevamos a criança pelo braço ou quando a criança se pendura estando de mãos dadas com os pais. 

Como ocorre a pronação dolorosa?
Ocorre um pequeno deslocamento da cabeça do rádio em relação ao ligamento anular no cotovelo. O rádio é um dos ossos do antebraço e cabeça do rádio é a porção deste osso que participa da articulação do cotovelo. O ligamento anular envolve a cabeça do rádio como um anel. Esta  lesão ocorre em crianças menores de cinco anos, devido à consistência mais elástica dos ligamentos e ao desenvolvimento ósseo incompleto.

Qual a história do paciente com pronação dolorosa?
A história se repete sempre. A criança é puxada pela mão ou pelo antebraço; por exemplo, quando a mãe segura a criança para que esta não saia correndo pela rua, ou quando a criança é balançada pelos braços. 

Quais os sintomas da Pronação Dolorosa
Eventualmente pode-se ouvir um pequeno estalo quando ocorre a lesão. A criança começa a chorar imediatamente e permanece com o braço imóvel ao lado do corpo, A criança não consegue mais dobrar o cotovelo. Normalmente após algum tempo a criança para de reclamar, porém se tentar mexer no braço e dobrar o cotovelo a dor volta. Algumas vezes a criança se queixa de dor no punho ou no ombro porem a palpação dessas regiões é indolor.

Como é feito o tratamento da pronação dolorosa?

Leve a criança para a um ortopedista o mais rápido possível. Alguns pediatras mais experientes principalmente os que trabalharam em pronto socorro também são capazes de reduzir a lesão e colocar o cotovelo de novo no lugar.A manobra de redução é feita em geral sem necessidade de cirurgia ou anestesia.   
 Em algumas situações o problema se resolva espontaneamente antes da chegada ao hospital.
para determinar se o cotovelo está reduzido basta testar pedindo a criança para segurar um objeto como por exemplo um chave de carro ou outro objeto que desperte o interesse da criança.
Nos casos em que a criança permanece com dor após a manobra de redução a manobra pode ser repetida ou o ortopedista pode instalar um aparelho gessado por alguns dias caso o movimento tenha retornado e a dor permanecido.

Como prevenir a Pronação dolorosa?
  • Evite puxar a criança pelas mãos 
  • Se a criança se jogar no chão por pirraça não tente impedir segurando pela mão.
  • Quando uma criança cair no chão não levante segurando pelo antebraço, segure pelo tórax usando as duas mãos.
  • Evitar brincar de girar a criança segurando pelos mãos principalmente crianças menores de 5 anos.
  • Crianças após o primeiro episodia de pronação dolorosa podem ter outros episódios oriente os familiares e a babá.

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Rio de Janeiro, RJ, Brasil
atualizado em 25/01/2012

A importância da Cutícula

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A cutícula impede a entrada de bactérias no seu dedo e na circulação sanguínea. Ao retirar a cutícula você abre uma porta de entrada para que as bactérias entrem no organismo e causem uma infecção.

Quando faço as unhas existe algum outro risco?
Sim, fazer as unhas com alicates não esterilizados pode transmitir doenças como hepatice"C" e até mesmo a AIDS. Outro risco que você corre são os acidentes com o uso do alicate ( exemplo "retirar um bife" que ocorre quando o alicate corta um pedaço de pele sã)

O que pode ocorrer quando eu uso o alicate para fazer as unhas?
Ao retirar a cutícula ou causar uma lesão na pele você abre uma porta de entrada e fica predisposto a uma infecção. As infecções mais comuns são: panarício, abcesso de dedo, tenossinovite infecciosa e até mesmo infecções mais graves como osteomielite. Alguns casos podem evoluir para perda de partes do dedo ou da mão (amputações). Infecções não tratadas podem levar a septicemia e a morte!

Devo parar de fazer as unhas?
Você pode continuar fazendo as unhas, porém, não deve usar o alicate. Use a espátula para retirar o excesso de cutícula e o restante empurre suavemente para dentro da unha sem causar lesão na pele. Não use o alicate. Use sempre materiais esterilizados. Em caso de acidentes com ferimentos com cortes nos dedos interrompa imediatamente e lave as mãos com agua e sabão e faça um curativo com BandAid.

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
atualizado em 19/01/2014

Colágeno Hidrolizado parecer da EFSA

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Qual o parecer da EFSA ( European Food Safety Autority) sobre a eficiência do Colágeno Hidrolizado
Tradução do "Panel on Dietetic Products, Nutrition and Allergies"? (EFSA Journal 2011;9(7):2291 [11 pp.]. doi: 10. 2903/ j.efsa. 2011. 2291 ( link para o artigo original)
Na sequência de um pedido da GELITA AG, apresentado através da Autoridade Competente da Alemanha, o Painel dos produtos dietéticos, nutrição e alergias, foi solicitado a emitir parecer sobre a comprovação científica de uma alegação de saúde relacionada ao colágeno hidrolisado e manutenção da saúde das articulações. O âmbito de aplicação foi proposta sob uma alegação de saúde com base em novas provas científicas, incluindo um pedido de proteção de patente. O constituinte alimentar que é o objecto da alegação de saúde é o colágeno hidrolisado. O Painel considera que o colágeno hidrolisado é suficientemente caraterizada.
O efeito pretendido é "a manutenção da saúde das articulações". A população-alvo, tal como proposto pelo requerente é que as pessoas fisicamente ativas.
O Painel considera que a manutenção das articulações é um efeito fisiológico benéfico. O requerente apresentou uma revisão narrativa, três estudos de intervenção em humanos, um estudo em animais, dois estudos in vitro, e dois estudos de bio disponibilidade como pertinentes à reclamação.
A revisão narrativa não contém quaisquer dados primários que fossem relevantes para a alegação. Um dos estudos em humanos foi realizado em pacientes, enquanto outro estudo não foi controlado e não há conclusões científicas que poderiam ser extraídas destes estudos para a comprovação dos efeitos reivindicados.
No estudo em 147 estudantes atletas ativos avaliados num total de 15 parâmetros relacionados à dor nas articulações e/ou desconforto. Não houve diferenças significativas entre os grupos quando os níveis de significância foram ajustados para comparações múltiplas.
Na ponderação das provas, o Painel levou em conta que um estudo em seres humanos fisicamente ativos não mostrou um efeito do colágeno hidrolisado na melhora do desconforto na articulação, e que estudos em animais e in vitro não necessariamente serão os mesmos do colágeno hidrolisado na manutenção de juntas em seres humanos. O Painel concluiu que uma relação de causa e efeito não foi estabelecida entre o consumo do colágeno hidrolisado e a manutenção da saúde das articulações.

Afilamento Cartilaginoso na Patela e na Troclea Femoral

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O que é o afilamento Cartilaginoso difuso Femuro Rotuliano e Troclear?
O afilamento cartilaginoso significa que a cartilagem da região está afinando, que o paciente está perdendo cartilagem, isso é um sinal visto na ressonância de joelho e em geral significa que o paciente está desenvolvendo condromalacia da patela ( ou rótula) e na região da tróclea femoral.

A Condromalacia e Condropatia Patelar da rotula são patologias muito comum no Joelho. 
A condromalacia é um "amolecimento da cartilagem". A condromalacia ocorre por excesso de pressão entre a cartilagem da troclea femural e da cartilagem da rótula. A condropatia se refere a cartilagem doente. Essa patologia provoca dor na parte anterior do joelho.

A rotula é o mesmo que patela?
Sim, o nome rótula é o nome mais novo, publicado na última nomina anatómica, porém continuamos usando o nome patela, com por exemplo articulação patelo femoral, não usamos rotineiramente o nome articulação femuro rotuliana ou rotulo femoral.

A condromalacia rotuliana é mais frequente nas mulheres?
Sim, a mulher tem uma maior a desgaste da cartilagem do Patela devido ao alinhamento dos membros inferiores, a mulher tem uma inclinação um pouco maior do ângulo do joelho (geno valgo) e tem piores hábitos posturais para sentar.

Como surge a condromalácia?
A condromalacia rotuliana é uma patologia de evolução lenta, demora anos para se desenvolver. Ocorre devido a hiperpressão entre a Rotula e o fémur durante o movimento de flexo extensão do joelho. Pode ser também provocada por lesões traumáticas agudas ou repetidas no Joelho com por exemplo realizar chutes repetidos com o joelho ou até mesmo subir e descer escada.

Biomecanicamente como surge a condromalacia?
A rotula é o osso no organismo que sofre a maior stress de cizalhamento, a força de cizalhamento da articulação patelofemural é de aproximadamente 7 vezes o peso corporal. Ou seja numa pessoa de 72 Kg a força de cizalhamento é de aproximadamente 500Kg! Conhecendo esses números fica fácil entender que pequenas mudanças biomecânicas podem provocar lesões na cartilagem da rotula.

Quais os principais sintomas da Condropatia patelar?
O principal sintoma é a dor na face anterior do joelho que piora com os movimentos de flexo extensão ativa. A dor é uma queixa comum para subir e descer escadas, pisar na embreagem, abaixar, dor ao levantar depois de ficar muito tempo sentada ( exemplo ao levantar do ónibus ou sair do cinema)

Como é feito o tratamento do condromalacia da Rótula?
O tratamento inicialmente é não operatório, com medicação e fisioterapia, porém alguns casos requerem cirurgia. o médico irá analisar se há alguns problema estrutural e instituirá a terapêutica adequada a cada caso.

Qual o melhor tratamento para a condromalacia e a condropatia?
O melhor tratamento deverá ser determinado pelo seu ortopedista.

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 19/07/2013

Torcicolo, Presbiopia e Óculos Multifocal

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Qual a relação entre problemas visuais e torcicolo?
O pescoço controla a posição da cabeça e mantemos a cabeça em posição ruim devido a problemas oculares podem surgir as dores no pescoço.

Quais problemas visuais causam mais frequentemente a dor no pescoço?
O mais frequente é a vista cansada ( presbiopia) que é a anomalia da visão que ocorre com o envelhecimento da pessoa. O cristalino fica rígido e perde a capacidade de acomodação da visão para perto.

Óculos multifocal pode ser a causa de dor no pescoço e na cintura escapular?
Sim, o óculos multifocal como o nome diz tem várias distâncias focais, a maneira de encontrar o foco correto é inclinando a cabeça. quando o óculos está fora do grau o paciente fica mexendo a cabeça para cima e para baixo para tentar achar a parte da lente que tenha a distância focal correta principalmente quando lê e usa o computador ao mesmo tempo. Esse movimento repetido o dia todo leva a fadiga muscular e consequentemente a dor na musculatura posterior do pescoço. ( mialgia no músculo trapézio)

Como diagnosticar esse problema?
Peça ao paciente para trabalhar com um computador e transcrever algo que esteja escrito numa folha ao lado do computador, observe se ele movimenta a cabeça para cima e para baixo tentando achar o foco ideal.

Dr. Marcos Britto da Silva 
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Rio de Janeiro, RJ, Brasil
atualizado em 07/12/2013

Cigarro e Saúde Músculo Esquética

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As lesões pulmonares e cardiovasculares provocadas pelo cigarro são amplamente divulgadas e conhecidas, porém, as lesões ortopédicas do cigarro são raramente discutidas e desconhecidas do público em geral.
O objetivo desse artigo e chamar a atenção dos fumantes e dos fumantes passivos para os riscos do desenvolvimento de lesões músculo esqueléticas relacionadas ao cigarro. 

O cigarro provoca lesões nos ossos e articulações?
Sim, temos diversos trabalhos científicos na literatura que descrevem essas lesões. 

Quais estruturas são lesadas pelo cigarro?
A cigarro está relacionado ao desenvolvimento de osteoporose. Além disso o cigarro atrapalha a consolidação ósseo. O cigarro leva ao retardo e a pseudartrose na fratura. O cigarro age diretamente obstruindo a microcirculação dos tendões. A lesão na microcirculação leva a ruptura e à dificuldade de cicatrização dos ligamentos e dos tendões. Temos trabalhos publicados que mostram essa associação no desenvolvimento das lesões do manguito rotador. Ou seja quem fuma tem maior chance de desenvolver rupturas do manguito rotador e pior prognóstico após a ruptura desses tendões.  

Pacientes com fratura podem fumar?
Não, o cigarro é terminantemente proibido durante o processo de cicatrização da fratura. Quando um fumante quebra um osso não temos como interferir nas lesões causadas na microcirulação durante todos os anos em que o paciente fumou, porém, podemos orientá-lo a parar de fumar durante o período de consolidação óssea. 

O que acorre se o fumante com fratura não quiser parar de fumar?
Se estou tratando um paciente com fratura e ele irá necessitar de cirurgia a conduta é simples: ou ele para de fumar ou ele troca de médico. Não realizo osteossíntese em pacientes fumantes que irão permanecer fumando no pós operatório. 

Quais o riscos do paciente fumante que tem uma fratura?
O paciente fumante evolui com aumento do tempo para colar uma fratura e algumas vezes a fratura simplesmente não cola. Desenvolve o que é denominado pseudartrose ( falsa articulação). Quando a fratura não cola ela recebe esse nome " pseudartrose" pois o membro começa a fazer movimentos anormais numa falsa articulação. 

Porque o fumo está relacionado a tendinopatia do manguito rotador?
O fumo ativo, e também o fumo passivo, leva a alterações da microcirculação sanguínea que proporciona uma maior facilidade para que os tendões inflamem e dificulta a cicatrização dos tecidos tendinosos.  

Como está provado que o cigarro causa danos aos ossos, articulações e tendões?
O estudo sobre os malefícios do fumo e particularmente do cigarro é feito através de estudos observacionais na população fumante. Exemplo: o câncer de Pulmão apresenta uma incidência muito maior em pacientes fumantes. Nem todos os fumantes irão desenvolver câncer de pulmão porém a incidência de câncer é 20 vezes mais frequente nos fumantes quando comparado com a população em geral. Estudos semelhantes são feitos com patologias ortopédicas e os pacientes fumantes tem uma maior dificuldade de cicatrização tecidual, defeito na microcirculação e é um coadjuvante no desenvolvimento da osteoporose. 

De que maneira o fumo atrapalha a cirurgia ortopédica?
Quando operamos um paciente reconstruímos seus tecidos, colocamos os ossos no lugar (quando realizamos uma osteossíntese) e costuramos os tendões e ligamentos. Ao final da cirurgia de inicia o processo de cicatrização dos tecidos. Tanto os tecidos reparados quando  os produzidos pela incisão cirúrgica que o cirurgião fez para chegar até as estruturas lesadas deverão cicatrizar adequadamente. O cigarro atrapalha a cicatrização, portanto, atrapalha diretamente o prognóstico da cirurgia. 

Como ocorrem as lesões provocadas pelo cigarro nos tecidos ósseos e tendinosos?
O mecanismo é o dano a microcirculação. Um tecido com menor aporte sanguíneo devido a problemas na microcirculação tem maior dificuldade de lidar com as reações pós operatórias. 
Exemplo: imagine que os pequenos vasos estejam um pouco entupidos, nessa situação o tecido recebe menos sangue. 
O sangue carreia oxigênio que nutre as células, com pouco oxigênio as células ficam fracas e tem dificuldade para lutar com as bactérias ou seja surge a infecção. 
O sangue leva as células de defesa (os glóbulos brancos) até os tecidos inflamados, se chega menos sangue = menos células de defesa = infecção. 
O sangue nutre os tecidos, tecidos com pouco sangue morrem e tecido morto é caldo de cultura para bactéria = infecção. 
Tecidos com pouco sangue tem dificuldade de produzir novas células = retardo ou não cicatrização dos tecidos = não cicatrização dos tecidos, pseudartrose e rupturas tendinosas.
Para piorar a situação o fumo atrapalha o metabolismo do cálcio e os pacientes fumantes tem uma maior incidência de osteoporose. 

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologia e Medicina do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ
atualizado em 20/04/2010

Cirurgia do Quadril - Impacto Fêmoro Acetabular

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O diagnóstico de impacto femoro acetabular é relativamente recente na ortopedia e devido a esse fato geralmente é tratada pelo especialista em medicina desportiva ou pela ortopedista especialista em quadril.
O que é o impacto femoroacetabular?
O impacto femoro acetabular é o choque da cabeça do fémur contra o acetabulo.

O impacto femoro acetabular pode causar osteoartrite do quadril?
Sim, o impacto acetabular pode levar a artrose do quadril no paciente jovem. O contato entre o colo do fémur e o rebordo acetabular pode levar a lesão do labrum acetabular que pode progredir para uma artrose num paciente antes dos 50 anos de idade, principalmente nos atletas.

Quais os tipos de impacto femuro acetabular?
Segundo Ganz et al. existem dois tipos básicos de impacto femoroacetabular: Cam e Pincer. O impacto tipo CAM ocorre quando a cabeça do fémur  tem um raio de curvatura excêntrica e a cabeça femoral não encaixa perfeitamente dentro do acetábulo. O impacto femuro acetabular tipo Pincer ocorre devido a um choque anormal entre o colo do fémur e a reborda acetabular.

Classificação de Ganz para impacto femoro acetabular. 
 Qual a história natural do impacto femoro  acetabular?
A doença em geral inicia quando o paciente é adulto jovem, geralmente atleta de alta ou baixa demanda. Os sintomas inicialmente são de pouca intensidade ou podem surgir após um trauma pequeno do quadril. Os sintomas de dor em geral são intermitentes e pioram com a atividade física como caminhadas ou corridas e eventualmente nos treinos de outros esportes. As dores em geral são na região do quadril porém algumas vezes o paciente pode referir dor próxima ao joelho ou principalmente na face medial. Alguns paciente relatam piora da dor no movimento de levantar da cama ou da cadeira.

Como é feito o diagnóstico do da síndrome de Impacto femoroacetabular?
                                                                        

O diagnóstico é feito através do exame clínico com manobras especiais, exame radiográfico do quadril e da ressonância nuclear magnética.

Como é feito o tratamento do Impacto femoroacetabular?
No não atleta realizamos mudança nos hábitos de atividade física, porém nos atletas em geral o tratamento é cirúrgico pois em geral as dores estão relacionadas a atividade física e o atleta não quer passar a ter uma vida sedentária. Importante diferenciar o impacto femoroacetabular de outras patologias que provocam os sintomas semelhantes me isso é feito com um exame clínico acurado, interpretação dos exames de imagem  e da história clínica.OO impacto Femoroacetabular não tratado pode evoluir para coxartrose como nas radiografias abaixo.


Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedia Traumatologia e Medicina do Esporte
Rio de Janeiro, RJ, Brasil
atualizado em 14/09/2011

Referencia dos esquemas publicados nesse artigo: SBQ e Journal American Academy Orthopaedic Surgery 2007;15:561-570 As ultimas radiografias são de um paciente do consultório. 

Artroscopia para tratamento da Luxação de Ombro

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Modernamente a luxação recidivante do ombro é tratada com artroscopia. A artroscopia de Ombro é um médoto pouco invasivo é que apresenta resultados semelhantes a cirurgia aberta quando bem indicado.
Aspectos históricos 
O tratamento cirúrgico para luxação recidivante de ombro é realizada desde a antiguidade. Hipócrates relatou um tratamento que para os padrões atuais de medicina é muito primitivo (o tratamento da luxação consistia em colocar um ferro em brasa na região ântero inferior do ombro - região axilar - isso provocava uma cicatriz hipertrófica no local que limitava a rotação externa e impedia que o ombro luxasse novamente).
Não temos relato de novas técnicas até o início do século XX, em 1909 Perthes realizou uma reinserção da cápsula articular usando um grampo metálico (grampo de Blount ), em 1933 Bankart melhorou a técnica e a descreveu numa revista médica. 
A partir desse momento as cirurgias de reinserção capsular na glenóide passaram a se chamar: Cirurgia de "Bankart". 
A cirurgia que realizamos hoje em dia é biomecamicamente semelhante a cirurgia realizada por Perthes e popularizada por Bankart. A grande diferença é que realizamos a cirurgia com o auxilio do artroscópio e fazenmos somente 3 pequenos cortes ( menores que 2 cm cada ) para a colocação de canulas, pinças cirúrgicas e do aparelho de video.

Quais as vantagens da cirurgia artroscópica para tratar a instabilidade do ombro?
A grande vantagem da cirurgia artroscópica para tratamento da instabilidade glenoumeral é a possibilidade de corrigir vários problemas num mesmo procedimento e com baixa morbidade.
Na artroscopia do ombro não há necessidade de abrir a articulação e não precisamos soltar o tendão do subescapular. Nas cirurgias abertas realizarmos no final da cirurgia a reinserção desse tendão, porém, isso provoca maior dor no pós operatório.
Por ser uma cirurgia minimamente invasiva a artroscopia apresenta menor dor no pós aperatório com resultados semelhantes em casos selecionados.

Todo paciente com luxação de ombro pode ser tratado por via artroscópica?
A cirurgia aberta da instabilidade do ombro ainda tem um lugar de relevância pois vários casos de instabilidade não podem ser tratados por via artroscópica. Quando precisamos reconstruir a região anterior da cavidade glenoidal, com transferências ou enxertos ósseos, a cirurgia aberta é uma ótima opção. 

O que precisamos para realizar a artroscopia do ombro?
Para realizar a artroscopia do ombro, além de um cirurgião experiente necessitamos de vários equipamentos, insumos descartáveis e próteses, o que encarece muito o valor da cirurgia.

Ancoras metálicas ou bioabsorvíveis?
Para reinserir a cápsula articular no glenoide prefiro as ancoras bioabsorvíveis pois elas miminizam as complicações e evitam a colocação de próteses metálicas dentro da articulação.

Dr. Marcos Britto da Siva 
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Rio de Janeiro, RJ, Brasil
atualizado em 11/03/2014

Protese de Quadril Minimamente Invasiva

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Artrose e Prótese de substituição do Quadril
Sintomas da Artrose de Quadril
Tratamento de Artrose do Quadril
Tipos de Prótese de Quadril


Artroplastia total do quadril é um procedimento ortopédico comum. Como o envelhecimento da população, espera-se que se torne ainda mais comum. A cirurgia de substituição da articulação do envolve a remoção da cabeça do fémur e a substituir do mecanismo de bola-e-soquete do quadril por implantes artificiais. Isto alivia a dor e melhora a mobilidade. A Prótese de quadril também é usada em algumas situações após a fratura do quadril. As cirurgias de prótese de quadril são realizados pelo ortopedista especialista em quadril

A Substituição do quadril minimamente invasiva permite ao cirurgião realizar a substituição de quadril por meio de uma ou duas pequenas incisões. Os pacientes geralmente têm menos dor, em comparação com a cirurgia tradicional e a reabilitação é mais rápida.

Artrose e Prótese de quadril
A Osteoartrite do quadril é a razão mais comum para uma substituição dessa articulação. A osteoartrite é causado pelo desgaste ou pelo envelhecimento. Isso faz com que a cartilagem que cobre as superfícies articulares de desgaste, resultando em dor, rigidez, dor ao andar pequenas distãncias, dor para sentar e levantar, etc.

Outras condições que podem causar a destruição da articulação do quadril incluem a perda do suprimento de sangue para a cabeça do fémur (osteonecrose avascular da cabeça do fémur), artrite reumatóide, lesões, infecções e anomalias do desenvolvimento do quadril. Pacientes com artrite também podem ter ossos frágeis (osteoporose), porém não há relação direta entre a densidade óssea e o desenvolvimento de artrite do quadril.

Sintomas da Artrose do Quadril
A artrose do quadril geralmente provoca dor intensa. A dor pode ser constante ou pode ir e vir. A dor pode ser sentida na virilha, coxa e nádega, ou pode haver dor referida para o joelho. Andar a pé, especialmente para longas distâncias, pode causar dor ou fazer o paciente mancar.
Alguns pacientes podem necessitar de uma bengala, muleta ou andador para ajudá-los a se locomover. A dor geralmente começa lentamente e piora com o tempo a níveis menos elevados de atividade.
Pacientes com artrose do quadril podem ter dificuldade em subir escadas. Vestir-se, amarrar sapatos, e cortar as unhas dos pés pode ser difícil ou impossível. A dor também pode interferir com o sono.
o exame de Raios-X pode mostrar a perda do espaço da cartilagem na articulação do quadril e uma aparência de "osso com osso" . Osteófitos e cistos ósseos são comuns nas radiografias simples.
Às vezes, o ortopedista pode recomendar testes adicionais para confirmar o diagnóstico, incluindo ressonância magnética (RM) ou tomografia computadorizada (TC).

Tratamento da Artrose do Quadril
O tratamento não cirúrgico
Para a artrose do quadril, o primeiro tratamento que um ortopedista pode recomendar é um analgésico e medicações anti-inflamatórias. Alguns suplementos nutricionais, incluindo a glicosamina, podem fornecer algum alívio ( cerca de 30% dos casos) por um curto espaço de tempo. A fisioterapia pode ajudar a melhorar a força e reduzir a rigidez antes da progressão da doença.

Para pacientes com artrose mais avançados, o uso de uma bengala no lado oposto do quadril afetado pode ajudar a transferência de peso e melhorar a capacidade de andar. Um andador também pode ser usado. A artrose no entanto, é progressiva. Mesmo com o tratamento, ele vai piorar com o tempo. Perda de peso pode ajudar a diminuir tensões em todas as articulações e adiar a necessidade de colocar uma prótese de quadril

Tratamento Cirúrgico
A Dor e a mobilidade podem piorar com artrose do quadril, mesmo quando todos os tratamentos não-cirúrgicos recomendados foram tentadas. Se isso acontecer, o ortopedista pode recomendar a cirurgia. As opções cirúrgicas incluem:
* Artroscopia. Artroscopia do quadril é um procedimento minimamente invasivo, que é relativamente incomum. O médico pode recomendar esse procedimento quando a articulação do quadril mostra evidências de cartilagem lesada ou fragmentos soltos de osso ou cartilagem.
* A osteotomia. Candidatos para osteotomia incluem pacientes mais jovens com artrite precoce, particularmente aqueles com um encaixe do quadril anormalmente rasas (displasia). O procedimento envolve corte e realinhamento dos ossos da articulação do quadril e / ou fêmur para diminuir a pressão dentro da articulação. Em algumas pessoas, isso pode atrasar a necessidade de cirurgia de substituição por 10 a 20 anos.

Tipos de Prótese para substituição do Quadril
Próteses de substituição tradicionais do quadril

A Cirurgia de substituição da anca tradicional envolve fazer uma incisão de 10  a 12 polegadas no lado do quadril. Os músculos são divididos ou separados a partir do quadril, permitindo que o quadril seja deslocado.

Uma vez que o conjunto foi aberto e as superfícies articulares expostas, o cirurgião remove a cabeça do fémur. O acetábulo é preparada através da remoção d0 restante da cartilagem e alguns ossos circundantes. Um implante em forma de taça é então prensado dentro do osso da articulação do quadril. Pode ser fixada com parafusos
Em seguida, o fémur será preparado. Uma haste de metal é colocado no fêmur a uma profundidade de cerca de 6 centímetros. O implante-tronco é fixado com cimento ósseo ou é implantado sem cimento. Implantes cimentadas têm uma superfície áspera, porosa. Isso permite que ao osso aderir ao implante para segurá-la no lugar. A bola metálica é então colocada na parte superior do tronco da haste femoral.
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Protese de substituição Quadril Minimamente Invasiva

A Cirurgia de substituição do quadril minimamente invasiva permite ao cirurgião realizar a substituição de quadril por meio de uma ou duas pequenas incisões.
Os Candidatos para o procedimento de incisão mínima são tipicamente mais magros, mais jovens, mais saudáveis e mais motivados a ter uma recuperação rápida em comparação com pacientes que se submetem a cirurgia tradicional.
Antes de decidir fazer uma substituição do quadril minimamente invasiva, você deve ter uma avaliação completa do seu cirurgião. Discutir com ele os riscos e benefícios. Tanto o método  Tradicional ou quando os minimamente invasivos de substituição do quadril são tecnicamente exigentes. Eles exigem que o cirurgião e equipe operacional tenham uma experiência considerável.

Técnica Cirúrgica
Os implantes artificiais utilizados para os procedimentos de substituição do quadril minimamente invasiva são os mesmos que os utilizados para a substituição tradicional. Instrumentos especialmente concebidos são necessários para preparar o acetábulo e o fêmur e colocar os implantes corretamente.
O procedimento cirúrgico é semelhante, mas há menos dissecção dos tecidos moles. Uma incisão única ao quadril minimamente invasiva pode medir apenas 15 cm . Depende do tamanho do paciente e da dificuldade do procedimento.
A incisão é realizada na parte externa do quadril. Os músculos e tendões são divididos  mas em menor grau do que na operação tradicional de protese de quadril. Eles são rotineiramente reparados após o cirurgião para colocação do implante. Isso incentiva a cura e ajuda a prevenir luxação do quadril.

Benefícios da técnica minimamente Invasiva
Benefícios relatados na protese de quadril com técnica minimamente invasiva:
* Menos dor
* Incisões cosméticas
* Menos danos no músculo
*Tempo de Reabilitação é mais rápido
* A permanência no Hospital é mais curta

Para prótese de Quadril da tradicional, a internação hospitalar média é de 4 a 5 dias. Muitos pacientes precisam de reabilitação extensa depois. Com procedimentos menos invasivos, a internação pode ser tão curto quanto 2 dias.

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista e Medicina do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 15/07/2010

Salto Alto e Metatarsalgia

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O que é metatarsalgia?
Chamamos de metatarsalgia a dor na parte da frente do pé ( antepé).

Onde se localiza a dor na metatarsalgia?
A dor na metatarsalgia se localiza abaixo da cabeça dos metatarsianos.

Quais as características da metatarsalgia?
A dor piora com o caminhar e piora muito com o uso de salto alto e sapatos apertados.

Quais as causas da metatarsalgia?
A causa mais frequente é a sobrecarga mecânica na hora da pisada, porém temos outras causas como o Neuroma de Morton, Calos Plantares, Verrugas plantares, etc.

Como é feito o tratamento da metatarsalgia?
O tratamento é endereçado a patologia que está causando a dor, cada uma das possíveis causas apontadas acima tem tratamento específico. Para determinar o melhor tratamento devemos primeiro identificar qual a causa da metatarsalgia.

As palmilhas são úteis para o tratamento da metatarsalgia?
Sim, em várias situações podemos usar palmilhas especiais. Essas palmilhas são específicas para cada tipo de doença que esta provocando a dor no pé.


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Pé chato e Pé plano
Neuroma de Morton

Dr Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologia e Medicina do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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