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Channel: Dr. Marcos Britto da Silva, MD, MSc Ortopedista Traumatologia Esportiva
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Envelhecimento saudável com boa massa muscular

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O paradoxo do IMC. 

     Pesquisadores da Escola de Medicina David Geffen, da UCLA, descobriram que pacientes com doenças cardiovasculares que têm alta massa muscular e baixa massa gorda têm um risco menor de mortalidade do que aqueles com outras composições corporais. 

Os resultados também sugerem que, independentemente do nível de massa gorda de uma pessoa, um nível mais alto de massa muscular ajuda a reduzir o risco de morte.

Esses achados indicam a importância de avaliar a composição corporal como forma de predizer mortalidade cardiovascular e total em pessoas com doença cardiovascular.

Em estudos anteriores sobre a relação entre composição corporal e mortalidade, os pesquisadores usaram uma medida clínica mais simples da composição corporal, chamada de escala bioimpedância elétrica. Eles observaram um possível efeito protetor da massa muscular tanto na mortalidade quanto no metabolismo em pessoas saudáveis. O novo estudo amplia as descobertas da pesquisa anterior usando a absorciometria de raios-X dual, um método mais rigoroso de medir a composição corporal.

Os pesquisadores examinaram dados da Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição, de 1999 a 2004, de 6.451 participantes com doença cardiovascular prevalente. Cada sujeito foi categorizado em um dos quatro grupos:

*baixa massa muscular / baixo teor de gordura
*baixa massa muscular / alta gordura
*músculo alto / baixa massa gorda
*músculo alto / massa gorda alta
*Aqueles com alta massa muscular e baixa massa gorda apresentaram o menor risco de mortalidade cardiovascular e total.

Qual o Impacto desse estudo ?

Como as pessoas com maior massa muscular tinham maior probabilidade de apresentar um alto índice de massa corporal, os achados poderiam explicar o "paradoxo da obesidade", que afirma que as pessoas com um IMC mais alto têm níveis mais baixos de mortalidade.

Qual a importância de manter a massa muscular na velhice?

Os resultados também destacam a importância de manter a massa muscular, ao invés de se concentrar na perda de peso, a fim de prolongar a vida, mesmo em pessoas que têm um maior risco cardiovascular. 

Conclusões:

Os autores sugerem que os médicos incentivem seus pacientes a participarem de exercícios de resistência para ganhar massa muscular como parte de mudanças no estilo de vida saudável, em vez de se concentrarem exclusivamente na perda de peso.

Authores
Dr. Preethi Srikanthan, associate clinical professor of medicine in the division of endocrinology at the David Geffen School of Medicine, is the study's primary investigator. The study's co-authors are Dr. Tamara Horwich, health sciences clinical professor of medicine, division of cardiology, and Dr. Chi-hong Tseng, adjunct associate professor of medicine in the division of general internal medicine and health services research.
The study was published in the American Journal of Cardiology.

Uso do Tens em Fisioterapia nos Pacientes Cardiopatas dependentes de marcapasso e CDI

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O uso do Tens 

( transcutaneous electrical nerve stimulation ) em pacientes dependentes de Marcapasso ou CDI pode ser um risco, seu uso deve ser primeiro autorizado pelo Eletrofisiologista - Médico especializada em Arritmias Cardíacas.

RUPTURA DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR

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Ruptura do LCA

O ligamento cruzado anterior é um dos ligamentos lesionados mais freqüentemente do joelho. Em geral, a incidência de lesão LCA é maior em pessoas que participam de esportes como o futebol, basquete, esqui e volei

Aproximadamente metade das lesões LCA ocorrem em combinação com ruptura do menisco, cartilagem articular ou outros ligamentos. Além disso, os pacientes podem ter contusões no osso debaixo da superfície da cartilagem. Estes podem ser vistos em uma imagem de ressonância magnética ( áreas de edema ósseo ) e podem indicar lesão na cartilagem articular sobreposta.

Imagens artroscópicas de LCA normal e LCA com Ruptura
(Esquerda) Imagem artroscópica da LCA normal.
(Direito) Imagem artroscópica da LCA rompido [estrela amarela].

Tratamento não cirúrgico da LESÃO DO LCA

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Tratamento não cirúrgico da Ruptura do Ligamento Cruzado Anterior

No tratamento não cirúrgico, a fisioterapia progressiva e a reabilitação podem restaurar o joelho para uma condição próxima do estado pré-lesão e educar o paciente sobre como prevenir a instabilidade. Isso pode ser complementado com o uso de uma BRACE de joelho articuladO. No entanto, muitas pessoas que optam por não operar podem sofrer lesões secundárias no joelho devido a episódios de instabilidade repetitiva.

O tratamento cirúrgico geralmente é recomendado no tratamento de lesões combinadas (RUPTURA de LCA em combinação com outras lesões no joelho). No entanto, decidir contra a cirurgia é razoável para pacientes selecionados. O gerenciamento não cirúrgico de lágrimas LCA isoladas provavelmente será bem sucedido ou pode ser indicado em ALGUNS pacientes:

QUANDO PODEMOS TRATAR SEM CIRURGIA ?

  • RUPTURAS parciais e sem sintomas de instabilidade
  • Com LESÕES completas e sem sintomas de instabilidade no joelho durante esportes de baixa demanda E que estão dispostos a desistir de esportes de alta demanda
  • Quem trabalha com as mãos e viva em estilo de vida sedentária
  • Cujas placas de crescimento ainda estão abertas (crianças)
Leia Mais

Sindrome dos Pés Finos

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Andar descalço é o melhor ?

A sola do pé se torna grossa quando andamos descalços. A pele fica grossa porém preserva a sensibilidade. Andar descalço evita que nossos pés fiquem com a pele fina e senvível a quarquer irregularidade do solo. Esse aumento de sensibilidade do pé com a sola fina pode provocar dor expontânea ao ficarmos em pé. Temos que tomar cuidado com o ciclo viciosos: usamos sapatos para evitar dor ao pisar descalço no chão, os pés ficam finos e passam a doer ainda mais. A medida que a doença progride precisamos usar sapatos cada vez mais macios e pisar descalço no chão pode se tornar impossível. Nesse estágio a sola do pé fica igual a sola do pé de um bebê. Nesse estágio estamos diante da Sindrome dos Pés Finos

Início do uso de calçados.

Evidências sugerem que iniciamos o uso sapatos para proteção de imperfeiçoes do solo e do frio, isso ocorreu à cerca de 40.000 anos atrás. Sendo que o uso de sapatos se popularizou somente apos a revolução industrial, 

O tamanho do sapato.

Por volta do século XIII, o Rei Eduardo I da Inglaterra padronizou as medidas dos pés, estipulando a diferença de uma polegada para cada tamanho de pé e consequentemente, para cada fôrma. Cada polegada equivalia a três grãos secos de cevada, sendo assim o pé de uma criança que media 12 grãos, tornou-se o número 12.

O uso do sapato determinava o preço do transporte.

No Rio de Janeiro o bonde "caradura", depois chamado de "taioba", foi criado em 1884 com a finalidade de transportar qualquer tipo de bagagem, passageiros de origem humilde e descalços, esses não usavam o bonde comum. O preço da passagem era a metade - um tostão (cem réis) 

Preserse seus calos !

Como preservar a sensibilidade tátil da sola dos pés e evitar dores ? 

Holowka et al. relatam que os que a pele grossa que surge na região plantar aos andarmos descalços faz exatamente isso. Os autores chegaram a essa conclusão estudando a espessura da sola do pés, a dureza dos calos e a sensibilidade do pé em indivíduo nos Estados Unidos que geralmente usam sapatos e no Quênia onde andam descalços. Holowka e seus colegas mediram a espessura da sola dos pés usando ultra-som. Eles relatam que as pessoas que normalmente andavam descalças tinham a sola do pés 30% mais grossos do que aquelas pessoas que normalmente usavam sapatos. 

Os autores quantificaram as propriedades mecânicas das solas dos pés usando um dispositivo chamado Durômetro de Shore. Esta instrumento descoberto por Shore em 1920 é comumente usada na indústria de calçados e mede a resistência do pé a um recuo causado pelo aparelho. Os resultados dos autores mostram que em comparação com a pele dos pés das pessoas que normalmente usavam sapatos, a pele dos indivíduos descalços era aproximadamente 30% mais dura. 
Esta pele mais espessa e dura protege os pés exatamento como a sola de um sapato.
Nossos pés são notavelmente sensíveis, permitindo sensações agradáveis, como a sensação de andar descalço na praia, mas também a experiência de dor ao pisar em uma pedra. Essa sensibilidade é útil porque os nervos do nosso corpo usam essas informações para ajustar a postura e a marcha, de maneira semelhante à como nossos dedos sensíveis nos permitem manipular objetos com precisão. Como parte do sistema que ajuda esta sensibilidade tátil, uma variedade de mecanorreceptores em nossa pele detecta estímulos mecânicos como a pressão. Se esses receptores não funcionam normalmente as pessoas podem ter problemas com seu equilíbrio ou na marcha


Usando um dispositivo chamado excitador de vibração, Holowka e seus colegas avaliaram a sensibilidade de dois tipos de mecanorreceptores, conhecidos como corpúsculos de Meissner e Pacini, nesses voluntários. Esses mecanorreceptores respondem a estímulos de pressão de alta frequência (a 5–50 e 100–300 hertz, respectivamente) que ocorrem durante a caminhada e a corrida, especialmente quando o pé atinge o solo. A descoberta chave de Holowka e seus colegas é provavelmente inesperada, dado que se poderia prever que uma camada espessa de pele seria uma barreira à transmissão de estímulos: a sensibilidade dos mecanorreceptores é a mesma em pessoas com os pés com sola grossa em comparação com pessoas que usualmente usam sapatos.
Andar descalço é uma condição biologica normal, e as pessoas que costumam andar descalças experimentam poucos problemas nos pés. 
Holowka e seus colegas argumentam que mesmo com a sola do pe grossa preservamos a sensibilidade e isso permite que estímulos mecânicos do solo sejam transmitidos as camadas profundas da pele onde os principais mecanorreceptores estão localizados. 
Sapatos de sola rigida tem essa função de melhor transmitir as vibrações melhorndo o equilíbrio e diminuindo as dores nos pés em longas caminhadas. Passar parte do dia descalço e usar sapatos de sola rígida pode reduzir o risco de pessoas idosas caírem.

Mais Informações:

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 21/07/2019

Fatores de Risco de queda em idosos

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Naqvi e cols. estratificaram o risco de queda em duas categorias principais: intrínseca e extrínseca. Fatores de risco intrínsecos são endógenos ao paciente (por exemplo, comorbidades, estado funcional). Estes incluem idade, sexo, histórico de queda, comprometimento cognitivo, status socioeconômico, condição psicológica, medo de cair e atividades restritas da vida diária. Muitos fatores intrínsecos não são modificáveis ​​(por exemplo, idade). Os homens têm maior probabilidade de sofrer uma queda fatal, enquanto as mulheres são mais propensas a sofrer uma fratura. 

Quais as comorbidades que estão ligas as quedas no pacientes idosos ?

As comorbidades incluem diabetes, doença de Parkinson, osteoporose, história de acidente vascular cerebral, artrite, défice sensorial periférico, desnutrição, arritmia e hipotensão ortostática. As deficiências funcionais incluem imobilidade ou redução da força muscular, tontura e vertigem, deficiência visual, calçados inadequados, incontinência, uso de medicamentos de alto risco (por exemplo, psicotrópicos, benzodiazepínicos, sedativos, anti-hipertensivos, analgésicos / opiáceos, anticoagulantes  ) e uso de dispositivos auxiliares. Os medicamentos podem ser modificados para reduzir o risco de uma queda.

Quais os fatores de risco extrínsecos de quedas em idosos?

Fatores de risco extrínsecos são aqueles encontrados no ambiente hospitalar. Eles incluem hospitalização em si, condição do chão ( piso liso, escorregadio, molhado), ambiente desordenado (por exemplo, mesas, cadeiras no caminnho), tapetes, barras de apoio ou a falta dela, iluminação fraca, trilhos de cama não colapsantes, haste e tubulação intravenosa (IV), restrições e cateter foley ou tubo no torácico. Uma equipe multidisciplinar pode abordar esses fatores no hospital. 

Em um período de 12 meses, > 65% dos pacientes geriátricos estudados sofreram uma queda quando três ou mais fatores de risco foram identificados. Iinattiniemi e cols. analisou prospectivamente 512 quedas em 273 participantes para identificar fatores de risco de queda e calculou índices de taxa de incidência (TIRs) univariados e multivariados para cada fator. 

Quais os principais preditores de quedas em pacientes idosos?

As variáveis ​​preditivas mais fortes para uma queda foram a história de quedas no passado (média da TIR, 1,91); visão deficiente (média da TIR, 1,46); ansiedade, nervosismo ou medo de cair (média de IRR, 1,56); e uso de um medicamento antipsicótico (TIR média de 1,66).

Referencias:
  1. Naqvi F, Lee S, Campos SD: Avaliando uma diretriz para a prevenção de quedas em cuidados intensivos. Geriatrics 2009; 64 (3): 10-13, 26.
  2. Conselho Nacional do Envelhecimento: Livre de Quedas: Promovendo um Plano Nacional de Prevenção de Quedas. Plano de Ação Nacional . Disponível em: http://www.healthyagingprograms.org/content.asp?sectionid=69&ElementID=220 
  3. Iinattiniemi S, Jokelainen J, Luukinen H: Queda de risco entre uma população muito antiga de habitação. Scand J Prim Health Care 2009; 27 (1): 25-30.

Dr. Marcos Britto da Silva

Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte

Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 27/07/2019


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Programas de Prevenção em idosos

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A incidência de quedas está relacionada com a inatividade e pacientes que saem pouco de casa. Duas metanálises indicam que o efeito de programas de prevenção de quedas reduzem o número de quedas. 

A hospitalização prolongada equivale a não sair de casa e contribui para a ocorrência de quedas. Com a tendência atual de hospitalização mais curta, os métodos de prevenção de queda aguda devem ser eficazes dentro desses períodos abreviados, nosso maior desafio é tirar os idosos de casa. 

Cumming e cols. realizaram um estudo randomizado envolvendo 3.999 pacientes. Um grupo passou 25 horas por semana com uma fisioterapeuta que realizou avaliações de risco de queda; forneceu educação para pacientes e familiares; e providenciou auxílios para caminhar adequados, uso de óculos, modificações ambientais e maior supervisão. Essa profissional de saúde também consultou especialistas sobre ajustes na medicação e gerenciamento de confusão e problemas relacionados ao pé. Uma fisioterapeuta viu os mesmos pacientes e exercícios supervisionados que foram projetados para melhorar o equilíbrio ea capacidade de realizar tarefas funcionais. O fisioterapeuta também trabalhou com os pacientes para praticar mobilidade segura dentro de casa. O grupo controle não recebeu atendimento especializado.  mostrou que os programas multifacetados de prevenção de quedas são bem sucedidos em ambientes de cuidados de longo prazo (ou seja 30 dias ou mais dias de atendimento mínimo.

Referencia:
Cumming RG, Sherrington C, Lord SR, et al: Cluster randomised trial of a targeted multifactorial intervention to prevent falls among older people in hospital.BMJ2008;336(7647):758-760.Vassallo M, Sharma JC, Briggs RS, Allen SC: Characteristics of early fallers on elderly patient rehabilitation wards. Age Ageing2003;32(3):338-342.
Stenvall M, Olofsson B, Lundström M, Svensson O, Nyberg L, Gustafson Y: Inpatient falls and injuries in older patients treated for femoral neck fracture.Arch Gerontol Geriatr2006; 43(3):389-399.



Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 28/07/2019
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Pubalgia

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A Dor na virilha nos atletas pode ser um problema desafiador para o ortopedista que pratica medicina esportiva, bem como uma lesão frustrante para o atleta.

O que é a Pubalgia?

A Pubalgia quer dizer dor na Pubis. A Pubis é a região imediatamente abaixo do Abdomem e acima dos orgãos genitais. apertando suavemente a região inferior do abdomem conseguimos palpar um osso, esse osso é a região da púbis.

Quais esportes estão relacionados com pubalgia?

Estas lesões geralmente ocorrem em esportes que envolvem acelerações rápidas e bruscas mudanças de direção. O início pode ser gradual e insidioso, ou pode ser devido a um evento específico traumático. O espectro de condições que podem causar dor na virilha incluem condições não só ortopédicos, mas podem incluem cirurgia urológica e hernias inguinais. Uma abordagem de equipe com muitas especialidades diferentes é geralmente a melhor abordagem para obter o atleta de volta para o seu esporte.

Quais as causas da Pubalgia?

A causa mais comum de dor na virilha é e uma inflamação nos tendões adutores da coxa. O desconforto na região é muito frequente em alguns esportes. Alguns artigos dizem que a prevalência de algum desconforto no exame físico dos adutores pode estar presente entre 10 a 25 % dos praticantes de futebol e hoquei de gelo.  Os músculos adutores podem ser testados com a  palpação e dor produzida em adução contra a resistência. A força é geralmente menor do que o lado oposto. O tendão iliopsoas e bursa também podem se tornar inflamados por lesões e / ou excesso de uso.

Exame Físico na Pubalgia

O iliopsoas é testado com resistência à flexão do quadril. O quadril também pode ser flexionado e externamente rodados, e depois estendido e internamente girado a procura de dor, desconforto e estalos.
Devido à proximidade anatômica de estruturas da região inguinal, deve ser lembrado que a dor na virilha pode ter mais do que uma etiologia.

Avaliações de ressonância magnética da dor na pubis.

A maioria destes testes não mostram uma etiologia específica para a dor no atleta. O valor destes testes é, principalmente, excluir outras condições patológicas. Em o atleta adolescente, Legg-Calve-Perthes, epifisiólise femoral, e AVN (Necrose avascular) deve ser descartada. A ressonância pode ajudar muito no diagnóstico principalmente com detalhamento das áreas de edema ósseo, isso ajuda na identificação do grupo muscular relacionado a sobrecarga mecânica e pode ajudar a guiar o tratamento.

Pubeite e Hernia Inguinal

A dor na região inguinal podem significar uma hernia inguinal e o paciente deve também procurar um cirurgião geral, o Exame físico e em alguns casos a ressonancia fazem o diagnóstico diferencial. A dor com o aumento da pressão abdominal, como por exemplo, durante a tosse falam a favor de hernia inguinal, apesar estar presente também em algumas patologias musculo tendinosas. Geralmente a hérnia inguinal é palpável.

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedia, Traumatologia e Medicina do Esporte
Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 27/03/2019

Banho de Contraste

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O que é o banho de contraste?

O banho de contraste é o uso de agua morna e agua gelada de modo alternado para tratar edemas, inchaços 

Como é feito o banho de contraste?

O banho de contraste deve ser preparado com duas bacias. Na primeira coloque água quente e tempere até uma temperatura de 36-38 graus, na outra coloque agua gelada com vários cubos de gelo.
Inicie colocando os pés ou as mãos na água morna durante 15 a 20 segundos e a seguir coloque na água gelada durante 5 a 10 segundos. Retorne para água morna e repita até completar 20 minutos.
a medida que a água morna for esfriando complete com mais água quente.

Quando devo usar o banho de contraste com agua morna e agua gelada?

O banho de contraste em geral é usado para melhorar os edemas (inchaços) crônicos ou nos edemas residuais

Podemos Usar sal?

Sim, podemos associar o sal ( sal grosso ou sal de cozinha) na bacia com agua morna, isso aumenta a osmolaridade da agua e alguns pacientes relatam que acelera o processo de melhora pois o edema reduziria mais rápido.

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 08/05/2019

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Quem é o médico especialista em Ortopedia e Traumatologia ?

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Segundo o Conselho Federal de Medicina o médico especialista é aquele com o título registrado no Conselho Regional de Medicina. 
O título de especialista em Ortopedia e Traumatologia é emitido através da prova realizada uma vez ao ano na cidade de Campinas. O título é chamado de TEOT.

O que é o TEOT?

 TEOT é o Título de Especialista em Ortopedia e Traumatologia emitido pela SBOT - Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. Esse diploma é Homologado pela AMB - Associação Médica Brasileira. 
Para que o Médico seja considerado  especialista em Ortopedia e Traumatologia ele precisa registrar o RQE no conselho regional de medicina do estado em que trabalha, no Rio de Janeiro temos o CREMERJ


RQE- Registro de Qualificação na Especialidade
Médico Ortopedista e Traumatologia

O que é RQE?

RQE significa registro de qualificação de especialista. Você o obtém ao registrar seu título de especialista em um CRM.

Dor na Região Anterior do Joelho

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A Condromalacia e Condropatia Patelar da rotula são patologias muito comum no Joelho. A condromalacia é um "amolecimento da cartilagem". A condromalacia ocorre por excesso de pressão entre a cartilagem da troclea femural e da cartilagem da rótula. A condropatia se refere a cartilagem doente. Essa patologia provoca dor na parte anterior do joelho.

A rotula é o mesmo que patela?
Sim, o nome rótula é o nome mais novo, publicado na última nomina anatómica, porém continuamos usando o nome patela, com por exemplo articulação patelo femoral, não usamos rotineiramente o nome articulação femuro rotuliana ou rotulo femoral.

A condromalacia rotuliana é mais frequente nas mulheres?
Sim, a mulher tem uma maior a desgaste da cartilagem do Patela devido ao alinhamento dos membros inferiores, a mulher tem uma inclinação um pouco maior do ângulo do joelho(geno valgo) e tem piores hábitos posturais para sentar.

Como surge a condromalacia?
A condromalacia rotuliana é uma patologia de evolução lenta, demora anos para se desenvolver. Ocorre devido a hiperpressão entre a Rotula e  o fémur durante o movimento de flexo extensão do joelho. Pode ser também provocada por lesões traumáticas agudas ou repeditas no Joelho com por exemplo realizar chutes repetidos com o joelho ou até mesmo subir e descer escada.

Biomecanicamente como surge a condromalacia?
A rotula é o osso no organismo que sofre a maior stress de cizalhamento, a força de cizalhamento da articulação patelofemural  é de aproximadamente 7 vezes o peso corporal. Ou seja numa pessoa de 72 Kg a força de cizalhamento é de aproximadamente 500Kg! Conhecendo esses números fica fácil entender que pequenas mudanças biomecânicas podem provocar lesões na cartilagem da rotula.

Quais os principais sintomas da Condropatia patelar?
O principal sintoma é a dor na face anterior do joelho que piora com os movimentos de flexo extensão ativa. A dor é uma queixa comum para subir e descer escadas, pisar na embreagem, abaixar, dor ao levantar depois de ficar muito tempo sentada ( exemplo ao levantar do ónibus ou sair do cinema)

Como é feito o tratamento do condromalacia da Rótula?
O tratamento inicialmente é não operatório, com medicação e fisioterapia, porém alguns casos requerem cirurgia. o médico irá analisar se há alguns problema estrutural e instituirá a terapêutica adequada a cada caso.

Qual o melhor tratamento para a condromalacia e a condropatia?
O melhor tratamento dever'a ser determinado pelo seu ortopedista.

Perguntas e comentários sobre o pós operatório de cirurgias de Joelho?
Tenho recebido várias perguntas e comentários solicitando orientações sobre o pós operatório realizado por outro profissional, principalmente sobre cirurgias no Joelho. Vou reafirmar para que não fique dúvida: não faço consultas pela internet, esse não é o foco desse blog.
Não é ético emitir opiniões ou fazer comentários sobre pacientes ao qual o médico não tenha tido a oportunidade de examinar.
O relato do paciente por escrito referente ao seu caso não necessariamente reflete exatamente a situação médica. Se você tiver dúvida em relação ao pós operatório da sua cirurgia ligue para o seu médico, não procure respostas com o Dr. Google ( sites, blogs, yahoo respostas, etc) Todos os meus pacientes em pós operatório tem o meu celular e podem me ligar a qualquer hora em casos de urgência.

Leia mais sobre hábitos posturais e dor no joelho

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Fratura de Pilão tibial

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O que é uma fratura do Pilão tibial ?

Uma fratura pilão tibial  é uma lesão que ocorre na parte distal da tíbia e compromete a superfície articular do tornozelo. Nessas fraturas o outro osso da perna, a fíbula, também sofre fratura.

Qual a causa da fratura do Pilão tibial ?

Uma fratura de pilão ocorre normalmente como resultado de um evento de alta energia, como uma colisão de carro ou queda de altura. Pilão um instrumento usado para esmagar ou bater. Nas fraturas do pilão tibial, o osso é esmagado ou dividido em várias partes devido ao impacto de alta energia que causou a lesão. Na maioria dos casos, a cirurgia é necessária para restaurar o osso danificado à sua posição normal. Devido a alta energia que ocorre durante o acidente os pacientes podem ter outros ferimentos que requeiram tratamento também.

O que determina o quão grave é a fratura de pilão tibial ? 

fratura do pilão tibial

    A gravidade da lesão depende de vários fatores, incluindo:


    O grau de comprometimento da articulação tíbio talar
    Quais os ossos estão quebrados. 
    Qual o tamanho dos fragmentos 
    Lesões de pele e partes moles no local
    Presença de problemas crônicas como insuficiência vascular e diabetes mellitus
    Uso de cigarros

    Quais as causas de fraturas do pilão tibial ?

    As fraturas de pilão tibial geralmente resultam de traumas de alta energia, como acidente de carro ou moto, queda de altura ou acidente de esqui. Os médicos observaram um aumento nas fraturas de pilão desde a introdução de airbags em veículos motorizados. Enquanto os air bags permitem que mais pessoas sobrevivam a acidentes de carro em alta velocidade, eles não protegem as pernas - muitos dos sobreviventes acabam com fraturas de pilão e outras lesões nas pernas.

    Quais os Sintomas de fraturas do pilão tibial ?

    Pacientes com fraturas de pilão geralmente experimentam dor imediata e intensa. Outros sintomas podem incluir:
    • Inchaço
    • Contusão
    • Dolorimento no local
    • Incapacidade de suportar peso na perna lesionada
    • Deformidade - o tornozelo pode parecer inclinado ou torto

    Quais os cuidados de emergência diante de uma fratura do pilão tibial ?

    • Examine a parte inferior das pernas e o tornozelo, procurando cortes ou lesão e pressionando suavemente em diferentes áreas para ver se dói.
    • Verificar se o paciente consegue mexer os dedos dos pés e sentir as coisas em todo o seu pé. Em alguns casos, os nervos podem ser lesionados ao mesmo tempo que o osso é quebrado.
    • Verifique o pulso nos pontos-chave do pé para ter certeza de que há um bom suprimento de sangue para o pé e tornozelo.
    • Verifique se há inchaço no seu pé e tornozelo. A quantidade de inchaço determinará se e quando a cirurgia pode ser feita.
    • Determine o paciente sofreu algum outro dano examinando o resto do corpo. É importante dizer ao médico se tem dor em outras partes do corpo.

    Qual o Tratamento para as fraturas de pilão tibial ?

    Muitas fraturas de pilão requerem cirurgia, mas algumas fraturas estáveis ​​podem ser tratadas de maneira não cirúrgica. O fato de seu médico recomendar ou não cirurgia muitas vezes depende de quão deslocados os ossos fraturados estão.

    Tratamento não cirúrgico
    O tratamento não cirúrgico pode ser recomendado para fraturas estáveis ​​nas quais os pedaços de osso não são deslocados ou são minimamente deslocados.

    Tratamento cirúrgico

    Aberta e Fixação Interna

    Durante esta operação, os fragmentos ósseos deslocados são primeiro reposicionados (reduzidos) no seu alinhamento normal, e depois mantidos juntos com parafusos e placas de metal fixadas à superfície externa do osso.

    Qual o melhor momento para operar o paciente?

    O inchaço ou bolhas significativas poderão adiar a cirurgia até que o inchaço diminua. Realizar cirurgias cedo demais aumenta o risco de infecções ou problemas com a ferida cirúrgica. Sua cirurgia pode ser adiada por até 2 semanas ou mais, dependendo do tempo necessário para o inchaço diminuir.

    Fixação Externa
    Fixação externa de uma
    fratura de pilão
    Seu médico pode aplicar um fixador externo para manter a fratura do pilão no lugar e estabilizar o tornozelo até que uma segunda cirurgia possa ocorrer.
    Um fixador externo pode ser aplicado para proteger o pé até que seja seguro executar uma operação.
    Nesta operação, o médico faz pequenas incisões na pele e insere pinos metálicos nos ossos. Os pinos projetam-se para fora da pele e são presos a barras de fibra de carbono fora da pele. O fixador externo atua como um quadro para ajudar a manter o tornozelo em uma boa posição até que uma segunda cirurgia possa ser realizada. O fixador externo também ajuda a restaurar o comprimento adequado do membro.

    Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
    Rio de Janeiro, RJ, Brasil
    Atualizado em 13/08/2019

    Fratura por Estresse do Sacro

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    A dor nas costas pode ser uma fratura de estresse no sacro ?

    Sim, principalmente em mulheres atletas.

    Qual a incidência de fratura por estresse no sacro ?

    As fraturas de estresse no sacro são raras porém a incidência aumenta em atletas e mulheres com osteopenia que estão praticando exercícios físicos.
    Representa de 1% a 20% das lesões no trauma esportivo e frequentemente estão relacionada à fraqueza ou fadiga da musculatura glútea.

    A fratura de estresse no sacro é mais comum em mulheres?

    Sim, acomete mais mulheres jovens com alta intensidade de treinos.

    Existem fatores predisponentes da fratura de estresse no sacro ?

    Sim, com algum frequente encontramos deficiência nutricional e irregularidade no ciclo menstrual. (leia mais sobre síndrome da mulher atleta)  Apesar de menos frequente também foi também descrita em soldados do sexo masculino.

    Como é o exame físico do paciente com fratura por estresse no sacro ?

    No exame físico encontramos dor à palpação do sacro que piora com os testes provocativos para a articulação sacroilíaca. 

    Como realizar o diagnóstico da fratura de estresse no sacro ? 

    A RM representa o melhor método de exame complementar para o diagnóstico e a fratura já é visível com 72 horas de evolução.

    Como é o tratamento da fratura de estresse no sacro ? 

    O tratamento demanda o uso de um par de muletas e/ou repouso com auxílio de cadeira de rodas para proteção de carga no lado acometido até alívio da dor. Que irá depender da fase em que se encontra a fratura. Lesões mais simples podem se curar em 4 semana porém lesões mais graves podem requerer 4 meses de tratamento.

    Tratamento fisioterápico da fratura de estresse no sacro.

    Após a fase analgésica, iniciamos um  protocolo de reabilitação visando à estabilização da cintura pélvica e da região lombar. 

    Quando ocorre o retorno ao esporte do paciente com fratura por estresse no sacro ?

    O retorno ao esporte inicialmente inclui atividades de baixo impacto. A prática competitiva é liberada normalmente após 12/16 semanas.

    Suplementação de cálcio e vitamina D nas fraturas de sacro. 

    Nas mulheres com osteopenia pode ser necessário a suplementação e reposição de cálcio e vitamina D

    Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
    Rio de Janeiro, RJ, Brasil
    Atualizado em 19/08/2019

    Dor no Ombro

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    Estou com dor no ombro, devo procurar o ortopedista especialista em ombro ?

    O ortopedista é comumente procurado para avaliar lesões no ombro, abaixo algumas considerações sobre as origens das lesões no ombro. 
    O ombro é uma articulação complexa, com um elevado grau de movimento em múltiplas direções. A compensação para essa mobilidade é uma relativa falta de estabilidade. Embora classificada como articulação em bola e soquete o ombro possui uma estabilidade óssea muito pequena.
    Os estabilizadores estáticos do ombro fornecem pouco apoio já os estabilizadores dinâmicos, tais como músculos do manguito rotador e da cintura escapular são vitais para a manutenção da estabilidade do ombro. Esta combinação de mobilidade e estabilidade dinâmica permite a função normal do ombro nas atividades da vida diária, trabalho, recreação e esporte.

    O ortopedista que cuida do ombro é conhecido como médico de ombro ou médico especialista em ombro e cotovelo.

    Qual o melhor tratamento para a dor no Ombro?

    A maioria das lesões de ombro são tratados, inicialmente, de modo não operatório e com fisioterapia. Os protocolos de reabilitação são bem sucedidos na maioria dos pacientes. No pós-operatório a reabilitação é fundamental para o êxito dos pacientes que necessitam tratamento operatório.


    Qual a relação entre o tipo de esporte e a dor no Ombro?

    Nos esportes com raquete ou no vólei, na maioria das vezes, os atletas têm lesões nos músculo e tendões relacionadas a sobrecarga e a síndrome de uso excessivo e a erros no gesto esportivo. Treino e jogos com posição inadequada, técnica inadequada para bater na bola e impacto interno e externo dentro da articulação gleno-umeral e sub acromial. Essas lesões podem estar relacionadas a rupturas do manguito rotador. 

    Dor no ombro em nadadores 

    Atletas de natação são sujeitos a impacto e lesões de uso excessivo, secundária à instabilidade subjacente e fatores biomecânicos relacionados a grande amplitude de movimentos do ombro. Os atletas envolvidos em esportes de contato ( futebol, basquete, etc) estão sujeitas a lesões traumáticas, como lesões musculares, fraturas, lesões tendinosas, rupturas do manguito rotador, luxação do ombro e instabilidade ( subluxação do ombro) com sindrome de impacto interno secundária a instabilidade.
     

    Qual o melhor tratamento para dores e patologias do ombro?

    Algumas patologias requerem tratamento cirúrgico imediato, converse com um ortopedista especialista em cirurgia de ombro que ele saberá orientá-lo.

    Listados abaixo outros artigos sobre ombro: Click no título que você será redirecionado.

      Dr. Marcos Britto da Silva
      Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
      Médico Ortopedista
      Especialista em Ombro e Cotovelo
      Atualizado em 22/08/2019

      Irisina: o Hormônio Muscular

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      Músculos produzem hormônios ?

      Sim, A irisina é secretada pelo músculo em resposta ao exercício e pode mediar alguns efeitos benéficos do exercício em seres humanos. A Irisina tem potencial para gerar perda de peso e diminuir os níveis de açúcar no sangue em pacientes diabetes e melhorar a memória.

      A sarcopenia é uma doença endócrina ?

      Não, a principio não, porém a diminuição da massa muscular pode sim levar a alterações endócrinas ao diminuir a produção de hormônios e podemos usar como exemplo a diminuição de produção de irisina.

      O que é a sarcopenia ?

      A sarcopenia é a diminuição de massa muscular que ocorre com o envelhecimento e o sedentarismo.

      Quando ficamos velho obrigatoriamente teremos sarcopenia ?

      Não, a sarcopenia ocorre somente se ficamos paramos , veja o exemplo ao lado desse surfista de cabeça branca curtindo uma onda.

      Mens Sana in Corpore Sano

      A irisina é um dos hormônios que  explica cientificamente a verdade dessa frase.
      Ao fazermos exercícios melhoramos nossa memória, emagrecemos e diminuímos os níveis de açúcar no sangue.




      Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
      Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
      Atualizado em 22/07/2019

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      Artrite, Artrose e Artrite Reumatóide.

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      O presente texto tem a finalidade de definir dois problemas muito frequentes no dia a dia do ortopedista: a ARTRITE e a ARTROSE.  

      O que é artrite ?

       A Artrite é literalmente " inflamação da articulação". usamos em geral o termo artrite nas patologias inflamatórias das articulações. (exemplo artrite reumatóide, artrite psoriática) e também nas patologias infecciosas (artrite séptica, artrite gonocócica)

      O que é artrose ? ( Imagem de artrose do joelho Esquerdo)


      A artrose é um tipo de artrite. A artrose também é conhecida como osteoartrose ou osteoartrite.
      Temos dois tipos básicos de artrose: a artrose primária e a artrose secundária.
      A Artrose Primária é uma forma de artrite que ocorre com o envelhecimento natural, portanto é uma desgaste natural na articulação que ocorre com o envelhecimento.
      Já a artrose Secundária ocorre secundariamente a um trauma articular .
      A artrose é mais frequente nas articulações dos membros inferiores (joelhos, quadris e tornozelo) essas articulações são submetidas a um stress maior devido a sustentação do peso corporal, porém, ela também ocorre nos membros superiores e na coluna vertebral.
      Em outras formas de artrite, como a artrite reumatóide, a articulação torna-se inflamada como parte de um processo de doença que afeta todo o organismo. Estas artrites em geral são causada por um processo autoimune.
      Alguns outros tipos de artrite são: Artrite Reumática, Artrite psoriásica, espondiloartropatias seronegativos, artrite por deposição de cristais ( Gota) e artrite séptica ( infeção dentro da articulação), etc.
      A artrite é uma das principais causas de absenteísmo no trabalho e causa deficiência em muitas pessoas. Embora a artrite seja uma doença mais comum em adultos, as crianças também podem ser afetadas 

      Qual a Anatomia das articulações na Artrite?

      Artrite é uma doença das articulações. Uma articulação é onde a extremidade de dois ou mais ossos se movem. A articulação do joelho, por exemplo, é formado entre os ossos da perna (Tíbia e Fíbula) e o femur. O quadril é o lugar onde a cabeça femoral se articula com uma parte côncava da bacia chamada acetábulo.
      A artrite afeta principalmente a cartilagem articularcausando o seu desgaste. A cartilagem articular normal apresenta uma superfície muito lisa e é banhada por um liquido espesso semelhante a um óleo (liquido sinovial), essas características permitem aos ossos um movimentação com pouquíssimo atrito. Quando essa superfície articular envelhece ( artrose) perde suas características físicas e pode surgir dor, edema, sinovite (inchaço ou água no joelho) e crepitação ( pequenos estalos e rangidos durante o movimento articular)
      Um tecido cartilaginoso cobre toda a extremidade dos ossos em uma articulação. A cartilagem articular permite o movimento sem o atrito que seria causado caso o osso ficasse em contato com o outro osso.
      A sinóviaé uma membrana que envolve as articulações e produz um fluido que também contribui para a redução do atrito e desgaste em uma articulação ( liquido sinovial ).
      Os Ligamentos juntam os ossos e manter a articulação estável.
      Músculos e tendões sadios são fundamentais para um movimento articular indolor. 

      Quais as causas da artrite?

      Existem duas grandes categorias de artrite. O primeiro tipo é causado pelo uso e desgaste na cartilagem articular (Artrose), isso ocorre no processo de envelhecimento natural, através do uso constante ou através do trauma (artrite pós-traumática ou artrose secundária). O segundo tipo é causado por uma série de processos inflamatórios. Independentemente da causa: se a partir de lesões traumáticas, desgaste normal ou doença autoimune, a articulação torna-se inflamada, causando: inchaço, dor e rigidez. Esse processo pode ser temporário pois a inflamação é uma das reações normais do organismo a ferimentos ou doenças. Uma articulação com artrose, porém, pode permanecer com inflamação por muito tempo e apresentar incapacidade permanente. 

      Qual a História Natural da Artrose ?
      O tipo mais comum de artrite é a Artrose, outros nomes usados são: osteoartrite ou Osteoartrose. A artrose é o resultado do trauma ou da degeneração da cartilagem que ocorre com a idade. A osteoartrite é muitas vezes mais dolorosa em articulações que suportam peso, como o joelho, quadril, tornozelo e coluna porém articulações do membro superior como: punho, cotovelo, ombro podem apresentar dor intensa em alguns casos.
      As articulações mais usadas no trabalho, no esporte, as articulações que foram danificados a partir de fraturas ou outras lesões podem mostrar sinais precoces de osteoartrose.
      Outras doenças que lesionam ou sobrecarregam a cartilagem articular também podem levar a osteoartrose. Na osteoartrose, a cartilagem que cobre o osso diminui gradualmente a medida em que se desgasta. Em muitos casos, ocorre crescimento de osteófitos nas extremidades do osso. Os Osteófitos são chamados de "esporões". Esses esporões se desenvolvem nas bordas das articulações osteoartríticas ou na inserção se ligamentos no osso. Os osteófitos podem aumentar com a progressão da artrose e com o envelhecimento natural.
      O osso com artrose pode tornar-se duro e firme (osso esclerótico). A articulação se torna inflamada, causando dor e inchaço. O uso continuado da articulação se torna é doloroso. A dor na artrose ocorre principalmente pela manhã, melhora com a movimentação ( “a articulação esquenta”) piora no final do dia e também nos dias frios.
      Outra característica da dor é surgir após períodos de inatividade. Exemplo a dor surge quando se está sentado algum tempo e ficamos em pé e começamos a caminhar. 

      Quais as articulações mais acometidas pela artrose?
      As articulações do membro inferior são mais acometidas pela artrose que as dos membros superiores. O Quadril e joelho principalmente. O tornozelo e o pé também apresentam artrose porém muitas vezes os sintomas dos joelhos são mais intensos. O ombro apresenta artrose porém numa incidência bem menor que o Joelho e Quadril. 

      O que é a Artrite Reumatóide?
      A artrite reumatóide é uma doença autoimune de longa duração. Estima-se que 1% da população em todo o mundo têm artrite reumatóide. As mulheres tem três vezes mais probabilidades de apresentar a doença do que os homens. O desenvolvimento de artrite reumatóide diminui com a idade. A artrite reumatóide afeta muitas partes do corpo, mas principalmente as articulações. O sistema imunitário, que normalmente protege o corpo, começa a produzir substâncias que atacam o organismo. Na artrite reumatóide, a sinovia incha e invadir tecidos circundantes. Substâncias químicas são produzidas e atacam e destroem a superfície articular. A artrite reumatóide pode afetar tanto grandes como pequenas articulações do corpo e também a coluna vertebral. Inchaço, dor e rigidez geralmente se desenvolvem, mesmo quando a articulação não é utilizada. Em algumas circunstâncias a artrite juvenil pode causar sintomas semelhantes em crianças. 

      Como é feito o diagnóstico da Artrite Reumatóide?
      A Artrite Reumatóide é diagnosticada através de uma cuidadosa avaliação dos sintomas e um exame físico. Raios-X são importantes para mostrar a extensão de qualquer dano para a articulação. Exames de sangue e outros exames laboratoriais podem ajudar a determinar o tipo de artrite. Algumas dos sintomas da artrite incluem: Fraqueza e atrofia dos músculos Sensibilidade ao toque Limitada capacidade de mover a articulação passivamente (com assistência) e ativamente (sem ajuda). Os sinais mais frequentes são articulações e dolorosas Um sentimento de atrito ou som de ranger (crepitação) com o movimento Dor quando pressão é colocada sobre a articulação ou quando a articulação é movimentada. 

      Quais Medicamentos são usados para tratar a artrite reumatóide?
      Analgésicos e anti-inflamatórios podem ser utilizados para controlar a dor e a inflamação nas articulações. Esses medicamentos, chamados anti-inflamatórios, incluem aspirina, ibuprofeno, naproxeno, diclofenaco, nimesulida, etc. podem ser eficazes no controle da dor. Um médico irá escolher uma medicação, tendo em conta o tipo de artrite, a sua gravidade, e o estado geral da saúde física do paciente. Os doentes com úlceras, asma, doenças renais, hepáticas ou cardíacas, por exemplo, podem não ser capaz de tomar todos os tipos de medicação. Injeções de cortisona intrarticulares podem temporariamente ajudar a aliviar dor e o inchaço. É importante saber que injeções repetidas e freqüentes na mesma articulação pode danificá-la, causando efeitos secundários indesejáveis. Viscosuplementação ou injeção de ácido hialurônico são preparados que pode também ser útil na lubrificação das articulações e apresentando menos efeitos colaterais. Isto é normalmente realizada no joelho. 

      Qual o melhor Exercício para tratar a artrite?

      Bengalas, muletas, andadores, ou splints podem ajudar a aliviar o stress e a tensão sobre articulação artrítica. Aprender métodos de realização das atividades cotidianas, que são menos estressantes para as articulações dolorosos também podem ser úteis. Alguns exercícios e fisioterapia podem ser utilizados para diminuir a rigidez e reforçar os músculos enfraquecidos em torno da articulação. As atividades sem impacto são uma boa opção. 

      Quando está indicado Cirurgia para tratar a artrite?

      Em geral, um cirurgião ortopedista irá realizar cirurgia para artrite quando outros métodos de tratamento não operatório falharam no alivio a dor e de outros sintomas. O principal fator para indicar cirurgia é uma qualidade de vida ruim. Vida é movimento, movimento é vida. Quando o paciente não consegue realizar as atividades do dia a dia que lhe dão prazer devido a dor a cirurgia é uma opção razoável. Ao decidir sobre o tipo de cirurgia, o médico e o paciente terão em conta o tipo de lesão, a sua gravidade, e a condição física do paciente. 

      Qual a melhor cirurgia para tratar a artrite?

      Não é possível determinar qual a melhor cirurgia pois usamos uma cirurgia para cada caso, as cirurgias mais comuns são: 
      • A remoção da sinóvia doente.
      • Substituição da cartilagem doente por cartilagem sadia retirada do próprio paciente (transplante entre articulações)
      • Osteotomias peri articulares (osteotomias = cortes ósseos que permitem mudar o alinhamento das articulações)
      • Artrodese - Fusão das extremidades dos ossos da articulação, usada somente em casos de doença isolada da articulação.
      • Artroplastias (próteses) cirurgia para substituir a articulação (Artroplastia parcial ou total)
      Alguns tipos de lesão na cartilagem também podem ser tratadas com enxertos autólogos de cartilagem. No primeiro procedimento o cirurgião retira cartilagem sadia do próprio paciente e implanta essas essas células numa cirurgia. Essas células são cultivadas em latoratório e essa tecnologia já está disponível no Brasil. Alternativamente podemos implantar células tronco retiradas da medula óssea e também cultivadas em laboratório.

      Tratamento de Longo Prazo.

      Na maioria dos casos, pessoas com artrite podem continuar a exercer atividades normais da vida diária. Programas de exercício, anti-inflamatórios e a redução de peso para pessoas obesas são medidas comuns para reduzir a dor, a rigidez e melhorar a função.
      Em pessoas com graves casos de artrite, a cirurgia ortopédica pode proporcionar muitas vezes um alívio dramáticas da dor e restaurar a função naquela articulação
      Alguns tipos de artrite, como a artrite reumatóide, são frequentemente tratadas por uma equipe de profissionais de saúde. Esses profissionais podem incluir reumatologistas, físioterapeutas e terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, especialistas de reabilitação e o ortopedista 

      Pesquisas
      Um dos trabalhos mais interessantes publicados nos últimos tempos relaciona o teriparatide com a regeneração da cartilagem articular, esse estudo ainda está na fase pré clinica, porém, é o primeiro que mostra alguma efetividade na prevenção e regereração da cartilagem danificada por fratura que evoluiu com artrose secundária.
      Referencia: http://sites.google.com/site/drmarcosbrittodasilva/artigo-sobre-teriparatide-e-artrose. Ortopedista RJ

      O joelho esta ficando torto. Qual o melhor tratamento para a artrose do joelho ?

      A artrose pode alterar o alinhamento do joelho e ele arquear. O arqueamento mais comum é o chamado geno varo, imagine que uma pessoa está montada num cavalo e que e os pés se aproximam por baixo da barriga do cavalo. isso ocorre pois há um desgaste assimétrico na cartilagem e o compartimento medial do joelho ( a parte de dentro do joelho) se desgasta mais que a parte lateral e com o passar dos anos a perna vai entortando. Dependendo do grau de desgaste da articulação podemos fazer uma osteotomia e nos casos mais graves devemos fazer uma prótese de joelho. Essa é uma orientação geral realmente você terá que levar sua avó a um ortopedista.

      Em relação ao uso do dorflex diariamemte.

      Usar medicamentos analgésicos e antinflamatorias diariamente pode causar complicações gastricas e hematológicas. Os medicamentos devem ser usados somente sob orientação e acompanhamento médico.

      Não andar devido a dores nas juntas.

      A artrose provoca dor e rigidez articular a dor é pior pela manhã e no final do dia. melhora depois que a " junta esquenta ". 
      A atividade física é essencial para o tratamento da artrose, sem atividade física perdemos musculatura e surge a sarcopenia, quanto maior a perda muscular mais difícil se movimentar e maior a dor na junta. O paciente entra num ciclo vicioso: 
      " Não anda porque sente dor, perde massa muscular porque não anda, a perda de massa muscular aumenta a dor pois sobrecarrega a articulação. Levando o paciente a ficar cada vez mais parado " Para interromper o ciclo precisamos de atividades físicas para fortalecer os músculos e dessa maneira diminuir a dor, a atividade física produz endorfina que é um poderoso analgésico e traz uma sensação de bem estar. Sua avo precisa de atividade física para recuperar a massa muscular e diminuir a dor.

      Dr. Marcos Britto da Silva
      Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
      Rio de Janeiro, RJ, Brasil 
      atualizado em 01/05/2019

      Leia mais sobre artrose

      Fratura do Quadril em Idosos

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      Nesse Artigo faço uma revisão da literatura em relação a fratura transtrocanteriana do quadril.

      Qual a incidência de Fraturas transtrocanteriana ?

      Thomas Russell. AAOS - 2008
      50% das fraturas do quadril são transtrocanterianas
      50% dessas SÃO fraturas INSTÁVEIS
      40% dos pacientes com fratura do qudril necessitarão de muletas ou andadores para caminhar após a cirurgia
      24% dos pacientes com fraturas do quadril com idade maior que 50 anos irão morrer em um ano após a cirurgia.

       

      Como podemos Prevenir a Fratura transtrocanteriana?

      A densidade óssea é um favor determinante na etiologia da fratura trans-trocanteriana é Rara com densidade maior que 1,0 g/cm2 no exame de densitometria
      A incidência sobe para 16,6 fraturas por 100 pessoas com densidade menos 0,6 g/cm2. (osteoporose)
      Referencia: DEAN G. LORICH JBJS (A) 2004

      Qual o Momento Ideal Para Realizar a Cirurgia de pacientes com fraturas de quadril?

      -Postergar a cirurgia por mais de 2 dias aumenta a índice de morte no primeiro ano de pós operatório ou seja devemos operar rapidamente.
      -O tempo deve ser individualizado paciente a paciente porém todos os esforços devem ser feitos para que o paciente opere nos 2 primeiros dias.
      Zuckerman et al. Postoperative complications and mortality associated with operative delay in older patients who have a fracture of the hip.JBJS (A) 1995


      Quais as opções para tratamento cirúrgico das fraturas do quadril? (Osteossínteses)

      DHS ( dynamic Hip screw ) CHS ( compression Hip Screw )
      Haste Intramedulares - Gamma, PFN, TFN
      Novos implantes
      PCCP ,Meddoff , Talon , DHS - SL , TAN , TFN

      Quais as principais complicações com DHS?

      Falência de síntese ( a placa solta ou quebra)
      1,5% fraturas Estáveis
      27% fraturas Instáveis.
      Cutout ( o material de síntese corta a cabeça)
      Encurtamento do membro inferior ( que levam a Trendelemburg e dor no quadril )

      Quais as principais causas dessas complicações?

      O cirurgião perdeu autonomia de escolha do material cirúrgico. Os pacientes hoje tem uma relação médico - convênio - paciente, a relação médico - paciente está desaparecendo no momento da cirurgia. As operadoras de plano de saúde se orientam pelo preço da prótese e não pela sua qualidade. Uma fratura instável operada com DHS tem uma chance de 27% de falha. Nesses casos a melhor opção são os implantes centro medulares que custam de 3 a 10 vezes o custo de um DHS. Essa não é a única causa porém é a que mais aflige o cirurgião. Essa foi a principal razão para que eu me descredenciasse dos planos de saúde e dessa maneira tivesse a opção de escolha dos materiais que uso na cirurgia.

      Qual a melhor CLASSIFICAÇÃO para fraturas transtrocanterianas?

      Pensar na classificação dividindo as fraturas em estáveis e instáveis.
      Estabilidade está em conseguir uma redução com oposição das corticais fundamentalmente da cortical medial.
      Instabilidade está nas fraturas cominutivas da região póstero-medial, fratura da parede lateral, traço obliquo invertido, fratura transtrocanteriana com extensão para a região subtrocantérica e Fratura do Colo do femur associada a fratura transtrocanteriana.
      Distância entre o centro da cabeça e a ponta do parafuso deve ser < 25 mm. na soma da distância entre o AP e perfil

      Qual a importância da Fratura da Parede Lateral na fratura transtrocanteriana?

      Fratura na parede lateral do quadril instabiliza a fratura transtrocanteriana
      Piora o prognostico
      Aumenta o impacção e a medialização
      o paciente evoluiu com DOR, ENCURTAMENTO E TRENDELEMBURG no pós operatório caso essa fratura não seja abordada e estabilizada Referencia: Gotfried - Clin Orthop 2004

      Qual o prognostico dos pacientes com FRATURA DA PAREDE LATERAL?

      FRATURAS A2.2 E A 2.3
      COM FRATURA PAREDE LATERAL = 22% DE FALÊNCIA
      SEM FRATURA DA PAREDE LATERAL = 3% DE FALÊNCIA
      PALM ET AL JBJS (A) 2007


      Quais os riscos de falência da osteossíntese com CUTOUT ?

      OSSO OSTEOPORÓTICO
      ROTAÇÃO DA CABEÇA FEMURAL DEVIDO AO EFEITO SPIN
      FALÊNCIA DA PAREDE LATERAL DO TROCANTER.
      TRAVAMENTO DO SISTEMA DHS

      Qual o prognóstico da fratura em relação ao deslizamento do parafuso DHS ?

      Segundo Jacobs - fraturas estáveis deslizam 5,3 mm, jea nas instáveis o deslizamento é muito maior 15,7 mm.
      Segundo Steinberg et al. - deslizamento médio é de 9,3 mm, deslizamentos > 15 mm estão frequentemente relacionados a falência.
      Segundo Rha et al. o deslizamento excessivo é o principal fator de causal de falência da OSTEOSSÍNTESE.
      Parker et al. - medialização do colo maior 1/3 da diâmetro da diáfise aumenta em 7x a incidência de falência.
      Deslizamento; 15 a 20 mm está associado a diminuição da mobilidade e dor no pós operatório.

      Quais as Falhas com implantes de parafuso único em fraturas instáveis?

      Instabilidade rotatória
      Falha da parede lateral = associada a maior morbidade no pós operatório colapso da
      Fratura resulta em encurtamento do membro e fraqueza dos músculos abdutores.
      Moroni et al JBJS 2005

      Quais as vantagens das técnicas minimamente invasivas DHS ou Haste para tratar a fratura do quadril?

      Diminuem o sangramento
      Diminuem a lesão muscular
      Diminuem as complicações
      Diminuem o tempo de consolidação.

      Quais as vantagens da osteossíntese com Hastes intramedulares de 1a x 2a gerações ?

      A 2o geração apresenta hastes + curtas
      Diminuição do offset de 10o para 4o
      Diminuição da espessura da haste de 16 para 11 mm, tem menor dor na coxa e incidência de fratura femoral
      Menor deslizamento = menor encurtamento do membro inferior.
      Apresenta melhora nos resultados clínicos
      Exige MAIOR curva de aprendizado
      É mais cara.

      EVIDENCE BASED WORKING GROUP - JOT 2005
      Tratamento da fratura com prótese de quadril

      Tratamento controverso
      Alto custo
      Maior perda Sanguínea e complicações pós operatórias
      Tratamento somente para casos selecionados e para revisão de falhas de osteossíntese.

      Dr. Marcos Britto da Silva
      Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
      Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
      atualizado em 01/09/2019

      Vitamina D: Importancia para a Saúde

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      Vitamina D e Sol 

      A vitamina D é produzida no pele a partir do colesterol quando a pele é exposta aos raios solares. Portanto o Sol é fundamental para o organismo produzir vitamina D.

      É possível produzir vitamina D sem se expor ao sol ?

      veja resposta abaixo.

      Como ocorre a produção de vitamina D na pele?
      A produção de vitamina D na pele ocorre principalmente nas camadas espinhosa e basal, sendo maior com exposição aos raios solares com comprimento de onda entre 295-297 nm. Para isso ocorrer precisamos de Índice UV maior que 3 (no Brasil esse índice é maior que 4-9 o ano todo) Nos países de clima temperado ela ocorre na primavera e verão porém nunca atinge esses índices nos pólos.

      Inclinação do Sol e Produção de vitamina D
      A medida em que vamos nos afastando da linha do equador o sol fica mais inclinado em relação a terra e para os raios Solares chegarem a superfície terrestre tem que atravessar uma camada maior de atmosfera. Isso também ocorre em relação ao dia. Quando o sol nasce e também no por do sol ele percorre maior quantidade de atmosfera. Quando mais próximo do meio dia mais fácil produzir vitamina D e menos tempo precisamos ficar expostos ao sol.

      A quantidade de vitamina D ingerida através dos alimentos é suficiente para as necessidades do organismo?
      Não, se o paciente não pegar sol diariamente ele irá desenvolver carência de vitamina D caso não faça suplementação oral.

      A Vitamina D é uma vitamina ou um hormônio?
      A vitamina D é um hormônio esteroide e pode ser produzido pelo organismo através da exposição ao sol. Uma "vitamina" por definição é uma substância reguladora requerida pelo organismo em pequenas porções porém o organismo não pode produzi-la.A vitamina D continua a ser oficialmente classificada como vitamina por razões nutricionais e de saúde pública.
        
      Vitamina D e Equilíbrio.
      A vitamina D é um hormônio que participa da função de várias células, inclusive do sistema nervoso central. A carência de vitamina D está relacionado ao equilibrio e a carência de vitamina D está relacionada ao aumento do número de quedas em pacientes idosos.

      Vitamina D e Câncer 
      A vitamina D induz a diferenciação e inibe a proliferação de várias células no orgaminismo. A vitamina d em altas doses pode inibir a profiferação de células cancerosas porém ainda não conseguimos usar essa propriedade na prática clínica pois as concentrações requeridas para produzir esse efeito levam a hipercalcemia  ( aumento da concentração sanguínea de cálcio) que é prejudicial ao organismo.

      Vitamina D e capacidade cognitiva
      A vitamina D é um hormônio esteroide que ativa e modula várias células cerebrais, estudos recentes demonstraram que pacientes com deficiência de vitamina D tem diminuição da capacidade cognitiva e essa deficiência se acentua a medida que os níveis de vitamina D diminuem no sangue.

      Como é o Metabolismo da Vitamina D?
      Inicialmente ocorre uma Foto conversão na pele. O Colesterol mais especificamente a 7-dehidrocolesterol se transforma em vitamina D3 ou nos casos onde o paciente não se expõe ao sol o paciente pode receber suplementação de vitamina D oralmente.
      Após a pele a vitamina D3 vai para o Fígado e sobre uma hidroxilação: Vitamina D3 → 25(OH)D3, e esse é a principal fração circulante
      Após o fígado a vitamina D segue para o rim e sofre uma segunda hidroxilação Rim: 25(OH)D3 → 1a,25(OH)2D3 que é a vitamina ativa.
      A vitamina D e estão Transportada (1,25(OH)2D3) aos órgãos alvo.
      Na célula ocorre a Ligação da 1,25(OH)2D3 ao receptor nuclear (chamado de RVD) do órgão alvo e ocorre a produção da resposta biológica.

      Vitamina D e osteoporose.
      A vitamina D é essencial para tratamento e para a prevenção da Osteoporose.

      Vitamina D e Cálcio
      A vitamina D faz parte integrante do metabolismo do cálcio, pois controla a absorção de cálcio no intestino, sem vitamina D o organismo não absorve o cálcio ingerido. Mesmo tomando suplementos de cálcio sem vitamina D não absorveremos esse cálcio.

      Deficiência de Vitamina D na Infância.
      A deficiência de vitamina D na infância leva ao raquitismo, doença causada pela deficiência na mineralização óssea que leva o esqueleto a ficar com os ossos curvos. A criança fica com as pernas arqueadas.

      Deficiência de Vitamina D no adulto.


      A carência de vitamina D causa uma desabsorção do cálcio e uma mineralização inadequada do osso levando ao surgimento da osteomalacia. ( Leia mais sobre osteomalacia clique aqui )

      Quais as funções da vitamina D?

      No Intestino ativa receptores que controlam a absorção do cálcio.
      Na pele regula a Produção de mais vitamina D.
      Regulam várias outros receptores dentro do núcleo de todas as células do organismo.

      Indivíduos de pele escura precisam de mais vitamina D?

      Sim, Indivíduos melanodérmicos necessitam de mais tempo expostos ao sol para produzir a mesma quantidade de vitamina D que indivíduos de pele clara.

      Onde ocorre a Deficiência de vitamina D?

      Altamente prevalente nos Estados Unidos e Europa
      Poucos dados sobre o Brasil - Em Teoria baixa incidência devido a possibilidade de exposição ao Sol. Estamos observando um aumento da incidência com o envelhecimento, 1/3 da população de meia idade e idosos nos USA tem deficiência de vitamina D.

      Quais as causas de deficiência de vitamina D em pacientes mais idosos?

      Varias são as causas podemos destacar: a dificuldade de locomoção, comorbidades, diminuição de exposição ao Sol, uso de roupas cobrindo todo o corpo, protetores solares e chapéu.

      Qual a Dosagem sanguínea Normal de vitamina D?

      A dosagem normal varia entre 30-100 ng/ml

      Qual o papel da genética e da idade na absorção do Cálcio mediado pela vitamina D?

      Dawson-Hughes B, et al: Calcium absorption on high and low calcium intakes in relation to vitamin D receptor genotype. J Clin Endocrinol Metab, 1995.
      Receptores nucleares da Vitamina D (RVD) tem polimorfismo de resposta com indivíduos “bb” tendo > densidade mineral óssea que “BB”. ( isso ocorre devido a Ação nos receptores das células intestinais levando a uma menor absorção de calcio) ou seja indivíduos bb tem receptores nucleares mais sensíveis a vitamina D e portando respondem melhor, melhorando a absorção de calcio e prevenindo a osteoporose.

      A idade influencia na vitamina D?

      A concentração do RVD intestinais diminui com a idade, podendo ser uma causa da resistência a 1,25(OH) D3 no idoso, com consequente diminuição da absorção de cálcio nesse grupo etário.
      Ou seja a medida que envelhecemos temos menos receptores portanto precisamos de mais vitamina D para obter as mesmas respostas anteriores.
      Referencia Wémeau JL: Calciotropic hormones and ageing. Horm Res 1995.

      A Foto proteção com o uso de cremes e diminuição do áreas expostas ao Sol diminuem a concentração de vitamina D no Sangue?
      Ferreira, AMO e colaboradores realizaram um trabalho de Correlação entre fotoproteção e concentração de 25 hidroxi-vitamina D e paratormônio entre médicos de São Paulo 
      An. Bras. Dermatol, 2007.
      Foram avaliados 50 voluntários: na maioria Médicos 35 a 60 anos na cidade de São Paulo.
      Foram criados 2 grupos:
      Grupo 1: fotoprotegidos: chapéu camiseta, sombra e filtro solar FPS 30 após 6 meses concentração sanguinea de vitamina D=29,2 ng/ml
      Grupo 2 sem fotoproteção após 6 meses concentração sanguínea de vitamina D=35,4 ng/ml
      Conclusão se diminuirmos muito as áreas expostas ao sol e usamos continuamente fotoprotetor podemos ficar com deficiência de vitamina D

      Qual a relação entre Vitamina D e Sistema Cardiovascular?

      Um corpo de evidências cada vez maior sugere que a deficiência de vitamina D pode afetar adversamente o sistema cardiovascular .Existe uma Associação entre Níveis de Vitamina D e:
      • Níveis de atividade da renina plasmática,
      • Pressão arterial,
      • Calcificação das artérias coronárias e
      • Prevalência de doenças cardíacas
      Referencia: Zittermann A, Schleithoff SS, Koerfer R. Putting cardiovascular disease and vitamin D insufficiency into perspective. Br J Nutr. 2005.

      Quais as Evidências entre Deficiência de Vitamina D e Doença Cardiovascular?

      • Estudos ecológicos tem demonstrado um aumento nas doenças coronarianas e da hipertensão com o aumento da distância da linha do equador,
      • Esse fenômeno que tem sido atribuído a alta prevalência de deficiência de vitamina D em regiões com menor exposição solar
      Referencias:
      Voors AW, Johnson WD. Altitude and arteriosclerotic heart disease mortality in white residents of 99 of the 100 largest cities in the United States. J Chronic Dis. 1979;
      Fleck A. Latitude and ischaemic heart disease. Lancet. 1989
      Grimes DS, Hindle E, Dyer T. Sunlight, cholesterol and coronary heart disease. QJM. 1996.
      Rostand SG. Ultraviolet light may contribute to geographic and racial blood pressure differences. Hypertension. 1997
      O'Connell TD, et al 1,25- Dihydroxyvitamin D3 regulation of cardiac myocyte proliferation and hypertrophy. Am J Physiol. 1997

      Qual a relação entre a vitamina D e a hipertensão arterial?

      Em ratos a não ativação dos receptores da vitamina D leva a aumento da regulação do sistema renina angiotensina com o desenvolvimento de hipertensão e hipertrofia do ventrículo esquerdo.

      Qual a relação entre a Vitamina D e Proliferação de Cardio miócitos e musculatura lisa dos vasos?

      In vitro ( pesquisa feita em laboratório): 1,25 dihidroxivitamina D suprime a expressão do gene da renina, regula o crescimento e a proliferação das células da musculatura lisa dos vasos e dos cardiomiócitos ( células musculares do coração)

      Li YC, et al. 1,25 - Dihydroxyvitamin D(3) is a negative endocrine regulator of the renin-angiotensin system. J Clin Invest. 2002;

      Qual a relação entre vitamina D, glicemia e a hipertensão?

      Nesse trabalho foram avaliados 381 estudantes  universitários (201 Homens  e 180 Mulheres com idade media 24 anos)
      Vitamina  D foi inversamente relacionado a massa corporal, a pressão sistólica e a circunferência abdominal
      Nos modelos de analise com regressão multivariada, após ajuste para sexo e índice de massa corporal a 25 OH D foi um preditor da glicose plasmática rápida e da pressão sistólica na população em geral.
      Conclusões: Parece que indivíduos com baixa vitamina D são mais gordos, tem pressão sanguinea mais alta e tem aumento da circunferencia abdominal.

      Referencia: Gannag-Yared MH , Chedid R, Khalife S, Azzi E, Zoghbi F, Halaby G. Vitamin D in relation to metabolic risk factors, insulin sensitivity and adiponectin in a young Middle-Eastern population. Eur J Endocrinol. 2009 Mar.

      Qual a relação entre a Insuficiência Cardíaca Congestiva e a Osteoporose?

      Abou-Raya S , Abou-Raya A Osteoporosis and congestive heart failure in the elderly patient: Double disease burden. Arch Gerontol Geriatr. 2008 Oct 30.
      esses autores avaliaram 126 pacientes, > 65 anos com Insuficiencia Cardíaca Congestiva

      Observaram uma Associação direta entre a insuficiência cardíaca e diminuição da massa óssea.
      A insuficiência cardíaca associada a osteoporose aumenta ainda mais o risco de fraturas nesse grupo.
      Conclusão: estratégias para otimizar o tratamento da insuficiência cardíaca e melhorar os níveis de vitamina d  e da atividade físicas são críticos nesses pacientes

      Qual a relação entre a Vitamina D e os Eventos Cardiológicos?

      O estudo Avaliou a concentração de 25 OH no sangue em 1739 descendentes do estudo Framinghan
      Idade média de 59 anos, 55% Mulheres, 45% Homens, Todos Brancos
      Foi considerado Normal para o metabolismo ósseo a concentração de 25-OH D maior que 30 ng/ml
      Considerou os seguintes níveis de deficiência:  
      • Deficiência 25-OH D menor que 15 ng/ml ( 28% casos )
      • Deficiência severa 25-OH D menor que 10 ng/ml ( 9% casos )
      • Grupo Controle 25-OH D maior 15 ng/ml
      Durante acompanhamento médio de 5,4 anos 120 indivíduos apresentaram um evento cardiovascular
      Nos Pacientes com 25-OH D < 15 ng/ml a Taxa de risco de relativo foi 1.62 (IC95% 1.11 a 2.36 p=0,01) quando comparada aos pacientes 25-OH >15 ng/ml
      Esse efeito foi evidente somente nos pacientes com hipertensão, taxa de risco de 2,13 contra 1.04 nos pacientes não hipertensos.
      Taxa de risco de 1.53 níveis de 10 a 15 ng/mL (IC95% 1.00 a 2.36) (P =0.01).Taxa de risco de 1.80 níveis « 10 ng/mL (IC95% 1.05 a 3.08) (P =0.01).
      Ajustes posteriores em relação ao PCR atividade física ou uso de vitamina D não afetaram os resultados.
      Conclusão: Há um aumento do risco de evento cardiovascular com a diminuição da concentração de 25(OH)D. ( em níveis mais acentuados )
      A deficiência de Vitamina D está associada a incidentes cardiovasculares, porém, estudos clínicos e experimentais devem ser realizados para determinar se a correção dos níveis circulantes de vitamina D pode contribuir na prevenção de doença cardiovascular.
      Referencia: Wang, TJ et al. Vitamin D Deficiency and Risk of Cardiovascular Disease Circulation Jan,2009

      Qual a relação entre Vitamina D e dores Musculares ?

      Badsha H, Daher M, Ooi Kong K Myalgias or non-specific muscle pain in Arab or Indo-Pakistani patients may indicate vitamin D deficiency. Clin Rheumatol. 2009 Mar

      Avaliaram 139 pacientes , 95% mulheres, Media de Idade  = 40 anos - em DUBAI
      • 50% árabes dos paciente ( e dessas 92% usavam a burca. )
      • 31% indianas ( 11% usavam burca )
      • 16% brancos ocidentais
      • 3% orientais
      74% desses pacientes apresentavam vitamina D menor que 20 ng/ml mesmo estando num Pais com muito Sol
      Dos pacientes que apresentaram deficiência de vitamina 86% das árabes e somente 8% dos brancos ocidentais apresentaram deficiência de vitamina D que foi atribuída ao uso da Burca ( tipo de vestimenta que cobre todo o corpo)

      Conclusão: Nesse trabalho 90% das pacientes com vitamina D menor que 20 ng/ml que receberam suplementação melhoraram das dores, sugerindo que a carência de vitamina D pode estar relacionada as dores crónicas.

      Qual a Relação entre a Vitamina D Osteoporose e Osteomalacia ?

      A Osteomalácia é a Carência de vitamina D no Osso que leva a Deficiência na mineralização da matriz óssea e provoca a Fragilidade Óssea, uma Diminuição da força e dores musculares, casos graves podem cursar com tetania.

      Referencia: Mechica, JB Raquitismo e osteomalacia Arq. Bras. Endocrinologia Metab.1999, Dec. Pequena serie de 8 biopsias de crista ilíaca em pacientes com fratura de colo de Fêmur revelou 2 casos com osteomalacia
      A densidade óssea é um favor determinante na etiologia da fratura do quadril.
      Raro com densidade > 1,0 g/cm3
      A incidência sobe para 16,6 fraturas por 100 indivíduos com densidade é menor que 0,6 g/cm3.

      DEAN G. LORICH JBJS (A) 2004
      Cranney, A. et al. Effectiveness and safety of vitamin D in relation to bone health. Evid Rep Technol Assess (Full Rep). 2007 Aug

      Revisão Sistemática de 167 artigos, 112 ensaios clínicos randomizados, 19 coortes prospectivos, 6 casos controle e 6 seis ensaios tipo antes e depois.

      50% dos pacientes adultos maiores de 50 anos com fratura do quadril tem concentração sérica de vitamina D menor que 12ng/ml  nos USA.
      Conclusâo: A deficiência de vitamina D esta associadas as quedas e também a um aumento da osteoporose.
      O aumento da concentração de vitamina D circulante está associada a diminuição da incidência de quedas.

      Qual a relação entre Vitamina D - Força Muscular e equilíbrio?

      Quando encontramos Concentração sérica de 25 OH menores que 30 ng/ml observamos:
      • Aumento da incidência de quedas nos pacientes
      • Ocorre uma diminuição da força muscular
      • Deterioração do equilíbrio e da coordenação motora
      Referencia: Dhesi et al. Neuromuscular and psycological funcional in elderly subjects who fal and the relationship with vitamin D status J Bone Miner. Res. 2003.

      Suplementação de Vitamina D e diminuicão da incidência de Quedas?
      Foram pesquisados 124 participantes idade média de 89 anos, 5 grupos: avaliou a incidência de quedas em 5 meses após suplementação de vitamina D

      Os autores observaram uma diminuição na incidência de quedas quando a suplemetação foi maior ou igual a 800 unidades por dia

      Gráfico com a Incidência  de quedas com em relação a dosagem de vitamina D tomada diariamente:
      • Placebo - 44%
      • 200 ui -    58%
      • 400ui -     60%
      • 600ui -     60%
      • 800ui -     28% ( menor incidência de quedas do grupo )
      Parece que a diminuição da incidência de quedas ocorre somente com maiores valores de suplementação de vitamina D. pacientes que tomaram 800 unidades de vitamina D apresentaram somente 28% de quedas.
      Referencia Broe, Kerry et al. A Higher Dose of Vitamin D Reduces the Risk of Falls in Nursing Home Residents: A Randomized, Multiple-Dose Study Journal of the American Geriatrics Society. February 2007.

      Qual a Dose diária recomendada de vitamina D de acordo com a idade?

      CRIANÇAS Até 6 meses                                 300UI
      CRIANÇAS Mais de 6 meses                          400UI
      ADULTOS com mais de 24 anos                     200UI
      Gestantes e lactantantes                                  400UI
      Na ausência de exposição ao sol                    800UI
      IDOSOS                                                           1000UI

      A medida que envelhecemos temos maior dificuldade de absorver nutrientes e idosos podem necessitar de doses muito maiores de vitamina D.
      Podemos retirar a vitamina D que necessitamos de suplementos, a dose deve ser individualizada caso a caso. 
      Tabela de conversão da dosagem sanguínea da Vitamina D 
      (resultados em pg/ml converter para pmol/l e ng/ml para nmol/l 

      1,25-Dihydroxivitamina D pg/mL multiplicar por  2.6 e teremos o resultado em pmol/L 

      25-Hydroxivitamina D resultado em ng/mL multiplicar por 2.496 e teremos o resultado em nmol/L 

      Dr. Marcos Britto da Silva
      Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
      Rio de Janeiro, RJ, Brasil
      Atualizado em 15/09/2019

      OSTEONECROSE DOS OSSOS MAXILARES e BIFOSFONATOS

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      O que são os Bifosfonatos?

      Bifosfonatos são drogas sintéticas análogas do pirosfosfato usadas no tratamento da hipercalcemia em pacientes com doenças malignas e metástases ósseas e no tratamento de outras desordens, como doenças osteometabólicas e osteoporose. 

      Qual a função dos Bifosfonatos?

      Inibição da função dos osteoclastos, levando assim a uma diminuição da reabsorção óssea.
      Estes compostos afetam o turn over ósseo em vários níveis.
      • Nível Tissular: os bifosfonatos inibem a reabsorção óssea e diminuem o seu turn over.
      • Nível Celular: eles atuam nos osteoclastos e inibem a sua função de diversas formas: inibição do recrutamento e diminuição do tempo de vida dos osteoclastos e inibição da atividade osteoclástica na superfície óssea
      • Nível Molecular: os bifosfonatos modulam a função osteoclástica, ligando-se a receptores de superfície presentes na célula óssea ou a enzimas intracelulares

      Qual a meia vida dos Bifosfonatos ?

      A meia-vida destas drogas na circulação é curta, entre trinta minutos e duas horas. Entretanto, uma vez incorporado ao osso, o bifosfonato pode permanecer por anos dependendo do intervalo de duração do turn over ósseo e da potencia da droga, medicamentos que usam intervalos maiores entre a tomadas em geral permanecem mais tempo no organismo

      Qual a teoria para explicar a osteonecrose que ocorre na Mandíbula?

      Duas teorias são utilizadas para explicar o mecanismo desta condição:
      • Interrupção na remodelação óssea
      • Inibição da angiogênese capilar.

      Como Ocorre a osteonecrose causado pelo Bifosfonatos ?

      A osteonecrose ocorre devido a uma parada na remodelação óssea, causada pelo efeito dessas drogas ao inibir a ação dos osteoclastos.

      Qual a concentração de bifosfonatos na Mandíbula?

      Os bifosfonatos possuem doses de concentração maiores na maxila e na mandíbula, quando comparados com outros ossos.

      Porque ocorre uma maior concentração de bifosfonatos na mandíbula?

      Os ossos maxilares possuem um maior suprimento sangüíneo e um turn over ósseo mais acelerado, ambos relacionado à sua atividade diária e à presença de dentes, que exige uma remodelação óssea diária envolta do ligamento periodontal.

      Qual a vida média do osteoclasto?

      Os osteoblastos e osteócitos vivem em média 150 dias.
      Se no momento em que morrem a matriz mineral não for reabsorvida pelos osteoclastos o osteon se torna acelular e necrótico. A morte do osteócito induz a liberação de citocinas, da proteína morfogenética óssea e de fatores de crescimento insulina-like, (responsáveis pela indução da proliferação osteoblástica das células mesenquimais). Sem o osteoclasto funcionando essa liberação não ocorre.
      Sem essa substâncias os pequenos vasos capilares encontrados no osso involuem e o osso se torna avascular. 

      Porque o fenômeno do osteonecrose acomete mais a mandíbula e a maxila com o uso de Bifosfonatos ?

      O maior turnover ósseo nessa região, a maior concentração destas drogas nos ossos maxilares que impedem a reabsorção da matriz óssea e a renovação óssea. Associada a tratamentos odontológicos invasivos e à presença de uma mucosa fina recobrindo estes ossos, pode explicar porque este fenômeno ocorre quase que exclusivamente na maxila e na mandíbula.

      Como é a teoria do parada da osteogênese capilar induzida pelos Bifosfonatos?

      A segunda teoria da patogênese da osteonecrose por bifosfonatos sugere que algumas destas drogas, principalmente o pamidronato e o ácido zoledrônico, inibem a angiogênese capilar. Fournier et al. em 2002 mostraram que ocorre inibição da angiogênese, diminuição na formação dos túbulos capilares e inibição do fator de crescimento endotelial. Portanto, de acordo com esta teoria, ocorre inibição na proliferação das células endoteliais, levando à diminuição de vasos sanguíneos e à necrose avascular do osso. 

      Como é feito o diagnostico da osteonecrose da mandíbula e maxila?

      O diagnóstico é essencialmente clínico, manifestando-se como:
      • Exposição óssea acompanhada de dor, podendo às vezes ser assintomática
      • Presença de edema e secreções purulentas
      • Fistulas cutâneas, fistulas mucosas e exposição óssea através da pele

      Qual os locais mais afetados pela osteonecrose?

      A maioria dos casos de osteonecrose por bifosfonatos ocorre na mandíbula, principalmente em sua região posterior.
      A maxila também pode ser afetada e sua localização preferencial também é a região posterior.
      O acometimento simultâneo de ambos os ossos (mandíbula e maxila) também pode ocorrer.

      Quais os principais fatores que induzem a osteonecrose?

      Os principais fatores desencadeadores desta condição são os procedimentos odontológicos cirúrgicos como extrações, implantes dentários e traumas locais como próteses mal adaptadas.

      Existe algum marcador sanguíneo para avaliar a osteonecrose de mandíbula?

      O teloptídeo c-terminal sérico (CTX) é um importante marcador de supressão óssea, sendo muito útil para o clínico avaliar riscos de exposição do osso, principalmente quando o paciente for submetido a procedimentos invasivos.
      • Valores de CTX menores 100 pg/ml = risco alto de exposição óssea.
      • Valores compreendidos entre 100pg/ml e 150pg/ml, um risco moderado.
      • Valores acima de 150 pg/ml apresentam risco mínimo de exposição óssea.

      Quais as diferenças entre a doença clínica e subclínica da osteonecrose?

      Alguns autores consideram que a doença existe antes mesmo da exposição óssea na cavidade oral, porém existem diferenças morfológicas entre o osso já exposto (doença clínica) e o não exposto (doença subclínica).
      • Histopatologicamente, no osso exposto, observa-se a presença de uma matriz calcificada, com ou sem invasão bacteriana e uma escassez de células e vasos sangüíneos, típico de um quadro de necrose.
      • No osso alterado, mas não exposto, observa-se hipercelularidade, hipervascularidade e osteogênese, aspectos histopatológicos que caracterizam, mas que não são exclusivos, da osteomielite.

      Qual o papel dos exames de imagem no diagnostico da osteonecrose?

      Os exames de imagem, como radiografias panorâmicas, tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética (RM) e cintilografia óssea, são de grande importância como auxiliares diagnósticos.
      • TC , IRM e a radiografia são considerados importantes na avaliação da extensão das lesões e a cintilografia óssea pode útil para a detecção de osteonecrose subclínica (osso não exposto) em pacientes que fazem uso de bifosfonatos.
      • A imagem de ressonância magnética, consegue caracterizar a doença em duas fases (fase clínica e fase subclínica), definindo assim a real extensão da lesão

      Quais as características da osteonecrose na Ressonância?

      Na doença clínica uma baixa de captação de sinal em T1 e T2 e relativamente baixa em IR ( inversão de recuperação), sugestivo de baixa concentração de água, o que correlacionou-se histopatologicamente com áreas de osteonecrose.
      Na doença subclínica, a IRM mostrou uma baixa captação de sinal em T1 e uma alta captação de sinal em T2 e em IR, sugerindo uma alta concentração de água, o que foi histopatologicamente compatível com osteomielite.

      Quais vias de administração de bifosfonatos causas mais osteonecrose?

      O maior número dos casos de osteonecrose por bifosfonatos relatados na literatura esta relacionado à sua administração parenteral (endovenosa), envolvendo principalmente o pamidronato e o ácido zolendrônico, drogas muito utilizadas no tratamento de metástases ósseas envolvendo o câncer de mama e no tratamento do mieloma múltiplo, porém o uso crônico de medicações orais também estão associados a fraturas atípicas no femur e osteonecrose de mandíbula.

      Os bifosfonatos administrados por via oral para tratar osteoporose podem causar osteonecrose de mandíbula?

      Vários estudos têm demonstrado que bifosfonatos administrados por via oral, como o alendronato, risedronato e ibandronato muito utilizados no tratamento da osteoporose, estão envolvidos no desenvolvimento de osteonecrose dos maxilares, embora com uma prevalência menor que os bifosfonatos administrados por via parenteral para tratamento de outras doenças. 
      Woo et al.(2006), em sua revisão de literatura, relatam que, dos 368 casos de osteonecrose por bifosfonatos, apenas 15 ocorreram em pacientes submetidos à tratamento para osteoporose.
      Destes, 13 casos foram em pacientes fazendo uso de alendronato, um em paciente tomando risendronato e o outro caso ocorreu em um paciente que fazia uso de alendronato e ácido zolendrônico (via parenteral).

      Quanto tempo após o uso de bifosfonatos pode surgir a osteonecrose?

      Em um estudo realizado por Yarom et al. em 2007 onze pacientes do sexo feminino, submetidas à terapia com alendronato via oral para tratamento da osteoporose, desenvolveram osteonecrose dos maxilares cerca de quatro anos após o inicio do tratamento.

      Qual o tratamento para a osteonecrose de mandíbula?

      O tratamento da osteonecrose dos ossos maxilares ainda é bastante controverso, variando desde tratamento conservador:
      • Uso de bochechos com clorexidina a 0,12% quando a exposição óssea é assintomática.
      • Antibioticoterapia quando há relatos de dor com evidência clínica de sinais de infecção.
      • Debridamento no local da lesão.
      • Cirurgias de ressecção da área afetada pela osteonecrose.

      Qual o papel da oxigênio terapia hiperbárica no tratamento da osteonecrose de mandíbula?

      A oxigenoterapia hiperbárica, que no passado era considerada ineficaz por alguns autores , é atualmente aceita como um importante coadjuvante no tratamento das lesões devido ao seu potencial angiogênico.

      Dr. Marcos Brito da Silva
      Ortopedista, Traumatologia e Medicina do Esporte
      Botafogo, Rio de Janeiro, RJ
      atualizado em 22/04/2009

      Como encontrar o melhor tratamento para sua lesão ortopédica?

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      Qual o melhor tratamento ortopédico disponível para minha lesão ?

      O primeiro passo para alcançar o melhor tratamento para uma lesão ortopédica é ter o diagnóstico correto. Mais importante que a realização de exames é a oportunidade de conversar com um ortopedista que, após a coleta de história e um exame físico minucioso, irá elabora mentalmente as hipóteses diagnósticas. 
      Para confirmar essas hipóteses o ortopedista pode solicitar exames complementares de 
      • RX, 
      • Ressonância Nuclear Magnética, 
      • Tomografia Computadorizada, 
      • Cintilografia óssea, 
      • PET-Scan, 
      • Exames de sangue, 
      • Doppler Arterial e Venoso, 
      • Eletro-neuro-Miografia, 
      • Etc.

      Importante ressaltar que os exames devem ser solicitados somente quando há indicação, realizar exames desnecessários expõe o paciente a procedimentos desnecessários e pode confundir mais que ajudar. 

      Com os exames prontos o paciente deve retornar ao médico. Estamos na era dos encontros virtuais. Disponibilizar o link para que o médico veja os exames e nos informe os resultados pelo whatsapp não lhe permite encontrar o melhor tratamento da sua patologia ortopédica. 
      Se você quer o melhor tratamento em ortopedia, após realizar os exames pegue os resultados e leve pessoalmente ao seu ortopedista. Isso irá permitir que seu ortopedista lhe passe pessoalmente as melhores opções de tratamento e fisioterapia para seu caso. 
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