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Channel: Dr. Marcos Britto da Silva, MD, MSc Ortopedista Traumatologia Esportiva
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Fratura do Antebraço

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Fraturas do antebraço podem ocorrer próximo do punho (terço distal do antebraço), no meio do antebraço ( fraturas diafisárias) ou perto do cotovelo ( fraturas do 1/3 proximal do antebraço). Este artigo enfoca as fraturas que ocorrem na região diafisária do antebraço

Anatomia
Dois ossos fazem parte do antebraço o rádio e a ulna. O rádio esta é uma continuação do polegar e a ulna é o maior osso do antebraço iniciando na ponta do cotovelo.


Movimentos
O movimento principal do antebraço é de rotação: a capacidade de girar a palma da mão para cima ou para baixo. A ulna permanece imóvel, enquanto o raio gira em torno dele. Este O movimento de girar a palma da mão para cima é chamado de supinação (gesto de suplicar, pedir, implorar) é o movimento utilizado para girar uma chave de fenda ou rosquear em uma lâmpada. O movimento de virar a mão para baixo é chamado de pronação ( pronado diz-se da decúbito com o ventre virado para baixo)
Fraturas do antebraço pode afetar a capacidade de girar o braço, bem como dobrar e esticar o punho e o cotovelo.

Descrição
Ossos do antebraço podem quebrar de diversas formas. O osso pode quebrar apenas um ponto ou pode quebrar em vários pedaços. Os pedaços de osso podem alinhar-se em linha reta ou podem ficar muito fora do lugar.

Em alguns casos, o osso quebra de tal maneira que os fragmentos de osso saem para fora através da pele ou uma ferida penetra até ao osso fraturado. Isso é chamado de uma fratura exposta e requer atenção médica imediata por causa do risco de infecção.

Por causa da forte força necessária para quebrar o radio ou ulna no meio do antebraço, essa fratura é mais comum em adultos, nas crianças são mais comuns as fraturas próximas do punho e as fraturas incompletas ( galho verde). Quando apenas um osso do antebraço está quebrado, esse osso é tipicamente a ulna - geralmente como resultado de um golpe direto sobre o antebraço em defesa própria - fratura do cacetete  .

Causas
As causas mais comuns de fraturas do antebraço incluem:
Golpe direto
Cair sobre o braço esticado, muitas vezes durante a prática desportiva ou uma queda de altura
acidentes de Automóvel / motocicleta 

Sintomas
Um antebraço quebrado geralmente provoca dor imediata. Como ambos os ossos, normalmente estão envolvidos, fraturas no antebraço muitas vezes causam uma deformidade óbvia - o antebraço pode parecer dobrado e mais curto que o outro lado. O paciente precisa apoiar o braço ferido com a outra mão.

Sintomas adicionais incluem:
Inchaço
Hematomas (não tão comum como em outros ossos quebrados)
Incapacidade para girar a mão
Dormência ou fraqueza nos dedos ou punho (raro)

Exame Físico e História da Medicina
É importante informar ao ortopedista as circunstâncias de lesão. Por exemplo, se caiu de uma escada, até onde você caiu? É tão importante para o seu médico saber se você tem  quaisquer outras lesões e se você tem outros problemas médicos, tais como diabetes, se é fumante, etc. O médico também precisa saber se você toma qualquer medicação.

Depois de discutir os seus sintomas e história médica, o médico fará um exame cuidadoso. O seu médico irá:

Exames de Imagem
A fratura de antebraço é confirmado com uma radiografia simples, fraturas com comprometimento do cotovelo ou do punho podem requerer uma exame de tomografia e ou ressonancia para completar o diagnóstico e traçar a estratégia de tratamento.

Tratamento
O tratamento de ossos quebrados segue uma regra básica: os pedaços quebrados devem ser colocados na posição original e impedidos de sair do lugar até que estejam curados. O  rádio e o cúbito dependem um do outro para suporte é importante que eles sejam devidamente estabilizados. Se os ossos não estão exatamente alinhada durante a cicatrização pode surgir dificuldade de movimentos. Fraturas desalinhadas podem requerem tratamento cirurgico para alinhar e estabilizar corretamente os ossos.
A maioria dos casos de fraturas do antebraço adultos necessitam de cirurgia para garantir que os ossos estejam estabilizados e alinhados para a cura e sucesso do tratamento.

Tratamento imediato
O tratamento inicial é a imobilização que controla a dor e permite o transporte do paciente. Apos a imobilização inicial são realizados os exames de imagem e planejado o tratamento definitivo. Tratamento imediato adicionais incluem aplicação de gelo para ajudar a reduzir o inchaço e  remédios contra a dor.

Se apenas um osso é quebrado e ele não está fora de lugar, pode ser possível tratá-lo com sem cirurgia. Se a fratura se desloca da posição correta, pode necessitar de cirurgia para colocar os ossos de volta juntos.

Tratamento Cirúrgico
Quando os dois ossos do antebraço são quebradas e desalinhados ou se os ossos perfurem  a pele (fratura exposta) a cirurgia é necessária.

Devido ao aumento do risco de infecção, fraturas expostas são tratadas com cirurgia imediata. A fratura é limpa, são empregados antibióticos, vacina antitetánica e os ossos são estabilizados.

Redução aberta e fixação interna com placas e parafusos. 
Este é o tipo mais comum de tratamento cirúrgico para fraturas do antebraço. Durante este tipo de procedimento, os fragmentos ósseos são primeiramente reposicionados (reduzidos) em seu alinhamento normal. Eles são mantidos juntos com parafusos especiais e placas de metal que aderem à superfície exterior do osso. Os ossos quebrados do antebraço são mantidas em posição por meio de placas e parafusos, enquanto eles curam.

Redução aberta e fixação interna com hastes. 
Durante este procedimento, uma haste de metal especialmente concebido é inserido através do espaço no centro da medula do osso. Esse tratamento é menos frequente em adultos e mais frequente em crianças.







Fixação externa. 
Se a pele e os ossos estão severamente danificadas a fratura poderá ser tratada com um fixador externo. Neste tipo de operação, fios de metal ou parafusos são colocados dentro do osso acima e abaixo do local da fractura. Os pinos e os parafusos são ligados a uma barra de fora da pele. Este dispositivo é uma armação de estabilização que mantém os ossos na posição correta para que eles possam curar.

Sinostose.
 A sinostose é uma fusão entre os ossos do antebraço que leva a perda do movimento de prono-supinação, é uma complicação rara nas fraturas do antebraço.

Pseudartose
A pseudartrose é a não consolidação dos ossos, ela é mais frequente em pacientes diabéticos e fumantes porém também está relacionada a gravidade da fratura (fraturas multigrafmentares ( cominutiva) , segmentares, expostas, grande energia cinética, etc). 

Recuperação
Os ossos possuem uma notável capacidade de curar. Ossos do antebraço geralmente levam de 3 a 6 meses para cicatrizar completamente. Quanto mais grave lesão mais tempo a recuperação pode demorar.

Reabilitação
Tratamento não cirúrgico. A Reabilitação começa tipicamente depois de algumas semanas. Em muitos casos, um fisioterapeuta irá ajudar com a reabilitação, começando com exercícios suaves para aumentar a amplitude de movimento e gradualmente acrescentando exercícios para fortalecer o braço após a consolidação.

O tratamento cirúrgico. Dependendo da complexidade da fratura pode ser necessário uma tala ou gesso por 2 a 6 semanas após a cirurgia. Exercícios de movimento para o antebraço, cotovelo e punho geralmente começam logo após a cirurgia. Este movimento precoce é importante para evitar a rigidez. Seu ortopedista também pode prescrever visitas a um fisioterapeuta.

Retirada das placas.
Se você já teve a cirurgia, as placas e parafusos são normalmente deixadas no local para sempre. Se você considerar a remoção, esta segunda cirurgia geralmente não é programado até que seus ossos estejam totalmente solidificados (1 a 2 anos após a cirurgia inicial).

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Rio de Janeiro, RJ, Brasil
atualizado em 11/11/2016

Tendinite Calcárea

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O que é a tendinite calcárea?
A tendinopatia calcária do ombro é uma patologia comum, caracterizada pela formação de depósitos de cálcio dentro dos tendões sadios do manguito rotador. É uma doença auto limitada e o curso natural é a absorção dos depósitos de cálcio e a cicatrização do tendão.

Qual a diferença entre tendinite calcárea e as calcificações degenerativas?
Importante diferenciar a tendinite calcária da calcificação degenerativa que ocorre nas inserções tendinosas de todo o organismo. As principais diferenças são: na tendinite calcária do ombro as calcificações ficam a um ou dois centímetros da inserção tendinosa e ocorrem em tendões sadios, geralmente com a forma arredondada. Na calcificação degenerativa os depósitos ocorrem junto a inserção dos tendões e ligamentos e tem a forma triangular e espiculada.

Qual a origem da tendinite calcárea?
Foram propostos três mecanismos para a formação dos depósitos de cálcio. calcificação degenerativa, associação com doenças endócrinas e calcificação reativa.

Teoria da Calcificação Degenerativa.
A calcificação degenerativa foi proposta por Codman, que acreditava que a degeneração do tendão precedia a formação de depósitos de cálcio. Inicialmente o tendão entraria em hipóxia e a seguir se tornaria necrótico e posteriormente ocorreria uma calcificação distrófica. Mc Laughling em 1946 descreveu a hialinização focal das fibras tendinosas; estas podem eventualmente apresentar fibrilações destacadas dos tendões, com posterior calcificação. Macnab demonstrou que a interrupção vascular no tendão de Aquiles de ratos produzia hialinização das fibras dos tendões e posterior calcificação. O trabalho de Herberts et al sugere que o esforço físico causado no ombro pelas atividades físicas pode levar a tendinite no tendão do supra-espinal. Porém, não há evidência científica que leve a conclusão de que o esforço físico pode levar a calcificação dos tendões. O trabalho de Olsson nos mostra que não existe diferença na incidência de degeneração do manguito rotador entre o membro dominante e o não dominante.
A idade é considerada a causa mais freqüente de degeneração no manguito rotador. Brewer demonstrou que à medida que o tendão do supra-espinal envelhece, sua vascularização diminui. No final da quarta e durante a quinta décadas, a maioria dos fascículos sofre afilamento e fibrilação e estas alterações são definidas como degenerativas. Brewer acredita que o envelhecimento do manguito rotador contribui para a formação dos depósitos de cálcio.
Mohr e Bilger acreditam que o processo de calcificação se inicia com a necrose dos tenócitos. Ocorre concomitantemente acúmulo intracelular de cálcio, muitas vezes em forma de microesferas ou grãos de areia. Em geral, os adeptos da teoria degenerativa da calcificação deixam de levar em consideração a distribuição etária das pessoas afetadas, o curso natural da doença e os aspectos morfológicos da calcificação. (Uhthoff e Loehr )

Existem vários aspectos sobre a tendinopatia calcária que são conflitantes com a teoria da calcificação degenerativa. A calcificação ocorre em tecido aparentemente viável e não em tecidos necróticos. O pico de incidência da tendinopatia calcária é o final da quarta década
e em toda a quinta década. A tendinopatia calcária é rara na sexta década e sétima década de vida . As doenças degenerativas não apresentam um potencial auto-limitado como observado na tendinopatia calcária. Além disso, as características macroscópicas e histológicas
da calcificação degenerativa e da tendinopatia calcária são bastante diferentes. Esses achados indicam uma etiologia diferente entre a calcificação degenerativa e a tendinopatia calcária. ( Uhthoff e Loehr)

Associação com doenças endócrinas
Harvie et al realizaram um estudo populacional no qual identificaram fatores hormonais e doenças endócrinas na patogênese da tendinopatia calcária. As patologias mais frequentemente encontradas foram desordens da tireóide e do metabolismo do estrogênio. Pacientes com doenças endócrinas em geral apresentam sintomas relacionados à tendinopatia calcária em faixa etária mais jovem: 41 anos em comparação aos 47 anos no restante da população. Além disso, neste grupo de pacientes, a história natural mais lenta: duração, em média, de 80 meses nas desordens endócrinas comparado a 47 meses no restante da população. Pacientes com desordens endócrinas necessitaram de tratamento cirúrgico mais freqüentemente. Propuseram uma classificação dividindo a tendinopatia calcária em dois grupos: Grupo I tendinopatia primária e Grupo II tendinopatia secundária a doenças endócrinas. Sugeriram a pesquisa sistemática dessas condições para ajudar na identificação de fatores prognósticos e no auxílio da indicação do tratamento cirúrgico.

Teoria da Calcificação Reativasimples
Segundo Uhthoff e Sarkar o processo de calcificação está ativamente mediado pelas células em um ambiente viável e não num ambiente necrótico. Não há a menor dúvida de que formação do depósito de cálcio deve preceder a sua reabsorção. Uhthoff propõe que a evolução da doença pode ser dividida em três fases distintas: fase pré-calcificação, fase de calcificação, e pós-calcificação. A fase de calcificação descrita por Uhthoff é semelhante às fases iniciais e tardias descritas por Lippmann em 1961. A seguir descreveremos o ciclo de formação, calcificação e reabsorção dos depósitos de cálcio, de acordo com a descrição de Uhthoff.

Fase de Pré calcificação
Na fase de pré calcificação, o local de predileção para calcificação é a fibrocartilagem que sofre uma metaplasia. A metaplasia dos tenócitos em condrócitos é acompanhada por metacromasia, indicativo da formação de proteoglicanas.

Fase de Calcificação
A fase de calcificado é subdividida em 3 fases: formação, descanso ou repouso e, finalmente, reabsorção. Durante a fase de formação, os cristais de cálcio são depositados em vesículas na matriz celular, que coalescem para formar grandes focos de calcificação. Se o paciente sofre cirurgia durante a fase de calcificação, o depósito tem a consistência de giz e o depósito pode ser retirado com uma cureta. Os focos de calcificação são separados por um septo fibrocartilaginoso e geralmente perfurados por pequenos vasos sanguíneos. Os septos fibrocartilaginosos são pobres em colágeno tipo II e são progressivamente reabsorvivos pela ampliação dos depósitos de cálcio.
Durante a fase de repouso as bordas do tecido fibrocartilaginoso são focos de calficicação. A presença de tecido não cálcico na periferia da calcificação indica que a fase de deposição de cálcio nesse local terminou.
Depois de um período variável de inatividade, a reabsorção se inicia com o aparecimento de vasos sanguíneos na periferia dos depósitos de cálcio. Logo após, os depósitos são circundados por macrófagos e células gigantes multinucleadas que removem os depósitos de cálcio. Se operamos o paciente nesta fase, a calcificação tem a aparência de uma pasta de dente espessa que freqüentemente está sob pressão.

Fase pós-calcificação.
Simultaneamente com a reabsorção do cálcio, um tecido de granulação contendo fibroblastos jovens e vasos sanguíneos começa a remodelar o espaço ocupado pela calcificação; estes locais têm a presença do colágeno tipo III. À medida que o tecido cicatricial amadurece, fibroblastos e colágeno se alinham ao longo das fibras do tendão. Durante esta fase de remodelação, o colágeno tipo III é substituído pelo colágeno tipo I. Apesar de ser possível reconstruir a patogênese do processo de calcificação através de estudos morfológicos, é difícil estabelecer quais gatilhos disparam a transformação da fibrocartilagem. Codman sugere a hipóxia tecidual como o fator etiológico inicial. Essa hipótese permanece atraente até os dias de hoje devido à peculiaridade do suprimento vascular do manguito rotador e da mecânica do ombro (Uhthoff). Uhthoff encontrou um aumento de HLA-A1 em pacientes com tendinite calcária indicando que esses pacientes podem ser mais suscetíveis a essa patologia. Os fatores que disparam o início da fase reabsortiva permanecem desconhecidos.

Qual a patologia da tendinite Calcárea?
Na tendinopatia calcária os depósitos de cálcio não estão em contato com a inserção óssea. Ao contrário, em geral eles estão a 1,0 a 2,0 cm da inserção nos tubérculos. Habitualmente, os depósitos de cálcio num determinado paciente não estão na mesma fase de evolução, porém uma das fases é predominante. Histologicamente, o aspecto morfológico de um depósito individual pode variar de um tecido fibrocartilaginoso a um tecido granulomatoso tipo corpo estranho.

Quais as fases da tendinite calcearea?

Fase Pré Calcificação
Uhthoff acredita que a patologia se inicia com a metaplasia da fibrocartilagem do tecido tendinoso. As áreas de fibrocartilagem são geralmente avasculares. A substância intercelular é metacromática e existe uma proeminência de células circundadas por halos ricos em glicosaminoglicana. Archer et al, usando anticorpos monoclonais, não encontraram a presença de colágeno tipo II. Entretanto, Uhthoff, também utilizando pesquisa com anticorpos monoclonais, identificou a presença de colágeno tipo II nesta fase.Fase de calcificação


1. Fase formativa.
Na microscopia os depósitos de cálcio aparecem em vários focos, separados por tecido fibrocartilaginoso e fibrocartilagem. A fibrocartilagem consiste de células semelhantes a condrócitos, como descrito por Archer, com uma matriz que mostra vários graus de metacromia. A aparência dos condrócitos na substância dos tendões foi documentada por vários autores desde 1912.

A ultra-estrutura desses condrócitos mostra frequentemente que as células contêm pouco citoplasma com um retículo endoplasmático bem desenvolvido, mitocôndrias em quantidade moderada, um ou mais vacúolos e numerosos processos celulares. A margem do núcleo é bocelada. As células são circundadas com uma banda de matriz pericelular com ou sem um intervalo.

O primeiro sinal de depósitos de cálcio é a presença de material granular com coloração positiva ao método de von Kossa. Esses pequenos grânulos se agrupam para formar torrões. A microscopia eletrônica de alta resolução revelou que os cristais de cálcio são mais largos que os encontrados nos cristais clássicos de hidroxiapatita e têm uma configuração diferente.

2.Fase de descanso
Durante a fase de formação a inflamação e a presença de vasos sanguíneos não são comuns, observamos outras focos rodeados por tecido tendinoso sem evidência de inflamação, essas áreas parecem corresponder a fase de repouso.

3.Fase de reabsorção
Nessa fase observamos outros focos com células mesenquimais e epiteliais leucócitos, linfócitos e ocasionalmente células gigantes. A presença dessas células é indicativa de atividade de reabsorção. A significativa reação celular ao redor dos depósitos de cálcio caracteriza o chamado granuloma cálcico, que constitui a lesão característica da tendinopatia calcária.

O aspecto granulomatoso é expressado pela presença de células gigantes multinucleadas. A reação tecidual é frequentemente acompanhada por capilares e canais vasculares finos ao redor dos depósitos de cálcio. Materiais fagocitados dentro dos macrófagos e células gigantes multinucleadas podem ser facilmente identificados.

O exame da ultra-estrutura dessas células mostra partículas de cristais eletrodensos em vacúolos citoplasmáticos, com aparência diferente dos depósitos extracelulares. Alguns acúmulos intracelulares têm forma arredondada e são conhecidos como microesferócitos ou psamonas (em forma de areia).

4.Fase pós Calcificação.
Pequenas áreas representando o processo de reparação podem ser encontradas na vizinhança das calcificações, mostrando uma considerável variação na aparência. Tecido de granulação com
fibroblastos jovens e capilares recém-formados contrastam com a cicatriz bem formada, ricamente vascular, e fibroblastos maduros que estão em processo de alinhamento com o longo eixo das fibras tendinosas.
A bursa subacromial raramente é o local primário da reação. Entretanto, devido ao volume da calcificação, o depósito de cálcio pode provocar impacto subacromial e reação (inflamação) bursal.

Como a tendinite calcárea é avaliada com exames de imagem?

Avaliação radiológica
Os depósitos de cálcio estão localizados, na maioria dos casos, no tendão do supra-espinal. As radiografias devem ser obtidas sempre que a calcificação do manguito for suspeitada. A avaliação radiográfica também é importante durante o acompanhamento da patologia, pois podemos observar facilmente a mudança na densidade e na extensão da calcificação.

As radiografias iniciais devem incluir as seguintes incidências: ântero-posterior (AP) com o braço em rotações interna, externa e neutra; perfil escapular; e axilar. Algumas vezes, angulações cranial e/ou caudal da ampola ajudam na identificação e mensuração das calcificações. As calcificações no supra-espinhal são em geral bem visualizadas no AP em neutro. Já as calcificações localizadas no infra-espinal e no redondo menor são melhor avaliadas no AP em rotação interna. A calcificação no subescapular é rara e é melhor visualizada no AP com rotação externa. A incidência axilar pode auxiliar em alguns casos. A incidência em perfil da escápula pode ajudar a determinar se a calcificação está causando uma síndrome de impacto. A radiografia simples não somente permite a confirmação da presença ou ausência da calcificação como também permite dimensionar a sua extensão, forma, e densidade.

DePalma e Kruper descreveram dois tipos radiográficos.
No tipo I, há depósitos em forma de flocos com bordas mal definidas, encontradas geralmente em pacientes com dor aguda. Durante a fase reabsortiva, que é caracterizada pela dor aguda, os depósitos de cálcio têm aparência algodoada, lembrando nuvens no céu, e são irregulares, com bordas mal definidas. A ruptura dos depósitos de cálcio na bursa somente pode ocorrer durante a fase de reabsorção, pois nessa fase o depósito tem consistência semelhante a pasta de dentes. A radiografia pode mostrar algumas vezes essa imagem como uma crescente acima do deposito de cálcio em direção a bursa subacromial.

O tipo II é caracterizado por depósitos separados bem definidos e homogêneos com densidade uniforme e bem delineados na periferia. Esse tipo é encontrado nos casos subagudos e crônicos. 52% dos casos descritos por DePalme e Kruger apresentavam uma única calcificação. Uhthoff afirma que na fase de formação, quando a dor é de pequena intensidade ou ausente, o depósito é denso, bem definido e homogêneo.
A calcificação vista na artropatia do manguito rotador tem um aspecto diferente: é pontiaguda e está na inserção óssea, sempre acompanhada das alterações degenerativas ósseas e cartilaginosos. Esses depósitos de cálcio devem ser claramente distinguidos dos depósitos reacionais intratendinosos.
Em um estudo com 217 pacientes operados submetidos a radiografias simples e ultra-sonografia, realizado por Hartig e Huth a ultra-sonografia se mostrou superior na capacidade de identificação dos depósitos de cálcio. A ultra-sonografia apresentou uma correlação de 100% dos casos confirmados com a histologia e a radiografia simples foi capaz de identificar somente 90% dos depósitos de cálcio. Apesar da ultra-sonografia não submeter o paciente a radiação o acompanhamento evolutivo da calcificação é mais facilmente realizado pela radiografia simples.

O exame de ressonância magnética é raramente utilizado. Nas imagens em T1, a calcificação aparecem como áreas de diminuição de sinal. As imagens em T2 freqüentemente mostram um halo perifocal de aumento de sinal compatível com edema.

Leia Mais no segundo artigo sobre Tendinite Calcária 2
Dr. Marcos Britto da Silva
Médico Especialista em Ombro
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
atualizado em 19/01/2013

Luxação Acromio Clavicular do Ombro

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Luxação Acrômio Clavicular a Direita

A articulação acrômio clavicular é conhecida com articulação AC. A luxação é a perda permanente das relações articulares de uma junta. A luxação AC é uma separação completa, com ruptura dos ligamentos ao redor da articulação acrômio clavicular. 
A articulação AC é onde a clavícula encontra o ponto mais alto da escápula (omoplata ou osso da Pá) chamado de acrômio.


Qual o Mecanismo de lesão na luxação acrômio-clavicular?
A causa mais comum para uma luxação AC é de uma queda diretamente sobre o ombro, frequente durante um jogo de futebol ou uma queda de bicicleta. A queda machuca os ligamentos que rodeiam e estabilizam a articulação AC. Se a força for suficientemente grande, os ligamentos peri articulares rompem ao redor e de baixo da clavícula. Isso provoca usa separação da clavícula da escápula. O Omoplata se move para baixo a partir do peso do braço. Isso cria uma saliência ou protuberância na parte superior do ombro. Veja vídeo de uma cirurgia para corrigir esse problema abaixo, nesse blog.
A seta vermelha aponta para 
a articulação acrômio 
clavicular no ombro direito. 

Classificação da luxação AC acrômio clavicular.
A lesão pode variar de uma pequena mudança na configuração com dor leve, até uma deformidade mais grave incapacitante. Usamos a classificação de Rockwood que divide as luxações acrômio claviculares em seis graus. O grau I é o mais leve e o grau VI é o mais grave. Nos graus I a V a clavicula fica mais lata que o ombro, no grau VI a clavícula vai para baixo do acrômio.  

Quais ligamentos são rompidos na luxação acromio clavicular?
Os ligamentos rompidos são os lig. acromio-claviculares e coraco-claviculares. A medida que os ligamentos se rompem a gravidade da luxação piora. Os graus menores tem menor lesão ligamentar e os graus maiores tem maior lesão dos ligamentos. 

Diagnóstico.
Quando há menor deformidade, a localização da dor e raios-X ajudam o ortopedista a fazer o diagnóstico da luxação. As vezes, colocar peso na mão do paciente pode aumentar a deformidade, o que torna a lesão mais evidente em exames de raios-X.

Tratamento
Tratamento não-cirúrgico
O Tratamentos não cirúrgicos, com uma tipóia, compressas frias e medicamentos muitas vezes pode ajudar a controlar a dor. Às vezes, o médico pode utilizar suportes mais firmes para ajudar a diminuir o movimento na articulação AC e diminuir a dor.
A maioria das pessoas podem retornar ao pleno funcionamento do membro superior, mesmo se houver uma deformidade persistente significativa. Algumas pessoas porém apresentam dor continuada na área da articulação AC, mesmo com uma ligeira deformidade. As deformidades maiores são mais incapacidades e podem requerer tratamento cirúrgico. A perda da relação articular pode levar também a artrose precoce nessa junta. 

Tratamento Cirúrgico
A cirurgia pode ser considerada se há dor persistir ou a deformidade for grave. Os graus I e II de Rockwood em geral são de tratamento não operatório, os graus IV, V e VI em geral são de tratamento cirúrgico, o grau III pode ser tratado em algumas situações de modo não operatório, porém pacientes com grande esforço no membro superior podem se beneficiar da cirurgia. Como tudo em medicina não há uma receita de bolo, somente o ortopedista diante do paciente e após uma anamnese e exame clínico criterioso pode decidir o melhor tratamento para o caso específico.

Onde houver deformidade significativa, a reconstrução dos ligamentos que ligam a clavícula ao acrômio é útil. Este tipo de cirurgia funciona bem mesmo se for feito muito tempo depois que o problema ocorreu.
Se tratada de forma conservadora (não operatória) ou com a cirurgia, o ombro vai exigir reabilitação  e fisioterapia para restaurar o movimento, força e flexibilidade.

Dr Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologia e Medicina do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 08/04/2013

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Fraturas Osteoporóticas da Coluna tratamento com Cifoplastia e Vertebroplastia

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Qual a frequência das fraturas osteoporóticas?

As fraturas osteoporóticas são muito frequentes. As fraturas mais frequentes são as fraturas da coluna vertebral porém a osteoporose também esta associada a fraturas do quadril, punho e ombro.
 As fraturas vertebrais são duas vezes mais comum que as fraturas de quadril, cerca de 25% das mulheres na pós-menopausa tiveram terão ao menos uma fratura osteoporótica.. Ao contrário de fraturas de quadril, que quase sempre resultam de uma queda, fraturas vertebrais geralmente envolvem pouco ou nenhum trauma. Vértebras enfraquecidas pela osteoporose podem não resistir a tensão e pressão normais e quebram espontaneamente, então eles podem sucumbir a um movimento simples como abaixar, levantar uma janela ou mover um móvel para varrer.  
Cerca de dois terços das fraturas vertebrais não têm sintomas e podem permanecer sem diagnóstico até que sejam encontrados em um raio-x realizado por algum outro motivo. A única fratura pode parecer de pouca importância, mas ter tido um tem implicações de longo prazo, incluindo um maior risco de novas fraturas. Em um estudo publicado em 2007 no Journal of American Medical Association, os investigadores para o estudo de fraturas osteoporóticas descobriram que as mulheres com história de fratura vertebral tiveram um risco quatro vezes maior de sofrer um nova fratura durante os 15 anos de follow-up. Eles também tinham um risco maior de sofrer outras fraturas, especialmente fraturas do quadril.

O efeito cumulativo de múltiplas fraturas vertebrais pode ser devastador. As fraturas vertebrais  osteoporóticas estão relacionadas a dor crônica e a dificuldade de realizar atividades normais da vida diária. Esses fatores por si só podem levar ao isolamento, depressão e problemas de relacionamento. A depressão se desenvolve em 40% das pessoas com fraturas vertebrais. As fraturas vertebrais por osteoporose também aumentam o risco de morte prematura, porém em menor escala quando comparada as  fraturas de quadril.

Como a população está envelhecendo mais a taxa de fraturas osteoporóticas deve aumentar. Felizmente, surgiram outras alternativas para tratar essas fraturas nos últimos  20 anos, incluindo procedimentos que aliviam a dor, escoram as vértebras danificadas e reduzem a incapacidade e melhoram a qualidade de vida.

Quais as Consequências de fraturas vertebrais ?


Uma vértebra com osteoporose quebrada é diferente de um lápis quebrado ela parece mais um copo de papel esmagado quando você pisa nele. O termo comum para este tipo de fratura é a fratura de compressão ou fratura por insuficiência

A dor resultante pode ser aguda em pontada ou difusa e isso pode ser sentida no local da fratura ou um pouco mais longe nas laterais ou no abdômen. Em muitos casos, há pouca ou nenhuma dor e o principal sinal é a perda gradual de altura e a cifose ( corcunda - postura curvada). A quantidade de perda de altura e deformidade depende do número de vertebras acometidas, da localização e da gravidade das fraturas.
A maioria das pessoas com fraturas osteoporóticas vertebrais desenvolvem mais de uma fratura comumente na coluna torácica (meio das costas) e às vezes na região lombar (lombalgia). 
Uma ou duas fraturas são susceptíveis de produzir uma ligeira perda de altura, mas múltiplas fraturas podem contribuir para um arredondamento das costas conhecida como cifose dorsal ou corcunda. 

Porque surge a corcunda?

A cifose é causada por uma série de fatores, incluindo alterações degenerativas nas articulações, discos e ossos. A cifose pode afetar profundamente a aparência, a mobilidade e a saúde. A coluna se torna progressivamente mais desalinhada. A parte superior do corpo é lançada para frente e arredondado. O espaço entre as costelas e pelve fecha, a parede torácica é apertada, e os órgãos abdominais ficam amassados, fazendo com que o abdômen fique em bojo para frente. Em casos muito graves, a respiração pode ser difícil e a digestão prejudicada.
Fraturas por compressão cumulativas podem causar quase tanto incapacidade física e funcional como fraturas de quadril. A dor pode se tornar crônica com os músculos das costas trabalhando mais para acomodar alterações na coluna vertebral. A bengala ou andador podem ser necessários. Até mesmo andar de carro por mais de alguns minutos pode tornar-se insuportável.

Anatomia de uma fratura da coluna vertebral

Quando ocorre uma fratura vertebral, o corpo vertebral (a parte da frente da vértebra) colapsa sobre si mesma. Uma ou duas fraturas podem causar uma perda de altura. Se há colapso de várias vértebras pode resultar em uma curvatura acentuada da coluna vertebral.

O que fazer com fraturas vertebrais
Um raio-x da coluna vertebral pode confirmar o diagnóstico. Fraturas por compressão vertebral em mulheres no pós-menopausa são geralmente causadas pela osteoporose, mas ocasionalmente resultam de trauma, infecção ou um tumor canceroso.

Qual o melhor tratamento para as fraturas osteoporóticas da coluna vertebral?

O tratamento para fraturas dolorosas começa com analgésicos. A dor grave pode necessitar de curto prazo repouso e drogas mais fortes, a começar com doses baixas de derivados opiáceos, muitas vezes combinados com analgésicos. O repouso prolongado na cama deve ser evitada, uma vez que podem contribuir para a perda de massa óssea e outros problemas de saúde. Gelo ou calor aplicados à área afetada da coluna também pode ajudar.

Uma cinta ou colete é geralmente recomendado para ajudar a controlar a dor e estabilizar a coluna como tratamento. A chave é manter a coluna mais ereta do que o habitual, aliviando a pressão sobre a região anterior das vértebras danificadas e reduzindo a chance de um novo colapso. A cura pode demorar até três meses. Os pacientes geralmente são incentivados a fazer exercício físico suave após algumas semanas, como caminhar, tão logo eles possam tolerar o movimento. Posteriormente um programa de fisioterapia para fortalecimento muscular do tronco pode ser introduzido.

Sugere-se que os pacientes com prováveis fraturas osteoporóticas sejam avaliados com densitometria óssea e um tratamento medicamentoso e físico seja instituído como parte do tratamento.
Os bisfosfonatos (alendronado, residronato, ibandronato, pamidronato) podem ajudar com a dor aguda, mas seu principal benefício é melhorar a densidade mineral óssea. A longo prazo, eles podem reduzir a taxa de novas fraturas vertebrais em até 50%. 
Bisfosfonatos injetáveis ​​- são uma alternativa para as mulheres que não podem tomar a forma oral. 
Outra medicação, a calcitonina , é menos eficaz em melhorar a densidade mineral óssea, porém pode fornecer alívio da dor, embora não seja um substituto de analgésicos. A teriparatida droga de construção óssea, administrado por injeção, aumenta a densidade mineral óssea pode reduzir o risco de fraturas vertebrais.

Procedimentos para o tratamento de fraturas vertebrais

Dois procedimentos minimamente invasivos - a vertebroplastia e a cifoplastia - envolvem a injeção de um cimento para estabilizar a vértebra comprimida. 
Introduzido nos Estados Unidos nos anos 1990 e no Brasil um pouco depois, eles se tornaram cada vez mais disponíveis para o tratamento da dor e que não respondem à terapia conservadora e ajudam a prevenir as deformidades toráxicas.

A principal razão para realização destes procedimentos é o tratamento da dor e a melhora na qualidade de vida dos pacientes, a grande maioria 85% a 90% das pessoas que se submetem ao procedimento obtiveram alívio imediato. 
Ainda não conhecemos o mecanismo exato da melhora da dor , porém a estabilização óssea sempre está envolvida na melhora da dor nas fraturas e observamos isso claramente nas fraturas dos ossos longos. O cimento pode ainda produzir um efeito antinflamatório e reduzir a condução dos estímulos nervosos. 
Antes de qualquer procedimento, a ressonância nuclear magnética é realizada para determinar se o paciente é susceptível de se beneficiar. Um bom candidato é aquele cuja IRM mostra a presença de edema do osso (T2 com supressão de gordura), que está associado com uma fratura recente. Se edema ósseo está ausente, isso implica numa fratura antiga e a dor provavelmente tem outras causas. Uma ressonância magnética pode também ajudar a determinar se o disco, a medula espinal ou outros tecidos moles estão envolvidos.

Ambos: cifoplastia e vertebroplastia são realizados por via percutânea (isto é, através da pele), a cirurgia muitas vezes é realizada em regime de day clinic e sob sedação consciente. Se as fraturas são numerosos ou graves, ou o paciente é mais velho e com maiores complicações ou não consegue realizar decúbito ventral a anestesia geral pode ser usado. Às vezes, uma internação hospitalar durante a noite é necessária. 

O que é a Vertebroplastia?

 Guiada por tomografia computadorizada (TC) ou fluoroscopia (Raios X em tempo real ), um médico insere uma agulha oca através de uma pequena incisão na pele para a parte comprimida da vértebra. Quando a agulha está no lugar, ela ou ele injeta um cimento cirúrgico (metacrilato de metila), que tem a consistência de creme dental. Ele misturado com um agente que permite que o cirurgião de coluna veja o seu fluxo no interior da vértebra. O cimento endurece em cerca de 15 minutos. 

Cifoplastia

Neste procedimento o ortopedista é guiada por imagem e realizada através de pequenas incisões nas costas, balões insufláveis ​​são inseridos através dos tubos em ambos os lados da vértebra fraturada (ver figura). Os balões são insuflados, a criação de uma cavidade restaura a altura vertebral. Eles são, em seguida, esvaziados e retirados e a cavidade é preenchida com cimento. O procedimento leva de 30 a 60 minutos para cada fratura e às vezes envolve uma internação hospitalar durante a noite.

O que é cifoplastia?

A cifoplastia é um procedimento de duas etapas. Em primeiro lugar, um dispositivo tubular com um balão na extremidade é inserida em cada lado da vértebra colapsada (A). Os balões são inflados em seguida, criando uma cavidade e restaurando a altura vertebral. O balão é retirado e o cimento ósseo é injetado, o enchimento da cavidade (B).

Quais são os riscos?
Nas mãos bem treinados e experientes, a vertebroplastia e a cifoplastia são geralmente bastante seguros. Atualmente usamos anestesia local e sedação, o paciente fica semi acordado durante o procedimento.

Vazamentos de cimento podem ser uma preocupação, mas com monitoramento em tempo real usando tomografia computadorizada ou fluoroscopia, o médico pode detecta-los precocemente e parar a injeção. As fraturas vertebrais por insuficiência em pacientes com câncer e metástase podem apresentar maiores taxas de complicação.
Alguns médicos indicam vertebroplastia ou cifoplastia como primeira opção, ao invés de esperar quatro a seis semanas para avaliar o efeito do repouso e dos medicamentos para a dor. 

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Dr Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Medicina do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 30/05/2019

Infiltração

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O que é Infiltração?
A infiltração é a aplicação de  uma injeção num local determinado do organismo

A infiltração é usada em quais situações?
A infiltração é usada geralmente para tratar dores intensas, como auxiliar no tratamento com medicações orais ou quando essas medicações não estão fazendo o efeito esperado.

A infiltração é um procedimento de risco?
Todo procedimento médico deve ser feito por médico, a infiltração injeta uma substância no organismo é e fundamental que quem o realize conheça a anatomia do local e as substâncias injetadas. Somente o médico tem tal conhecimento. Como todo procedimento médico não é isenta de complicações, porém, sendo feita por médico com uma boa indicação em geral apresenta baixo risco de complicações.
Tudo na vida tem risco. Até para atravessar uma rua tem risco, podemos ser atropelados. Como dito, a infiltração sendo feita com uma boa indicação e por um médico treinado no procedimento apresenta baixo risco.

Quais medicamentos são usados na infiltração?
Os medicamentos mais comumente usados são em geral analgésicos. Em locais com dor intensa em geral usamos anestésicos de ação prolongada, podemos também usar antinflamatórios potentes (hormonais), em casos de infiltrações articulares existem medicamentos específicos como a Triancinolona. Nas articulações podemos também usar medicamentos com propriedades físicas semelhantes ao liquido sinovial ( viscosuplementação) como o Synvisc, indicados nos processos de artrose inicial e em algumas situações após tratamento cirúrgico.
Em situações específicas podemos usar também outros tipos de medicação como derivados do sangue e a toxina Botulínica (Botox)

O que é uma infiltração na articulação?
A infiltração articular é a injeção feita dentro da articulação.

A infiltração articular tem algum risco?
Os riscos são menores que numa infiltração muscular, pois ocorre uma menor incidência de absorção rápida da substância. A articulação não tem vasos sanguíneos. Em compensação é mais difícil de fazer  uma infiltração aticular, pois requer um conhecimento profundo da anatomia e uma excelente visão espacial. Obriga o ortopedista a acertar  uma área de cerca de 1 centímetro cúbico à 3 ou 4 cm da pele. Articulações profundas como o quadril em geral requerem o auxilio do intensificador de imagens para uma boa infiltração.

Quantas infiltrações podem ser feitas?
No caso das infiltrações articulares em geral fazendo somente 3 aplicações.

Qualquer paciente pode ser submetido a infiltração?
A infiltração é um procedimento médico e somente poderá ser feito nos pacientes em que o médico indicar e realizar o procedimento.

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologia e Medicina do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
atualizado em 02/06/2014


Tendinite, tendinopatia e tendinose

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A tendinite, a tendinopatia e a tendinose são três termos que estão do dia a dia do consultório ortopédico e do especialista em medicina esportiva. 

O que é a tendinite?

O nome  tendinite significa inflamação do tendão,  na verdade o que ocorre na maioria dos casos é uma inflamação ao redor do tendão. Chamados essa inflamação de tenossinovite  pois ela provoca uma inflamação na bainha do tendão, A tendinite é provocada por uma doença, pelo uso excessivo do tendão ou ainda por posição inadequada ao realizar os movimentos. Na inflamação aguda, nos exames de imagem, algumas vezes vemos edema dentro do tendão.

O que é tendinopatia ?

A tendinopatia significa doença do tendão. O tendão doente surge quando o paciente permanece com uma inflamação crónica na região durante muito tempo. O quadro inicial de dor ou de desconforto no tendão, com o passar do tempo, provoca doença na estrutura do tendão que fica mais fraco e sujeito a uma ruptura com pequeno esforço. No quadro inicial de dor no tendão dizemos que o paciente está com tendinite essa inflamação em geral está ao redor do tendão( tenossinovite) porém, com o passar do tempo todo o tendão fica doente e surge a tendinopatia.  

O que é tendinose?

A tendinose é e certa forma igual a tendinopatia, o termo é usado na descrição dos exames de imagem principalmente da ressonância magnética das articulações. Poderíamos definir tendinose como o aspecto imaginológico da tendinopatia. Quando o radiologista descreve um tendão como tendo tendinose ele quer dizer que esse tendão apresenta características estruturais diferente do tendão sadio. Na ressonância do ombro a tendinose do supraespinal (supraespinhoso) significa que o tendão apresenta-se espessado com áreas de edema e eventualmente pequenas rupturas intra-substanciais, resumidamente o tendão está doente. essa doença do tendão provavelmente foi provocada por uma doença crónica na região.
Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Botafago, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
atualizado em 16/05/2019

Prótese de Joelho

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Nesse artigo Prótese total do joelho :
Anatomia do Joelho, Quais são as causas mais comuns da dor e da perda da função no joelho,
Avaliação ortopédica pré operatória do joelho,
Expectativas realistas sobre a Prótese de Joelho,
Preparação para a cirurgia
Prótese Unicompartimental de joelho
Cirurgia Minimamente Invasiva do Joelho
Tempo de permanência no hospital
Complicações da Prótese de joelho
Como é a recuperação pós operatória da prótese de joelho em casa
Evitando problemas após a cirurgia
Como prevenir a infecção.
Como evitar quedas
Como é a vida com seu novo joelho.
Riscos da cirurgia


Introdução
Um dos mais importantes avanços cirúrgicos ortopédicos do século XX, foi a substituição do joelho  realizado pela primeira vez 1968. Melhorias nos materiais e técnicas cirúrgicas, desde então, aumentaram consideravelmente a sua eficácia. Cerca de 581 mil substituições de joelho são realizadas anualmente somente nos Estados Unidos. Quando o joelho está severamente danificadas pela artrite ou artrose, pode ser difícil para o paciente realizar atividades simples como caminhar ou subir escadas. Alguns pacientes podem até começar a sentir dor enquanto estão sentados ou mesmo deitados. Quando os medicamentos são usados diariamente e mesmo assim a dor altera  o nível das atividades que dão prazer e satisfação ao pacientes, esse é o momento de pensar numa prótese de joelho. Antes porém podemos tentar o uso de um par de muletas, medicamentos orais, fisioterapia, acupuntura, etc. A artroplastia com a troca das superfícies articulares danificadas e desgastadas do joelho pode aliviar a dor, a deformidade do perna e ajudar no retomar das atividades diárias.
 

Anatomia do Joelho
O joelho é a maior articulação do corpo. A função normal do joelho é necessária para executar as atividades cotidianas. O joelho é composto pela extremidade inferior do osso da coxa (fêmur), que gira na extremidade superior do osso da perna (tíbia), e da rótula (patela), que desliza em um sulco na extremidade do fêmur. Grandes ligamentos ligam o fémur a tíbia para dar estabilidade. Os músculos das coxas dão força ao joelho. As superfícies articulares são recobertas por cartilagem articular, uma substância lisa que reveste os ossos e permite que eles se movam mais facilmente. Todas as superfícies restantes do joelho são cobertos por uma fina camada de células de revestimento de tecido liso, chamada membrana sinovial. Esta membrana libera um líquido especial (Liquido Sinovial) que lubrifica e reduz o atrito a quase zero em um joelho saudável. Normalmente, todos esses componentes trabalham em harmonia. Mas a doença ou uma lesão podem interromper essa harmonia, resultando em dor, fraqueza muscular e redução da função do joelho.   


Joelho com Artrose. 
A causa mais comum de dor crônica e incapacidade no joelhoé a artrose. A osteoartrite, artrite reumatóide e a artrose pós traumática são as formas mais comuns.
    
* A osteoartrite ocorre geralmente em pessoas após os 50 anos de idade, muitas vezes em indivíduos com história familiar de artrite e artrose. A cartilagem que reveste os ossos do joelho amolece e desgasta. Os ossos, em seguida, atritam um contra o outro, causando a dor e a rigidez do joelho ( no Rx vemos a diminuição do espaço articular e em alguns casos o osso encostando no osso).
    
* A artrite reumatóide é uma doença em que a membrana sinovial torna-se espessada e inflamado (panus), produzindo muito líquido sinovial (sinovite). Essa inflamação cronica pode danificar a cartilagem levando a perda da cartilagem, causando dor e rigidez na articulação.
    
* A artrose pós traumática é uma sequela de uma grave lesão no joelho ( fratura). O paciente apresenta uma história de fratura ou lesão dos ligamentos  Essas lesões prévias podem provocar desgaste na cartilagem articular ao longo do tempo, causando dor e limitação da função do joelho.
 
A decisão da colocação da prótese de joelho
A colocação de uma prótese total do joelho deve ser uma decisão cooperativa feita entre o paciente, sua família, seu médico de família e seu ortopedista. O médico poderá encaminhar o paciente a um ortopedista para uma avaliação aprofundada para determinar se há necessidade desta cirurgia. Alternativas à cirurgia de substituição total do joelho incluem a prótese unicompartimental, prótese de joelho minimamente invasiva e cirurgias menores como transplante de cartilagem e num futuro próximo o uso de células tronco.
 

Quais os pacientes se beneficiam da artroplastia total de joelho?
    
* Pacientes com dor severa do joelho que limita suas atividades diárias, incluindo andar, subir escadas e sentar das cadeiras. O paciente em geral pode achar difícil andar mais que algumas quadras, sem dor significativa, e pode ser necessário usar uma bengala ou andador.
    
* Dor no joelho moderada ou grave mesmo em repouso
    
* Inflamação crônica no joelho e inchaço que não melhoram com o repouso ou medicamentos
    *
Deformidade do joelho: em varo ou valgo
    
* Rigidez do joelho: a incapacidade de dobrar e esticar o joelho
    
* Dificuldade em alíviar a dor com medicamentos anti-inflamatórios. Estes medicamentos são muitas vezes mais eficazes nos estágios iniciais da artrose .Sua eficácia em controlar a dor do joelho varia muito de pessoa para pessoa. Estas drogas podem se tornar menos eficazes para pacientes com artrose severa.
    
* Incapacidade de tolerar as complicações de medicamentos para a dor 

   * Falha de melhorar substancialmente com outros tratamentos tais como injeções de cortisona (infiltrações), fisioterapia, ou outras cirurgias menos invasivas.

Como é feita a avaliação ortopédica para a prótese de joelho?
    
* Uma história médica, com um cirurgião ortopedista reúne informações sobre a saúde geral do paciente e perguntas sobre a extensão da dor e da função  do joelho.
    * O exame físico para avaliar o movimento do joelho,  estabilidade, resistência e alinhamento do membro inferior
    
* Raios-X (radiografia) para determinar a extensão dos danos e deformidade  no joelho
    
* Ocasionalmente, exames de sangue, RM (ressonância magnética) ou a cintilografia óssea podem ser necessários para determinar a condição dos ossos e tecidos moles do joelho.

Expectativas realistas sobre a prótese de joelho. Um fator importante ao decidir se a cirurgia de prótese total do joelho é o melhor procedimento depende do entendimento das suas limitações.
Mais de 90% dos indivíduos que se submetem à experiência de prótese total do joelho se beneficiam de uma dramática redução da dor do joelho e uma melhoria significativa na capacidade de realizar atividades comuns da vida diária.  

Mas a artroplastia total do joelho não vai fazer do paciente um super-atleta ou permitir que ele faça mais do que poderia antes de desenvolver a artrite ou artrose e muitas das atividades atléticas ficarão limitadas. As corrida e esportes de alto impacto, ficarão proibidos para o resto de sua vida.
Com a utilização normal e a atividade física cotidiana a prótese sofre desgaste. As atividades excessivas e o sobrepeso podem acelerar o desgaste normal e causar a soltura dos componentes tornando o joelho doloroso novamente. Com a modificação das atividades, a prótese total do joelho pode durar por muitos anos.  
Planejamento Social para a Prótese de Joelho

Embora o paciente seja capaz de andar de muletas ou com um andador logo após a cirurgia, ele irá precisar de ajuda durante várias semanas com tarefas como cozinhar, fazer compras, tomar banho e lavar roupas. Se o paciente mora sozinho esses problemas devem ser antecipados e a solução tem que estar alinhavada antes da cirurgia. 

Planejamento A seguir está uma lista de modificações que podem tornar mais  fácil deambular em casa após a cirurgia para colocação da prótese de joelho.
    
* Barras de segurança ou um corrimão seguro no chuveiro ou banheira.
    
* Corrimão fixo ao longo das escadas
    
* Uma cadeira estável para recuperação rápida com um assento firme (e uma altura de 45 a 50 cm).
    
* Um assento de elevação para o vaso sanitário
    
* Um banco ou cadeira no box
    
* Retirar todos os tapetes soltos e fios da casa e corredores
    
* Um espaço temporário na andar térreo, porque a subir ou descer escadas, será difícil durante algumas semanas no pós operatório.

Quando o paciente interna para a cirurgia de prótese de joelho?
Provavelmente no dia da cirurgia. Após a internação, será avaliado por um membro da equipe de anestesia.  

Como é a anestesia?
Os tipos mais comuns de anestesia são: a anestesia geral, em que o paciente dorme durante todo o procedimento e a anestesia espinal ou epidural, em que o paciente fica acordado e dorme sob sedação, mas as pernas estão anestesiados. A equipe de anestesia vai determinar que tipo de anestesia será o melhor para cada paciente.

Quanto tempo demora a cirurgia?
O procedimento em si leva aproximadamente duas horas.

O que acontece depois que o paciente sai da sala de cirurgia?
Após a cirurgia, o paciente irá para a sala de recuperação, onde irá permanecer durante 1-2 horas, enquanto a sua recuperação da anestesia é monitorada. Depois de acordar, o paciente será levado ao quarto de hospital.

Em quais pacientes está indicada a prótese unicompartimental?
Se dois ou mais compartimentos são danificados, a substituição unicompartimental pode não ser a melhor opção. Somente entre 6 a 8 de 100 pacientes com os joelhos artríticos são bons candidatos para a substituição unicompartimental.

Como é a cirurgia Minimamente Invasiva para Prótese de Joelho?

Um recente avanço no desempenho de artroplastia total do joelho é o uso de técnicas cirúrgicas minimamente invasivas. Essas técnicas, ainda em sua infância relativa, são um desafio  na substituição total do joelho e requerem um instrumental especial. As incisões são aproximadamente metade do tamanho daqueles usados ​​em uma abordagem padrão. As incisões menores e mais novas técnicas para expor a articulação podem resultar em vantagens de curto prazo como uma reabilitação mais rápida, menos dor, e um menor tempo de internação. Porém em alguns pacientes isso não ocorre.

Quando tempo o paciente fica internado para realizar uma prótese de Joelho?
A estadia no hospital é variável porém em média de 2-3 dias. Após a cirurgia, o paciente vai sentir alguma dor, as medicações orais em geral controlam bem essas dores. Alguns paciente requerem medicações mais fortes. A dor é responsável por uma parte importante da recuperação. Andar com apoio sobre o joelho operado é  importante para  recuperação e começará imediatamente após a cirurgia. Para evitar a congestão pulmonar após a cirurgia, o paciente deve respirar profundamente e tossir com frequência para limpar os pulmões.

Como deve ser o movimento dos pés e tornozelos no pós operatório?
Os movimentos do pé e do tornozelo também são incentivados  após a cirurgia para aumentar o fluxo sanguíneo no músculo da perna e para ajudar a prevenir  os coágulos sanguíneos. A maioria dos pacientes começa a exercitar o seu joelho no dia após a cirurgia. Um fisioterapeuta pode ensinar exercícios específicos para fortalecer a perna e restaurar o movimento do joelho. Isso irá permitir caminhadas e outras atividades diárias normais logo após a cirurgia.   
  
Quais a incidência de complicações após a prótese total de joelho?
A taxa de complicação após a substituição total do joelho é baixa. As complicações graves, como infecção da articulação do joelho, ocorrem em menos de 2% dos pacientes. As principais complicações médicas, tais como ataque cardíaco ou derrame ocorrem ainda com menor frequência e são minimizados com um bom risco cirúrgico. As doenças crônicas (diabetes, insuficiências vasculares, hipertensão, dislipidemias, etc) podem aumentar o potencial de complicações. Apesar de incomuns quando ocorrem podem prolongar ou limitar a recuperação completa.

Qual a complicação grave mais frequente?
A Trombose, coágulos sanguíneos nas veias das pernas, é a complicação mais comum da cirurgia de prótese de joelho. O cirurgião ortopedista juntamente com o clínico da equipe irá delinear um programa de prevenção, que podem incluir elevação periódica de suas pernas, exercícios para aumentar a circulação, meias elásticas, medicamentos para afinar o sangue, alguns hospitais contam também com aparelhos especiais que comprimem a panturrilha (batata da perna) em intervalos regulares como uma aparelho de medir pressão arterial que simula a contração muscular do caminhar e minimisa a chance da formação de trombros.
 

Resultado Pós operatório.
Embora os projetos de implantes e materiais, bem como as técnicas cirúrgicas tenham evoluído e sido otimizados, o desgaste das superfícies de rolamento da prótese e o afrouxamento dos componentes podem ocorrer. Além disso, apesar de uma média de 115° de movimento de flexo extensão seja geralmente  esperado após a cirurgia, o movimento pode ser menor, principalmente em pacientes com limitação de movimento antes da cirurgia. Finalmente, embora raros, lesões nos nervos ou vasos sanguíneos ao redor do joelho podem ocorrer durante a cirurgia.
 

Quais as taxas de sucesso com as modernas prótese de joelho?
As atuais taxas de sobrevivência de dez anos para prótese totais e  unicompartimental variam entre 90% - 95%. O sucesso da  cirurgia também depende de quão bem o paciente segue as instruções do seu cirurgião ortopédico em casa durante as primeiras semanas após a cirurgia.  
Como é feito o Tratamento de Ferida operatória após a prótese de joelho?

Curativo da ferida operatória.
O curativo é simples e usamos somente álcool a 70% e cobrimos a ferida com gaze estéril e esparadrapo.
 

Retirada de pontos.
Os pontos ou grampos da ferida serão removidas 2 ou 3 semanas após a cirurgia. Uma sutura intradermica pode não exigir a remoção.
 

Banho no pós operatório.
Evite molhar o ferimento com água até que a ferida esteja completamente fechada, seca e os pontos tiverem sido retirados ( use um filme plastico ( desses para envolver a comida) enrolado na coxa e joelho. A ferida pode ser enfaixada para evitar a irritação de meias ou roupas.   
 
Como fica o apetite?
Como em outras cirurgias alguma perda de apetite é comum por várias semanas após a artroplastia de joelho. Uma dieta equilibrada, muitas vezes com um suplemento de ferro, é importante para promover a cicatrização dos tecidos e restauração da força muscular.   Banhos de sol também são importantes.
 
Fisioterapia após a prótese total de joelho.
O exercício é um componente essencial nos cuidados domiciliares, em especial durante as primeiras semanas após a cirurgia. O paciente deve ser capaz de retomar a maior parte das atividades normais da vida diária dentro de 3-6 semanas após a cirurgia. Alguma dor com as atividades à noite são comuns por várias semanas após a cirurgia. O programa de atividades deve incluir:
    
* Um programa de caminhadas inicialmente andando lentamente e aumentando a medida em que aumenta a mobilidade, inicialmente em sua casa e depois fora
    
* Retorno outras atividades domésticas normais, como sentar, levantar e subir escadas
    
* Exercícios específicos, várias vezes ao dia para restaurar a circulação e fortalecer o joelho. O paciente provavelmente será capaz de executar os exercícios sem ajuda, mas pode ter um fisioterapeuta para ajudá-lo em casa ou em um centro de terapia nas primeiras semanas após a cirurgia.
 

Retorno a direção de automóveis?
O retorno a direção geralmente começa quando o joelho se dobra suficiente para que o paciente possa entrar e sentar-se confortavelmente no carro e quando o controle muscular fornece o tempo de reação adequada para a frear e acelerar. A maioria dos indivíduos retomar a condução aproximadamente 6 semanas após a cirurgia, porém esse tempo é variável e pode ser mais longo.
 

Quais os sinais de alerta para Trombose Venosa?
Siga as instruções e cuidados para minimizar o potencial de formação de coágulos sanguíneos que podem ocorrer após a prótese de joelho
Os sinais de alerta de possíveis coágulos de sangue em sua perna incluem:
    
* Aumento ou surgimento de dor na panturrilha
    
* Inchaço ou vermelhidão acima ou abaixo do joelho
    
* Aumento do inchaço na panturrilha, tornozelo e pé, Edema endurecido.
Sinais de que um coágulo de sangue já viajou para o pulmão incluem:
    
* Falta de ar s
úbita e intensa
    * Início súbito ( agudo) de dor torácica
    
* Dor no peito com tosse
Informe o seu médico e procure um hospital imediatamente se desenvolver qualquer um destes sinais.

Como prevenir infecções após uma prótese de joelho?

As causas mais comuns de infecção após artroplastia total de joelho são de bactérias que entram na corrente sanguínea durante bacteremia durante um procedimentos dentários, infecções urinárias ou infecções de pele, ou qualquer outro foco infeccioso. Estas bactérias podem alojar em torno da prótese do joelho e causar uma infecção. 
 

Quais os sinais de alerta de uma possível infecção no joelho?:
    
* Febre persistente (superior a 37 ° C )
    
* calafrios
    
* Aumentar da sensibilidade, vermelhidão ou inchaço do joelho operado
    
* Drenagem de secreção amarelada ou com odor ruim na ferida do joelho
    
* Aumento da dor no joelho tanto em atividade quanto e repouso
Informe o seu médico imediatamente se desenvolver qualquer um destes sinais.
 

Qual a importância de evitar quedas no pós operatório de prótese de joelho?
Uma queda durante as primeiras semanas após a cirurgia pode danificar o seu novo joelho e pode resultar na necessidade de nova cirurgia. As escadas são um perigo em particular, até que o joelho esteja forte e com a mobilidade normal. o paciente deve usar uma bengala, muletas, andador, corrimão ou ter alguém para ajudá-lo até ter melhorado o seu equilíbrio, flexibilidade e força.
 

Como fica a sensibilidade ao redor da cicatriz cirúrgica?
O paciente submetico a prótese total de joelho pode sentir alguma dormência na pele ao redor da incisão. E comum também  sentir alguma rigidez, particularmente com excesso de atividades de flexão.  

Quais as metas de fisioterapia na Prótese total de Joelho?
Melhoria das Condições de movimento do joelho é uma meta da artroplastia total de joelho, mas a restauração do movimento total é rara e a tentativa deve ser feita somente sobre orientação do seu ortopedista. O movimento  da prótese de joelho após a cirurgia é previsto pela quantidade de  movimento do joelho antes da cirurgia. A maioria dos pacientes podem esperar ser capazes de estender quase totalmente o joelho substituído e dobrar o joelho o suficiente para subir escadas, entrar e sair de um carro. Ajoelhar é geralmente desconfortável, mas não é prejudicial. Ocasionalmente, o paciente relata um clique de metal e plástico, com a flexão do joelho. Essas sintomas freqüentemente diminuem com o tempo e a maioria dos pacientes acha tolerável quando comparada com a dor e limitação funcional que eles experimentaram antes da cirurgia.

Portas detectoras de metais
A prótese de joelho pode ativar novos detectores de metal necessário para a segurança nos aeroportos, edifícios e bancos. Diga ao agente de segurança sobre a sua prótese de joelho, se o alarme for ativado.

Após a cirurgia, o paciente deve também procurar:
    
* Participar em programas regulares de exercícios leves para manter a força e mobilidade do novo joelho.
    
* Tomar precauções especiais para evitar quedas. Os indivíduos que se submeteram à cirurgia de substituição total do joelho e sofrem uma fratura  podem exigir mais uma cirurgia.
    
* Avise o seu dentista que você tem uma prótese do joelho. Receber antibióticos antes de uma cirurgia dentária pode ser necessário.
    
* Consulte seu cirurgião-ortopedista periodicamente para uma rotina de exame de acompanhamento e raios-X (radiografia), geralmente uma vez por ano.

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 13/05/2014

Leia mais Sobre Artrose.

Fratura de tíbia - Diafisaria

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A tíbia, osso da canela ou osso da perna é um do osso longo frequentemente fraturado. Os ossos longos incluem o fêmur, úmero, tíbia e da fíbula. A fratura diafisária da tíbia ocorre ao longo do comprimento do osso, abaixo do joelho e acima do tornozelo.
Normalmente a fratura dos ossos longos é decorrente de uma grande força e outras lesões ocorrem frequentemente com estes tipos de fraturas.

Anatomia A perna é formada por dois ossos: a tíbia e a fíbula. A tíbia é o maior dos dois ossos. Ele suporta a maioria do peso corporal e é uma parte importante da articulação do joelho e do tornozelo.

Tipos de fraturas diafisárias da tíbia 

A tíbia pode quebrar de diversas formas. A gravidade da fratura geralmente depende da quantidade de força que causou a fratura. A fíbula é muitas vezes quebrada também.

Os Tipos mais comuns de fraturas tibial incluem:

Fratura estável


Este tipo de fratura apresenta pouco descocamento os ossos estão próximos e não tem a tendencia de sair do lugar. As extremidades dos ossos estão alinhados. Em uma fratura estável, os ossos costumam ficar no local durante a cicatrização.

Fratura deslocada ou desviada: 

Quando um osso quebra e é deslocado, as extremidades quebradas são separados e não se alinham. Estes tipos de fraturas geralmente exigem cirurgia para colocar os fragmentos ósseos de volta no lugar.

Fratura transversa: 

Este tipo de fratura tem uma linha de fratura horizontal. Essa fratura pode ser instável, especialmente se a fíbula também está quebrada.

Fratura oblíqua: 


Este tipo de fratura tem um padrão angular e normalmente é instável. Se uma fratura oblíqua é inicialmente estável ​​ou minimamente deslocada, ao longo do tempo pode desviar. Isto é especialmente mais frequente se a fíbula não está quebrada.

Fratura espiral: 

Este tipo de fratura é causada por uma força de torção. O resultado é uma espiral em forma de linha de fratura sobre o osso, como uma escada em caracol. Fraturas em espiral podem ser deslocadas ou estáveis, dependendo da quantidade de força que provocou a fratura. 

Fratura cominutiva ou multi fragmentar: 

Este tipo de fratura é muito instável. O osso quebra em três ou mais fragmentos.

Fratura exposta: 

Quando os ossos quebrados rompem a pele, eles são chamados de fraturas expostas ou abertas. Por exemplo, quando um pedestre é atingido pelo pára-choques de um carro em movimento, a tíbia quebrada pode se projetar através de um rasgo na pele e de outros tecidos moles.
Fraturas expostas muitas vezes envolvem muito mais danos para os músculos ao redor, além de tendões e ligamentos. Eles têm um maior risco de complicações como infecção e levam mais tempo para curar.

Fratura fechada: 

Com esta lesão, os ossos quebrados não romper a pele. Apesar da pele não está lesada, internamente os tecidos moles ainda podem ter sido seriamente danificados. Em casos extremos, inchaço excessivo pode cortar o fornecimento de sangue e levar a morte do músculo, e em casos raros amputação ( Síndrome compartimental).

Causas da fratura de tibia

Colisões, quedas de moto e acidentes de alta energia de alta energia, são causas comuns de fraturas da diáfise tibial. Em casos como estes, o osso pode ser quebrado em vários pedaços (fratura cominutiva) Raramente podem quebrar em esportes como no futebol, quando a fratura ocorre com traumas menores precisamos avaliar a possibilidade de fraturas patológicas, atletas que quebram a perna com traumas que habitualmente não produzem fratura podem ter uma história prévia de dor após os treinos e apresentarem um trinca  (fratura de estresse) por overtraining.

Lesões esportivas: Essas fraturas são normalmente causados ​​por uma força de torção e resultam em um tipo oblíquo ou espiral de fratura.

Quais os sintomas da fratura de tíbia?

Os sintomas mais comuns de uma fratura diafisária da tíbia são:
  • Dor
  • Incapacidade de caminhar ou suportar o peso sobre a perna
  • Deformidade ou instabilidade da perna
  • Osso saliente sob a pele 
  • Perda ocasional da sensibilidade no pé

Exame médico na fratura de tíbia


É importante que o seu médico saiba as circunstâncias de como ocorreu a fratura. Por exemplo, se você caiu de uma árvore, até onde você caiu? É tão importante para o seu médico para saber se você sustenta qualquer outros ferimentos e se você tiver outros problemas médicos, tais como diabetes. O médico também precisa saber se você toma qualquer medicação. Depois de discutir os seus sintomas e história médico, o médico fará um exame cuidadoso, irá avaliar o seu estado geral, e em seguida se concentrar em sua perna. 

  • Deformidade óbvia, tais como angulação ou encurtamento (as pernas não têm o mesmo comprimento)
  • Fissuras na pele
  • Contusões (escoriações)
  • Inchaço
  • Proeminências ósseas sob a pele
  • Instabilidade (alguns pacientes podem reter um certo grau de estabilidade se a fíbula permanece intacta ou a fratura for incompleta, essa podem se completar com um trauma mais forte)
Após a inspeção visual, o ortopedista pode paupar ao longo da perna para ver se há anormalidades da tíbia. No paciente acordado e alerta, o médico pode testar a sensibilidade e força muscular, pedindo para mover os dedos dos pés e avaliando a sensibilidade nas diferentes áreas ao longo do pé e tornozelo.



Testes e Exames de Imagem

Outros exames que podem ajudar o médico a confirmar a sua fratura incluem:


Raios X

Raios-X pode mostrar se o osso está quebrado e se há deslocamento (a distância entre os ossos quebrados). Eles também podem mostrar quantos pedaços de osso existem. Os raios X são úteis para identificar o envolvimento do joelho ou tornozelo e a presença de uma fratura da fíbula.

A tomografia computadorizada (TC)

Depois de revisar o exames de raios-x, o ortopedista pode recomendar uma tomografia computadorizada da perna. Isto é feito frequentemente, se há uma fratura estendendo-se para a região do joelho ou tornozelo. A tomografia computadorizada mostra uma imagem de corte transversal do membro. Ele pode fornecer ao seu ortopedista informações valiosas sobre a gravidade da fratura.

Tratamento da Fratura de Tíbia

No planejamento de seu tratamento, o ortopedista irá considerar várias coisas, incluindo:

  • A causa da lesão ( trauma agudo, fratura de estresse que se completou, etc)
  • A saúde geral do Paciente
  • A gravidade da lesão
  • A extensão dos danos dos tecidos moles

Tratamento não cirúrgico pode ser recomendado para pacientes que:


  • Tem doenças sistêmicas que dificultam o tratamento operatório ( diabetes, doença vascular)
  • Pessoas sedentárias, que por isso são mais capazes de tolerar pequenos graus de angulação ou diferenças no comprimento da perna.
  • Têm fraturas fechadas com apenas dois fragmentos de ossos grandes e com deslocamento pequeno 
Tratamento inicial. A maioria das lesões causam algum inchaço durante as primeiras semanas. O médico ortopedista pode inicialmente aplicar uma tala para proporcionar conforto e apoio. Ao contrário de um gesso circular, uma tala pode ser apertada ou afrouxada e permite que o inchaço ocorra de forma segura. Depois que o inchaço diminui, o médico ortopedista irá considerar um leque de opções de tratamento.



Tratamento com aparelho Gessado. Um método de tratamento não cirúrgico é o gesso tipo PTB ( Patelar Tendon Bearing - gesso de contato total com apoio no tendão patelar descrito por Sarmiento) Inicialmente é usada uma calha, depois um gesso completo: cruro podálico e finalmente o PTB. Depois de semanas no gesso, ele pode ser substituído com um imobilizador ou brace funcional e iniciada fisioterapia.

Tratamento Cirúrgico na fratura de tíbia

O médico ortopedista pode recomendar uma cirurgia para a fratura se:
  • Uma fratura aberta ou exposta, ou ainda que apresente feridas que necessitam de monitoramento 
  • Extremamente instável devido a fragmentos de ossos soltos e grandes deslocamentos 
  • Fratura que não curou com métodos não-cirúrgicos

Fixação Intramedular na fratura de tíbia.

A forma atual mais popular de tratamento cirúrgico para fraturas da tíbia é a haste intramedular. Durante este procedimento, uma haste de metal especialmente projetada é inserida a partir da frente do joelho para baixo no canal medular da tíbia. A haste passa através da fratura para mantê-lo na posição, o ideal é fixar a haste percutaneamente nas região proximal e distal a fratura.

Tipos de Haste Intramedular.


Hastes intramedulares vêm em vários comprimentos e diâmetros para caber na maioria dos ossos  da tíbia. A haste intramedular é parafusado ao osso em ambas as extremidades. Isso mantém as fragmentos ósseos na posição correta durante a cicatrização.

Vantagens da haste Intramedular de Tíbia.

A Haste Intramedular permite uma fixação estável e forte. O paciente pode em geral pisar com apoio sobre o membro fraturado e fixado com uma haste intramedular. A técnica também torna mais provável que a posição do osso obtido no momento da cirurgia seja mantido quando comparado com a placa ou a fixação externa.

Placas e parafusos. 

As fraturas da diáfise da tíbia eram rotineiramente tratados com placa e parafuso. Estas ferramentas são reservados para fraturas onde a fixação com hastes intramedulares não é  possível ou ideal, porém é opção também em certas fraturas que se estendem tanto para o joelho ou tornozelo.
Durante este tipo de procedimento, os fragmentos ósseos são primeiramente reposicionados (reduzidos) em seu alinhamento normal. Eles são mantidos juntos por parafusos especiais e placas de metal ligada à superfície externa do osso.

Fixação externa

Neste tipo de operação, pinos de metal ou parafusos são colocados dentro do osso acima e abaixo do local da fratura. Os pinos e parafusos são conectados a um barra fora da pele. Este dispositivo é um quadro de estabilização que mantém os ossos na posição adequada para que eles possam curar e a pele cicatrizar
A fixação externa produz resultados razoáveis e é um excelente método para tratamento das partes moles.

Recuperação pós fratura de Tíbia

O tempo para voltar às atividades diárias varia de acordo com diferentes tipos de fratura. Algumas fraturas da diáfise tibial curam dentro de quatro meses, mas muitos podem demorar 6 meses ou mais tempo para sarar. Isto é particularmente verdadeiro com fraturas expostas e nas fraturas em pacientes menos saudáveis com doenças sistêmicas e desnutridos.

Movimentação precoce. 

Muitas vezes incentivamos o movimento das pernas no início do período de recuperação. Por exemplo, se lesão de tecidos moles está presente com uma fratura, o joelho, tornozelo, pé e dedos podem ser mobilizados no início, a fim de evitar a rigidez e evitar trombose.
Fisioterapia. Durante o uso de gesso circular ou tala, o paciente provavelmente vai perder a força muscular no local da lesão. Exercícios durante o processo de cura e após a remoção do gesso são importantes. Eles irão ajudar a restaurar a força muscular, mobilidade articular e flexibilidade.
Peso corporal. Quando o paciente começa a andar, provavelmente precisará usar muletas ou um andador.
É muito importante seguir as instruções do seu médico ortopedista em relação a colocação ou não de peso ( carga) sobre o perna quebrada para evitar problemas. Em alguns casos, os médicos irão permitir que os pacientes coloquem peso sobre a perna após a cirurgia e em outras situações colocar peso sobre a perna é terminantemente proibido. Você deve sempre seguir as instruções específicas dadas pelo seu cirurgião.

Dor A dor no local da fratura geralmente diminui muito antes mesmo do osso colar. Colocar peso sem autorização médica em fraturas com extensão metafisária e articular para o joelho ou tornozelo pode provocar afundamento ósseo e a necessidade de cirurgia para colocação de enxerto. 

Complicações A fratura diafisária da tíbia pode causar vários danos e complicações.
  • Fragmentos afiados podem cortar ou rasgar os músculos adjacentes, nervos ou vasos sanguíneos. 
  • Inchaço excessivo pode levar à síndrome de compartimental, uma condição na qual os compartimentos da perna edemaciam e a circulação sanguinea é interrompida levando a necrose dos tecidos Isso pode resultar em consequências graves e requer cirurgia de emergência uma vez diagnosticada. 
Fraturas expostas podem provocar infecção profunda óssea ou osteomielite, embora a prevenção de infecção tenha melhorado dramaticamente ao longo da última geração.As complicações cirúrgicas
  • Desalinhamento, ou a incapacidade de posicionar corretamente os fragmentos 
  • Infecção 
  • Lesão dos nervos 
  • Lesão vascular 
  • Coágulos sanguíneos - Trombose (estes também podem ocorrer sem cirurgia) 
  • Pseudartrose (ocorre quando osso não cura) 
  • Angulação 
  • Necessidade de outras cirurgias
Certos fatores estão frequentemente associados a dificuldades na consolidação de fraturas. Fraturas expostas, em que os fragmentos ósseos são deslocados o suficiente para sair da pele, geralmente sustentam uma maior lesão e estão em maior risco para a infecção. Isso pode frear ou impedir a cura. Essas fraturas são mais susceptíveis de exigir procedimentos cirúrgicos secundários. Pacientes Fumantes e com diabetes podem ter dificuldade de consolidação das fraturas em geral.
Além disso, a saúde geral pode ter um efeito sobre a cura. Fumo e uso de corticosteróides afetam ambos os ossos e também a cicatrização da pele, por isso é importante informar o seu médico se você for fumante.

Pesquisa
Proteínas morfogenéticas ósseas (BMPs) formam uma nova classe de proteínas que tem sido identificado com fatores que promovem a cicatrização óssea. Algumas dessas proteínas foram isolados e estão disponíveis para uso como coadjuvantes para cicatrização das fraturas.


Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 03/01/2019

Lesão Meniscal no Joelho

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O joelho é a maior  articulação do corpo e uma das mais vulneráveis a lesões. As lesões meniscais são extremamente comuns no joelho. Com um bom diagnóstico, tratamento e reabilitação, os pacientes freqüentemente retornam as atividades anteriores a lesão meniscal.
  • Lesão do menisco (menisco Interno e menisco externo)
  • Anatomia do joelho - Menisco
  • Descrição da lesão meniscal
  • Causas da lesão do menisco
  • Sintomas da rutura do menisco
  • Exame Médico do joelho com lesão meniscal
  • Lesão Meniscal Grau I, II e III
  • Tratamento da lesão meniscal
A lesão do menisco é uma lesão frequente?
Sim, as roturas meniscais estão entre as lesões de joelho mais comuns. Os atletas, particularmente aqueles que praticam esportes de contato, estão em risco de rupturas meniscais. No entanto, qualquer pessoa em qualquer idade pode lesar um menisco. Quando as pessoas falam de uma lesão na cartilagem no joelho, elas estão geralmente se referindo a um rompimento do menisco.

Qual a lesão de menisco mais frequente?
O menisco mais lesado é o menisco interno ou menisco medial. O menisco lateral também é lesado porém essa lesão é mais rara.

A anatomia do joelho
Três ossos se encontram para formar o  joelho: o fêmur (fêmur), tíbia (tíbia), e  rótula (patela).

Meniscos são duas peças em forma de cunha de fibrocartilagem que agem como "amortecedores" entre o fêmur e a tíbia. Eles são resistentes e elásticos para ajudar a amortecer a articulação e mantê-la estável. 

Descrição da lesão meniscal
Os meniscos rompem de maneiras diferentes. Lesões são classificadas por sua aparência e localização. Lesões comuns incluem longitudinal, transversa,  Flap, alça de balde e lesões complexas.

As lesões de menisco são sempre lesões isoladas?
Não, muitas vezes a lesão meniscal está associada a lesão ligamentar (Lesão  do LCA-Ligamento Cruzado Anterior) e lesões condrais. 

Quais as causas da lesão do menisco?
Lesões repentinas de menisco geralmente acontecem durante a prática desportiva. As lesões em geral ocorrem com movimentos de agachamento e ao girar  o joelho. O contato direto como no futebol às vezes está envolvido.

Lesão meniscal em pacientes com mais de 55-60 anos
As pessoas mais velhas são mais propensas a ter lesão meniscal degenerativa.  Basta rodar um pouco mais o joelho ao levantar de uma cadeira. Pequenos  movimentos podem ser suficientes para provocar uma lesão se os meniscos estiverem enfraquecidos com a idade.

O que os pacientes sentem no momento da lesão meniscal?
Alguns pacientes relatam um  "pop" ( misto de barulho com sensação de estalo no joelho) quando lesa um menisco. A maioria das pessoas conseguem  andar sobre o joelho com lesão meniscal. Muitos atletas continuar jogando com uma lesão meniscal. Com a passar dos dias (2 a 3 dias), o joelho vai gradualmente se tornando mais duro e inchado.

Quais os sintomas mais comuns de lesão meniscal?
* Dor
* Rigidez, inchaço e derrame articular ( água no joelho)
* Sensação de bloqueio no joelho - dificuldade para dobrar e esticar a articulação
* Sensação que o joelho "está fora do lugar"
Sem tratamento, um pedaço do menisco  pode se soltar e flutuar dentro da articulação fazendo com o joelho trave (semelhante a uma cavilha colocada numa engrenagem que emperra o movimento)

Diagnóstico com Exame Físico 
Depois de discutir os sintomas e história médica, palpamos a interlinha articular, dor a palpação dessa região em geral provoca dor nas lesões meniscais.
Em casos de duvida podemos usar testes especiais como o teste de McMurray.

Exames de Raios-X.
As Radiografias simples não mostram as lesões meniscais porém podem apresentar outras causas de dor no joelho, como a artrose.

Qual exame de imagem é usado para diagnosticar a lesão de menisco?
O exame padrão ouro para diagnóstico da lesão de menisco é a ressonância magnética (RM).

Qual a classificação das lesões meniscais?
A lesão do menisco e classificada em 3 graus, Grau I: lesão intrasubstancial do menisco, não se estende a superfície , Grau II: lesão do menisco que se estende a uma das superfícies, Grau iii, lesão que se estende as duas superfícies ( superior e inferior)

Como é feito o tratamento da lesão de menisco?
O tratamento vai depender do tipo, tamanho e localização da lesão meniscal .
A parte externa do terço periférico do menisco tem um rico suprimento sanguíneo e é chamada de zona vermelha. Uma lesão na zona "vermelha" pode curar sem cirurgia, ou muitas vezes podem ser reparados com cirurgia. (meniscorrafia) Um corte longitudinal é um exemplo deste tipo de lesão.
Em contraste, os dois terços internos do menisco não tem um suprimento de sangue e se nutrem através do liquido sinovial, essa região é chamada de zona branca. Sem os nutrientes do sangue, as lesões nesta zona "branca" não cicatrizam. As lesões são muitas vezes complexas e apresentam afilamento na cartilagem da tíbia e do fémur que ficam apoiadas nessa região do menisco. As lesões nessa região são tratadas cirurgicamente com meniscectomia parcial.
As lesões em pacientes mais velhos em geral são lesões degenerativas e muitas vezes não são operadas.

O tratamento Conservador da lesão meniscal (não cirúrgico)
O protocolo RICE (arroz em inglês) é eficaz para a maioria das lesões esportivas. RICE significa descanso, gelo, compressão e elevação.(rest, ice, compression, elevation)
* Rest. Repouso e aliviar a carga, andar com um par de muletas
* Ice. Gelo por 20 minutos várias vezes ao dia. Não aplique gelo diretamente sobre a pele.
* Compression.  Bandagem elástica de compressão tipo joelheira
* Elevação. Para reduzir o inchaço, colocar o joelho num nível mais alto que o  coração.
Antinflamatórios podem ajudar a melhorar o quadro algico.

Tratamento Cirúrgico
A artroscopia do joelho é um dos procedimentos cirúrgicos mais realizados. Nele, uma microcâmera é introduzida através de uma pequena incisão. Isso proporciona uma visão clara do interior do joelho. Inserimos instrumentos cirúrgicos ortopédicos em miniatura através de outra pequena incisão para cortar ou reparar a lesão.

Fisioterapia pós operatória.
Recomendamos exercício físico regular para restaurar a mobilidade e força do joelho. O paciente precisa realizar exercícios para melhorar a amplitude de movimentos. Exercícios de fortalecimento são gradualmente adicionados ao  plano de reabilitação.
A maior parte da reabilitação pode ser feita em casa, porém muitos paciente requerem fisioterapia com auxílio de um fisioterapeuta.

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 20/06/2014.

Leia Mais sobre Condropatia patelar

Cisto de Baker no Joelho

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O que é o cisto de Baker? ( Baker Cyst, Popliteal Cyst, Quisto de Baker )

O cisto de Baker é um cisto cheio de líquido que provoca uma saliência e uma sensação de desconforto atrás do joelho. A dor pode piorar durante a flexo extensão o joelho ou em momentos de maior atividade física no trabalho, andar distâncias maiores ou subir escadas.

O cisto de Baker é um câncer?

Não, é uma tumoração cheia de liquido sinovial benígna. Quando um cisto de Baker cresce muito ele pode incomodar e causar um efeito de massa comprimindo as estrutural na fossa poplítea, porém o efeito maligno é pela compressão e não por ser um câncer. 


O que causa o cisto de Baker?

O cisto de Baker, também chamado de cisto poplíteo, é geralmente o resultado de uma patologia intrarticular ao joelho, como artrite, artrose, lesão na cartilagem, lesoes meniscais ou ligamentares. Essas doenças podem levar o joelho a uma maior produção de líquido sinovial (água no joelho, Sinovite ), essa sinovite leva a formação do cisto de Baker.

Quais os sintomas do cisto de Baker?

O cisto de Baker pode causar inchaço na região posterior do joelho e  provocar desconforto ou dor na região, algumas vezes a dor tem origem no cisto porém a dor pode estar relacionada ao problema primário que levou ao surgimento do Cisto de Baker.
Em alguns casos, o cisto de Baker não causa dor, e o paciente pode nem notar. Mesmo não tendo sintomas objetivos você pode observar:
  • Inchaço atrás do joelho, e às vezes na perna
  • A dor do joelho
  • Rigidez
  • Na palpação da região posterior do joelho sentir uma estrutura semelhante a um balão cheio de água
     

Como é a lubrificação do joelho?

A cartilagem e os tendões do joelho contam com um fluido lubrificante chamado líquido sinovial. Esse líquido ajuda no movimento da perna e reduz o atrito entre a tíbia, o fémur e a rotula.

Como surge o cisto de Baker?

O líquido sinovial circula, entra e sai das bolsas de tecido (bursas) em todo o seu joelho. Existe um sistema de válvula entre o joelho e a bursa na parte posterior do joelho (Bursa poplítea). Este válvula regula a quantidade de líquido sinovial entrando e saindo da bursa. Mas às vezes o joelho produz muito líquido sinovial ( sinovite ), resultando em acúmulo de líquido na bursa e esse acúmulo é chamado de cisto de Baker.
Isso pode ser causado por:
  • A inflamação da articulação do joelho, tal como ocorre com vários tipos de artrite e na artrose
  • Nas lesões do joelho, como uma lesão cartilaginosa, meniscal ou ligamentar 
Quais os exames usados para confirmar o cisto de Baker?
Os exames mais usados são o ultrassom e a ressonância nuclear magnética, essa última muitas vezes também mostra a causa primária da sinovite que levou ao surgimento do cisto de BaKer.

Quando consultar um médico ortopedista?
Se você está sentindo dor e inchaço atrás do joelho, consulte o seu médico ortopedista para determinar a causa. Embora improvável, uma protuberância atrás do joelho pode ser um sinal de uma doença mais grave, como um tumor ou um aneurisma da artéria poplítea, em vez de um cisto cheio de líquido.

Quais as complicações de um cisto de Baker?
Raramente, um cisto de Baker pode explodir e provocar um vazamento de líquido sinovial na região da panturrilha os sintomas são: Dor no joelho e edema na panturrilha, às vezes, vermelhidão e uma sensação de água correndo na panturrilha. Esses sinais e sintomas se assemelham aos de uma trombose venosa. Se você tem dor, inchaço e vermelhidão da panturrilha, você precisa de avaliação médica imediata.

Como é feito o tratamento do cisto de Baker?
O tratamento em geral é endereçado a causa primária que leva a sinovite, os paciente em geral melhoram após a artroscopia para tratamento das lesões intrarticulares, raramente está indicado tratamento cirúrgico do cisto propriamente dito.  

Leia mais sobre: 
Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedia, Traumatologia e Medicina do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 29/06/2014

Programa de Condicionamento para Ombro

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Programa de exercícios para Patologias do Manguito rotador do Ombro
Após uma lesão ou cirurgia no ombro a fisioterapia é uma etapa importante da recuperação, um programa de condicionamento exercício vai ajudá-lo a retornar às atividades diárias e desfrutar de um estilo de vida mais ativo e saudável. Um programa de condicionamento bem estruturada também ajudará a retornar aos esportes e outras atividades recreativas.

Este é um programa de condicionamento geral que fornece uma grande variedade de exercícios. Para garantir que o programa seja seguro e eficaz, o paciente deve realiza-lo sob a supervisão do seu médico. Fale com o seu ortopedista ou fisioterapeuta sobre quais os exercícios que melhor irão ajudá-lo a alcançar seus objetivos de reabilitação.

Tipos de Exercício
Força: Fortalecer os músculos que suportam o ombro irão ajudar a manter a estabilidade da articulação do ombro. Manter estes músculos fortes pode aliviar as dores no ombro e prevenir novas lesões.

Flexibilidade: Alongar os músculos é importante para fortalecer a restaurar a amplitude de movimento e para preveni lesões. O alongamento suave antes e após os exercícios de fortalecimento pode ajudar a reduzir a dor muscular e manter seus músculos flexíveis.

Músculos alvo no Programa de Condicionamento para Ombro 

Os grupos musculares neste programa de condicionamento incluem:
Deltóides (frente, atrás e sobre o ombro)
Trapézio (parte superior das costas)
Rombóide (parte superior das costas)
Redondo Menor (apoiar a articulação do ombro)
Supra-espinal (apoiar a articulação do ombro, elevação)
Infraespinal (apoiar a articulação do ombro, rotação externa)
Subescapular (frente do ombro, rotação interna)
Bíceps (frente de braço)
Tríceps (parte de trás do braço)

Duração do programa de exercícios para ombro: 

Este programa de condicionamento ombro obtém melhores resultados após 8/12 semanas Depois da recuperação, estes exercícios podem ser continuado como um programa de manutenção para a proteção ao longo da vida e saúde de seus ombros. Na fase de recuperação sugerimos exercícios diários na fase de manutenção executar os exercícios dois a três dias por semana, vai manter a força e amplitude de movimento em seus ombros.

1. Aquecimento
1. Pêndulo
Principais músculos trabalhados:
deltóides, supra espinhoso, infra subscapular

 Repetições: 2 séries de 10
Primeiros passos
Aquecimento: Antes de fazer os exercícios a seguir, aqueça com 5 a 10 minutos de atividade de baixo impacto, como caminhar ou andar numa bicicleta estacionaria (ergométrica). Paciente com dor mais intensa podem se beneficiar de aplicação de gelo 10 a 20 minutos para facilitar a execução dos exercícios.
Alongamento: Após o aquecimento, fazer os exercícios de alongamento mostrados na figura 1 antes de passar para os exercícios de fortalecimento. Quando completar os exercícios de fortalecimento, repita os exercícios de alongamento para finalizar o programa.

DICAS
Não ignore a dor: Você não deve sentir dor durante um exercício. Fale com o seu médico ou fisioterapeuta se você tiver qualquer dor durante o exercício.
Faça perguntas: Se você não tem certeza de como fazer um exercício, ou quantas vezes a fazê-lo, contacte o seu médico ou fisioterapeuta.
Passo-a-passo
Incline-se para frente e colocar uma mão em um balcão ou mesa de apoio. Deixe o seu outro braço solto e pendente ao seu lado.
Delicadamente balançar o braço para a frente e para trás. Repita o exercício movendo o braço do lado-a-lado, e repita novamente em um movimento circular. ( imagine estar mexendo num tacho de doce, o tamanho do tacho vai aumentando a medida você avança semana a semana.
Repetir toda a sequência com o outro braço.
Dica: Não curvar as costas ou fletir os joelhos.

2. Alongamento sobre o tórax
Principais músculos trabalhados: Região posterior do deltóide
e cápsula posterior Você deve sentir esticar a parte detrás de seu ombro
Equipamentos necessários: Nenhum
Repetições: 4 de cada lado
Dias por semana: Todos os dias
Passo-a-passo
Relaxe os ombros e puxe um braço sobre o peito, tanto quanto possível, segurando em seu braço. Mantenha a posição por 30 segundos e depois relaxe por 30 segundos. Repetir com o outro braço.
Dica: Não puxe ou colocar pressão sobre o seu cotovelo.

3. Alongamento com Bastão atrás do corpo 
Principais músculos trabalhados: subscapular
Você deve sentir esticar este trecho na frente do seu ombro
Equipamento necessário: bastão de luz, como um ponto de referência
Repetições: 4 de cada lado
Dias por semana: 5-6
Passo-a-passo
Segure um bastão atrás das costas com uma mão e levemente agarrar a outra extremidade da vara com a outra mão. Puxe a vara na horizontal, como mostrado para que seu ombro seja passivamente esticada ao ponto de sentir um puxão sem dor. Mantenha a posição por 30 segundos e depois relaxe por 30 segundos. Repetir do outro lado.
Dica: Não se inclinar sobre ou torcer para o lado enquanto puxa a vara.

4. Alongamento dom Bastão a frente do corpo
Principais músculos trabalhados: Infraespinal, redondo menor
Você deve sentir este trecho na parte de trás de seu ombro
Equipamento necessário: bastão de luz, como um ponto de referência
Repetições: 4 de cada lado
Dias por semana: 5-6
Passo-a-passo
Segure o pau com uma mão e copo na outra extremidade da vara com a outra mão. Mantenha o cotovelo do ombro você está esticando contra a lateral de seu corpo e empurrar a vara na horizontal, como mostrado ao ponto de sentir um puxão sem dor. Mantenha a posição por 30 segundos e depois relaxe por 30 segundos. Repetir do outro lado.
Dica: Mantenha os quadris para a frente e não torcer.

5. Alongamento de Cápsula Posterior
Principais músculos trabalhados: Infraespinal, redondo menor
Você deve sentir este região atrás de seu ombro
Equipamentos necessários: Nenhum
Repetições: 4 repetições, 3x por semana
Dias por semana: Diariamente
Passo-a-passo
Deite-se de lado em uma superfície firme e plana com o ombro afetado e seu braço dobrado, como mostrado. Você pode colocar sua cabeça em um travesseiro para melhorar o conforto, se necessário.
Use o braço afetado para empurrar o outro braço para baixo. Pare de pressionar para baixo quando você sentir um estiramento na parte traseira de seu ombro afetado.
Mantenha essa posição por 30 segundos, depois relaxe o braço por 30 segundos.
Dica: Não dobre seu punho ou pressione para baixo em seu pulso.

6. Trapézio
Principais músculos trabalhados: trapézio regiões média e inferior
Você deve sentir este exercício na parte de trás do seu ombro e na parte superior das costas
Equipamento necessário: Use uma Faixa Elástico de resistência confortável. À medida que o exercício se torne mais fácil de realizar, progredir para 3 séries de 12 repetições. Trocar a cor da faixa e usar faixas cada vez mais escura e portanto com maior resistência. Se você tiver acesso a um centro de fitness, este exercício também pode ser executado em uma máquina de peso. Um Professor da academia pode instruí-lo sobre como usar as máquinas com segurança. Repetições: 3 séries de 8. Dias por semana: 3
Passo-a-passo
Faça um laço de 3 metros de comprimento com o elástico e amarre as pontas. Prenda o laço para uma maçaneta ou outro objeto estável.
Segure a faixa com o seu cotovelo dobrado e ao seu lado, como mostrado na posição de partida.
Mantenha o seu braço ao seu lado e puxe o cotovelo para trás.
Lentamente retorne à posição inicial e repita.
Dica: Aperte as omoplatas juntos quando puxar.

7. Rotação externa Com braço abduzido a 90 °
Principais músculos trabalhados: Infraespinal e redondo menor
Você deve sentir este exercício na parte de trás do seu ombro e em na parte superior das costas
Equipamento necessário: Use uma faixa elástica de resistência tipo theraband confortável. À medida que o exercício se torne mais fácil de realizar, progredir para 3 séries de 12 repetições. Se você tiver acesso a um centro de fitness, este exercício também pode ser executado em uma máquina de peso. Um assistente de fitness em seu ginásio pode instruí-lo sobre como usar as máquinas com segurança.
Repetições: 3 séries de 8
Dias por semana: 3
Passo-a-passo
Faça um laço de 3 metros de comprimento com o elástico e amarre as pontas. Prenda o laço para uma maçaneta de porta ou outro objeto estável.
Segure a faixa com o cotovelo dobrado a 90 ° e elevado a altura dos ombros, tal como mostrado na posição de partida. Mantendo o seu ombro e cotovelo em angulo reto, devagar, levante a mão até que esteja em linha com a sua cabeça.
Lentamente retorne à posição inicial e repita.
Dica: Verifique se o cotovelo está em linha com o ombro.

8. Rotação Interna
Principais músculos trabalhados: peitoral, subscapular
Você deve sentir este exercício em seu peito e ombro
Equipamento necessário: Use uma Faixa elástica de resistência confortável. À medida que o exercício se torne mais fácil de realizar, progredir para 3 séries de 12 repetições. Se você tiver acesso a um centro de fitness, este exercício também pode ser executado em uma máquina de peso. Um assistente de fitness em seu ginásio pode instruí-lo sobre como usar as máquinas com segurança.
Repetições: 3 séries de 8
Dias por semana: 3
Passo-a-passo
Faça um laço de 3 metros de comprimento com o elástico e amarre as pontas. Prenda o laço para uma maçaneta ou outro objeto estável.
Segure a faixa com o cotovelo dobrado e ao lado, como mostrado na posição de partida.
Mantenha o cotovelo para ao lado e trazer o seu braço sobre o corpo.
Lentamente retorne à posição inicial e repita.
Dica: Mantenha o cotovelo junto ao tórax.

9. Rotação externa
Principais músculos trabalhados: Infraespinal, redondo menor, região posterior do deltóide.
Você deve sentir este exercício na parte de trás do ombro e parte superior das costas
Equipamento necessário: Use uma faixa elástica de resistência confortável. À medida que o exercício se torne mais fácil de realizar, progredir para 3 séries de 12 repetições. Se você tiver acesso a um centro de fitness, este exercício também pode ser executado em uma máquina de peso. Um assistente de fitness em seu ginásio pode instruí-lo sobre como usar as máquinas com segurança.
Repetições: 3 séries de 8
Dias por semana: 3
Passo-a-passo
Faça um laço de 3 metros de comprimento com o elástico e amarre as pontas.
Prenda o laço para uma maçaneta ou outro objeto estável.
Segure a faixa com o seu cotovelo dobrado e ao seu lado, como mostrado na posição de partida.
Mantenha o cotovelo junto ao tórax, gire lentamente o braço para fora.
Lentamente retorne à posição inicial e repita.
Dica: Aperte as omoplatas juntos quando você puxar o cotovelo para trás.

10. Flexão do cotovelo: Bíceps
Principais músculos trabalhados: bíceps
Você deve sentir este exercício na frente de seu braço
Equipamento necessário: Comece com um peso de 1 a 2 kg (que permite 3 séries de 8 repetições) e progrida para 3 séries de 12 repetições. À medida que o exercício se torne mais fácil, adicionar peso a um máximo de 3 kg. Cada vez que você aumenta o peso, começar de novo em 3 séries de 8 repetições.
Repetições: 3 séries de 8
Dias por semana: 3
Passo-a-passo
Fique em pé com o peso distribuído igualmente sobre os dois pés.
Mantenha o cotovelo ao lado do corpo e lentamente, trazer o peso para cima em direção ao ombro, como mostrado.
Segure por 2 segundos.
Lentamente retorne à posição inicial e repita.
Dica: Não faça o exercício demasiado depressa ou balançando o braço.

11. Extensão do cotovelo (tríceps)
Principais músculos trabalhados: Tríceps
Você deve sentir este exercício na parte de trás de seu braço
Equipamento necessário: Comece com um peso que permite 3 séries de 8 repetições e progrida para 3 séries de 12 repetições. À medida que o exercício se torne mais fácil, adicionar peso em incrementos de 0,5 kg a um máximo de 3 kg. Cada vez que você aumentar o peso, começar de novo em 3 séries de 8 repetições.
Repetições: 3 séries de 8
Dias por semana: 3
Passo-a-passo
Fique em pé com o peso distribuído igualmente sobre os dois pés.
Levante o braço e dobrar o cotovelo, com o peso atrás da cabeça.
Apoiar o seu braço, colocando a mão oposta em seu braço.
Lentamente, estenda o cotovelo e trazer a sobrecarga de peso.
Segure por 2 segundos.
Lentamente, abaixe o braço para trás para baixo atrás da cabeça e repita.
Dica: Mantenha seus músculos abdominais contraídos e não arquear as costas.

12. Fortalecimento do trapézio
Principais músculos trabalhados: deltóide região Média e posterior, supra espinhal, região média do trapézio
Você deve sentir este exercício na parte de trás do ombro e na parte superior das costas
Equipamento necessário: Comece com um peso leve o suficiente para permitir 3 a 4 séries de 20 repetições sem dor. A medida que  o exercício torne-se mais fácil de executar, adicionar 2 a 3 quilos de peso, mas não menos repetições. Evoluir para 3 séries de 15 repetições em cada incremento de peso, com o peso máximo de cerca de 5 a 7 quilos.
Repetições: 3 séries de 20
Dias por semana: 3 a 5
Passo-a-passo
Coloque o seu joelho em um banco ou cadeira e inclinar para a frente, de modo que sua mão alcança o banco e ajuda a suportar o seu peso. A outra mão está ao seu lado, com a palma virada seu corpo.
Lentamente levantar o braço, girando a mão para a posição polegar para cima e parar quando sua mão estiver na altura do ombro, com o braço paralelo ao chão.
Lentamente, abaixe o braço para a posição original para uma contagem de 5.
Dica: Use um peso que torne as últimas repetições difíceis, mas sem dor.

13. Músculos da escápula
Principais músculos trabalhados: Região Média do Trapézio, Serrátil
Você deve sentir este exercício na parte superior das costas, em seu ombro
Equipamentos necessários: Nenhum
Repetições: 10
Dias por semana: 3
Passo-a-passo
Deite-se de barriga para baixo com os braços ao lado do corpo.
Coloque um travesseiro sob a testa para conforto, se necessário.
Eleve suavemente as omoplatas juntos e abaixe, tanto quanto possível.
Pare na metade do caminho e segure por 10 segundos.
Relaxe e repita 10 vezes.
Dica: não coloque tendão no pescoço.

14. Adução da Escapula 
Principais músculos trabalhados: Região média do trapézio, Serrátil
Você deve sentir este exercício em sua parte superior das costas no ombro
Equipamento necessário: Comece com um peso que permite duas séries de 8 a 10 repetições e progrida para 3 séries de 15 repetições. À medida que o exercício se torne mais fácil, adicionar peso em incrementos de 0,5 kg a um máximo de 3 kg. Quando aumentar o peso, começar de novo em 2 séries de 8 a 10 repetições.
Repetições: 2 séries de 10
Dias por semana: 3
Passo-a-passo
Deite-se de barriga para baixo sobre uma mesa ou cama com o braço lesionado pendurado para o lado.
Mantenha o cotovelo reto e levantar o peso devagar, elevando a escápula e aproximando uma escápula da outra, tanto quanto possível.
Retornar lentamente à posição inicial e repita.
Dica: não levantar o ombro em direção a sua orelha.

15. Desenvolvimento dos estabilizadores da escápula
Principais músculos trabalhados: Região média e inferior do trapézio, infraespinal, redondo menor e região posterior do deltóide
Você deve sentir este exercício na parte de trás do ombro e parte superior das costas
Equipamento necessário: Comece com um peso que permite 3 séries de 8 repetições e progrida para 3 séries de 12 repetições. À medida que o exercício se torne mais fácil, adicionar peso em incrementos de de 0,5 kg a um máximo de 3 kg  Cada vez aumentar o peso, começar de novo em 3 séries de 8 repetições.
Repetições: 3 séries de 8
Dias por semana: 3
Passo-a-passo
Deite-se de barriga para baixo sobre uma mesa ou cama com o braço lesionado pendurado para o lado.
Mantenha o seu braço direito e, lentamente, levantá-lo ao nível dos olhos.
Lentamente, abaixe-lo de volta para a posição inicial e repita.
Dica: Controle o movimento não deixe o braço descer muito rapidamente.

16. Rotação interna e externa
Principais músculos trabalhados: Rotação interna: deltóide anterior, peitoral, subscapular, grande dorsal.
Rotação externa: deltóide posterior, infraespinal, redondo menor
Você deve sentir este exercício na parte da frente e de trás do seu ombro, peito e costas
Equipamento necessário: Comece com um peso leve o suficiente para permitir que 3 a 4 séries de 20 repetições sem dor. A medida que o exercício se torne mais fácil de executar, adicionar 2 a 3 quilos de peso, mas não menos repetições. Evoluir para 3 séries de 15 repetições em cada incremento de peso, com o peso máximo de cerca de 5 a 7 quilos.
Repetições: 3 a 4 séries de 20
Dias por semana: 3 a 5
Passo-a-passo
Deite-se de costas sobre uma superfície plana.
Estenda o braço para fora do ombro e dobrar o cotovelo a 90 °.
Mantendo o seu cotovelo dobrado e apoiado na maca, lentamente, mover o seu braço no arco mostrado. Traga o seu cotovelo para baixo em um ângulo de 45 °, se você sentir dor a 90 °.
Dica: Use um peso que torne as últimas repetições difíceis, mas sem dor.

17. Rotação externa com halteres
Principais músculos trabalhados: Infraespinal, redondo menor região posterior do deltóide
Você deve sentir este exercício na parte de trás do ombro e parte superior das costas
Equipamento necessário: Comece com pesos que permitam duas séries de 8 a 10 repetições (cerca de 1 a 2 quilos), e avançar para 3 séries de 5 repetições. À medida que o exercício se torne mais fácil, adicionar peso em incrementos de 0,5 kg a um máximo de 3 kg. Cada vez que você aumentar o peso, começar de novo em 2 séries de 8 a 10 repetições.
Repetições: 2 séries de 10
Dias por semana: 3
Passo-a-passo
Deite-se de lado em uma superfície plana firme com o braço afetado para cima, procure usar um travesseiro não use a mão como apoio ( a figura está errada).
Segure o braço como mostrado, com o cotovelo dobrado em um ângulo de 90 °.
Mantenha o cotovelo ao lado do corpo e gire lentamente o braço na altura do ombro, levantando o peso para a posição vertical.
Lentamente baixar o peso para a posição de partida para uma contagem de 5.
Dica: Não deixe seu corpo rolar para trás ao levantar o peso.

18. Rotação Interna com Halteres
Principais músculos trabalhados: subscapular, redondo maior
Você deve sentir este exercício na frente do seu ombro
Equipamento necessário: Comece com pesos que permitem duas séries de 8 a 10 repetições (cerca de 1 a 2 quilos), e avançar para 3 séries de 5 repetições. À medida que o exercício se torne mais fácil, adicionar peso em incrementos de 0,5 kg a um máximo de 3 kg. Cada vez que aumentar o peso, começar de novo em 2 séries de 8 a 10 repetições.
Repetições: 2 séries de 10
Dias por semana: 3
Passo-a-passo
Deite-se sobre uma superfície plana firme ao lado de seu braço afetado.
Coloque um travesseiro ou pano dobrado sob a cabeça para manter sua coluna reta.
Segure o braço lesionado ao lado do corpo, como mostrado, com o cotovelo dobrado em um ângulo de 90 °.
Mantenha o cotovelo dobrado ao lado do corpo e girar lentamente o braço na altura do ombro, levantando o peso para a posição vertical.
Lentamente baixar o peso para a posição inicial.
Dica: Não deixe seu corpo rolar ao levantar o peso.

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
atualizado em 05/01/2019

7 benefícios dos exercícios

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Você provavelmente tem uma sensação de que o exercício é bom para você, e você provavelmente já ouviu falar que é "saudável para o seu coração."

Mas se você for como a maioria das pessoas, isso não é motivação suficiente para levá-lo a a realizar exercícios e suar com  regularidade. A revista TIME publicou na capa, 

O exercício cura

"The Exercise Cure", apenas 20% dos norte-americanos praticam 150 minutos de atividade física cardiovascular por semana, mais de metade de todos os baby boomers relatam que não praticam qualquer exercício, 80,2 milhões de americanos com mais de 6 anos de idade são totalmente inativos. Os dados no Brasil são semelhantes

Claude Bouchard, diretor do laboratório de genética humana na Pennington Biomedical Research Center, em Louisiana afirma que "Não existe uma pílula que chegue perto do que o exercício pode fazer de bom para a saúde e se houvesse um, seria extremamente caro."

O exercício é ótimo para o seu cérebro.

Está provado que o exercício melhora a depressão, melhora memória e o aprendizado se torna mais rápido. Estudos também sugerem que o exercício é, a partir de agora, a melhor maneira de prevenir ou retardar o aparecimento da doença de Alzheimer, um grande medo para muitos indivíduos.
Os cientistas não sabem exatamente por que o exercício muda a estrutura e função do cérebro, mas é uma área de pesquisa ativa. Até agora, eles descobriram que o exercício melhora o fluxo sanguíneo para o cérebro, alimentando o crescimento de novos vasos sanguíneos e até mesmo novas células cerebrais, graças à proteína BDNF (fator neurotrófico derivado do cérebro). BDNF desencadeia o crescimento de novos neurônios e ajuda a reparar e proteger as células do cérebro da degeneração. Ele também pode ajudar as pessoas a melhorar a concentração e o raciocínio.

Você será mais feliz.

Inúmeros estudos mostram que muitos tipos de exercício, de andar a pé ou andar de bicicleta, fazem as pessoas se sentirem melhor e podem até aliviar os sintomas da depressão e diminuir as dores crônicas. O exercício provoca a liberação de substâncias químicas no cérebro: serotonina, noradrenalina, endorfina, dopamina diminuem a dor constante, melhoram o humor e aliviam o stress.
"Durante muitos anos, os benefícios físicos do exercício ficaram restritos ao sistema cardiovascular porém os benefícios psicológicos e emocionais são muito grandes"

O exercício regular pode retardar o envelhecimento.

O exercício físico pode prolongar a vida útil em aproximadamente cinco anos, em alguns indivíduos ainda mais. Um pequeno estudo novo sugere que o exercício de intensidade moderada podem retardar o envelhecimento das células. Como seres humanos envelhecem e suas células se dividem uma e outra vez, seus telômeros-as (tampas protetoras na extremidade dos cromossomos) ficam mais curtos. Para ver como o exercício afetavam os telômeros, pesquisadores realizam uma biópsia muscular e amostras de sangue de 10 pessoas saudáveis, ​​antes e depois de um passeio de 45 minutos em uma bicicleta estacionária. Eles descobriram que o exercício aumentam em uma molécula os telômeros, em última análise, diminuindo a rapidez com que encurtam ao longo do tempo. Exercício, então, parece retardar o envelhecimento, ao nível celular.

Ele vai melhorar sua pele.

O exercício aeróbico acelera o fluxo sanguíneo para a pele, fornecendo oxigênio e nutrientes que melhoram a saúde da pele e até mesmo ajudar a curar feridas mais rápido. "É por isso que quando as pessoas têm ferimentos, eles devem se mover tão rapidamente quanto possível, não só para garantir que o músculo não atrofia, mas para se certificar de que há um bom fluxo sanguíneo para a pele", diz Anthony Hackney, um fisiologista do exercício em da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill. Treine e você vai adicionar mais vasos sanguíneos e capilares minúsculos para a pele também.

As coisas surpreendentes podem acontecer em apenas alguns minutos.

Emergente pesquisa sugere que não é preciso muito movimento para obter os benefícios. "Estamos interessados ​​na questão de, qual o mínimo de exercício necessário?", Diz Martin Gibala, um fisiologista do exercício na Universidade McMaster, em Ontário. Ele queria testar a eficácia de um treino de 10 minutos pode ser, em comparação com o treino típico de 50 minutos. O micro-treino que ele desenvolveu consiste em três intervalos de 20 segundos de atividade intensa, seguido por breves recuperações, durante 10 minutos Em um estudo de três meses, ele colocou a curto treino contra o padrão para ver que foi melhor. Para sua surpresa, os exercícios resultaram em melhorias idênticas na função cardíaca e controle de açúcar no sangue, apesar de um treino era de cinco vezes mais do que o outro. "Se você está disposto e capaz de empurrar com força, você pode ir longe com muito pouco exercício", diz Gibala.

Ele pode ajudá-lo a recuperar de uma doença grave.

Mesmo exercício vigoroso de curto intervalo de Gibala pode ser adequado para pessoas com diferentes condições crônicas, de diabetes tipo 2 para insuficiência cardíaca, porém antes de realiza-lo é fundamental consultar o seu médico. Isso é um novo pensamento, porque durante décadas, as pessoas com certas doenças foram aconselhados a não se exercitar. Agora os cientistas sabem que muito mais pessoas podem e devem exercer. Uma análise recente de mais de 300 ensaios clínicos descobriram que para as pessoas se recuperando de um acidente vascular cerebral, o exercício foi ainda mais eficaz em ajudá-los a reabilitar.
Autores californianos prescrevem exercícios para seus pacientes desde o início da década de 1990, na esperança de distribuindo menos medicação. Os estudo demonstram uma melhora surpreendentemente,  particularmente nos pacientes mais sedentários. Quando os pacientes realizam exercícios em base regular, mesmo apenas uma caminhada melhoram as doenças crônicas como depressão, ansiedade , condicionamento físico e o humor, levando a uma melhora inclusive nas patologias cardíacas.

Suas células de gordura irão emagrecer

O corpo usa carboidratos e gorduras como fontes de energia. Mas, depois de treinamento físico aeróbico consistente, o corpo fica melhor na queima de gordura, o que requer uma grande quantidade de oxigênio para convertê-la em energia.
Um dos benefícios do treinamento físico é que o nosso sistema cardiovascular fica mais forte e melhor no fornecimento de oxigênio, de modo que somos capazes de metabolizar mais gordura como fonte de energia.
Como resultado, as células que produzem substâncias responsáveis ​​pela inflamação crônica diminuem e a produção dessas substâncias também diminui.

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 07/06/2019

Desidratação e Calor Riscos para a Saúde

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As primeiras respostas do corpo a desidratação são sede e aumento a ingestão de água, em seguida ocorre uma diminuição da produção de urina para tentar conservar a perda de água. A urina irá tornar-se mais concentrado e de cor amarela mais forte. O sangue ficará com maior osmolaridade.

A medida que aumenta o nível de perda de água, maiores são os sintomas. 
- Boca seca
- Os olhos param de produzir lagrimas e os olhos ficam secos
- Ocorre diminuição da produção de Suor
- Cãibras musculares
- Náuseas e vômitos
- Palpitações cardíacas
- Tontura (especialmente quando está de pé - hipotensão postural )
- Fraqueza
- Diminuição da produção de urina

Qual a resposta do coração a desidratação?
O corpo tenta manter o débito cardíaco (a quantidade de sangue que é bombeado pelo coração para o corpo), aumentando a frequência cardíaca - taquicardia.

Como fica o fluxo sanguíneo durante a desidratação?
Se a quantidade de líquido no espaço intra vascular estiver diminuída, o corpo tenta compensar esta redução aumentando a frequência cardíaca e contraindo os vasos sanguíneos para tentar manter a pressão arterial e o fluxo sanguíneo para os órgãos vitais do corpo. ( diminui a fluxo para a pele e aumenta o fluxo para os órgãos internos) 
Na desidratação o corpo desvia o fluxo de sangue para longe da pele para os órgãos internos: cérebro, coração, pulmões, rins e intestinos, levando a pele a sentir-se fria e úmida. Este mecanismo de defesa começa a falhar quando o nível de desidratação aumenta. O calor produz o efeito inverso ao produzir vasodilatação periférica (para aumentar a quantidade de sangue na pele) ocorre diminuição do fluxo sanguíneo central.  

O que ocorre quando um paciente desidratado fica exposto a calor intenso como numa saúna?
Essa compensação (desvio do sangue da pele para os órgãos internos) pode ser prejudicada quando a desidratação ocorre em ambientes muito quentes onde a temperatura corporal aumenta. Para diminuir a temperatura corporal a sangue deve circular pela pele o que diminui ainda mais a quantidade de sangue para os órgãos internos. 
Com uma desidratação grave a confusão mensal e a fraqueza muscular irão ocorrer quando o cérebro e outros órgãos do corpo receberem menos sangue. 
Finalmente o paciente pode entrar em coma, pode surgir falência de órgãos e eventualmente a morte ocorrerá se a desidratação não for tratada e o corpo resfriado. 

Quais são as complicações de desidratação?
Complicações de desidratação pode ocorrer devido própria  desidratação, e / ou devido à doenças subjacente ou situações que provoquem a perda de fluido.

Insuficiência renal
A insuficiência renal é uma ocorrência comum e é muitas vezes reversível, se a desidratação é tratada precocemente. Com a progressão da desidratação, o volume de líquido no organismo diminui e a pressão arterial pode cair. Isso pode diminuir o fluxo sanguíneo para órgãos vitais como os rins que param de funcionar.

Coma 
A Diminuição do suprimento de sangue para o cérebro pode causar confusão e até mesmo coma e a morte.

Choque 
Quando a perda de líquido destrói a capacidade do corpo para compensar o fluxo de sangue e o transporte de oxigênio para os órgãos vitais do corpo tornam-se inadequadas e as celular e as funções dos órgãos podem começar a falhar. Se os vários órgãos começam a funcionar mal, o próprio corpo pode falhar e a morte pode ocorrer.

Esforço físico, desidratação e calor: efeitos musculares.
A tentativa do corpo para refrescar-se pela transpiração pode provocar a desidratação até o ponto de que os músculos podem entrar em espasmo ( cãibras ). Principalmente em pessoas que trabalham em um ambiente quente, na movimentação de objetos ou equipamentos pesados ​e também em atletas, os músculos da perna podem sofrer cãibras durante a corrida).

Hipertermia
Com o aumento da perda de fluidos, os sintomas de exaustão pelo calor podem ocorrer e incluem fraqueza, tontura, náuseas e vômitos. Se os sintomas não são reconhecidos e o paciente não é retirado do ambiente quente, o paciente vai parar de suar, ter uma mudança no estado mental que inclui confusão e coma, a temperatura corporal pode subir a 41 Centígrados. A hipertermia é uma verdadeira emergência médica e o paciente deve receber cuidados médicos imediatos

Distúrbios eletrolíticos 
Na desidratação pode alterar a concentração do sódio, potássio e cloreto. Esses eletrólitos são perdidos  através do suor. Por exemplo, os pacientes com diarreia profusa ou vômitos podem perder quantidades significativas de potássio, causando a fraqueza muscular e distúrbios do ritmo cardíaco. 
Exemplos de sintomas causados ​​por níveis anormais de eletrólitos incluem:
- fraqueza muscular, devido à baixa de potássio, 
- distúrbios do ritmo cardíaco, devido à baixa ou alta de potássio
- convulsões , devido à baixa (hiponatremia) ou aumento do sódio (hipernatremia). 

A velocidade da reidratação
A velocidade da reidratação é importante se a reidratação é feito muito lentamente, o paciente pode permanecer hipotenso e em estado de choque por muito tempo. 
Se isso for feito muito rapidamente, as concentrações de água e eletrólitos no interior das células dos órgãos pode ser afetado negativamente, fazendo com que as células inchem e acabem por morrer.

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 28/06/2019

MEDICINA ESPORTIVA

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Abaixo uma relação com alguns dos artigos publicados sobre medicina esportiva.

ALIMENTAÇAO E SUPLEMENTOS NO ESPORTE

ESPORTES ESPECÍFICOS
Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 20/06/2019.

Fraturas de Estresse Diagnóstico e Prevenção

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Introdução

A fratura por estresse é a lesão causada por sobrecarga mecânica comumente vista em atletas e recrutas militares. É também conhecida como fratura oculta, pois na maioria dos casos ela não aparece no exame de Raio x simples. A patogênese da fratura de estresse é multifatorial e envolve tensões submáximas repetidas sobre o osso; esse mecanismo cíclico é conhecido como fator extrínseco. Porém, a fratura de estresse também pode ser precipitada por fatores biológicos metabólicos e nutricionais conhecidos como fatores intrínsecos. A apresentação clássica da fratura de estresse é a seguinte: um paciente com dor de início insidioso. Essa dor está relacionada ao aumento abrupto na duração ou da intensidade do exercício nas das atividades físicas.



     O diagnóstico é clínico e a confirmação é feita através de exames de imagem tais como radiografia simples, cintilografia óssea, tomografia computadorizada e a ressonância magnética. A maioria das fraturas por estresse são simples e podem ser tratadas pelo repouso e restrição da atividade que levou ao surgimento da fratura. Um subconjunto de fraturas por estresse podem apresentar um risco elevado de progressão para fratura completa, retardo de consolidação ou pseudartrose (não consolidação de uma fratura).Essas fraturas com risco elevado para complicações podem requerer um tratamento mais vigoroso, inclusive cirúrgico. Alguns locais apresentam mais frequentemente essas complicações, podemos destacar o colo do fêmur no lado de tensão (superior) , a patela, o córtex anterior da tíbia, o maléolo medial, o tálus, o navicular do tarso, o quinto metatarso e os sesamóides do hálux. 
     Embora seja relatado uma incidência menor que 1% de fraturas por estresse na população em geral, a incidência em atletas corredores pode ser tão alta quanto 20%. Em uma revisão de 320 atletas com fratura de estresse a tíbia foi o osso mais envolvido, representando 49,1% dos casos, seguido dos ossos do tarso, em 25,3%, e dos metatarsos, em 8,8%. Fraturas por estresse bilateral ocorreram em 16,6% dos casos.
A fratura de estresse é mais frequente nos jovens, porém, com o aumento da ênfase nas caminhadas para as pessoas idosas, a fraturas de estresse não deve ser esquecidas nesta população.
     A fratura de estresse foi descrita em quase todos os ossos, porém, é mais comum nos ossos que suportam o peso corporal. Cada esporte apresenta locais anatômicos específicos para a fratura de estresse, o úmero é afetado em esportes de arremesso, as costelas no golfe e no remo, a coluna vertebral na ginástica de solo, as extremidades inferiores em corredores e o pé nas longas caminhadas. Na tibia, o local da fratura está relacionado em alguns casos ao tipo de esporte.
     Nos corredores de longa distância, são encontradas fraturas preferencialmente na transição do terço médio/distal. Nos esportes de saltos (basquete, voleibol, atletismo), encontramos fraturas no terço proximal  e nos bailarinos, são mais frequentes as fraturas no terço médio da tíbia e também no pé. Na fíbula, as fraturas de estresse são frequentemente descritas no terço distal, porém na brigada paraquedista foram relatadas fraturas no terço proximal.

Patogênese da fratura de Estresse

     A etiologia da fratura por estresse é multifatorial. A taxa de ocorrência depende da composição do osso, do suprimento vascular local, do volume do envelope muscular, de fatores sistêmicos e do tipo de atividade atlética. Do ponto de vista biomecânico, a fratura por estresse pode ser o resultado de fadiga muscular, o que leva à transmissão de forças excessivas para o osso subjacente. Os músculos podem também contribuir para as lesões por estresse ao concentrar as forças em uma determinada área do osso, causando assim lesões mecânicas ao exceder a capacidade de suporte da tensão. Além dos fatores mecânicos extrínsecos (trauma repetido, tração muscular, etc), fatores sistêmicos, tais como desequilíbrios hormonais, deficiências nutricionais, privação do sono, anormalidades do colágeno e doenças metabólicas ósseas, podem contribuir para o desenvolvimento de fraturas por estresse.
     A fratura por estresse é o resultado da aplicação de um estresse cíclico com carga submáxima repetida até que o micro trabeculado ósseo começa a falhar. Um aumento abrupto na duração, na intensidade ou na freqüência de atividade física, sem períodos adequados de descanso, está sempre presente na história clínica.
     Em mulheres sedentárias, após a quarta década, é comum surgir a dor no pé após uma viagem com uma história de que caminhou muito durante vários dias.
     A aplicação de uma carga hiperfisiologica, produz microfraturas, essas microfraturas podem coaleger e se transformar em pequenas trincas ou fissuras. Havendo a continuação da atividade física na mesma intensidade, fissuras e trincas podem propagarse e coalescer em fraturas completas. Outra teoria relaciona a fratura de estresse aos osteoclastos: a atividade física de alta intensidade levaria a um aumento na atividade dos osteoclastos com reabsorção óssea num ponto de maior concentração de força e consequente fratura por estresse. A incidência de fraturas por estresse em mulheres é alta, portanto é especialmente importante investigar os fatores intrínsecos em atletas do sexo feminino.
     O termo tríade do atleta Feminino refere-se à combinação de um transtorno alimentar, amenorréia, e osteoporose. Mulheres participantes de esporte de alto nível, como patinação, ginástica e crosscountry são particularmente propensas a esta tríade. Em um esforço para minimizar a gordura corporal e manter alta performance atlética, muitas mulheres jovens desenvolvem distúrbios alimentares durante a puberdade. Amenorréia e oligomenorréia são achados comuns em corredores do sexo feminino de longas distâncias, com relatos de irregularidades menstruais em algumas séries em 50% dos casos. A deficiência de estrogenio leva à diminuição da densidade mineral óssea e ao aumento no risco de fratura por estresse.
     Atletas de corrida de endurance do sexo masculino são também predispostos a fraturas por estresse devido a baixa da testosterona, os níveis hormonais podem diminuir até 25% dos níveis fisiológicos com dois dias de treinamento vigoroso. A Testosterona inibe a interleucina-6, uma citocina responsável pelo reforço no desenvolvimento do osteoclastos. Por isso, baixos níveis de testosterona em atletas de resistência resultam
no aumento da produção dos osteoclastos e consequente a reabsorção óssea nas áreas de estresse mecânico.

Avaliação Clínica

     O diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações e um atraso no retorno às competições. Como já afirmado inicialmente, a fratura de Estresse apresenta um início insidioso de dor durante um período de dias a semanas. Os sintomas são agravados pela atividade e aliviados com o repouso. A avaliação inicial deve incluir uma revisão dos exercícios e do programa de treinamento, qualquer alteração recente no tipo ou no nível de atividade deve ser anotado. A saúde geral do paciente, medicamentos, dieta, ocupação e atividades relacionadas devem também ser avaliados, bem como o ciclo menstrual em mulheres.
      A dor óssea é o achado mais importante no exame físico. Em áreas profundas de difícil palpação, como o colo do fêmur, a dor pode ser provocada com rotação do membro e manobras de adução e abdução. A fratura por estresse em ossos subcutâneos podem apresentar edema local e espessamento periosteal palpáveis. A avaliação da biomecânica do membro é essencial para identificar fatores de risco tais como o desequilíbrio muscular, discrepância no comprimento do membro, pronação subtalar excessiva e pé plano. O diagnóstico diferencial para a fratura por estresse inclui a reação de estresse, que é uma etapa pré fratura bem visualizada nos exames de ressonância magnética. Na reação de estresse o osso está enfraquecido, porém, ainda não está fisicamente quebrado.
     Outros processos patológicos que fazem diagnóstico diferencial com a fratura de estresse incluem: periostite, infecções, lesões ósseas por avulsão, estiramento muscular, bursites, neoplasia, síndrome compartimental e compressões nervosas. Na pelve e fêmur, o diagnóstico muitas vezes é tardio, pois a lesão é confundida com outras condições benignas, como estiramento muscular ou bursite.

Diagnóstico por Imagem.

     O diagnóstico de suspeição é feito com base na história clínica e no exame físico, porém os exames de imagem são úteis para confirmar esse diagnóstico e também para o estadiamento da lesão. Radiografias simples geralmente são normais nos primeiras 2 a 3 semanas após o início dos sintomas e podem não revelar o traço de fratura por vários meses. Reação periosteal, radiolucencia cortical, ou mesmo uma linha de fratura pode ser visto nos exames posteriores. A Ressonancia e a cintilografia óssea tradicionalmente são métodos sensíveis para confirmar casos suspeitos de fraturas de estresse. Nos estágios iniciais de uma fratura por estresse, antes da visualização em radiografias simples, a cintilografia óssea e a ressonância são altamente sensíveis para detectar lesões por estresse.
     Nos casos agudos de fraturas por estresse observamos na cintilografia, áreas de aumento linear da fixação do radiotraçador Tecnécio 99 em todas as três fases. Ferimentos nas partes moles são caracterizadas pelo aumento da captação apenas nas duas primeiras fases, não havendo captação na fase tardia. Na ressonância, observamos áreas de edema intraósseo e em casos mais avançados o traço de fratura pode ser visualizado. Figura 4 Com a cura da fratura de estresse, ocorre a normalização da primeira fase da cintilografia, chamada fase angiográfica (fase I). A intensidade da atividade em imagens tardias (Fase III) diminui com 3-18 meses com a remodelação óssea, bem depois da resolução clínica dos sintomas. Portanto, a cintilografia não deve ser usada como parâmetro único para monitorar a cicatrização e ditar o regresso aos treinos e competições.
     A cintilografia óssea com Tecnécio é altamente sensível para detectar as fraturas de estresse, mas carece de especificidade. A cintilografia óssea é muito sensível na avaliação lesões suspeitas na coluna vertebral e pelve, identificando múltiplas fraturas e também distinguindo um osso bipartido de fratura por estresse. Na ressonância observamos áreas de contusão óssea com edema intraósseo. Nos dias de hoje temos preferido a ressonância magnética para avaliar as lesões por estresse, por ser um exame menos invasivo e não usar radioisótopos, porém a cintilografia ainda é usada em algumas situações.

Classificação de Fredericson

Estágio da lesão
 0Normal
 1Edema periosteal
 2Edema periosteal e medular em imagens ponderadas em T2
 3Edema periosteal e medular em imagens ponderadas em T1 eT2
 4Edema periosteal e medular com linha de fratura visível

Tratamento

     Atletas que sofrem de dores crónicas e achados normais na radiografia simples devem ser investigados com cintilografia óssea ou ressonância magnética. Fraturas positivas na cintilografia (com captação) ou na ressonância magnética ( áreas de edema ósseo) porém com Radiografia simples negativa devem ser tratados com um período de descanso. Nas fraturas de estresse em locais com baixo potencial de complicação assim que o paciente puder realizar atividades de baixo impacto por maiores períodos sem dor, iniciamos os exercícios de maior impacto lentamente. Se a fratura por estresse torna-se evidente em radiografias simples o tratamento deve ser individualizado.
     A fratura por estresse de alto risco pode ser tratada como fratura aguda. Por exemplo, quando o diagnóstico é retardado, o tratamento não operatório tem piores resultados devido ao elevado índice de complicação. Na fratura de estresse simples diminuimos o rítmo dos treinos e após algumas semanas o atleta aumenta gradualmente a quilometragem da corrida e volta progressivamente às atividades esportivas específicas, com monitoramento clínico da dor pelo médico do esporte ou ortopedista.
     Para a maioria das fraturas de estresse de alto risco da perna e do pé, um protocolo conservador agressivo constituído por suspensão da carga e imobilização é recomendado, especialmente se o diagnóstico é feito logo após o início dos sintomas. Existem exceções a essa regra, como por exemplo a fratura por estresse no lado de tensão do colo do fêmur, que requer a fixação interna para evitar a progressão da fratura, que pode ter uma complicação devastadora.
     No atleta de alta performance, cuja subsistência depende do regresso antecipado à competição ou o atleta que necessita de um retorno precoce à atividade, a intervenção cirúrgica pode ser indicada. Por fim, a fratura por estresse com imagens de esclerose intramedular ou lesões císticas, podem necessitar de intervenção cirúrgica.


Estágios/graus de Arendt e Griffiths de lesões ósseas por estresse baseado nos achados RNM
Grau de lesão por estresseAchados RNMDuração de descanso necessário para cura em semanas
1Positivos STIR3
2Imagem positivos STIR e positivos ponderada em T23‐6
3Positivos T1 e T2 sem definição ruptura cortical12‐16
4Positivos T1 e T2 com definição ruptura cortical e linha de fratura visível16-20

Prevenção

     A fratura por estresse é melhor tratada com prevenção. Erros de treinamento, com um aumento excessivo da intensidade e frequência nos treinos são a causa mais comum para a ocorrência da patologia e devem ser desencorajados. Pacientes que não estão habituados a andar longas distâncias devem ser orientados a usar calçados confortáveis. Além disso, os pacientes devem ser orientados a levar um par de ténis em suas viagens onde terão de caminhar por longos períodos.
     Novas atividades, como corridas em aclives e numa superfície dura, podem contribuir para o surgimento da fratura. O tipo e a condição do tênis (calçado) deve ser avaliado. Os corredores devem trocar de tênis a cada 500 km. Para os militares, a melhoria das botas, com o uso de palmilhas viscoelásticas, podemajudar a reduzir a incidência de fratura por estresse de baixo impacto (fratura da marcha).
    Os Atletas, treinadores, o pessoal militar e os pais devem ser educados sobre os efeitos deletérios do excesso de treinamento e da importância de dias de descanso periódico. Além disso, atletas e seus treinadores precisam ser alertados para os efeitos adversos dos distúrbios alimentares e também das alterações hormonais.



Outros artigos:

  1. Leia mais sobre fraturas ocultas
  2. Patogênese das Fraturas por estresse

Atualizado em 13/09/2017
Dr Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologia do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Dicas de Corrida e Aquecimento

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PROGRAMA INICIAL DE CORRIDA E AQUECIMENTO.

        Um bom condicionamento físico é o primeiro passo para reduzir as lesões, para isso é importante criar um programa de treinamento, converse com um professor de educação física ou leia livros a respeito.
Usar roupas e os calçados apropriados
Conhecer o ambiente onde você irá correr.
Planejar um programa de corrida progressivo para evitar distensões e ferimentos.
Antes de iniciar a corrida fazer um aquecimento de cinco minutos (que deve elevar sua temperatura corporal em um grau centígrado) a seguir realizar exercícios de alongamento suave,
Durante o tempo quente, preferir exercícios pela início da manhã ou ao anoitecer.

POLUIÇÃO

Não correr quando os níveis de poluição estiverem elevados.

Qual a melhor HIDRATAÇÃO durante a corrida ?

Começar sua corrida com o corpo pré hidratado. Tomar aproximadamente 300 ml de liquido isotônico 10 a 15 minutos antes de iniciar a corrida. ( você pode usar um copo d’água com uma colher de açúcar e uma pitada de sal )
Você pode perder entre 180 a 360 ml de líquido a cada 20 minutos de corrida, você deve beber 300 a 400 ml de líquido isotônico a cada 20 a 30 minutos ao longo de sua rota.
10. Pesar-se antes e depois da corrida. Para cada 0,5 kg que você perder, beber aproximadamente 500 ml de líquido isotônico. Leia sobre desidratação nos esportes

CORRIDA EM DIAS ENSOLARADOS

Correr na sombra, se possível evitar o sol direto. Se exposto ao sol, aplicar pelo menos protetor solar fator 15.
Usar óculos de sol para filtrar raios UVA e UVB.
Usar chapéu com viseira para proteger seus olhos e rosto.

CORRIDAS EM LOCAIS ELEVADOS

Em alturas elevadas, os corredores devem fazer aclimatação progressiva devido aos baixos níveis do oxigênio,
Realizar aumentos lentos na velocidade e na distância. 

Qual o tênis ideal para corridas?

Ao selecionar um calçado para corrida, procurar calçados com boa absorção antichoque e uma construção que forneça estabilidade.
Não usar calçados apertados, certificar-se de que há uma distancia à frente do primeiro e segundo artelhos para que as passadas fiquem confortáveis.
Comprar calçados no fim do dia pois o pé está proporcionalmente maior devido ao edema. 

Podemos sempre usar o mesmo calçado ou temos que substituir o tênis eventualmente?

Sessenta por cento da absorção do choque de um calçado são perdidos após 400 a 800 km de uso, assim os corredores que correm até 15 km por semana devem substituir seus calçados a cada 9 a 12 meses. Este tempo pode ser menor em pessoas mais pesadas. Substitua sempre o seu tenis caso ocorra um desgaste assimétrico. Sugiro usar o calçado por no máximo 500 km.

CORRIDAS EM LUGARES FRIOS

A roupa excessiva pode produzir muito suor, que faz com que o corpo perca o calor rapidamente e pode aumentar o risco do hipotermia em lugares frios e a desidratação em locais muito quentes.
Quando estiver correndo em lugares frios, vestindo várias camadas de roupa. A camada interna deve ser de material que permita a perspiração longe da pele (polipropileno, thermax); a camada média (não necessária para os pés) deve ser usada para isolar e absorver a umidade (algodão); a camada exterior deve proteger do encontro ao vento e da umidade (nylon).
Para evitar o congelamento no tempo frio, não ter aberturas na roupa que exponha a pele nua. Usar luvas, não usar chapéu e não cobrir a garganta.
A geleia do petróleo pode ser usada em áreas expostas, tais como o nariz. 

CORRIDAS À NOITE

Não correr a noite em lugares sem iluminação, lembre-se de usar material reflexivo, correr somente a noite não produz vitamina D.

CUIDADOS E ORIENTAÇÕES EM CASO DE URGÊNCIAS.

Correr com um parceiro. Se for correr sozinho, carregar uma identificação, escrever: nome, número de telefone para ligar em caso de urgência, tipo sanguineo e informações médicas (se é portador de diabetes, hipertensão, cardiopatia, quais medicamentos em uso) colocar no interior do tênis ou no bolso.
Fale para outras pessoas aonde você irá correr.
Permanecer em áreas familiares, longe do tráfego.
Ter apito ou o outro equipamento que possa chamar a atenção para usa-lo em uma emergência.
Levar um celular ou um cartão telefônico.
Sempre que possível, correr em locais sem obstáculos, em terreno plano e com uma superfície razoavelmente macia.
Evitar correr em morros ou superfícies muito inclinadas, isso aumenta o stress no tornozelo e no pé.
Ao correr em pistas curvas, mudar o sentido da corrida frequentemente, de modo a evitar stress na face lateral do tornozelo que esta mais próximo da parte aberta da curva.

Este texto foi produzido pelo Dr. Marcos Britto da Silva, Médico Ortopedista e contêm informações da U.S.A. Track and Field Association, Road Runners Club of America and American Orthopaedic Society for Sports Medicine

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
atualizado em 18/06/2019

Qual o Colchão ideal?

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Um terço da vida você passa sobre ele, esse provavelmente é o slogan mais famoso das lojas que vendem colchões. O problema é que se o colchão não for bom para você não conseguirá dormir nem um quarto do seu dia sobre ele.

Qual o momento para trocar o colchão?

Se você acorda com dores pelo corpo, sensação de noite mal dormida, dorme melhor num hotel ou na casa de um amigo do que na sua casa são sinais de que talvez você precise trocar de colchão. Porém se o colchão está deformado ou com com molas quebradas não tenha dúvida você precisa trocar o colchão urgentemente.

Como devo escolher o novo colchão?

Um dos critérios mais importantes na escolha é avaliar o seu peso e se você é casado ou vive com outra pessoa o peso dela também. Alguns colchões são muito confortáveis para o casal como o colchão de molas ensacadas individualmente, Ele permite que você se movimente sem movimentar a companheira, porém por são serem entrelaçadas suportam menos peso. 
Em algumas situações podemos avaliar também a soma do peso do casal. Nessa situações o colchão com molas Bonnel com molas entrelaçadas pode ser o indicado pois dependendo da espessura do arame que constrói a mola pode suportar peso estático e dinâmico maior que 120 kg.

Os colchões somente de espuma são bons?

Sim, porém evite colchões com densidade menor que 33. Importante: o controle de qualidade da espuma, colchões com densidade menor somente para criança.

Antes de comprar teste o colchão.

Quando for escolher o colchão use roupas leves e esteja preparado para deitar no colchão por 15 minutos na loja, fique 5 minutos de cada lado e de barriga para cima, peça para que alguém observe a sua coluna. o ideal é que a coluna fique reta como na foto abaixo.

O melhor colchão para uma boa noite de sono
Coluna reta é o ideal ao deitar no colchão.
Política de retorno e garantia. Você deve avaliar como é a garantia e como ocorre a troca em caso de defeito. Avalie várias lojas e compare preços, alguns colchões são vendidos em mais de uma loja. Procure sobre informações de outros consumidores na Internet e em sites de reclamação.

Qual o melhor colchão?

Colchão mole afunda muito e
deforma coluna provando dor
Não existe um único "melhor colchão", importante o conforto e a percepção de estar totalmente confortável. 
Evite colchão muito mole ou muito duro, pessoas mais pesadas e casais jovens devem avaliar colchões com molas tipo Bonnel ( entrelaçadas).
Avalie também a relação peso altura, pessoas mais baixas e mais pesadas tem o peso mais concentrado e precisam de colchões de espuma com maior densidade (exemplo D45) ou de molas.
A forma do quadril também é importante,  mulheres com quadril largo são mais pré dispostas a bursite nesse região e precisam de colchão que se adeque melhor a essa região, colchões mais rígidos podem provocar dor nesses pacientes.

Tenho que virar o colchão?

Sim , virar o colchão 3 a 4 vezes ao ano melhora o tempo de vida do colchão, antes de levantar sentamos sempre no mesmo ponto, com o passar do tempo essa região irá se deformar mesmo em colchões de boa qualidade, isso está relacionado com a fadiga dos materiais, girando e virando o colchão você muda o ponto onde o colchão recebe mais peso concentrado e isso pode ser a diferença entre o colchão durar 10 ou 20 anos.

Capas para colchão e travesseiro.

O acumulo de pele que se descama alimenta ácaros que podem produzir alergia, o uso de colchões anti-alérgicos e especialmente capas anti-alérgicas e laváveis são uma ótima opção para prevenir rinite, sinusite e asma e bronquite.

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
atualizado em 18/06/2019

Bursas e Bursites do Joelho

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Bursas ao redor das articulações do joelho

Sobre as Bursites de Joelho

A bursa é uma estrutura cheia de fluido que está presente entre a pele e tendões ou entre o tendão e o osso. A principal função de uma bursa é reduzir o atrito entre estruturas que se deslocam em intimo contato. Normalmente, bursas estão localizados em torno das grandes articulações, como o ombro, joelho, quadril e cotovelo. Bursas em torno do joelho podem ser classificados como aqueles em torno da patela e aqueles que ocorrem em outros lugares. 

Quais as causas Bursites de Joelho ?

Sintoma da bursite de Joelho
A inflamação da bursa que é uma estrutura cheia de fluido é chamado de bursite. Trauma, infecção, o uso excessivo ou mesmo uma hemorragia pós trauma são algumas das causas comuns de inflamação.
Outras causas incluem doenças sistêmicas como a doença vascular de colágeno e artropatia inflamatória; em alguns casos, a causa é desconhecida. 



Quais os Sintomas das Bursites de joelho?


Os sintomas mais comuns são : dor , inchaço, dificuldade de movimento e piora da dor com o movimento. Em alguns casos pode surgir um eritema / vermelhidão na região edemaciada.

Bursites com nomes próprios

Bursite da Padre.
Alguns casos de bursite estão associados com certas ocupações e são nomeado; por exemplo, bursite pré-patelar também é conhecido como joelho de empregada doméstica e bursite infrapatelar superficial é sinônimo de joelho do clérigo ou Bursite de quem reza fervorosamente ajoelhado

Bursas ao redor do joelho podem ser agrupadas como as que ocorrem em torno da patela e os que ocorrem em outros lugares.  Bursa em torno da patela incluem a bursa pré-patelar, o bursas infrapatelar superficial e profunda, e a Bursa suprapatelar. Bursas que não são anatomicamente próxima da patela incluem a bursa da pata de ganso, a bursa iliotibial, as bursas tibial e fibular ligamento colateral  e da bursa gastrocnêmio-semimembranoso. Em imagens de ressonância magnética, bursite aparece como uma coleção líquida oblongo na sua localização anatômica esperado.

Bursite pré-patelar

Ressonância da Bursite pre Patelar

Bursite Pré Patelar
A bursa pre-patellar está localizado entre a rótula e o tecido subcutâneo sobrejacente. Trauma crônico na região como o que ocorre ao ajoelhar prolongadamente ou de modo repetido levam a inflamação e eventualmente a uma bursite hemorrágica. Clinicamente, os pacientes podem apresentar dor e inchaço sobre a patela.
Na ressonância magnética, a bursite pré-patelar se trata de lesão fluido sinal de intensidade oval entre o tecido subcutâneo e da patela .

Bursite  Infrapatelar Superficial

Bursite Infrapatelar
Bursite infrapatelar superficial, também chamado de joelho do clérigo, é devido à inflamação e acúmulo de líquido resultante de estresse crônico. Clinicamente, há um inchaço palpável inferior à patela. Na MR, ele aparece como uma coleção loculada que projeta exofiticamente, anterior ao tendão patelar, formando um inchaço. Na imagem, ela deve ser diferenciada de edema subcutâneo: edema é visto como uma coleção líquida difusa visto em todo o aspecto anterior do joelho, enquanto a bursite aparece como uma coleção localizada com fronteiras bem definidas.
A Bursite infrapatellar pode ser superficial ou profunda. A bolsa infrapatelares superficial situa-se entre a tuberosidade da tíbia e dos tecidos envolventes, enquanto que a bolsa infrapatelares profunda está localizada entre a face posterior do tendão patelar e a tíbia

Bursite infrapatelar Profunda

Bursite Infrapatelar
Na ressonância magnética, bursite a infrapatelar profunda aparece como uma coleção posterior ao tendão patelar com o fluido em forma triangular . Quando encontrado em adolescentes, deve ser diferenciada da doença de Osgood-Schlatter. Nos casos de doença de Osgood-Schlatter o exame clínico apresenta dor e sensibilidade na inserção do tendão patelar.




Doença de Osgood-Schlatter. 

Osteocondrite de Osgood Schlatter
Um menino de 11 anos de idade apresentou-se com dor anterior do joelho:  RM mostra espessamento do tendão patelar na tuberosidade da tíbia. essa é uma doença do crescimento e se cura quando termina o crescimento da criança, ocorre em geral na fase de estirão puberal, fase onde o jovem cresce muito rapidamente. 
As dores na região anterior do joelho surgem em geral após brincar muito. jogar bola o pular muito tempo. Pode surgir edema no local e casos mais graves pode ocorrer arrancamento do fragmento ósseo pelo tendão patelar. A região deve ser protegida para evitar complicações. Uma faixa ou órtese infrapatelar em geral ajuda do tratamento e proteção.

Bursite suprapatelar. 

A bolsa suprapatelar está localizado entre o tendão do quadríceps e do fêmur. Falha de regressão do septo transversal formado na vida embrionária entre plica suprapatelares e o fluido da articulação do joelho, conduz à formação dessa bolsa.
 A acumulação de fluido na bolsa leva a bursite. Pode ser encontrado incidentalmente ou, quando grande e septado, pode apresentar-se como uma massa acima da articulação do joelho.

Bursite da Pata de Ganso

A bursite da pata de ganso separa os tendões da pata de ganso. 

Apata de ganso é composta pelos tendões sartório, grácil e semitendinoso. 

Na ressonância magnética, a bursite anserina aparece como uma coleção líquida multiloculada oblonga visto ao longo dos tendões no aspecto póstero-medial do joelho. Isto é melhor apreciado em imagens axiais em T2. É comumente confundido com um cisto poplíteo; a bursa do pés anserina está localizado posteriormente e medialmente ao longo do semitendinoso, enquanto que o cisto poplíteo está localizado mais frequentemente na linha média posterior. Além disso, as bursas são de tamanho pequeno. Eles não se estendem para a coxa e nunca aparecem comunicação com a articulação do joelho, enquanto que um quisto poplítea pode estender-se na coxa e pode ou não pode comunicar com a articulação do joelho.

Bursite do Ligamento colateral medial

A bursa medial do ligamento colateral está localizado entre as camadas superficial e profunda do ligamento colateral medial. Clinicamente, líquido neste região imita uma ruptura do menisco medial e / do ligamento colateral medial.

Na ressonância magnética, a bursite do ligamento colateral medial aparece como uma hiperintensidade T2 entre as fibras superficiais e profundas do ligamento colateral medial. Deve ser diferenciado de rutura do ligamento coronário e subluxação do menisco medial. 

Bursite iliotibial

Bursite Ileotibial
A bursa iliotibial está localizado entre a parte distal da faixa iliotibial perto da sua inserção no tubérculo Gerdy e a superfície tibial adjacente. Bursite e tendinite iliotibial ocorrem geralmente devido ao uso excessivo e estresse em varo do joelho. 
Na Ressonância a bursite iliotibial aparece como uma coleção de fluido perto da inserção do trato iliotibial, na sua parte distal, junto à face lateral da tíbia. Deve ser diferenciada da tendinite iliotibial. Na ressonância magnética, a tendinite iliotibial aparece como uma coleção de líquido que rodeia o tendão, enquanto na bursite aparece como uma coleção líquida oblongo localizada ao lado do tendão. 

Cisto de Baker

Cisto de Baker visto na
imagem axial do joelho 
Isso também é chamado de cisto poplíteo e tipicamente envolve a bursa do músculo semimembranoso ou gastrocnêmio e está localizado entre o côndilo femoral medial, tendão semimembranoso e a cabeça medial do gastrocnêmio. Ele pode ou não se comunicar com a articulação do joelho. Ele pode romper-se e estender inferiormente ao longo do músculo gastrocnêmio na panturrilha ou migrar superiormente na coxa ao longo do semimembranoso. A Ressonância   Mostra lesões hiperintensas, cheias de líquido, bem definidas nas imagens em T2 e encapsuladas. As imagens axiais são os melhores para demonstrar a comunicação com a articulação do joelho e também a localização característica entre o tendão semimembranoso e cabeça medial do gastrocnêmio. Leia mais sobre cisto de baker

Conclusão:

Muitos tipos diferentes de bursas são vistos ao redor da articulação do joelho. O conhecimento profundo da anatomia da região é de extrema importância para se chegar a um diagnóstico correto. A ressonância nuclear magnética ajuda na exclusão de outras condições e desarranjos internos. A maioria dos casos de bursite podem ser tratados de forma conservadora, mas alguns podem exigir tratamento cirúrgico. A consciência dos diferentes tipos de lesões ajuda a chegar ao diagnóstico correto, o que, por sua vez, ajuda na condução adequada.

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do EsporteRio de Janeiro, RJ, Brasilatualizado em 09/07/2019

Como surge a osteoporose ?

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Como ocorre a substituição do osso velho pelo osso novo ?

O esqueleto adulto é continuamente remodelado; A remoção do osso existente é mediada pela reabsorção óssea osteoclástica e a substituição por osso novo é mediada pela formação óssea osteoblástica. 

Como é a remodelação ósseo durante o crescimento do indivíduo ?

Durante o crescimento do esqueleto, as taxas de formação excedem a reabsorção, resultando em ganho líquido de osso, osso fica cada vez mais forte. As taxas de reabsorção excedem a taxa de formação mais tarde após os 40 anos de idade, particularmente entre mulheres pós-menopáusicas deficientes em estrogênio e todos os indivíduos mais velhos. 

Como surge a osteoporose ?

A perda óssea prolongada leva à baixa densidade mineral óssea definida como Osteopenia e eventualmente, à osteoporose, definida como uma condição de fragilidade esquelética resultante de alguma combinação de perda óssea e / ou comprometimento da qualidade óssea. A osteoporose também é definida clinicamente como a Densitometria avaliada radiograficamente com uma perda maior que 2,5 DP abaixo da DMO observada em uma população adulta jovem e saudável (escore T ≤ − 2,5).

Como avaliamos a formação e a absorção do osso ?

Através dos marcadores do metabolismo de osso
Os produtos bioquímicos ou celulares produzidos durante o processo de reabsorção óssea e formação óssea são denominados marcadores de metabolismo óssea. Os marcadores específicos de reabsorção são tipicamente produtos de degradação do colágeno tipo 1 (N-telopeptídeo de colágeno tipo 1 (NTX) e C-telopeptídeo de colágeno tipo 1 (CTX), enquanto os marcadores específicos de formação incluem aqueles refletindo a síntese de colágeno tipo 1 (N pró-colágeno tipo-terminal propolídeo [PINP]), enzimas osteoblásticas (fosfatase alcalina específica óssea) ou a proteínas de matriz óssea: (osteocalcina). Entre os indivíduos que não recebem tratamento para osteoporose, as taxas de reabsorção e de formação estão intimamente ligadas e altamente correlacionadas 

Como interpretar os marcadores do metabolismo de osso ?

Em comparação com a densitometria óssea, que é estática e representa o ganho ou a perda líquida de massa óssea ao longo de anos a décadas, as medições desses marcadores é dinâmicas e refletem o metabolismo ósseo atual. Os marcadores do metabolismo ósseo podem ser medidos no sangue e na urina. Drogas e doenças ósseas ativas influenciam os marcadores do metabolismo ósseo mais rapidamente, normalmente dentro de 1 a 3 meses, o que é muito mais cedo do que os efeitos observados na Densitometria, que podem demoram anos para aparecer. Por exemplo, a maioria dos medicamentos anti-reabsortivos para osteoporose, incluindo os bisfosfonatos, esses medicamento  reduzem substancialmente as concentrações de reabsorção e formação dos marcadores do metabolismo de osso Por outro lado, os tratamentos de osteoporose formadores de osso, como a teriparatida, e algumas doenças do metabolismo esquelético, como o hipertireoidismo, aumentam tanto a reabsorção quanto as concentrações de marcadores do metabolismo de formação ósseo .

Fraturas de grandes ossos podem aumentar os níveis de marcadores do metabolismo ósseo por 6 a 12 meses. O tempo de coleta e o status em jejum também são importantes determinantes dos marcadores de reabsorção sérica, incluindo CTX. A maioria dos marcadores do metabolismo ósseo é falsamente aumentada pela insuficiência renal crônica (estágio 3-5), mas tanto a Fosfatase alcalina óssea  quanto os ensaios triméricos intactos de PINP permanecem válidos.

Os marcadores do metabolismo ósseo podem ser usados para monitorar o tratamento para osteoporose

Diante dos rápidos efeitos dos tratamentos para osteoporose o uso de mudanças seriadas nas marcadores do metabolismo ósseo para promover a adesão ao tratamento e identificar a não-adesão à medicação oral.  

Monitoramento no sangue após a descontinuação da medicação

Após 3 a 5 anos de terapia com bifosfonatos, a suspensão temporária ou permanente é comum na prática clínica, e alguns têm defendido o monitoramento no sangue dos marcadores do metabolismo  ósseo após a descontinuação para detectar níveis crescentes, 

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologia e Medicina do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 11/09/2019

Dicas de Prevenção de Quedas e Acidentes para patins e patinetes

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 Como evitar acidentes em crianças, jovens e adultos que andam de Patins e Patinete ?

 Dr. Marcos Britto da Silva, Médico Ortopedista especialista em Traumatologia do Esporte dá dicas a Alexandre Henderson, no quadro: Hoje é dia de Patins, do programa da Rede Globo: Como Será ?
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