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Channel: Dr. Marcos Britto da Silva, MD, MSc Ortopedista Traumatologia Esportiva
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Osteosarcopenia

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Osteosarcopenia é uma combinação de sarcopenia, perda me massa muscular e osteoporose, baixa densidade mineral óssea. Com base na relação entre osso e músculo, esta associação de doenças está associado a um maior risco de quedas, fraturas, dependência e custos de cuidados de saúde do que seus componentes individuais.

Quais os indivíduos estão mais propensos a desenvolver a osteosarcopenia?

Pode ocorrer em jovens porém é mais comum em pacientes mais velhos. Dadas suas características, pode ser considerada como uma nova síndrome geriátrica. Portanto, entender sua fisiopatologia e diagnóstico, bem como seu manejo não farmacológico e farmacológico, é uma tarefa de grande importância. 

Quais os desafios para o ortopedista ao tratar a osteosarcopenia? 

O problema em abordar essa doença surge da tradição de gerenciar a sarcopenia e a osteoporose separadamente. Há também uma falta de consenso sobre como chamá-lo (sarco-osteopenia, sarco-osteoporose, osteo-sarcopenia, osteossarcopenia). 

O que devo fazer para saber se tenho osteosarcopenia?

Um teste simples é levantar da cadeira sem o uso das mãos, quando dependemos das mãos para auxiliar a levantar em geral já estamos com baixa massa muscular. A densidade mineral ossea deve ser avaliada com um exame de densitometria óssea. 

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Dr. Marcos Britto da Silva

Ortopedista, Traumatologia e Medicina do Esporte

Botafogo, Rio de Janeiro, RJ
atualizado em 27/11/2018

Diabetes, Osteoporose e Sarcopenia

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Pessoas com diabetes tem maior risco de desenvolver osteoporose ?

As pessoas com diabetes do tipo 1 ou tipo 2 (DM1, DM2) apresentam um risco de fratura significativamente maior do que pessoas sem diabetes.

Quais as causas das fraturas em pacientes diabéticos ?

Esse risco aumentado é atribuído a déficits específicos da doença na microarquitetura e propriedades do material do tecido ósseo. Portanto, efeitos independentes dos medicamentos para diabetes na integridade do esqueleto são de vital importância. 

Qual a relação o uso de medicamentos para tratar o diabetes e o risco de fraturas ?

Estudos de terapias baseadas em incretinas ( insulina, glucagon, amilina, GLP-1 (glucagon-like peptide-1) e GIP (glucose-dependent insulinotropic polypeptide) mostraram efeitos divergentes de diferentes agentes no risco de fratura, incluindo efeitos prejudiciais, benéficos e neutros. 

Acredita-se que a classe das sulfoniluréias ( são fármacos que promovem a liberação de insulina a partir das células beta do pâncreas), devido ao seu potencial hipoglicêmico, amplifique o risco de fraturas relacionadas à queda, particularmente em idosos. Outros agentes, como as biguanidas ( uma classe de fármacos utilizadas como hipoglicemiantes. As biguanidas, diferentemente das sulfoniluréias não afecam a liberação de insulina. A ação de redução nos níveis de glicose sanguíneo não depende das células beta pancreáticas.) , podem, de fato, ser osteoanabólicos. Em contraste, apesar das propriedades anabólicas da insulina semelhantes esperadas, os dados sugerem que a farmacoterapia com insulina em si, particularmente na Diabetes tipo 2, pode ser um fator de risco para fratura, negativamente associada com os determinantes da qualidade óssea e da resistência óssea. Finalmente, os inibidores do cotransportador de glicose dependentes de sódio 2 ( reduzem a reabsorção da glicose pelo rim, aumentando a excreção de glicose e reduzindo os níveis de açúcar no sangue ) têm sido associados a um aumento do risco de fraturas atípicas em populações selecionadas, 

Diabetes e perda de massa muscular

Atualmente, os dados sobre o impacto dos medicamentos para baixar a glicose na atrofia muscular relacionada ao diabetes são mais limitados, estudos pré-clínicos sugiram que vários agentes hipoglicemiantes podem ter efeitos agravantes (sulfoniluréias, glinidas) ou reparadores (tiazolidinedionas, biguanidas, incretinas) no músculo esquelético. Esses efeitos influenciariam a qualidade muscular e a grau de força muscular influencia a massa óssea. Assim, a eficácia terapêutica de cada agente hipoglicêmico também deve ser avaliada à luz de seu impacto, isolado ou em combinação, na saúde musculoesquelética, ao determinar uma abordagem de tratamento individualizada. 

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologia e Medicina do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ
atualizado em 30/11/2018

Tenho um joelho varo e sofro muito com isso

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Se o problema não é funcional, ou seja não irá prejudicar as funções do dia a dia e nem evoluir para artrose,  e somente estético ao realizar a cirurgia o paciente pode não ficar satisfeito. Ao operar sai a perna torna e entra uma cicatriz.

Mesmo uma cirurgia bem indicada num paciente com problema de auto imagem pode não agradar ao paciente, mesmo com um resultado funcional muito bom.
Podemos imaginar a seguinte situação:
- O paciente com alteração da auto imagem fala após a cirurgia: meu joelho era torno porém agora ele está horrível com essa cicatriz, parece uma lacraia tatuada na minha perna!

Pode inclusive continuar sofrendo. Sugiro sempre que o paciente mostre seu joelho ao ortopedista para saber se há indicação do ponto de vista ortopédico, que em geral irá indicar a cirurgia para melhorar a função e prevenir a artrose no futuro.

Porém se o problema é estético e não tem indicação cirúrgica do ponto de vista funcional uma conversa com um um psicanalista pode ajudar a superar a não aceitação do próprio corpo.

Sindrome Baixo desempenho em atletas

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Síndrome Baixo desempenho em atletas. UPS - UnexPlained Underperformance

O baixo desempenho de causa indeterminada em atletas é um problema relativamente frequente, ocorrendo em cerca de 10% das equipes  de elite e alta performance em atividades esportivas de resistência. Os termos "síndrome de overtraining", "staleness", "fadiga crônica em atletas" e "síndrome da fadiga esportiva" foram usados.
O termo "Burn out" como estado de humor e depressão podem ocorrer em atletas em esportes de velocidade e explosão muscular. Há alguma confusão na literatura sobre a definição e os critérios de diagnóstico. Em 19 de abril de 1999, R Budgett et al. ajudaram a definir os termos, esse artigo é baseado nesse consenso.

Infelizmente, o termo síndrome do excesso de treinamento implica causalidade, o que limita as investigações desse problema em atletas. Os atletas que sofrem de infecções respiratórias freqüentes, depressão, fadiga e baixo desempenho. 

Qual a definição de síndrome de baixo desempenho inexplicada (UPS) ?

A UPS é um déficit de desempenho inexplicável persistente (reconhecido e acordado por treinador e atleta), apesar de duas semanas de descanso relativo.

O seguintes sintomas são relatados com frequência na UPS, 
  • Fadiga e senso de muito esforço durante o treino
  • História de treinamento pesado e competição, 
  • Infecções menores frequentes e de repetição
  • Músculos pesados, rígidos e / ou doloridos
  • Perturbação do humor 
  • Alteração da qualidade do sono
  • Perda de energia
  • Perda de performance competitiva
  • Perda de libido
  • Perda de apetite
  • Suor excessivo
Conclusões

A lista de sintomas foi incluída para fornecer um histórico para a definição básica. Se o menor desempenho pode ser explicado em termos de uma grande doença, o diagnóstico não pode ser feito. Por esta razão, todos os atletas com diagnóstico de UPS devem ter um histórico e exame físico realizado por um médico qualificado. O déficit de desempenho pode ser acordado pelo médico do esporte ou um médico clínico, se for apropriado um teste ergométrico ou testes de campo pode ser realizado. No entanto, na maioria dos casos, seria o treinador e o atleta os mais capazes de medir o desempenho, que podem ser comparados com semanas, meses ou anos anteriores. Pode ser mais apropriado comparar o desempenho com os mesmos estágios das estações anteriores ou mesmo dos ciclos olímpicos (no caso de um atleta olímpico). O descanso relativo não pode ser definido exatamente, mas deve envolver uma redução significativa no treinamento e aumentar o tempo de recuperação, por exemplo, como ocorreria normalmente antes de uma competição.
  • Há evidências de diferentes apresentações em atletas de resistência e sprint. Os atletas de resistência apresentam fadiga e baixo desempenho com mudanças secundárias de humor e isso é específico para o esporte e o indivíduo.
  •  Os velocistas e os atletas de força apresentam principalmente mudanças de humor (queimação e estancamento) com mudanças subseqüentes no desempenho.
Também atletas que Sofrem de infecções menores frequentes, particularmente infecções do trato respiratório superior, podem formar um subgrupo de sobreposição separado. Como resultado desses grupos sobrepostos e a confusão de definições, a nossa definição de baixo desempenho inexplicado é ampla e inclusiva. No entanto, não inclui o excesso de alcance ou o chamado excesso de treinamento de curto prazo, do qual os atletas se recuperam com duas semanas de descanso relativo. 

As variáveis ​​de sangue ainda não são específicas o suficiente para fazer o diagnóstico, mas as alterações:
  • Glutamina,  
  • Catecolaminas, 
  • Eixos hipotálamo-hipofisários  
  • Força muscular excêntrica / concêntrica
podem ajudar no diagnóstico no futuro.

Dr. Marcos Britto da SilvaOrtopedista, Traumatologista e Médico do EsporteBotafogo, Rio de Janeiro, RJ, BrasilAtualizado em 29/01/2019

Como escolher a melhor mochila Escolar para seu filho ?

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Segurança para uso da Mochila
Dicas do ortopedista para escolher e como usar a mochila escolar
Prevenção de Lesões com o uso das mochilas escolares
Dicas para os Pais
Mochilas são uma maneira popular e práticos para crianças e adolescentes transportar livros escolares. Elas são projetadas para distribuir o peso da carga nos músculos do corpo. Quando usadas corretamente as mochilas podem ser uma boa maneira de transportar os materiais necessários as necessidades do dia a dia na escola.

Dicas para uma utilização adequada de mochilas escolares
Mochilas muito pesadas ​​ou usadas ​​incorretamente podem causar problemas para as crianças e adolescentes. O uso indevido das mochilas podem ferir músculos e articulações. Isso pode levar a dores na coluna, pescoço e ombros, assim como problemas de postura. Mochilas pesadas não causam escoliose. A escoliose é uma curva lateral da coluna, que muitas vezes aparece em crianças durante a adolescência.

As seguintes diretrizes podem ajudar a sua família a usar mochilas com segurança.

Escolhendo a melhor mochila escolar
A utilização correta de alças largas, bem acolchoadas ajudará a distribuir o peso da mochila.
Ao escolher uma mochila, olhar para algumas das seguintes características.
* Alças de ombro acolchoadas e largas
* Duas alças de ombro, uma de cada lado
* Acolchoado na região posterior que apoia nas costas.
* Tira na cintura para manter a mochila próxima ao corpo
* A Mochila deve ser leve
* Evitar mochilas grandes que ultrapassam a altura ou a largura dos ombros ou fiquem abaixo da linha da cintura, idealmente a final do mochila deve ficar a 5 cm do início das nádegas
* Prefira mochila com rodinhas
* a mochila deve ser proporcional ao tamanho da criança, evite mochilas muito grandes.

Prevenção de Lesões
Use sempre as duas alças. Apertar as tiras de modo que a mochila fique perto do corpo.
Para evitar ferimentos durante a utilização de uma mochila, faça o seguinte:
A mochila não deve ultrapassar 10/15% do peso corporal, ex.: criança com 35 kg não deve carregar mais de 4,5  KG na mochila.
* Use sempre as duas alças de ombro
* Apertar as tiras
* Mantenha a mochila leve
* Organize a mochila
* Remover itens desnecessários
* Levantar corretamente a mochila
* Usar mochilas com rodinhas. 

Dicas para os Pais
Os pais também podem ajudar.
* Incentivar a criança ou adolescente para falar sobre a dor ou desconforto que pode ser causada por uma mochila pesada.
* Não ignore qualquer dor nas costas em uma criança ou adolescente.
* Converse com a escola sobre a diminuição do peso ( transportar menos livros diariamente, usar o armário da escola).
* Tenha certeza que a escola permite que os alunos tenham acesso a seus armários ao longo do dia.  Converse com outros pais para encorajar mudanças.
* Se o seu filho tem dor nas costas que não melhora pois a mochila é muito pesada, considerar a compra de um segundo conjunto de livros didáticos para mantê-los em casa ( isso é muito caro e deve ser usado em último caso)

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 15/01/2016.

Mancha Roxa

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O que é a mancha roxa na pele ?

A macha roxa no pele é uma equimose.

Porque estou com uma mancha roxa na pele?

A mancha roxa na pele significa que ocorreu uma lesão nos vasos sanguíneos com a saída de sangue de dentro dos capilares, da veia ou da artéria.

Como surge a mancha roxa na pele ?

O equimose surge após uma pequena batida no local ou após vários dias de uma entorse ou lesão muscular. Sempre que surge uma mancha roxa na pele devemos investigar as causas que levaram a esse sangramento.

Tenho manchas roxas na pele sem nenhum trauma.
O surgimento de equimoses espontâneas devem ser investigados por um médico.

Dr Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Medicina do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
atualizado 10/05/2019

Protese de Quadril

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A Artroplastia total do quadril é um procedimento ortopédico muito comum. Com o envelhecimento da população, irá se torna mais mais frequente devido a artrose e as fraturas do quadril. A cirurgia de substituição da articulação do quadril envolve a remoção da cabeça do fémur e a substituir do mecanismo de bola-e-soquete do quadril por implantes artificiais. Isto alivia a dor e melhora a mobilidade. A Prótese de quadril também é usada em algumas situações após a fratura do quadril. As cirurgias de prótese de quadril são realizados pelo ortopedista especialista em quadril

A Substituição do quadril minimamente invasiva permite ao cirurgião realizar a substituição de quadril por meio de uma ou duas pequenas incisões. Os pacientes geralmente têm menos dor, em comparação com a cirurgia tradicional e a reabilitação é mais rápida.

Artrose e Prótese de quadril
A Osteoartrite do quadril é a razão mais comum para uma substituição dessa articulação. A osteoartrite é causado pelo desgaste ou pelo envelhecimento. Isso faz com que a cartilagem que cobre as superfícies articulares de desgaste, resultando em dor, rigidez, dor ao andar pequenas distãncias, dor para sentar e levantar, etc.

Outras condições que podem causar a destruição da articulação do quadril incluem a perda do suprimento de sangue para a cabeça do fémur (osteonecrose avascular da cabeça do fémur), artrite reumatóide, lesões, infecções e anomalias do desenvolvimento do quadril. Pacientes com artrite também podem ter ossos frágeis (osteoporose), porém não há relação direta entre a densidade óssea e o desenvolvimento de artrite do quadril.

Sintomas da Artrose do Quadril
A artrose do quadril geralmente provoca dor intensa. A dor pode ser constante ou pode ir e vir. A dor pode ser sentida na virilha, coxa e nádega, ou pode haver dor referida para o joelho. Andar a pé, especialmente para longas distâncias, pode causar dor ou fazer o paciente mancar.
Alguns pacientes podem necessitar de uma bengala, muleta ou andador para ajudá-los a se locomover. A dor geralmente começa lentamente e piora com o tempo a níveis menos elevados de atividade.
Pacientes com artrose do quadril podem ter dificuldade em subir escadas. Vestir-se, amarrar sapatos, e cortar as unhas dos pés pode ser difícil ou impossível. A dor também pode interferir com o sono.
o exame de Raios-X pode mostrar a perda do espaço da cartilagem na articulação do quadril e uma aparência de "osso com osso" . Osteófitos e cistos ósseos são comuns nas radiografias simples.
Às vezes, o ortopedista pode recomendar testes adicionais para confirmar o diagnóstico, incluindo ressonância magnética (RM) ou tomografia computadorizada (TC).

Tratamento da Artrose do Quadril
O tratamento não cirúrgico
Para a artrose do quadril, o primeiro tratamento que um ortopedista pode recomendar é um analgésico e medicações anti-inflamatórias. Alguns suplementos nutricionais, incluindo a glicosamina, podem fornecer algum alívio ( cerca de 30% dos casos) por um curto espaço de tempo. A fisioterapia pode ajudar a melhorar a força e reduzir a rigidez antes da progressão da doença.

Para pacientes com artrose mais avançados, o uso de uma bengala no lado oposto do quadril afetado pode ajudar a transferência de peso e melhorar a capacidade de andar. Um andador também pode ser usado. A artrose no entanto, é progressiva. Mesmo com o tratamento, ele vai piorar com o tempo. Perda de peso pode ajudar a diminuir tensões em todas as articulações e adiar a necessidade de colocar uma prótese de quadril

Tratamento Cirúrgico
A Dor e a mobilidade podem piorar com artrose do quadril, mesmo quando todos os tratamentos não-cirúrgicos recomendados foram tentadas. Se isso acontecer, o ortopedista pode recomendar a cirurgia. As opções cirúrgicas incluem:
* Artroscopia. Artroscopia do quadril é um procedimento minimamente invasivo, que é relativamente incomum. O médico pode recomendar esse procedimento quando a articulação do quadril mostra evidências de cartilagem lesada ou fragmentos soltos de osso ou cartilagem.
* A osteotomia. Candidatos para osteotomia incluem pacientes mais jovens com artrite precoce, particularmente aqueles com um encaixe do quadril anormalmente rasas (displasia). O procedimento envolve corte e realinhamento dos ossos da articulação do quadril e / ou fêmur para diminuir a pressão dentro da articulação. Em algumas pessoas, isso pode atrasar a necessidade de cirurgia de substituição por 10 a 20 anos.

Tipos de Prótese para substituição do Quadril
Próteses de substituição tradicionais do quadril

A Cirurgia de substituição da anca tradicional envolve fazer uma incisão de 10  a 12 polegadas no lado do quadril. Os músculos são divididos ou separados a partir do quadril, permitindo que o quadril seja deslocado.

Uma vez que o conjunto foi aberto e as superfícies articulares expostas, o cirurgião remove a cabeça do fémur. O acetábulo é preparada através da remoção d0 restante da cartilagem e alguns ossos circundantes. Um implante em forma de taça é então prensado dentro do osso da articulação do quadril. Pode ser fixada com parafusos
Em seguida, o fémur será preparado. Uma haste de metal é colocado no fêmur a uma profundidade de cerca de 6 centímetros. O implante-tronco é fixado com cimento ósseo ou é implantado sem cimento. Implantes cimentadas têm uma superfície áspera, porosa. Isso permite que ao osso aderir ao implante para segurá-la no lugar. A bola metálica é então colocada na parte superior do tronco da haste femoral.
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Protese de substituição Quadril Minimamente Invasiva

A Cirurgia de substituição do quadril minimamente invasiva permite ao cirurgião realizar a substituição de quadril por meio de uma ou duas pequenas incisões.
Os Candidatos para o procedimento de incisão mínima são tipicamente mais magros, mais jovens, mais saudáveis e mais motivados a ter uma recuperação rápida em comparação com pacientes que se submetem a cirurgia tradicional.
Antes de decidir fazer uma substituição do quadril minimamente invasiva, você deve ter uma avaliação completa do seu cirurgião. Discutir com ele os riscos e benefícios. Tanto o método  Tradicional ou quando os minimamente invasivos de substituição do quadril são tecnicamente exigentes. Eles exigem que o cirurgião e equipe operacional tenham uma experiência considerável.

Técnica Cirúrgica
Os implantes artificiais utilizados para os procedimentos de substituição do quadril minimamente invasiva são os mesmos que os utilizados para a substituição tradicional. Instrumentos especialmente concebidos são necessários para preparar o acetábulo e o fêmur e colocar os implantes corretamente.
O procedimento cirúrgico é semelhante, mas há menos dissecção dos tecidos moles. Uma incisão única ao quadril minimamente invasiva pode medir apenas 15 cm . Depende do tamanho do paciente e da dificuldade do procedimento.
A incisão é realizada na parte externa do quadril. Os músculos e tendões são divididos  mas em menor grau do que na operação tradicional de protese de quadril. Eles são rotineiramente reparados após o cirurgião para colocação do implante. Isso incentiva a cura e ajuda a prevenir luxação do quadril.

Benefícios da técnica minimamente Invasiva
Benefícios relatados na protese de quadril com técnica minimamente invasiva:
* Menos dor
* Incisões cosméticas
* Menos danos no músculo
*Tempo de Reabilitação é mais rápido
* A permanência no Hospital é mais curta

Para prótese de Quadril da tradicional, a internação hospitalar média é de 4 a 5 dias. Muitos pacientes precisam de reabilitação extensa depois. Com procedimentos menos invasivos, a internação pode ser tão curto quanto 2 dias.

Ortopedista e Medicina do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Bursite do Quadril

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Descrição da Bursite do Quadril
Sintomas da Bursite no Quadril
Fatores de Risco para a  Bursite do Quadril
Diagnóstico da Bursite do Quadril
Tratamento da Bursite do Quadril
Reabilitação pós Bursite no Quadril
Prevenção da Bursite do Quadril

Entrevista sobre Bursite ao Sem CensuraYouTube

Descrição da Bursite do Quadril
A bursite do quadril é causada por uma inflamação da bursa trocanteriana, uma pequena bolsa gelatinosa que geralmente contém uma pequena quantidade de líquido. Bursas estão localizados por todo o corpo, sobretudo em torno do ombro, cotovelo, quadril, joelho e calcanhar. Eles agem como almofadas entre os ossos e os tecidos que recobrem os tendões, e ajudam a reduzir a fricção entre os músculos e os ossos. Ela é conhecida como bursite trocantérica ou bursite trocanteriana.

Relação da bursa trocantérica,
banda iliotibial e o trocânter maior.
Trocanter Maior
A protuberância óssea na região lateral do quadril é chamado o trocânter maior. O trocanter maior é o ponto de fixação para os músculos que movem a articulação do quadril. O trocânter tem uma bursa bem grande sobrejacente e que ocasionalmente se irrita, resultando em bursite do quadril (bursite trocantérica).

Existem outras bursas no quadril além da bursa do trocanter maior?
Outra bursa localizado no (lado da virilha) no interior do quadril é chamada de bursa iliopsoas. Quando essa bursa fica inflamada, a condição é também por vezes referido como a bursite do quadril, mas a dor está localizada na região da virilha.Esta condição não é tão comum como a bursite trocantérica, mas é tratada de maneira semelhante.

Sintomas da Bursite no Quadril
O principal sintoma da bursite do quadril é a dor no momento do quadril e também ao deitar sobre o lado afetado. A dor geralmente se estende para fora da área da coxa. Nos estágios iniciais, a dor é geralmente descrita como aguda e intensa. Mais tarde, ela pode apresentar-se como uma dor mais difusa. Normalmente, a dor é pior à noite, quando deitado sobre o quadril afetado e também quando se levantar de uma cadeira depois de estar sentado durante algum tempo. A dor surge também em outras situações ao ficar em pé por tempo prolongado, subir escadas ou agachar.

Fatores de Risco para a  Bursite do Quadril
A bursite do quadril pode afetar qualquer pessoa, mas é mais comum em mulheres e pessoas de meia-idade ou idosos e menos comum em pessoas mais jovens e em homens. Os seguintes fatores de risco têm sido associados com o desenvolvimento da bursite do quadril.
  • Esforço repetitivo. Isso pode ocorrer durante a execução de atividades do dia a dia, subir escadas, andar de bicicleta, ou ficar em pé por longos períodos de tempo.
  • Traumas no quadril. Uma contusão na região lateral do quadril pode ocorrer quando você cai de lado, colide o quadril na borda de uma mesa ou permanecer deitado muito tempo somente de um lado do corpo, principalmente em colchão duro.
  • Doenças na Coluna Lombar. Isso inclui a escoliose, artrose da coluna lombar, coluna e outros problemas de coluna.
  • Discrepância de Membros Inferiores. Quando uma perna é mais curta que a outra por mais de 2 cm, isso afeta a maneira de andar e pode levar à irritação de uma bursa do quadril.
  • Artrite reumatóide torna as bursas mais propensos a  inflamar.
  • Cirurgia Prévia. Cirurgia ao redor dos implantes de próteses de quadril ou no quadril podem irritar e causar bursite bursas.
  • Obesidade aumenta a quantidade de pressão sobre a face lateral do quadril
  • Osteófitos ou depósitos de cálcio. Estes podem se desenvolver dentro dos tendões que se ligam ao trocânter. Eles podem irritar a bursa e causar inflamação.

Diagnóstico da Bursite do Quadril
Ortopedista examina o
trocânter maior (mão Esq)
paciente deitado de lado.
O sinal clínico mais importante é a dor na região do grande trocanter em alguns casos podemos usar manobras especiais.

Exames de Imagem: 
A RX simples, Ressonância Nuclear Magnética e a Cintilografia óssea podem auxiliar em algumas situações.
   . 

Tratamento da Bursite do Quadril

O tratamento não cirúrgico
O tratamento inicial de bursite do quadril não envolve cirurgia. Muitas pessoas com bursite do quadril podem sentir um alívio com as mudanças de estilo de vida simples, incluindo: 
  • Modificação de atividades, evitando as atividades que pioram os sintomas.
  • Uso de antiinflamatórios não-esteróides (AINEs), para controlar a inflamação e a dor 
  • O uso de uma bengala ou muletas durante uma semana ou mais. 
  • Fisioterapia
  • Tratamento Local com Gelo ou Calor
  • Infiltração de corticoide 
  • Trocar o colchão por um mais macio. 
Tratamento Cirúrgico
A cirurgia raramente é necessária para a bursite do quadril. Se a bursa fica inflamada e dolorida após todos os tratamentos não-cirúrgicos, o ortopedista  pode recomendar a remoção cirúrgica da bursa. .

Reabilitação pós Bursite no Quadril
Após a cirurgia, um curto período de reabilitação pode ser esperado. A maioria dos pacientes usa uma bengala ou muletas por alguns dias. O paciente caminha no dia seguinte a cirurgia. A dor da cirurgia geralmente desaparece após alguns dias.

Prevenção da Bursite do Quadril
A prevenção visa evitar condutas e atividades que fazem a inflamação da bursa piorar. Evitar atividades repetitivas que exerçam pressão sobre os quadris. Perder peso. Corrigir a discrepância dos membros inferiores com uma palmilha. Mudar o hábito de dormir, trocar o colchão. Manter a força e a flexibilidade dos músculos do quadril com exercícios e alongamento regulares.


Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
atualizado em 14/06/2011

Fraturas de Estresse Diagnóstico e Prevenção

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Introdução

A fratura por estresse é a lesão causada por sobrecarga mecânica comumente vista em atletas e recrutas militares. É também conhecida como fratura oculta, pois na maioria dos casos ela não aparece no exame de Raio x simples. A patogênese da fratura de estresse é multifatorial e envolve tensões submáximas repetidas sobre o osso; esse mecanismo cíclico é conhecido como fator extrínseco. Porém, a fratura de estresse também pode ser precipitada por fatores biológicos metabólicos e nutricionais conhecidos como fatores intrínsecos. A apresentação clássica da fratura de estresse é a seguinte: um paciente com dor de início insidioso. Essa dor está relacionada ao aumento abrupto na duração ou da intensidade do exercício nas das atividades físicas.



     O diagnóstico é clínico e a confirmação é feita através de exames de imagem tais como radiografia simples, cintilografia óssea, tomografia computadorizada e a ressonância magnética. A maioria das fraturas por estresse são simples e podem ser tratadas pelo repouso e restrição da atividade que levou ao surgimento da fratura. Um subconjunto de fraturas por estresse podem apresentar um risco elevado de progressão para fratura completa, retardo de consolidação ou pseudartrose (não consolidação de uma fratura).Essas fraturas com risco elevado para complicações podem requerer um tratamento mais vigoroso, inclusive cirúrgico. Alguns locais apresentam mais frequentemente essas complicações, podemos destacar o colo do fêmur no lado de tensão (superior) , a patela, o córtex anterior da tíbia, o maléolo medial, o tálus, o navicular do tarso, o quinto metatarso e os sesamóides do hálux. 
     Embora seja relatado uma incidência menor que 1% de fraturas por estresse na população em geral, a incidência em atletas corredores pode ser tão alta quanto 20%. Em uma revisão de 320 atletas com fratura de estresse a tíbia foi o osso mais envolvido, representando 49,1% dos casos, seguido dos ossos do tarso, em 25,3%, e dos metatarsos, em 8,8%. Fraturas por estresse bilateral ocorreram em 16,6% dos casos.
A fratura de estresse é mais frequente nos jovens, porém, com o aumento da ênfase nas caminhadas para as pessoas idosas, a fraturas de estresse não deve ser esquecidas nesta população.
     A fratura de estresse foi descrita em quase todos os ossos, porém, é mais comum nos ossos que suportam o peso corporal. Cada esporte apresenta locais anatômicos específicos para a fratura de estresse, o úmero é afetado em esportes de arremesso, as costelas no golfe e no remo, a coluna vertebral na ginástica de solo, as extremidades inferiores em corredores e o pé nas longas caminhadas. Na tibia, o local da fratura está relacionado em alguns casos ao tipo de esporte.
     Nos corredores de longa distância, são encontradas fraturas preferencialmente na transição do terço médio/distal. Nos esportes de saltos (basquete, voleibol, atletismo), encontramos fraturas no terço proximal  e nos bailarinos, são mais frequentes as fraturas no terço médio da tíbia e também no pé. Na fíbula, as fraturas de estresse são frequentemente descritas no terço distal, porém na brigada paraquedista foram relatadas fraturas no terço proximal.

Patogênese da fratura de Estresse

     A etiologia da fratura por estresse é multifatorial. A taxa de ocorrência depende da composição do osso, do suprimento vascular local, do volume do envelope muscular, de fatores sistêmicos e do tipo de atividade atlética. Do ponto de vista biomecânico, a fratura por estresse pode ser o resultado de fadiga muscular, o que leva à transmissão de forças excessivas para o osso subjacente. Os músculos podem também contribuir para as lesões por estresse ao concentrar as forças em uma determinada área do osso, causando assim lesões mecânicas ao exceder a capacidade de suporte da tensão. Além dos fatores mecânicos extrínsecos (trauma repetido, tração muscular, etc), fatores sistêmicos, tais como desequilíbrios hormonais, deficiências nutricionais, privação do sono, anormalidades do colágeno e doenças metabólicas ósseas, podem contribuir para o desenvolvimento de fraturas por estresse.
     A fratura por estresse é o resultado da aplicação de um estresse cíclico com carga submáxima repetida até que o micro trabeculado ósseo começa a falhar. Um aumento abrupto na duração, na intensidade ou na freqüência de atividade física, sem períodos adequados de descanso, está sempre presente na história clínica.
     Em mulheres sedentárias, após a quarta década, é comum surgir a dor no pé após uma viagem com uma história de que caminhou muito durante vários dias.
     A aplicação de uma carga hiperfisiologica, produz microfraturas, essas microfraturas podem coaleger e se transformar em pequenas trincas ou fissuras. Havendo a continuação da atividade física na mesma intensidade, fissuras e trincas podem propagarse e coalescer em fraturas completas. Outra teoria relaciona a fratura de estresse aos osteoclastos: a atividade física de alta intensidade levaria a um aumento na atividade dos osteoclastos com reabsorção óssea num ponto de maior concentração de força e consequente fratura por estresse. A incidência de fraturas por estresse em mulheres é alta, portanto é especialmente importante investigar os fatores intrínsecos em atletas do sexo feminino.
     O termo tríade do atleta Feminino refere-se à combinação de um transtorno alimentar, amenorréia, e osteoporose. Mulheres participantes de esporte de alto nível, como patinação, ginástica e crosscountry são particularmente propensas a esta tríade. Em um esforço para minimizar a gordura corporal e manter alta performance atlética, muitas mulheres jovens desenvolvem distúrbios alimentares durante a puberdade. Amenorréia e oligomenorréia são achados comuns em corredores do sexo feminino de longas distâncias, com relatos de irregularidades menstruais em algumas séries em 50% dos casos. A deficiência de estrogenio leva à diminuição da densidade mineral óssea e ao aumento no risco de fratura por estresse.
     Atletas de corrida de endurance do sexo masculino são também predispostos a fraturas por estresse devido a baixa da testosterona, os níveis hormonais podem diminuir até 25% dos níveis fisiológicos com dois dias de treinamento vigoroso. A Testosterona inibe a interleucina-6, uma citocina responsável pelo reforço no desenvolvimento do osteoclastos. Por isso, baixos níveis de testosterona em atletas de resistência resultam
no aumento da produção dos osteoclastos e consequente a reabsorção óssea nas áreas de estresse mecânico.

Avaliação Clínica

     O diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações e um atraso no retorno às competições. Como já afirmado inicialmente, a fratura de Estresse apresenta um início insidioso de dor durante um período de dias a semanas. Os sintomas são agravados pela atividade e aliviados com o repouso. A avaliação inicial deve incluir uma revisão dos exercícios e do programa de treinamento, qualquer alteração recente no tipo ou no nível de atividade deve ser anotado. A saúde geral do paciente, medicamentos, dieta, ocupação e atividades relacionadas devem também ser avaliados, bem como o ciclo menstrual em mulheres.
      A dor óssea é o achado mais importante no exame físico. Em áreas profundas de difícil palpação, como o colo do fêmur, a dor pode ser provocada com rotação do membro e manobras de adução e abdução. A fratura por estresse em ossos subcutâneos podem apresentar edema local e espessamento periosteal palpáveis. A avaliação da biomecânica do membro é essencial para identificar fatores de risco tais como o desequilíbrio muscular, discrepância no comprimento do membro, pronação subtalar excessiva e pé plano. O diagnóstico diferencial para a fratura por estresse inclui a reação de estresse, que é uma etapa pré fratura bem visualizada nos exames de ressonância magnética. Na reação de estresse o osso está enfraquecido, porém, ainda não está fisicamente quebrado.
     Outros processos patológicos que fazem diagnóstico diferencial com a fratura de estresse incluem: periostite, infecções, lesões ósseas por avulsão, estiramento muscular, bursites, neoplasia, síndrome compartimental e compressões nervosas. Na pelve e fêmur, o diagnóstico muitas vezes é tardio, pois a lesão é confundida com outras condições benignas, como estiramento muscular ou bursite.

Diagnóstico por Imagem.

     O diagnóstico de suspeição é feito com base na história clínica e no exame físico, porém os exames de imagem são úteis para confirmar esse diagnóstico e também para o estadiamento da lesão. Radiografias simples geralmente são normais nos primeiras 2 a 3 semanas após o início dos sintomas e podem não revelar o traço de fratura por vários meses. Reação periosteal, radiolucencia cortical, ou mesmo uma linha de fratura pode ser visto nos exames posteriores. A Ressonancia e a cintilografia óssea tradicionalmente são métodos sensíveis para confirmar casos suspeitos de fraturas de estresse. Nos estágios iniciais de uma fratura por estresse, antes da visualização em radiografias simples, a cintilografia óssea e a ressonância são altamente sensíveis para detectar lesões por estresse.
     Nos casos agudos de fraturas por estresse observamos na cintilografia, áreas de aumento linear da fixação do radiotraçador Tecnécio 99 em todas as três fases. Ferimentos nas partes moles são caracterizadas pelo aumento da captação apenas nas duas primeiras fases, não havendo captação na fase tardia. Na ressonância, observamos áreas de edema intraósseo e em casos mais avançados o traço de fratura pode ser visualizado. Figura 4 Com a cura da fratura de estresse, ocorre a normalização da primeira fase da cintilografia, chamada fase angiográfica (fase I). A intensidade da atividade em imagens tardias (Fase III) diminui com 3-18 meses com a remodelação óssea, bem depois da resolução clínica dos sintomas. Portanto, a cintilografia não deve ser usada como parâmetro único para monitorar a cicatrização e ditar o regresso aos treinos e competições.
     A cintilografia óssea com Tecnécio é altamente sensível para detectar as fraturas de estresse, mas carece de especificidade. A cintilografia óssea é muito sensível na avaliação lesões suspeitas na coluna vertebral e pelve, identificando múltiplas fraturas e também distinguindo um osso bipartido de fratura por estresse. Na ressonância observamos áreas de contusão óssea com edema intraósseo. Nos dias de hoje temos preferido a ressonância magnética para avaliar as lesões por estresse, por ser um exame menos invasivo e não usar radioisótopos, porém a cintilografia ainda é usada em algumas situações.

Classificação de Fredericson

Estágio da lesão
 0Normal
 1Edema periosteal
 2Edema periosteal e medular em imagens ponderadas em T2
 3Edema periosteal e medular em imagens ponderadas em T1 eT2
 4Edema periosteal e medular com linha de fratura visível

Tratamento

     Atletas que sofrem de dores crónicas e achados normais na radiografia simples devem ser investigados com cintilografia óssea ou ressonância magnética. Fraturas positivas na cintilografia (com captação) ou na ressonância magnética ( áreas de edema ósseo) porém com Radiografia simples negativa devem ser tratados com um período de descanso. Nas fraturas de estresse em locais com baixo potencial de complicação assim que o paciente puder realizar atividades de baixo impacto por maiores períodos sem dor, iniciamos os exercícios de maior impacto lentamente. Se a fratura por estresse torna-se evidente em radiografias simples o tratamento deve ser individualizado.
     A fratura por estresse de alto risco pode ser tratada como fratura aguda. Por exemplo, quando o diagnóstico é retardado, o tratamento não operatório tem piores resultados devido ao elevado índice de complicação. Na fratura de estresse simples diminuimos o rítmo dos treinos e após algumas semanas o atleta aumenta gradualmente a quilometragem da corrida e volta progressivamente às atividades esportivas específicas, com monitoramento clínico da dor pelo médico do esporte ou ortopedista.
     Para a maioria das fraturas de estresse de alto risco da perna e do pé, um protocolo conservador agressivo constituído por suspensão da carga e imobilização é recomendado, especialmente se o diagnóstico é feito logo após o início dos sintomas. Existem exceções a essa regra, como por exemplo a fratura por estresse no lado de tensão do colo do fêmur, que requer a fixação interna para evitar a progressão da fratura, que pode ter uma complicação devastadora.
     No atleta de alta performance, cuja subsistência depende do regresso antecipado à competição ou o atleta que necessita de um retorno precoce à atividade, a intervenção cirúrgica pode ser indicada. Por fim, a fratura por estresse com imagens de esclerose intramedular ou lesões císticas, podem necessitar de intervenção cirúrgica.


Estágios/graus de Arendt e Griffiths de lesões ósseas por estresse baseado nos achados RNM
Grau de lesão por estresseAchados RNMDuração de descanso necessário para cura em semanas
1Positivos STIR3
2Imagem positivos STIR e positivos ponderada em T23‐6
3Positivos T1 e T2 sem definição ruptura cortical12‐16
4Positivos T1 e T2 com definição ruptura cortical e linha de fratura visível16-20

Prevenção

     A fratura por estresse é melhor tratada com prevenção. Erros de treinamento, com um aumento excessivo da intensidade e frequência nos treinos são a causa mais comum para a ocorrência da patologia e devem ser desencorajados. Pacientes que não estão habituados a andar longas distâncias devem ser orientados a usar calçados confortáveis. Além disso, os pacientes devem ser orientados a levar um par de ténis em suas viagens onde terão de caminhar por longos períodos.
     Novas atividades, como corridas em aclives e numa superfície dura, podem contribuir para o surgimento da fratura. O tipo e a condição do tênis (calçado) deve ser avaliado. Os corredores devem trocar de tênis a cada 500 km. Para os militares, a melhoria das botas, com o uso de palmilhas viscoelásticas, podemajudar a reduzir a incidência de fratura por estresse de baixo impacto (fratura da marcha).
    Os Atletas, treinadores, o pessoal militar e os pais devem ser educados sobre os efeitos deletérios do excesso de treinamento e da importância de dias de descanso periódico. Além disso, atletas e seus treinadores precisam ser alertados para os efeitos adversos dos distúrbios alimentares e também das alterações hormonais.



Outros artigos:

  1. Leia mais sobre fraturas ocultas
  2. Patogênese das Fraturas por estresse

Atualizado em 13/09/2017
Dr Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologia do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Condromalacia Patelar / Rotuliana

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O que é a condromalácia?

Condromalacia e Condropatia Patelar da rotula são patologias muito comum no Joelho. A condromalacia é um "amolecimento da cartilagem". A condromalacia ocorre por excesso de pressão entre a cartilagem da troclea femural e a cartilagem da rótula. A condropatia se refere a cartilagem doente. Essa patologia provoca dor na parte anterior do joelho. A condromalacia de rotula é algumas vezes sitada como joelho do corredor

A rotula é o mesmo que patela?
Sim, o nome rótula é o nome mais novo, publicado na última nomina anatómica, porém continuamos usando o nome patela, com por exemplo articulação patelo femoral, não usamos rotineiramente o nome articulação femuro rotuliana ou rotulo femoral.

A condromalacia rotuliana é mais frequente nas mulheres?
Sim, a mulher tem uma maior a desgaste da cartilagem do Patela devido ao alinhamento dos membros inferiores, a mulher tem uma inclinação um pouco maior do ângulo do joelho(geno valgo) e tem piores hábitos posturais para sentar.

Quais as forças de pressão que agem sobre a cartilagem articular durante a flexão do joelho?
As forças de compressão articulares podem ser muito altas na  articulação femuro rotuliano: 3 vezes o peso corporal para subir e descer escadas e 7 vezes o peso corporal com flexão maior que 90 graus.
Como é a cartilagem do patela?
A cartilagem articular é de até 5 mm (mais grossa no corpo) para acomodação destas altas forças 

Como surge a condromalacia?
A condromalacia rotuliana é uma patologia de evolução lenta, demora anos para se desenvolver. Ocorre devido a hiperpressão entre a Rotula e  o fémur durante o movimento de flexo extensão do joelho. Pode ser também provocada por lesões traumáticas agudas ou repeditas no Joelho com por exemplo realizar chutes repetidos com o joelho ou até mesmo subir e descer escada.

Biomecanicamente como surge a condromalacia?
A rotula é o osso no organismo que sofre a maior stress de cizalhamento, a força de cizalhamento da articulação patelofemural  é de aproximadamente 7 vezes o peso corporal. Ou seja numa pessoa de 72 Kg a força de cizalhamento é de aproximadamente 500Kg! Conhecendo esses números fica fácil entender que pequenas mudanças biomecânicas podem provocar lesões na cartilagem da rotula.

Quais os principais sintomas da Condropatia patelar?
O principal sintoma é a dor na face anterior do joelho que piora com os movimentos de flexo extensão ativa. A dor é uma queixa comum para subir e descer escadas, pisar na embreagem, abaixar, dor ao levantar depois de ficar muito tempo sentada ( exemplo ao levantar do ónibus ou sair do cinema)

Como é feito o tratamento do condromalacia da Rótula?
O tratamento inicialmente é não operatório, com medicação e fisioterapia, porém alguns casos requerem cirurgia. o médico irá analisar se há alguns problema estrutural e instituirá a terapêutica adequada a cada caso.

Qual o melhor tratamento para a condromalacia e a condropatia?
O melhor tratamento dever'a ser determinado pelo seu ortopedista.


Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
R. Sorocaba, 706 - Botafogo, Rio de Janeiro - RJ, 22271-110, Brasil
Atualizado em 20/03/2011

Mordida de Animais

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Todos os anos milhões de pessoas no Brasil são mordidos por animais. A maioria das mordidas e picadas ocorrem nos dedos da mão dominante, mas mordidas de animais também pode ocorrer nas pernas, braços, cabeça e pescoço. 

Quais as causas das mortidas de animais?
A maioria de mordidas de animais são de cães. As mordidas do gato são a segunda causa mais comum de mordidas. O risco de infecção por uma mordida de gato é muito maior do que uma mordida de um cão. 

Uma grande preocupação sobre uma picada de animal é a possibilidade de contrair a Raiva. Muitos animais domésticos no Brasil são vacinados, porém nem todos e os animais silvestres também transmitem raiva como o gambá, morcego, guaxinim, etc.  A raiva causa cerca de 55.000 mortes por ano no mundo*.

Lesões causadas pela mordida
Mesmo uma mordida que não fure a pele pode causar esmagamento e laceração do osso, músculos, tendões, ligamentos e nervos. Se a pele for lesada, existe a possibilidade adicional de infecção. 

Quais os sinais de infecção numa mordida de animal?
Os sinais de uma infecção incluem: 
  • Calor em torno da ferida, 
  • Inchaço 
  • Dor 
  • Saída de pus 
  • Vermelhidão em torno de um ferimento 
Sinais de danos aos tendões ou nervos incluem: 
  • Uma incapacidade de dobrar ou esticar o dedo 
  • A perda de sensibilidade sobre a ponta do dedo pode estar relacionado a lesão nervosa
O que fazer se seu filho foi mordido por um animal?
Prenda o animal que causou a lesão, não o mate.
Um médico deve ser contactado.
O médico vai lavar a área ferida cuidadosamente e verificar se há sinais lesão de nervos ou danos dos tendões. O braço será examinado para determinar se há sinais de uma infecção. Alguns casos requerem tratamento cirúrgico. O animal deverá ficar sob observação durante 10 dias. Caso o animal adoeça ou morra nesse período a vítima da mordida deverá ser vacinada contra Raiva.

Tratamento 
Primeiros socorros Tratamento Imediato. 
A área mordida não deve ser colocado na boca. A boca contém bactérias que podem causar infecção. 

Feridas superficiais 
Para feridas superficiais, a área deve ser cuidadosamente lavada com água e sabão ou um anti-séptico. Cubra a ferida com curativo estéril.
A área deve ser cuidadosamente vigiada para detectar sinais de nervos ou tendões danificados.  A ferida cicatriza em geral dentro de uma semana a 10 dias. Se isso não acontecer, ou se houver sinais de infecção ou danos aos nervos e tendões, ajuda médica deve ser procurada imediatamente. 

Presença de sangramento 
Pressão direta deve ser aplicada sobre a área com um pano seco e limpo e da área deve ser elevada. 
A pressão direta de um único dedo sobre um ferida pequena é capaz de parar o sangramento em 99% dos casos. Pressione durante 10 minutos o local, não fique retirando o dedo para saber se parou de sangrar, mantenha pressionado continuamente, após 10 minutos a maioria dos pequenos sangramentos estará controlada. Não unitive pó de café, açúcar, etc.
A ferida deve ser coberta com um curativo limpo e estéril e atenção médica deve ser procurada imediatamente. Se o ferimento for na face, cabeça ou pescoço, a ajuda médica deve ser procurada imediatamente. 

Assistência médica 
O médico pode deixar a ferida aberta (sem pontos), a menos que haja uma ferida facial. Exames radiológicos e de sangue podem ser necessários em alguns casos.
A vacina contra tétano e uma prescrição de antibióticos podem ser prescritos. Se os tendões e nervos foram feridos, um ortopedista especialista pode ser consultado para tratamento adicional. O incidente deve ser relatado ao departamento de saúde pública. Eles podem pedir ajuda para localizar o animal. Isso é para que o animal pode ser confinado e observada para os sintomas da raiva.

* Estatísticas da AAOS.

Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
atualizado em 06/05/2013

Porque acordo com dor nas costas?

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Lombalgia e a Posição de dormir.
Uma queixa comum no consultório é a queixa de acorda com dor lombar. A lombalgia é provavelmente a dor que mais aflige o ser humano. Todos em algum momento da vida apresentam dor lombar.

Quais as causas da dor lombar?
As causas da lombalgia são variadas, a medida que envelhecemos as dores em geral estão relacionadas a artrose, bicos de papagaio, desidratação  e degeneração dos discos intervertebrais e hérnias de disco. Nos jovens as dores estão relacionadas a hábitos posturais ruins para sentar, posição errada para levantar pesos, abaixar de modo errado e principalmente erros de postura na posição de dormir.

Qual a posição ideal para dormir? 
Devemos dormir em decúbito lateral com os joelhos semi fletidos.

Dormir em bruços (decúbito ventral) causa dor nas costas?
Sim, dormir em decúbito ventral provoca hiperpressão nas articulações intervertebrais e o paciente acorda com dor na região lombar e cervical ( a cabeça passa a noite toda girada para o lado )

Porque acordo com dor nas costas?
Como dito acima se você dorme em decúbito ventral você esta forçando a coluna n uma posição ruim e que a longo prazo pode lhe causar problemas maiores.
Quais os riscos de dormir sempre em decúbito ventral? 
Dormindo sempre com a barriga virada para baixo, a longo prazo, a hiperpressão nas articulações intervertebrais pode levar a artrose e nos pacientes que já apresentam artrose ao agravamento desta.

Como melhorar a dor lombar relacionada a posição errada para dormir e aos erros posturais?
A primeira medida é a mudança dos hábitos posturais, sentar ereto com a região lombar apoiando no espaldar da cadeira ou sofá, levantar objetos flexionando os joelhos e mantendo a coluna reta e parar de dormir em decúbito ventral. Um tratamento fisioterápico também auxilia. Uma medida simples é alongar a região lombar quando acordar. Ainda deitado, Abrace um joelho e o encoste no peito, repita com o outro joelho. Depois abrace os dois joelhos ao mesmo tempo passando a as mãos atrás do joelho, tente colocar as mão na ponta dos pés mantendo as pernas esticadas, peça auxilio a um familiar. Realize exercícios de fortalecimento abdominal com as pernas fletidas.

Dr Marcos Britto da Silva 
Ortopedista, Medicina do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 01/04/2015.

Frio ou Calor

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O tratamento com gelo e calor é chamado de termoterapia e se baseia no fato de que a diferença de temperatura melhora as dores músculo-esqueléticas.
Alguns colegas argumentam que devemos colocar Gelo nas primeiras 24/48 horas e calor depois. Eu prefiro usar gelo o tempo todo, tanto na fase aguda quanto nos dias subsequentes.
Porque usar gelo o tempo todo ?
O gelo diminui o metabolismo e a atividade tecidual, inclusive de vasos e nervos.
Inicialmente ele provoca uma vasoconstrição o que faz com que a pele fique pálida ( diminuição do fluxo de sangue ) e uma vasodilatação reflexa, ou seja depois de alguns minutos o local fica vermelho.
A Agua morna por sua vez provoca somente a segunda fase ou seja vasodilatação.
Na primeira fase ( vasoconstrição ) o gelo diminui o funcionamento dos nervos o que produz anestesia ( após usar gelo alguns minutos, ao tocarmos na pele, não sentimos o toque provocado pelo contato dos dedos).
Essa analgesia permanece por mais tempo, mesmo após a retirada do gelo. Outro aspecto que torna o gelo superior a água morna é que a vasodilatação reflexa que ocorre após os primeiros minutos é mais intensa e mais prolongada que a produzida pela água quente.
Ou seja o gelo é superior a água morna pois apresenta melhores resultados de analgesia e vasodilatação reflexa mais prolongada.
Devemos usar gelo em todos os lugares e em todas as pessoas?
Não, apesar do gelo ser superior a água morna, repetindo ÁGUA MORNA, ( não use água quente pois senão você vai queimar a pele ) nem todos os pacientes suportam bem o gelo, principalmente paciente mais idosos. Locais com protuberâncias ósseas salientes também são mais sensíveis ao gelo.
A região dos pés, por exemplo, responde muito bem a água morna com um pouco de sal.
Por quanto tempo devemos aplicar o gelo?
Vinte minutos, evitar o uso por períodos mais prolongados, o gelo provoca queimaduras e faz lesões tão ou mais graves que o água quente. ( lembre-se das histórias das pessoas que perderam a ponta do nariz ou partes do pé quando expostas ao frio extremo por muito tempo )
Nunca coloque o gelo diretamente sobre a pele, a pele deve estar protegida por um pano e o gelo deve estar dentro de uma sacola plástica.
Gelo por períodos maiores que 20 minutos pode causar queimaduras!
Podemos usar bolsas de gel geladas? Elas substituem o gelo?
Essas bolsas que são colocadas no frizer são muito úteis para crianças. ( não use gelo em crianças pequenas sem orientação médica ) a vantagem para crianças, é que essas bolsas térmicas perdem rapidamente a temperatura em contato com o ar e com a pele.
Para tratamento das patologias ortopédicas o uso de 3 ou 4 formas de gelo bem picado dentro de um saco plástico de supermercado é muito mais eficiente. O saco plástico fino cheio de gelo bem picado se molda a superfície da região e proporciona uma temperatura homogênea em todos os pontos, ou seja é superior ao bolsas com gel.
Podemos aplicar pomadas anti-inflamatórios junto com o gelo?
Sim, o momento ideal para aplicar esses produtos é após a retirada do gelo. Após 20 minutos de aplicação de gelo a pele está avermelhada ( vasodilatada ) e um pouco úmida, passe um pano seco para enxugar a pele e a seguir ( ainda com a pele avermelhada ) aplique o creme anti-inflamatório.
A aplicação de gelo tem algum risco?
Sim, se você aplicar gelo durante muito tempo vai queimar a pele e os tecidos abaixo da pele ( Geladura ).
O que é banho de contraste?
O banho de contraste é o uso de agua morna e agua gelada de modo alternado.
Como é feito o banho de contraste?
O banho de contraste deve ser preparado com duas bacias. Na primeira coloque água quente e tempere até uma temperatura de 36-38 graus, na outra coloque agua gelada com vários cubos de gelo.
Inicie colocando os pés ou as mãos na água morna durante 15 a 20 segundos e a seguir coloque na água gelada durante 5 a 10 segundos. Retorne para água morna e repita até completar 20 minutos.
a medida que a água morna for esfriando complete com mais água quente.
Quando devo usar o banho de contraste com agua morna e agua gelada?
O banho de contraste em geral é usado para melhorar os edemas (inchaços) crônicos ou nos edemas residuais
Devemos sempre usar o gelo para todos as patologias?
Patologias inflamatórias cronicas, idosos e fibromialgia realmente não gostam de gelo. gosto muito do gelo para as patologias traumáticas e esportivas mesmo envelhecidas. Porém cada caso é um caso, 
Para postar comentários você deve ser seguidor do Blog.

Leia Mais sobre Tendinite

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
atualizado em 27/01/2010

Bursite Olecraniana do Cotovelo

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O que é a bursa?
Bursas são finas bolsas que tem a função de diminuir  o atrito e estão espalhados por todo o corpo. As bursas funcionam como almofadas entre os ossos e os tecidos moles. Eles contêm uma pequena quantidade de líquido lubrificante que permite que a pele se mover livremente sobre o osso subjacente.

Entrevista ao Programa Sem Censura sobre Bursite

Qual a localização da bursa olecraniana?
A bursa do olécrano fica entre a pele solta e o osso pontiagudo na parte de trás do cotovelo.

Como surge a bursite olecraniana?
Normalmente, a bursa do olécrano é plana e lisa, quando a bursa fica irritada ou inflamada,  ocorre acumulo de fluido na bursa. O acúmulo de liquido dentro da bursa é chamado de bursite.
Em bursites do cotovelo, a bolsa se enche de fluido, causando dor e limitação de movimento.

Quais as causas do bursite do cotovelo?
* Trauma: Um trauma na ponta do cotovelo pode levar a bursa a produzir excesso de líquido e inchar. Bursite Pós Traumática
* Pressão prolongada: Inclinar-se na ponta do cotovelo por longos períodos de tempo em superfícies duras, como uma mesa, pode lesar a bursa a inchar. Normalmente, esse tipo de bursite desenvolve ao longo de vários meses. Pessoas em certas profissões são especialmente vulneráveis, nomeadamente bombeiros hidráulicos técnicos de ar condicionado  e outras profissões que têm que rastejar de joelhos em espaços apertados e apoiar seus cotovelos. Vemos também com alguma frequencia a Bursite de cotovelo em malhadores. Na rosca bíceps sem apoio adequado e também nos exercícios para tríceps. Bursite por trauma repetitivo (crônica)
* Infecção: Se um ferimento na ponta do cotovelo rompe a pele, como uma picada de inseto, arranhão ou ferimento perfurante, as bactérias podem ficar dentro da bursa e causar uma infecção. A bursa infectado produz vermelhidão, líquido, inchaço e dor. Se a infecção não for tratada, o líquido poderá se transformar em pus. Ocasionalmente, o saco bursa pode ser infectado sem prejuízo evidente para a pele. Bursite Infecciosa
* Outra patologias Médicas: Determinadas condições, tais como a artrite reumatóide e a gota, estão associados com bursite no cotovelo. Bursite Reumatoide e Bursite Gotosa

Quais os sintomas da bursite olecrania do cotovelo?
O inchaço é freqüentemente o primeiro sintoma. A pele na parte de trás do cotovelo é solta o que significa que uma pequena quantidade de inchaço pode não ser notada imediatamente. Em muitos casos, o primeiro sinal de bursite é a inflamação no cotovelo.
Como o aumento do inchaço, a bursa começa a se esticar, o que provoca dor. A dor geralmente piora com a pressão direta sobre o cotovelo ou com a flexão do cotovelo. O inchaço pode crescer o suficiente para restringir o movimento do cotovelo.

Quais os sintomas na bursite infectada do cotovelo?
Se a bursite é infectado, a pele fica vermelha e quente. Se a infecção não for tratada logo, pode se espalhar para outras partes do braço ou move-se para a corrente sanguínea. Isto pode causar uma doença grave. Ocasionalmente, uma bursa infectados irão abrir-se espontaneamente e drenar pus.

São necessários exames complementares para diagnosticar a bursite do cotovelo?
Normalmente não, o diagnóstico da bursite é clínico, porém seu médico pode recomendar um raio-x para procurar um corpo estranho ou um esporão ósseo. Osteófitos são frequentemente encontrados na ponta do osso do cotovelo em pacientes que tiveram casos repetidos de bursite do cotovelo. O seu médico pode optar em algumas situações por tomar uma pequena amostra de fluido da bursa com uma agulha para diagnosticar se a bursite é causada por uma infecção ou pela gota hiperuricemia. Os exames de sangue são úteis somente nos casos de gota e infecção

Come é feito o tratamento?
O tratamento não cirúrgico
Se o ortopedista suspeitar que a bursite é causada por uma infecção, ele pode recomendar aspiração (remoção do líquido), da bursa com uma agulha. Isto é comumente realizado com um procedimento no consultório. A remoção de fluido ajuda a aliviar os sintomas e dá o seu médico uma amostra que pode ser analisada em um laboratório para identificar se há bactérias ou cristais birefringentes. Isso também permite que seu médico saiba se um antibiótico específico é necessário para combater a infecção.

Seu médico pode prescrever antibióticos antes o tipo exato de infecção é identificada. Isso é feito para prevenir a infecção de progredir. O antibiótico que seu médico prescreve a este ponto irá tratar uma série de possíveis infecções.

Se a bursite não é de uma infecção, ela é tratada com uma série de opções.

* Cotoveleiras. Uma almofada de cotovelo pode ser usado para amortecer o cotovelo.
* Mudanças de actividade. Evite atividades que causem pressão direta sobre o cotovelo inchado.
* Medicamentos. Os medicamentos orais anti-inflamatórios podem ser usados ​​para reduzir o inchaço e aliviar seus sintomas.
Se o inchaço em a dor não respondem a essas medidas, o seu ortopedista pode recomendar a retirada de líquido da bursa e injeção de um medicamento corticóide na bursa ou em alguns casos a cirurgia. A medicação corticóide é um medicamento anti-inflamatório que é mais forte que a medicação que pode ser tomado por via oral. injecções de corticosteróides geralmente funcionam bem para aliviar a dor e inchaço. No entanto, os sintomas podem voltar.

Como é feito o tratamento para bursas infectadas?
Se a bursa está infectada e não melhora com antibióticos ou pela retirada de líquido do cotovelo, a cirurgia para remover a bursa inteira pode ser necessária. Isso geralmente é um procedimento cirurgicoSeu corpo faz crescer um saco bursal novo durante um período de várias semanas ou meses após a cirurgia.
Cirurgia para bursa não infectadas. Se a bursite do cotovelo não é resultado de uma infecção, a cirurgia ainda pode ser necessária se os tratamentos não cirúrgicos não funcionam. O pós operatório em geral requer fisioterapia para recuperar os movimentos normais do cotovelo.

Bursite olecraniana com Geladura.
Bolha secando 1 semana depois
Bolha causada pelo Gelo



















Quando colocar gelo ou água morna devemos tomar muito cuidado com a temperatura e sempre colocar uma proteção na pele.

Colocar gelo diretamente na pele pode causar uma lesão tão grave quanto uma queimadura por água quente, isso se chama de geladura. O gelo queima tanto quanto a áqua quente

Dr Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologia e Medicina do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 17/11/2015

Ruptura do Tendão do Biceps Braquial

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Lesão do Tendão do bíceps braquial no ombro ( Porção Longa do Bíceps PLB)
Anatomia
Descrição
Causas da ruptura da Porção longa do bíceps
Sintomas da Ruptura do tendão do bíceps
Exame ortopédico
Tratamento da ruptura da Porção Longa do Bíceps Braquial



Sinal do Popaie
Ruptura do Bíceps
O músculo bíceps está na frente do braço. Ele ajuda a dobrar o cotovelo e a girar o braço. Também ajuda a manter ombro estável. Tendões prendem os músculos aos ossos. O Tendão do bíceps anexa o músculo bíceps aos ossos no ombro e no cotovelo. Na ruptura o tendão do bíceps no ombro, o paciente perde um pouco da força no braço e pode ser incapaz de girar o antebraço com força e colocar a palma da mão para cima. Muitas pessoas podem conviver com tendão do bíceps rompido e apenas precisam de tratamentos simples para aliviar os sintomas. Outros necessitam de cirurgia para reparar o tendão rompido.
 
Anatomia
Existem dois tendões do bíceps na articulação do ombro uma porção curta ( cabeça curta do bíceps braquial) e porção longa ( cabeça longa do bíceps braquial).
A cabeça longa se insere no topo do soquete do ombro (glenóide). A cabeça curta se insere numa protuberancia óssea anterior da escápula chamado o processo coracóide.

Descrição
Lesões do tendão do bíceps podem ser parciais ou completas.

Em muitos casos, os tendões lesados começam por desgastar muito tempo antes e o paciente apresenta uma história prévia de dor no ombro, nos halterofilistas encontramos também o uso de anabolixantes. Como a progressão do dano, o tendão pode romper completamente, às vezes ao levantar um objeto pesado. A cabeça longa do tendão do bíceps é mais provável de ser lesado. Isso é porque ele é vulnerável à medida que viaja através da articulação do ombro ao seu ponto de fixação na glenoide. Felizmente, o bíceps tem dois pontos de fixação no ombro. A cabeça curta do bíceps raramente é lesada. Devido a esta segunda fixação, muitas pessoas ainda podem usar seus bíceps, mesmo depois de uma ruptura completa da cabeça longa. Quando o paciente rompe o tendão do bíceps,  também pode ocorrer lesão em outras partes do ombro, como os tendões do manguito rotador.

Causas da ruptura da Porção longa do bíceps
Quedas: Ao cair com um braço estendido ou levantar algo muito pesado, pode romper o  tendão do bíceps.
Uso excessivo: Muitas lesões são o resultado de um desgaste do tendão, essa degeneração ocorre lentamente ao longo do tempo. Isto, naturalmente, ocorre à medida que envelhecemos. Isso pode ser agravado pelo uso excessivo e movimentos repetitivos do ombro
O uso excessivo pode causar uma série de problemas no ombro, incluindo tendinite, síndrome do impacto e lesões do manguito rotador.

Fatores de Risco  
O risco de uma lesão do tendão aumenta com:  
Idade. Pessoas mais velhas têm mais anos de uso e desgaste em seus tendões que os jovens.
Atividades pesadas com os braços elevados. Excesso de carga durante musculação é um excelente exemplo deste risco. Alguns empregos exigem içamento pesado e podem provocar desgaste excessivo sobre os tendões.
 
Uso excessivo do ombro. Esportes com sobrecarga repetitiva - como a natação ou tênis - podem causar desgaste mais tendão e desgaste.
Fumar. Uso de nicotina pode afetar a nutrição no tendão.

Medicamentos corticosteróides. Uso crónico de Corticosteróides tem sido associada a fraqueza de
músculos e tendões.
 
Sintomas
Dor súbita e aguda no braço

Às vezes um pop audível 
Cólicas do músculo bíceps com o uso intenso do braço
Manchas negras ( equimoses) a partir do meio do braço em direção ao cotovelo
Dor ou sensibilidade no ombro e no cotovelo.
Fraqueza no ombro e no cotovelo
Dificuldades em virar a palma da mão para cima e para baixo
deformidade com um abaulamento anterior imediatamente acima do cotovelo (Sinal do Popeye)

Exame Ortopédico
História clínica e exame físico
Depois de discutir os sintomas e história médica, o ortopediststa irá examinar o ombro. O diagnóstico muitas vezes é óbvio para rupturas completas por causa da deformidade do músculo do braço (" Braço do Popeye").

Uma lesão tendão do bíceps se torna mais evidente através da contração do músculo ("Muscle Popeye").
Rupturas parciais são menos óbvias. Para diagnosticar uma ruptura parcial, o médico pode pedir-lhe para dobrar o braço e apertar o músculo bíceps. O bíceps também pode rasgar próximo ao cotovelo, embora isso seja menos comum. Uma lesão próxima ao cotovelo irá causar um "gap" na frente do cotovelo.

Exames de imagem

Radiografias. Embora as radiografias não consigam mostrar tecidos moles como o tendão do bíceps, eles podem ser úteis para descartar outros problemas que podem causar dor no ombro e cotovelo.


A ressonância magnética (RM). Esses exames criam melhores imagens dos tecidos moles e podem mostrar rupturas parciais e completas. 
 

Tratamento da Ruptura da Porção Longa do Bíceps
   
Tratamento não cirúrgico
Para muitas pessoas, a dor da ruptura do tendão da cabeça longa do bíceps resolve com o tempo. A fraqueza do braço é leve e a deformidade braço pode não incomodar alguns pacientes, principalmente os mais idosos e menos ativos.
Além disso, nos casos onde não há ruptura do manguito rotador o tratamento não cirúrgico é uma opção razoável. 
O tratamento inclui:
Gelo. Aplicar compressas frias por 20 minutos, várias vezes ao dia para diminuir o inchaço. Não aplique gelo diretamente sobre a pele.
 
Antiinflamatórios. Drogas antinflamatórias reduzem a dor e o inchaço ( edema) 
Descanso. Evitar atividades pesadas de elevação e sobrecarga para aliviar a dor e limitar o inchaço. muitas vezes recomendamos algum tipo de tipoia.  
Fisioterapia. Exercícios de flexibilidade e fortalecimento irão restaurar o movimento e fortalecer o ombro.

Pos op do paciente acima
Tratamento Cirúrgico
O Tratamento cirúrgico para uma ruptura do tendão da cabeça longa do bíceps é indicado somente em alguns casos. Entretanto, alguns pacientes que necessitam de recuperação completa da força, como atletas ou trabalhadores braçais, podem exigir cirurgia. A cirurgia também pode ser a opção ideal para aqueles com rupturas parciais cujos sintomas não são aliviados com tratamento não cirúrgico.


Procedimento. Vários novos procedimentos têm sido desenvolvidos que o reparo do tendão com incisões mínimas. O objetivo da cirurgia é a re-ancoragem do tendão lesado de volta para o osso. O ortopedista irá discutir com você as opções que são melhores para seu caso específico.


Complicações. Complicações com esta cirurgia são raras. Re-ruptura do tendão reparado é incomum.


Reabilitação. Após a cirurgia, o ombro pode ser imobilizada temporariamente com uma tipoia.

Certifique-se de seguir o plano de tratamento do seu ortopedista. Embora seja um processo lento, o seu compromisso com a terapia física é o fator mais importante no retorno a todas as atividades que você gosta.
Resultado cirúrgico. A Cirurgia bem sucedida pode corrigir a deformidade do músculo, retornar a força e a função do braço. 
Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedia, Traumatologia, Medicina do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
atualizado em 20/07/2013

Compressão do Nervo Ulnar no Cotovelo e Punho

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Anatomia, Causas, Sintomas, Diagnóstico, Tratamento 
A compressão do nervo ulnar ocorre quando o nervo ulnar é comprimido no braço. Quando isso acontecer o nervo não irá funciona normalmente


Anatomia do Nervo Ulnar
O nervo ulnar é uma dos três principais nervos do braço. Ele viaja sob a clavícula e na parte interna do braço. Ele passa por um túnel na parte interna do cotovelo (do túnel cubital) Aqui você pode sentir o nervo através da pele. 
Além do cotovelo, o nervo passa sob os músculos do lado de dentro do braço e na mão do lado da palma da mão com o dedo mindinho. Como o nervo entra na mão, ele viaja através de um outro túnel (no canal de Guyon). 


Área de sensibilidade.
As funções nervosas para dar a sensação para o dedo mínimo e metade do dedo anelar, que está perto do dedo mindinho. Ele também controla a maioria dos pequenos músculos na mão que ajuda com movimentos finos, e alguns dos maiores músculos do antebraço que ajudam a fazer um aperto forte. 
O nervo ulnar corre por trás do cotovelo na parte interna do braço. O osso do braço (úmero) tem uma ranhura na parte traseira onde o nervo se encontra. Aqui, o nervo pode ser sentida como "cordão". A ulna é o osso do antebraço que faz a ponta do cotovelo quando é dobrado. 
O nervo ulnar dá a sensação para o dedo mínimo e metade do dedo anular em ambas as laterais da palma e dorso da mão. 


Causas da Compressão do Nervo Ulnar
O local mais comum onde o nervo é comprimido está por trás do cotovelo. Às vezes fica comprimido no punho, abaixo da clavícula, ou quando ele sai da medula espinhal no pescoço. O nervo mediano, que está envolvido na síndrome do túnel do carpo, dá a sensação ao polegar, dedo indicador, o dedo médio e a metade do dedo anular no lado da palma. Formigueiro nesta área raramente é um sintoma de compressão do nervo ulnar. Muitas pessoas dormem com seus braços dobrados. Dormindo com o cotovelo dobrado pode agravar os sintomas da compressão do nervo ulnar e fazer com o indivíduo acorde à noite com os dedos adormecidos. Não se sabe exatamente o que causa a compressão do nervo ulnar. Alguns fatores podem tornar mais provável que o nervo seja comprimido. Estes incluem: 
* Fraturas do cotovelo viciosamente do cotovelo ( Fratura supra-condiliana de úmero)
* Cúbito Varo
* Osteófitos no cotovelo
* Inchaço da articulação do cotovelo 

* Cistos e tumores

Um trauma direto na parte interna do cotovelo, inclinando-se sobre o cotovelo durante períodos prolongados, apoiando o cotovelo na mesa ou na janela durante várias horas ou uma atividade repetitiva que requeira um cotovelo dobrado pode irritar o nervo se ele já estiver comprimido. 
Se o nervo ulnar é comprimido no punho, a causa é mais provável que seja um quisto no canal de Guyon. 


Sintomas 
A compressão do nervo ulnar pode dar sintomas de "adormecer" no dedo anelar e mindinho, especialmente quando o cotovelo está dobrado. Em alguns casos, pode ser mais difícil mover os dedos para dentro e para fora ou manipular objetos. 

Inervação do Nervo Mediano
Síndrome do túnel do carpo tem sintomas semelhantes, mas envolve um nervo diferente (nervo mediano). Síndrome do túnel do carpo normalmente causa formigamento no polegar, dedo indicador e o dedo médio (longo). 


Dormência e formigamento no dedo anelar e o dedo mínimo são sintomas comuns de compressão do nervo ulnar. Muitas vezes, esses sintomas vêm e vão. Eles acontecem com mais frequência quando o cotovelo está dobrado, como ao dirigir ou segurar o telefone. Algumas pessoas acordam durante a noite porque seus dedos estão dormentes. Enfraquecimento e dificuldade de coordenação dos dedos (como digitar ou tocar um instrumento) podem ocorrer. 
Inervação nervo Ulnar
Se o nervo é muito comprimido ou foi comprimida por um longo tempo pode ocorrer perda de massa muscular na mão. Por este motivo, é importante consultar o médico logo que algum dos sintomas são notados. 


Diagnóstico 
Sempre consulte um ortopedista se notar os sintomas da compressão do nervo ulnar, que interferem nas atividades normais ou durar mais de duas semanas semanas. 
O ortopedista examinará o braço para determinar onde o nervo é comprimido. Se o nervo está irritado, batendo sobre o nervo no epicôndilo medial pode causar um choque no dedo mindinho e do dedo anular, mas isto pode acontecer quando o nervo estiver normal também. 
O ortopedista pode recomendar estudos de condução nervosa (ENM Eletro-Neuro-Miografia e PESS Potenciais Evocados Somato Sensitivos). Estes são testes especiais para determinar o quão bem o nervo esta funcionando e ajudar a localizar a área de compressão. Os nervos funcionam como fios, quando o nervo não está funcionando bem, leva mais tempo para os nervos conduzir o impulso elétrico. Durante este teste, o nervo é estimulado em um só lugar. A quantidade de tempo que leva para a resposta a ser conduzida para outro local é determinado. A área onde a condução nervosa leva muito tempo é provável que seja o lugar onde o nervo esteja comprimido. 
Às vezes, uma pequena agulha é colocado em alguns dos músculos que são controlados pelo nervo ulnar. Isto pode determinar se há qualquer evidência de perda de massa muscular. 


Tratamento 
A menos que haja uma grande perda da massa muscular, tratamento não cirúrgico será provavelmente o tratamento inicial. 


Prevenção 
* Evite o uso frequente de braço com o cotovelo dobrado
* Se você usa um computador com frequência, certifique-se que a cadeira não é muito baixa. 
* Evite inclinar-se sobre o cotovelo ou colocar pressão no epicôndilo Medial
* Por exemplo, não dirija com o braço apoiado na janela aberta. 

* Mantenha o cotovelo reto à noite, quando você está dormindo. Isso pode ser feito envolvendo uma toalha em volta do cotovelo reto, usando uma almofada no cotovelo , ou usando uma cinta especial. Enrolar em uma toalha no braço pode ajudá-lo a se lembrar de não dobrar o cotovelo durante a noite. 


O tratamento não cirúrgico Se os sintomas são recentes, o ortopedista pode recomendar um medicamento anti-inflamatórios, para ajudar a reduzir o inchaço ao redor do nervo. A fisioterapia também ajuda.

Tratamento Cirúrgico Se as estratégias listadas acima, não melhorarem a condição, se o nervo está muito comprimido, ou se há perda de massa muscular, ou existe uma deformidade óssea o médico pode recomendar uma cirurgia para tirar a pressão sobre do nervo. 
Na maioria das vezes, a cirurgia é feita em torno do cotovelo, mas isso pode ser feito no punho, se esse é o local da compressão. Às vezes, o nervo é comprimido em ambos os lugares, então a cirurgia é feita tanto no cotovelo quanto no punho. 
Cirurgiões usam várias formas para aliviar a compressão do nervo em torno do cotovelo. Todos as operações envolvem fazer uma incisão ao redor ao cotovelo. 
Em uma única operação, apenas o "telhado"é retirada do túnel cubital. Isso tende a funcionar melhor quando a compressão do nervo é leve. 
Mais comumente, o nervo é movido de seu lugar atrás do cotovelo para um novo lugar na frente do cotovelo. Isto é chamado de transposição anterior do nervo ulnar. O nervo pode ser movido a ficar sob a pele e gordura, mas em cima do músculo (transposição subcutânea), dentro do músculo (transposição intermuscular) ou sob o músculo (transposição submuscular).
A cirurgia geralmente é feito em regime DayClinic com um pernoite no hospital. Dependendo do tipo de cirurgia, pode ser necessário usar uma tala por algumas semanas após a operação. A transposição submuscular geralmente requer um tempo maior (3-6 semanas) em uma tala. 
O cirurgião pode recomendar a terapia física para ajudar a recuperar a força e o movimento do braço e da mão. Os resultados da cirurgia são geralmente boas. Se o nervo estiver comprimido por muito tempo ou se há perda de massa muscular, o nervo pode não ser capaz de voltar ao normal e alguns sintomas podem permanecer mesmo após a cirurgia. Nervos recuperam lentamente e podem levar um longo tempo para saber como o nervo vai funcionar depois da cirurgia. 

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologia e Medicina do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 07/05/2013

Artroscopia de joelho

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O que é artroscopia de Joelho
Preparação para Cirurgia de artroscopia de joelho
Cirurgia artroscópica
Recuperação pós artroscopia
Complicações e sinais de alerta
Lesão de LCA ( estrela )
O que é a artroscopia de joelho?
A artroscopia é um procedimento cirúrgico comum no qual a articulação (Artro-) é visto  por dentro (-escopia), usando uma pequena câmera. Artroscopia dá aos médicos uma visão clara do interior do joelho. Isso  ajuda a diagnosticar e tratar problemas do joelho.
Avanços tecnológicos têm levado a monitores de alta definição e câmeras de alta resolução. Estas e outras melhorias fizeram da artroscopia uma ferramenta muito eficaz para o tratamento de problemas no joelho. Segundo a American Society for Orthopaedic Sports Medicine, mais de 4 milhões de artroscopias do joelho são realizadas em todo o mundo a cada ano. Não temos dados sobre o Brasil.

Descrição
A artroscopia é feita através de pequenas incisões. Durante o procedimento, o cirurgião ortopédico insere o artroscópio (um instrumento pequena  com uma câmera do tamanho de um lápis) na  articulação do joelho. O artroscópio envia a imagem para um monitor de televisão. No monitor, o cirurgião pode ver as estruturas do joelho com grande detalhe.
A artroscopia é usada para reparar ou remover os tecidos  danificados. Para fazer isso, pequenos instrumentos cirúrgicos são colocados através de outras incisões em torno do joelho.

Preparação para Cirurgia
Antes de indicar cirurgia o ortopedista realiza o exame clínico e avalia os exames de imagem.. Para ajudar a planejar o procedimento, o cirurgião ortopédico pode ordenar exames pré-operatórios. Estes podem incluir o hemograma, coagulograma,  eletrólitos do sangue e exames para avaliar a função renal e um  ECG (eletrocardiograma). O paciente deve ser avaliado pelo clínico ou cardiologista para determinar o risco cirúrgico. Antes da cirurgia, informe o seu médico ortopedista sobre quaisquer medicamentos ou suplementos que você toma

Cirurgia
A artroscopia é um procedimento realizado com internação de curta permanência sendo possível em alguns casos a cirurgia tipo Day Clinic.

Chegada ao hospital
O hospital irá contactar o paciente caso isso não ocorra entre em contato com seu médico para que esse lhe oriente com detalhes específicos sobre a  internação. Você provavelmente vai ser convidado a chegar algumas horas antes da cirurgia para realizar a burocracia de internação e preencher a documentação do convénio. A realização de procedimentos cirúrgicos requer o jejum de agua e comida por no mínimo 8 horas.

Anestesia
Antes da cirurgia um membro  da equipe de anestesia vai falar com você. A artroscopia pode ser realizada sob anestesia  regional com sedação ou sob anestesia geral.
* A anestesia regional anestesia somente os membros inferiores
* A anestesia geral coloca você para dormir.
Close up de reparo do menisco
Procedimento
O cirurgião ortopédico fará pequenas incisões no joelho. A cirurgia é realizada preenchendo  o joelho com uma solução estéril será usada para  melhorar a visualização da articulação do joelho e enxaguar o sangue e a gordura. Isto ajuda o cirurgião ortopedista a ver o  joelho de forma clara e com grande detalhe. 
Para realização do tratamento cirúrgico, o ortopedista irá inserir instrumentos minúsculos através de uma outra pequena incisão. Estes instrumentos podem ser tesouras, shaver, Probes, cautérios, ponteiras de rádio frequência, instrumentos especiais para sutura, etc. Esta parte do procedimento geralmente dura 40 minutos a mais de uma hora. O tempo total depende do tipo de cirurgia que esta sendo realizada.

As indicações mais comuns para Artroscopia de joelho são:
* A remoção ou reparação de cartilagem lesada e lesão meniscal
* Reconstrução do ligamento cruzado anterior 
* Corte de pedaços de cartilagem articular
* Remoção de fragmentos soltos de osso ou cartilagem articular
* Remoção de tecido sinovial inflamado

Seu cirurgião pode fechar as incisões com um ponto ou pequenas tiras (pequenas band aids ) e cobri-los com um curativo macio. O paciente será movido para a sala de recuperação e deve ser capaz de ir para casa após algumas horas ou no dia seguinte dependendo do tipo de anestesia. O paciente deve certificar-se de ter alguém para  leva-lo para casa.


Recuperação pós artroscopia
Recuperação da artroscopia do joelho é muito mais rápido do que a recuperação da cirurgia no joelho aberto tradicional. Ainda assim, é importante seguir as instruções do seu cirurgião ortopédico com cuidado depois de voltar para casa.

Inchaço no Joelho
Manter a perna elevada tanto quanto possível para os primeiros dias após a cirurgia. Aplicar gelo, como recomendado pelo seu médico ajudam na diminuição do inchaço e alivio da dor .

Cuidados pós operatórios
O paciente sai do hospital com um curativo cobrindo o joelho. Mantenha as incisões limpas e secas. O seu cirurgião irá lhe dizer quando você pode tomar banho e quando trocar o curativo.
O seu cirurgião irá vê-lo no consultório alguns dias após a cirurgia para verificar o seu progresso, revisar os achados cirúrgicos, e começar o seu programa de tratamento pós-operatório.

Caminhar após a cirurgia
A maioria dos pacientes necessita muletas ou outra assistência após a cirurgia artroscópica. O seu cirurgião irá lhe dizer quando é seguro colocar peso sobre a perna operada. Se você tem alguma dúvida como caminhar ligue para o cirurgião.

Condução de veículos
O seu médico irá discutir com você quando você pode dirigir. Esta decisão é baseada em uma série de fatores, incluindo:
* O joelho envolvido
* Se você dirige um carros com mudança automática ( hidramático) ou troca de marchas com embreagem
* A natureza do procedimento
* O nível de dor
* Uso de analgésicos narcóticos ou que diminuam os reflexos no pós operatório
* Como está o controle motor do joelho no pós operatório.
Tipicamente, os pacientes são capazes de conduzir 1-3 semanas após o procedimento principalmente joelho esquerdo com carros hidramáticos.

Medicamentos
O seu médico irá prescrever medicação para dor para ajudar a aliviar o desconforto após a cirurgia. Ele ou ela pode também recomendar medicamentos como aspirina para diminuir o risco de coágulos sanguíneos.

Exercícios para fortalecer os joelhos
Você deve exercitar seu joelho regularmente por várias semanas após a cirurgia. Isso irá restaurar o movimento e fortalecer os músculos da perna e joelho.
Exercícios terapêuticos irão desempenhar um papel importante na forma como você se recupera. Um programa de terapia física formal, pode melhorar o seu resultado final.
Complicações e sinais de alerta
Como com qualquer cirurgia, há riscos associados com a artroscopia do joelho. Estes ocorrem com pouca frequência e são menores e tratáveis.

Complicações
Possíveis problemas pós-operatório com artroscopia do joelho incluem:
* Infecção
* Os coágulos de sangue
* Acúmulo de sangue no joelho

Sinais de alertano pós operatório
Ligue para o seu cirurgião ortopedista imediatamente se sentir qualquer dos seguintes:
* Febre
* Calafrios
* Calor persistente ou vermelhidão ao redor do joelho
* Dor persistente ou aumento progressivo da dor
* Inchaço significativo no joelho
* Aumento da dor, inchaço e endurecimento no músculo da panturrilha

Resultado da artroscopia
A menos que o paciente tenha tido uma reconstrução do ligamento, em geral deve ser capaz de retornar às atividades físicas após mais 6-8 semanas, ou às vezes muito mais cedo para atividades buracráticas. Atividades de alto impacto podem precisar ser evitado por um longo tempo. O paciente deve conversar com seu médico antes de retornar a atividades físicas intensas.
Se seu trabalho envolve o trabalho pesado,talvez necessite de um período maior de recuperação. Discuta quando você pode voltar em segurança para trabalhar com o seu médico.
O resultado final de sua cirurgia será determinado pelo grau de danos prévios no  joelho. Por exemplo, se a cartilagem articular do joelho está completamente desgastada, então a recuperação total talvez não seja possível. O paciente pode precisar mudar seu estilo de vida. Isso pode significar limitar as atividades e encontrar alternativas de baixo impacto nos exercício.


Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 30/08/2013

Fratura do Platô Tibial

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Fratura de Plato Tibial Uso de substituto ósseo para
sustentação: esse cimento será incorporado pelo
organismo nos próximos meses
Fraturas da região proximal da tíbia ( Platô ou Planalto tibial)
A fratura ou ruptura, na parte superior da tíbia pode resultar de uma lesão de baixa energia, tal como uma queda de uma altura, ou a partir de uma lesão de alta energia, tal como um acidente de automóvel ou um atropelamento O manuseio correto dessas fraturas irão ajudar a restaurar a função do membro (força, movimento, estabilidade e diminuir o risco de artrose secundária a um degrau articular.

Os tecidos moles (pele, músculo, nervos, vasos sanguíneos e ligamentos) também podem ser lesados no momento da fratura. Devido a isso, o cirurgião ortopédico também vai procurar por sinais de danos nas partes moles pois grandes lesões podem atrapalhar o tratamento cirúrgico.

A grande maioria das fraturas do platô tibial requer tratamento cirúrgico, porém nas fraturas de baixa energia e sem desvio ou afundamento articular o tratamento não operatório pode ser considerado

Anatomia

A articulação do joelho é o maior junta de carga do membro inferior e suporta aproximadamente 85% do peso corporal. Apresenta movimentos complexos.O movimento do joelho ocorre em vários planos, por exemplo, para trás e para a frente e, em menor grau, para os lados e em rotação. A estabilidade da articulação é dependente não só nos tecidos moles (músculos e ligamentos) mas também da maneira pela qual as superfícies da articulação se opõem ( fêmur / tíbia / rotula )  para manter os ossos do joelho adequadamente alinhados.

O osso que compreende o planalto tibial é esponjoso, ao contrário do osso cortical mais grossa da diáfise da tibial. A composição do osso é importante, porque a osso esponjoso pode comprimir e permanecer deprimido quando está lesionado. Isso permite freqüentemente o afundamento de parte da articulação após uma fratura do 1/3 proximal da tíbia.
As lesões de alta energia em pacientes mais jovens e de baixa energia em pacientes idosos em geral evoluem com depressão e afundamento de parte da fratura que irá produzir um degrau articular a menos que a fratura seja tratada com redução, enxertia e fixação.

Os Tecidos moles também estão em risco. Nervos e vasos sanguíneos que percorrem através do joelho são adjacentes às estruturas ósseas e pode ser lesados também. A pele ao redor da articulação pode ser comprometida pela lesão em si ou  inchaço do tecido mole que muitas vezes resulta.

Causas

As fraturas do platô tibial em lesão estão relacionadas ao trauma, traumas agudos por acidentes e quedas ou traumas crônicos , de traumas de pequena intensidade e/ou repetidos, em pacientes com ossos mais fracos, pacientes obesos, com doenças óssea, doenças metabólicas, desnutrição, baixa ingesta de leite e derivados ou baixa ingestão proteica.Uma fratura da região superior da tíbia pode ocorrer a partir de estresse (fraturas de estresse) ou num osso já comprometido (como no câncer ou infecção). A maior parte, contudo, são o resultado de um trauma .
No jovem essas fraturas ocorrem, muitas vezes, como resultado de uma lesão de alta energia,  tais como uma queda de uma grande altura, lesão desportiva, traumas e acidentes de trânsito.

Idosos com pior qualidade óssea, muitas vezes, necessitam apenas um trauma de baixa energia (queda de uma posição em pé) para criar essas fraturas.Muitas pessoas mais velhas também podem ter preocupações médicas, tais como problemas cardíacos ou pulmonares, diabetes ou outras doenças que devem ser consideradas e tratadas.


Os sintomas
Uma fratura do terço proximal da tíbia, pode resultar em prejuízo para  os ossos e os tecidos moles da região do joelho.Dor na sustentação de peso. Normalmente, o indivíduo ferido é mais consciente de uma incapacidade dolorosa ao tentar colocar peso sobre o membro afetado.
Dolorimento ao torno do joelho e dificuldade para dobrar. O joelho pode inchar e parecer tenso, devido ao sangramento dentro da articulação. Isto também limita o movimento (flexão) da articulação.
Deformidade em torno do joelho. A perna pode parecer deformada.
Pé, pálido e fria. A aparência pálida ou sensação de frio ao pé pode sugerir que o fornecimento de sangue esta de alguma forma prejudicada.
Dormência em torno do pé. Dormência ou "alfinetes e agulhas " espetando o pé levanta a preocupação sobre lesão do nervo ou inchaço excessivo dentro da perna

Se estes sintomas estão presentes após uma fratura, você deve procurar atendimento médico imediato. 



Diagnóstico
O diagnóstico de uma fratura da região proximal da  tíbia, comprometendo a articulação do joelho é baseada tanto no exame clínico quanto nos exames de imagem.
Durante o exame clínico, o médico vai pedir detalhes sobre as circunstâncias que resultaram na  lesão ( história clínica do acidente). Relate detalhadamente a história.
O ortopedista poderá examinar toda a perna em busca de hematomas, bolhas, flictenas inchaço, escoriações e feridas abertas. O exame neurológico e vascular em geral acompanha a exame clínico. 



Exames de Imagem
Fratura do Plato Tibial Lateral o afundamento é melhor
demonstrado na tomografia computadorizada a esquerda
As radiografias simples e a tomografia computadorizada são os principais exames para avaliar, classificar e planejar o tratamento operatório. Nas fraturas de estresse a ressonância magnética ( fraturas ocultas e lesões ligamentares) e a cintilografia óssea podem ajudar no diagnóstico



Tratamento

Considerações
O médico irá avaliar vários parâmetros como idade, grau de atividades, tipo de fratura, degrau articular e lesões de partes moles para determinar se o tratamento é cirúrgico ou conservador.  Há vantagens e os riscos associados com as duas formas de tratamento.
A decisão de se tratar o paciente de modo cirúrgico é um escolha feito pelo ortopedista em associação com o paciente e a família. O tratamento preferido é, portanto, baseada nos detalhes específicos da lesão e as necessidades gerais do paciente. Importante lembrar que os desvios articulares irão evoluir para artrose secundária, e caso o paciente opte por tratamento não operatório nos desvios maiores estará ciente desse risco.
Em um indivíduo ativo, restaurar a articulação através de cirurgia é muitas vezes a melhor opção, porque isso irá maximizar a estabilidade da articulação e o movimento e minimizar o risco de artrose. Pacientes mais idosos com várias comorbidades e limitação funcional prévia podem se beneficiar menos do tratamento operatório. 

Cuidados de Emergência
Logo depois de um acidente a pele lesada e os tecidos moles podem estar ainda mais prejudicados e impedir uma cirurgia aberta. Nesse caso, uma fixador externo temporário pode ser aplicado para suportar o membro. Os tecidos moles podem, em seguida se recuperar permitindo a cirurgia definitiva numa data posterior

Se a pele estiver lesada e há uma ferida aberta, existe a preocupação de que a fratura subjacente pode ser exposta a bactérias que podem causar uma infecção. O tratamento cirúrgico inicial serve para limpar as superfícies de fratura e os tecidos moles para diminuir o risco de infecção.



Raramente, o inchaço dos tecidos moles pode ser tão grave a ponto de ameaçar o fornecimento de sangue para a perna e o pé (uma condição conhecida como síndrome do compartimento). Isto pode requerer uma cirurgia de emergência, em que são feitas incisões verticais para soltar a pele e o fáscia muscular. Isso é chamado de fasciotomia. Estas incisões são muitas vezes deixadas abertas e, em seguida, fechados ou cobertas dias ou semanas mais tarde, como os tecidos moles e recuperar resolve inchaço. Normalmente também aplicamos um fixador externo temporário ou em algumas situações como tratamento definitivo

O tratamento não cirúrgico
O tratamento não cirúrgico pode incluir restrições de movimento e de sustentação do peso, além da aplicação de dispositivos externos (suspensórios, moldes, gesso, braces, imobilizadores). Tipicamente, os tecidos moles são avaliadas periodicamente e os exames de raios X são tomadas em intervalos determinados.  

Tratamento Cirúrgico
Se o tratamento cirúrgico é a escolha para obter e manter o alinhamento e corrigir o degrau articular, diversos dispositivos podem ser considerados.
As placas são geralmente usados ​​para fraturas peri articulares. Se a fratura compromete a articulação e apresenta afundamento será necessário elevar esses fragmentos e colocar uma sustentação abaixo para permitir a cicatrização na posição correta. Essa sustentação pode ser feita com auto enxerto de crista ilíaca ou com um substituto óssea. Cada um desses métodos tem vantagens e desvantagens.
Após a redução o ortopedista aplica fios, parafusos e placas para manter os fragmentos ósseos no lugar.

Pós operatório
As sínteses estáveis permitem a mobilidade precoce e a fisioterapia ajuda na recuperação do arco de movimento.
A carga ( pisar no chão e colocar peso na perna operada) deve ser terminantemente proibida e o paciente somente poderá pisar quando autorizado pelo seu cirurgião ortopedista. Somente o cirurgião pode autorizar a carga. 

O que discutir com seu cirurgião ortopédico
  • Quais são os meus riscos e benefícios com tratamento não cirúrgico e cirúrgico?
  • Como isso pode afetar a longo prazo as atividades da vida diária, trabalho e atividades de lazer?
  • Eu tenho história médica ou social de tabagismo, uso de drogas, álcool isso pode ter um impacto sobre o meu tratamento ou o resultado?
  • Se eu evoluir para artrose, o que posso esperar e quais são as minhas opções?
  • Após o início do tratamento (cirúrgico ou não cirúrgico) quando posso esperar para suportar o peso e dobrar meu joelho?
  • Como será a fase de recuperação ?
  • Que tipo de ajuda, se houver, vou precisar durante a minha recuperação?
  • Se eu for tratado de modo cirúrgico e um "enchimento ósseo" ou substituto ósseo for usado, quais são as minhas opções? Quais são os riscos e os benefícios?
  • Usarei medicamentos anti coagulantes ("afinadores de sangue")? Se sim, qual e por quanto tempo?
Quais as sequelas mais comuns?
O diminuição do arco de movimento ( o joelho fica um pouco mais rígido) e pode perder a capacidade de esticar todo e o calcanhar pode parar de encostar no bumbum. Quando ocorre degrau articular pode ocorrer uma aceleração do desgaste da cartilagem e surgir artrose secundária.

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologia e Medicina do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 04/07/2015

Leia mais Sobre Artrose

Fratura de Cotovelo: Olecrânio (olécrano)

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O que é o Olécrano ou olecrânio?
O Olecrânio ou olécrano é um a proeminência óssea da extremidade proximal da ulna. O Olecrânio e a parte de trás do cotovelo. O olécrano é o osso que apoiamos na mesa ao colocar o cotovelo sobre uma mesa. Ele está posicionado diretamente sob a pele do cotovelo, sem muita proteção de músculos e outros tecidos moles. Ele pode facilmente quebrar se você sofrer um golpe direto no cotovelo ou cair com o cotovelo dobrado.
 
Quais ossos compõem o cotovelo?
O cotovelo é composto por 3 ossos: úmero, úlna e rádio. O úmero é o osso do braço entre o ombro e o cotovelo.O radio é um dos ossos do antebraço entre o cotovelo e punho. Com a palma da mão voltada para cima, o radio é o osso do lado do "polegar" (lado lateral do antebraço, "lado de fora do braço").
A ulna é outro osso do antebraço entre o cotovelo e punho, correndo ao lado do radio. Com a palma da mão voltada para cima, a ulna esta do lado do dedo "mindinho" do antebraço (o lado medial, "de dentro do antebraço")

Quais as fraturas que ocorrem no cotovelo?
Várias superfícies ósseas podem fraturar no cotovelo. entre essas podemos destacar o olecrânio e coronóide na ulna, cabeça do rádio,  região supracondileana e epicondilos no terço distal do úmero.

Como ocorrem as fraturas de olecrânio?
Fraturas de Olécrano podem ocorrer de várias maneiras: uma queda com trauma direto no cotovelo ou por ter sido atingido por um objeto rígido (taco de beisebol, o painel do carro durante uma colisão.
As fraturas podem ocorrer também de modo indireto. Isso pode acontecer por aterrissagem com o  braço estendido na queda o punho colide contra o chão com o cotovelo travado para fora. O músculo tríceps braquial traciona a parte traseira do braço arrancando parte da ponta da ulna.

Quais os Sintomas da fratura de olecrânio? 
Dor súbita, intensa no cotovelo após uma queda
Incapacidade de esticar o cotovelo
Inchaço sobre o local
Ferimento em torno do cotovelo
dor ao toque
Dormência em um ou mais dedos
Dor com o movimento da articulação do cotovelo

Como é feito o Diagnóstico na fratura de olecrânio?
Um paciente com uma fratura do olécrano normalmente irá para a sala de emergência por causa do cotovelo será muito dolorosa e incapaz de se mover. Durante o exame o médico examina a pele para ver se há alguma laceração (cortes). As lacerações podem ser causados ​​por fragmentos de ossos e podem levar a um aumento do risco de infecção. ( fratura exposta)
O médico pode pedir ao paciente para tentar esticar o cotovelo. Às vezes, o paciente será capaz de fazer isso, e às vezes não.
O médico pode examinar o ombro do paciente, braço, antebraço, punho e mão,  mesmo que o paciente só se queixe de dor no cotovelo.

Quais exames complementares são realizados para avaliar a fratura de cotovelo?
São realizados exames de Raios-X do cotovelo em AP, Perfil eventualmente em outras posições obliquas para confirmar a fratura e identificar todos os fragmentos. Os raios X também pode revelar outras fraturas além da fratura do olecrânio tais como luxações. Algumas vezes são realizados Raios-X  do braço, antebraço, ombro, punho e / ou da mão, com base no julgamento do médico e baseado em queixas do paciente. Estes exames de raios-X podem revelar outras lesões, como fraturas ou luxações em outros locais.
Tratamento

Nem todas as fraturas do olécrano requerem cirurgia.
O tratamento não cirúrgico

Algumas fraturas do olécrano requerem apenas uma tala ou tipóia para manter o cotovelo no lugar, durante o processo de cicatrização. O médico irá acompanhar de perto a cicatrização da fratura, até o retorno do paciente à clínica. Se nenhum dos fragmentos ósseos estiverem "fora de lugar" depois de algumas semanas, o médico irá permitir que o paciente comece a  mover delicadamente o cotovelo. Isso pode exigir visitas com um fisioterapeuta. Ao paciente não será permitido levantar qualquer coisa com o braço quebrado por algumas semanas. Uma abordagem não-cirúrgica de fratura de olécrano pode exigir longos períodos de imobilização. O cotovelo pode ficar dura e exigir um longo período de fisioterapia após a retirada do gesso  para recuperar os movimentos. Caso ocorram mudanças na posição da fratura, o paciente pode necessitar de cirurgia para colocar os ossos de volta no lugar.
 

Como é o tratamento cirúrgico?
Tratamento Cirúrgico. 
A cirurgia para tratar uma fratura do olécrano é geralmente necessária quando a fratura está fora de lugar (" fragmentos deslocados"). O músculo tríceps insere-se no olécrano ele é responsável por estender  o cotovelo, é importante que os fragmentos estejam reduzidos anatomicamente para permitir um movimento livre do cotovelo.
Na fratura  "aberta"  ou exposta os pedaços de ossos cortam a pele. Como o risco de infecção é maior em uma fratura exposta, o paciente receberá antibióticos pela veia (intravenosa), e pode necessitar de uma vacina antitetânico. A fratura exposta do cotovelo exige cirurgia para limpar os fragmentos ósseos e diminuir a incidência de infecção.  O osso normalmente será fixado durante a mesma cirurgia.

Técnica cirúrgica. O cirurgião geralmente faz uma incisão sobre a parte de trás do cotovelo e em seguida, coloca os pedaços de osso de volta no lugar. Existem várias maneiras para manter os pedaços de osso no lugar. O cirurgião pode optar por usar:
Pinos / fios de kirshinner
Parafusos
Placas e parafusos
Suturas (pontos) nos ossos e tendões
Uma cirurgia para fratura do olécrano pode ser realizada juntamente com a fixação da banda de tensão (ilustração e raios-X ao lado).



Fratura de olecrânio fixada com Placa e parafusos. Essa técnica em geral é usada para fratura multifragmentadas ( Fratura cominutiva)

Se alguns dos ossos está faltando ou foi esmagado além do reparo (fragmentos de osso perdido através de uma ferida durante um acidente), a fratura pode exigir preenchimento ósseo com enxerto. Preenchimento ósseo pode ser fornecido pelo osso do próprio paciente (geralmente retirados da pelve) ou de osso de um banco de ossos (a partir de um doador), ou um material artificial que contenham cálcio.


Há risco de Infecção com a cirurgia para osteossíntese?
Sim, Há um risco de infecção com qualquer cirurgia, seja para uma fratura de olécrano ou qualquer outra cirurgia.

O pós operatório é doloroso?
A dor é associada com a qualquer cirurgia. A dor é controlada na sala de cirurgia por uma equipe de anestesia, que pode colocar o paciente sob anestesia geral ou um bloqueio. O médico irá discutir o método de anestesia com o paciente antes da cirurgia. Após a cirurgia, a dor é controlada com uma combinação de medicamentos analgésicos para a dor .

A cirurgia garante uma boa evolução da fratura de Olecrânio?
A cirurgia não garante a cura da fratura porém é um bom caminho para se alcançar a consolidação. O risco de não consolidação aumenta quando o paciente não segue as instruções do médico após a cirurgia.
Outros problemas de saúde podem lentificar o processo de cicatrização da fratura, como fumar ou usar outros produtos do tabaco e também o diabetes.
Se a fratura foi associada com um corte na pele (uma "fratura exposta"), a cura é geralmente mais lento. Se a fratura não cicatriza ( pseudartrose), uma nova cirurgia pode ser necessária.

Quais os objetivos da cirurgia para fratura de olécrano?
O objetivo final do tratamento de uma fratura do olécrano é recuperar o movimento total do cotovelo, como era antes da lesão. A maioria dos pacientes retorna às atividades normais, dentro de aproximadamente quatro meses, embora a cura completa possa levar mais tempo.
 
No pós operatória da osteossintese de olecrânio, preciso ficar com o braço imobilizado?
Após a cirurgia, o cotovelo do paciente pode ser imobilizado por um curto período de tempo. O paciente pode usar uma tipóia que proporciona conforto. O cirurgião geralmente remove pontos com 10 a 14 dias após a cirurgia. O paciente é muitas vezes impedido de levantar objetos com o braço quebrado por pelo menos seis semanas. Proposta de exercícios para o cotovelo e o antebraço devem começar logo após a cirurgia, por vezes, tão cedo quanto o dia seguinte a cirurgia.

Como é o pós operatório da cirurgia para osteossíntese da fratura de olecrânio?
A recuperação total de uma fratura do olécrano requer muito trabalho. É extremamente importante que os exercícios, uma vez iniciados, sejam realizadas várias vezes por dia, todos os dias. Além da fisioterapia com fisioterapeuta o paciente deve ainda fazer exercícios em casa todos os dias. Os exercícios só fazem diferença se eles são feitos regularmente. Recuperar a força muitas vezes leva mais tempo do que o esperado, às vezes, seis meses ou mais.

O paciente com trafura de cotovelo pode dirigir?
Restrições sobre a condução de veiculos são geralmente baseados no braço que está lesionado (o braço direito é usado para passar a marcha, por exemplo). Analgésicos narcóticos como a morfina e codeína prejudicam o julgamento e, portanto, prejudicam a capacidade de conduzir um veículo.
 
Considerações
Mesmo após a cura da fratura o movimento total do cotovelo pode não ser possível. Na maioria destes casos, o paciente não pode esticar completamente o seu braço. Normalmente, a perda de alguns graus de extensão não terá um impacto sobre a forma como o braço vai trabalhar no futuro, inclusive para esportes ou trabalho pesado. A perda de uma quantidade significativa de movimento pode necessitar de terapia física intensiva, órtese especial, ou uma nova cirurgia para corrigir esse problema.  

Quais são as Perguntas para fazer ao seu médico ortopedista após a fratura de olecrânio?
Quando posso começar a usar o meu braço para levantar objetos pesados?
Quando posso começar a mover o cotovelo?
Há algum fator que possa fazer a minha cura demorar mais tempo?
Quais são os riscos da cirurgia?
O que posso esperar para o futuro próximo e distante?


Leia mais sobre Luxação do Cotovelo

Dr Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologia e Medicina do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 27/04/2011

Dor e Lesões no Ombro

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Hábitos posturais podem provocar dor nos ombros?
Sim, os hábitos posturais são uma causa frequente de dor nos ombros.

Quais hábitos posturais levam a dor nos ombros?
Quanto colocamos a mão acima da cabeça ao atrás da cabeça, a região da grande tuberosidade colide contra o arco coraco acromial e provoca uma isquemia ( falta de sangue) temporária na região  
(Síndrome de impacto - FOTO - Vista anterior do ombro com a grande tuberosidade colidindo contra o acrômio quando colocamos a mão atrás da cabeça).

Caso essa posição permanece durante muitas horas a isquemia pode provocar micro lesões no tendão. Com o passar dos meses e dos anos pode ocorrer ruptura do manguito rotador. Essa posição é muito comum na hora de dormir. Alguns pacientes tem o hábito de dormir com a mão acima ou atrás do travesseiro, as vezes sob o travesseiro.

Fotos essas posições colocam o manguito rotador em isquemia e podem levar ao surgimento das tendinites, bursites do ombro. Assistir TV por várias horas,com a mão atrás da cabeça provoca as mesmas lesões.











Durante o trabalho também é comum hábitos posturais incorretos. Um dos principais fatores desencadeantes de dor no ombro (por problemas posturais no trabalho) está relacionado ao fato de trabalhar durante horas sem apoio para o cotovelo. Quando digitamos sem apoiar o punho e o cotovelo levamos os músculos da cintura escapular a fadiga  Os músculos fatigados são mais facilmente lesados. Com o tempo surgem dores na parte posterior do ombro ( mialgia do trapézio, romboide, etc) e posteriormente surgem os problemas dentro da articulação. O hábito de dirigir segurando na parte de cima do volante também pode levar a dor, principalmente na região posterior do ombro.
Digitar sem apoio para o cotovelo pode levar também a uma sobrecarga do músculo deltóide . Esse pode se sobrepor a centralização da cabeça umeral  levando a ascensão dessa que colidi contra o acromio provocando novamente uma síndrome de impacto. 


Posição errada de digitação sem apoio do cotovelo

Posição correta para digitação com apoio do cotovelo. Devemos usar também apoio para o punho. Essa a posição correta para digitar quando a cadeira não tem braços para apoiar o cotovelo, Avançamos a cadeira e apoiamos os cotovelos na mesa.


Como prevenir e tratar as dores no ombro provocadas por hábitos posturais equivocados?
O primeiro passo é identificar os problemas posturais a seguir devemos mudar os hábitos posturais em terceiro lugar devemos procurar um ortopedista para diagnosticar quais grupos musculares estão acometidos para instituir o trabalho fisioterápico ou de reforço muscular em academia e dessa maneira melhorar a dor.

Hábitos posturais também provocam dores no esporte?
Sim, o movimento incoordenado e feito de modo incorreto provoca dores e lesões nos atletas e nos esportes.

Quais esportes e atividades estão ligadas a dores no ombro?
As dores no ombro estão ligadas a todos os esporte, porém, é mais frequente nos esportes com movimento tipo arremesso e com movimentação ativa das mãos acima do nível dos ombro. exemplo: Volei, natação, beisebol, ténis, etc. porém atletas cem outras modalidades também apresentam dor no ombro. Exemplo Luta livre, haltefilismo, etc.

Erros posturais e de execução de movimento nos atletas.
As dores do ombro no atleta ligadas a problemas posturais estão relacionadas com a realização do movimento de arremesso em posição errada. Ao realizarmos o movimento de arremesso para atirar uma pedra, cortar uma bola no vólei a arremessar uma bola no beisebol.
No movimento de arremesso realizamos uma seqüencia de movimentos com o tórax e com o membro superior. O tórax e o membro superior devem mover-se coordenadamente e o tórax não deve ficar mais à frente que o ombro. O movimento ideal do ombro é feito no plano da escápula.

Na foto ao lado observamos as posições "A" e "B" - 
A posição "A"é a posição correta para arremessar. 
Observe que o ombro está cerca de 30 graus a frente da linha do corpo na posição "A".

A posição "B"é incorreta e pode levar ao alongamento da cápsula anterior do ombro e ao impacto interno. 
Alguns pacientes desenvolvem dor causada pela instabilidade anterior devido a alongamento ligamentar e da cápsula anterior.



Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Rio de Janeiro, RJ, Brasil
atualizado em 20/10/2010


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