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Channel: Dr. Marcos Britto da Silva, MD, MSc Ortopedista Traumatologia Esportiva
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Cálcio e atividade física

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Independente da idade em que você se encontra, ingerir cálcio na quantidade adequada e através da alimentação é muito importante. Ossos fortes ajudam a prevenir a osteoporose, diminuem o risco de lesão com o passar dos anos e o impacto da atividade física. Além disso, esse mineral está envolvido na transmissão nervosa, coagulação do sangue, contração e respiração muscular.

Para se ter uma boa massa óssea, é necessário que desde pequeno se ingira alimentos ricos nesse nutriente. Sua formação máxima ocorre na adolescência, podendo ter uma relevância menor até os 30 anos. Por esse motivo, dietas restritivas nessa faixa etária com baixíssimas calorias são contra-indicadas. No entanto, essa é uma prática que vem crescendo, principalmente entre meninas, com o objetivo de se manterem magras.

A prática da atividade física (principalmente atividades com peso) , combinada com a ingestão adequada de cálcio contribui para a fixação do cálcio nos ossos, principalmente até a adolescência. Na idade adulta, essa prática pode contribuir para um aumento de massa óssea em 1 ou 2 %, o que é um grande benefício se pensarmos que com o avanço da idade é mais fácil os ossos se tornem porosos.

Por outro lado, quando sua ingestão via alimentação é insuficiente, há uma diminuição de cálcio na corrente sanguínea (questões hormonais também podem influenciar) e assim, o corpo tende a repor essa deficiência retirando cálcio dos ossos e dentes. Desta forma, o osso fica mais frágil e pode ocorrer osteopenia e osteoporose, aumentando o risco de fraturas.

Portanto, inclua na sua alimentação: lacticínios (leite e derivados de uma forma geral); hortaliças verde-escuras como couve, agrião e rúcula; algas marinhas (podem ser encontradas em casas de produtos naturais e adicionadas às saladas); gergelim, leguminosas como feijão e lentilha; amêndoas, brócolis e couve-for.

Dicas:
- o cálcio para ser absorvido necessita de vitamina D e esta só é ativada na presença do sol. Assim, procure tomar 15 minutos diários de sol, de manhã cedo.
- Evite o consumo de alimentos ricos em sódio (embutidos, conservas, refrigerantes, etc), pois eles diminuem a absorção de cálcio.
- Alimentos que contenham cafeína, como café, chá preto, chá verde mate e refrigerantes não devem ser consumidos juntos com alimentos ricos em cálcio (leite, iogurte, queijos, etc), pois dimunuem sua absorção. Aguarde uns 40 minutos após a refeição para só então tomar seu cafezinho.
A ingestão diária de cálcio varia de acordo com a idade, conforme tabela abaixo.

Faixa etária
Recomendação diária de Cálcio
O que consumir para alcançar a recomendação?
Crianças de 1 a 3 anos
500 mg
2 copos de leite (400ml) = 536mg de Cálcio
Crianças de 4 a 8 anos
800 mg
2 copos de leite (400ml) + 2 fatias médias de queijo minas frescal (60g) = 884 mg de Cálcio
Adolescentes 9 a 18 anos
1300 mg
2 copos de leite (400ml) + 4 fatias médias de queijo minas frescal (60g) + 50g de couve manteiga refogada = 1 mg de Cálcio
Adultos 19 a 50 anos
1000 mg
2 copos de leite (400ml) + 2 fatias médias de queijo minas frescal (60g) + 4 castanhas do pará + 50g de couve manteiga refogada = 1002 mg de Cálcio
Adultos com mais de 51 anos
1200 mg
2 copos de leite (400ml) + 2 fatias médias de queijo minas frescal (60g) + 4 castanhas do pará + 50g de couve manteiga refogada + 1 iogurte de morango (200g) = 1204 mg de Cálcio
Exemplos de alimentos ricos em cálcio
Alimento
Quantidade
Teor de cálcio (mg)
Iogurte natural desnatado
1 pote (180g)
283
Leite de vaca desnatado UHT
1 copo raso (200g)
268
Iogurte sabor morango
1 frasco (200g)
202
Queijo minas frescal
1 fatia média (30g)
174
Couve manteiga refogada
50g
88
Fontes:  Food and Nutrition Board (FNB), Instituteof Medicine (IOM). Dietary Reference Intakes for Calcium, Phosphorus, Magnesium, Vitamin D, and Fluoride (1999).

Artigo escrito por:
Ana Cristina Teixeira
Nutricionista CRN # 94100185
Equilibra Centro de Nutrição


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Lesão Meniscal no Joelho

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O joelho é a maior  articulação do corpo e uma das mais vulneráveis a lesões. As lesões meniscais são extremamente comuns no joelho. Com um bom diagnóstico, tratamento e reabilitação, os pacientes freqüentemente retornam as atividades anteriores a lesão meniscal.
  • Lesão do menisco (menisco Interno e menisco externo)
  • Anatomia do joelho - Menisco
  • Descrição da lesão meniscal
  • Causas da lesão do menisco
  • Sintomas da rutura do menisco
  • Exame Médico do joelho com lesão meniscal
  • Lesão Meniscal Grau I, II e III
  • Tratamento da lesão meniscal
A lesão do menisco é uma lesão frequente?
Sim, as roturas meniscais estão entre as lesões de joelho mais comuns. Os atletas, particularmente aqueles que praticam esportes de contato, estão em risco de rupturas meniscais. No entanto, qualquer pessoa em qualquer idade pode lesar um menisco. Quando as pessoas falam de uma lesão na cartilagem no joelho, elas estão geralmente se referindo a um rompimento do menisco.

Qual a lesão de menisco mais frequente?
O menisco mais lesado é o menisco interno ou menisco medial. O menisco lateral também é lesado porém essa lesão é mais rara.

A anatomia do joelho
Três ossos se encontram para formar o  joelho: o fêmur (fêmur), tíbia (tíbia), e  rótula (patela).

Meniscos são duas peças em forma de cunha de fibrocartilagem que agem como "amortecedores" entre o fêmur e a tíbia. Eles são resistentes e elásticos para ajudar a amortecer a articulação e mantê-la estável. 

Descrição da lesão meniscal
Os meniscos rompem de maneiras diferentes. Lesões são classificadas por sua aparência e localização. Lesões comuns incluem longitudinal, transversa,  Flap, alça de balde e lesões complexas.

As lesões de menisco são sempre lesões isoladas?
Não, muitas vezes a lesão meniscal está associada a lesão ligamentar (Lesão  do LCA-Ligamento Cruzado Anterior) e lesões condrais. 

Quais as causas da lesão do menisco?
Lesões repentinas de menisco geralmente acontecem durante a prática desportiva. As lesões em geral ocorrem com movimentos de agachamento e ao girar  o joelho. O contato direto como no futebol às vezes está envolvido.

Lesão meniscal em pacientes com mais de 55-60 anos
As pessoas mais velhas são mais propensas a ter lesão meniscal degenerativa.  Basta rodar um pouco mais o joelho ao levantar de uma cadeira. Pequenos  movimentos podem ser suficientes para provocar uma lesão se os meniscos estiverem enfraquecidos com a idade.

O que os pacientes sentem no momento da lesão meniscal?
Alguns pacientes relatam um  "pop" ( misto de barulho com sensação de estalo no joelho) quando lesa um menisco. A maioria das pessoas conseguem  andar sobre o joelho com lesão meniscal. Muitos atletas continuar jogando com uma lesão meniscal. Com a passar dos dias (2 a 3 dias), o joelho vai gradualmente se tornando mais duro e inchado.

Quais os sintomas mais comuns de lesão meniscal?
* Dor
* Rigidez, inchaço e derrame articular ( água no joelho)
* Sensação de bloqueio no joelho - dificuldade para dobrar e esticar a articulação
* Sensação que o joelho "está fora do lugar"
Sem tratamento, um pedaço do menisco  pode se soltar e flutuar dentro da articulação fazendo com o joelho trave (semelhante a uma cavilha colocada numa engrenagem que emperra o movimento)

Diagnóstico com Exame Físico 
Depois de discutir os sintomas e história médica, palpamos a interlinha articular, dor a palpação dessa região em geral provoca dor nas lesões meniscais.
Em casos de duvida podemos usar testes especiais como o teste de McMurray.

Exames de Raios-X.
As Radiografias simples não mostram as lesões meniscais porém podem apresentar outras causas de dor no joelho, como a artrose.

Qual exame de imagem é usado para diagnosticar a lesão de menisco?
O exame padrão ouro para diagnóstico da lesão de menisco é a ressonância magnética (RM).

Qual a classificação das lesões meniscais?
A lesão do menisco e classificada em 3 graus, Grau I: lesão intrasubstancial do menisco, não se estende a superfície , Grau II: lesão do menisco que se estende a uma das superfícies, Grau iii, lesão que se estende as duas superfícies ( superior e inferior)

Como é feito o tratamento da lesão de menisco?
O tratamento vai depender do tipo, tamanho e localização da lesão meniscal .
A parte externa do terço periférico do menisco tem um rico suprimento sanguíneo e é chamada de zona vermelha. Uma lesão na zona "vermelha" pode curar sem cirurgia, ou muitas vezes podem ser reparados com cirurgia. (meniscorrafia) Um corte longitudinal é um exemplo deste tipo de lesão.
Em contraste, os dois terços internos do menisco não tem um suprimento de sangue e se nutrem através do liquido sinovial, essa região é chamada de zona branca. Sem os nutrientes do sangue, as lesões nesta zona "branca" não cicatrizam. As lesões são muitas vezes complexas e apresentam afilamento na cartilagem da tíbia e do fémur que ficam apoiadas nessa região do menisco. As lesões nessa região são tratadas cirurgicamente com meniscectomia parcial.
As lesões em pacientes mais velhos em geral são lesões degenerativas e muitas vezes não são operadas.

O tratamento Conservador da lesão meniscal (não cirúrgico)
O protocolo RICE (arroz em inglês) é eficaz para a maioria das lesões esportivas. RICE significa descanso, gelo, compressão e elevação.(rest, ice, compression, elevation)
* Rest. Repouso e aliviar a carga, andar com um par de muletas
* Ice. Gelo por 20 minutos várias vezes ao dia. Não aplique gelo diretamente sobre a pele.
* Compression.  Bandagem elástica de compressão tipo joelheira
* Elevação. Para reduzir o inchaço, colocar o joelho num nível mais alto que o  coração.
Antinflamatórios podem ajudar a melhorar o quadro algico.

Tratamento Cirúrgico
A artroscopia do joelho é um dos procedimentos cirúrgicos mais realizados. Nele, uma microcâmera é introduzida através de uma pequena incisão. Isso proporciona uma visão clara do interior do joelho. Inserimos instrumentos cirúrgicos ortopédicos em miniatura através de outra pequena incisão para cortar ou reparar a lesão.

Fisioterapia pós operatória.
Recomendamos exercício físico regular para restaurar a mobilidade e força do joelho. O paciente precisa realizar exercícios para melhorar a amplitude de movimentos. Exercícios de fortalecimento são gradualmente adicionados ao  plano de reabilitação.
A maior parte da reabilitação pode ser feita em casa, porém muitos paciente requerem fisioterapia com auxílio de um fisioterapeuta.

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 20/02/2013.
http://orthodoc.aaos.org/marcosbritto/library.cfm

Palmilhas para dor no pé

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Uma das melhores maneiras de tratar dores nos pés é com o uso de órteses tipo palmilha.

As palmilhas estão indicadas em todas as patologias do pé?
Não, algumas patologias não se beneficiam do uso de palmilha porém uma porcentagem importante dos pacientes com dor no pé melhoram com o uso de palmilhas.

Posso comprar palmilha sem indicação médica?
Isso é errada, as lojas em geral vendem sem receita porém muitas vezes o paciente compra uma palmilha errada que acaba provocando um agravamento das dores nos pés ou simplesmente não melhora a dor. Com alguma frequência, ao prescrever uma palmilha no consultório, o paciente afirma: Não adianta Doutor, já usei e não melhorou. Na maioria dos casos o paciente usou a palmilha errada ou usou a palmilha com a calçado errado.

Quais os principais problemas com o uso da palmilha ?
Talvez o mais frequente seja a palmilha sair do lugar, o uso de palmilha em sapatos ou tênis que não permitem a retirada da palmilha original fazem com que o dorso pé colida contra a parte superior do calçado tornando o uso da palmilha desconfortável. Finalmente temos os erros de confecção da palmilha, isso é pouco frequente porém deve ser sempre verificado. Após comprar a palmilha sempre leve para que seu médico ortopedista possa avaliar se está correta e se você esta usando corretamente. Palmilhas pequenas podem necessitar ser fixadas no calçado com fita dupla face.

Em que momento do dia devo comprar a palmilha?
Melhor comprar a tarde, se você anda muito todos os dias, caminhe antes de comprar a palmilha. Antes de comprar a palmilha tem que escolher em qual ou quais sapatos a palmilha será usada. Leve o calçado até a loja e experimente a palmilha com esse sapato. Em algumas situações a palmilha está certa porém precisa de pequenos ajustes. Na maioria dos casos podemos fazer pequenos recortes na palmilha, principalmente nas palmilhas de silicone, permitindo um ajuste fino. 

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 08/03/2013.


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Sindrome do Tunel do Carpo na Mão

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Síndrome do túnel do carpo causa dormencia e dor na mão. É mais comum em mulheres do que homens.

Anatomia
O túnel do carpo é um Túnel osteofibroso estreito na região anterior do punho. O fundo e os lados desse túnel são formados pelos ossos do carpo. A parte superior do túnel, é coberto por uma banda forte de tecido conjuntivo chamado de ligamento transverso do carpo.
O nervo mediano atravessa do antebraço para a mão através deste túnel osteofibroso junto com os tendões flexores. O nervo mediano controla a sensibilidade da região palmar do polegar até metade do 4 dedo. O nervo também controla os músculos ao redor da base do polegar. .

Quais as causas da Síndrome do Túnel do Carpo?
A Síndrome do túnel do carpo ocorre quando os tecidos que circundam os tendões flexores no punho inchar (sinovite) e exercer pressão sobre o nervo mediano. Estes tecidos são chamados de membrana sinovial. A membrana sinovial lubrifica os tendões e torna mais fácil para mover os dedos.
Este inchaço da membrana sinovial estreita o espaço confinado do túnel do carpo, e ao longo do tempo, comprimem o nervo.
A Síndrome do túnel do carpo é causada pela pressão sobre o nervo mediano no túnel do carpo. 

Quais os fatores que contribuem para o desenvolvimento da síndrome do túnel do carpo?
  • A hereditariedade é o fator mais importante - túneis do carpo são menores em algumas pessoas, e essa característica pode ser famíliar.
  • Uso intenso da mão ao longo do tempo pode desempenhar um papel importante em alguns casos.
  • Alterações hormonais relacionadas com a gravidez podem estar presente.
  • Idade - a doença ocorre mais freqüentemente em pessoas idosas.
  • Condições médicas, incluindo diabetes, artrite reumatóide, e desequilíbrio da glândula tiróide pode desempenhar estar relacionadas.
Na maioria dos casos da síndrome do túnel do carpo, não existe uma causa única.

Quais os Sintomas da Síndrome do Túnel do carpo?
Os sintomas mais comuns da síndrome do túnel carpal incluem:
  • Dormência, formigamento, dor e na mão
  • Um choque elétrico,  principalmente no polegar, indicador e dedos longos ( 3 e 4 dedos)
  • Sensações estranhas e dor subindo o braço em direção ao ombro
Os sintomas geralmente começam gradualmente, sem uma lesão específica. 
Os sintomas podem ocorrer a qualquer momento. Sintomas durante a noite são comuns e podem despertar do sono. Durante o dia, os sintomas ocorrem freqüentemente ao segurar algo, como um telefone, ou ao ler ou dirigir. Movimentar ou agitar as mãos muitas vezes ajudam a diminuir os sintomas.
Inicialmente os sintomas vêm e vão, mas com o tempo eles podem se tornar constantes. , Movimentos simples como abotoar a camisa pode se tornar difícil. Pode haver perda de força. Se a condição for muito grave, os músculos na base do polegar pode tornar-se visivelmente atrofiados.

Qual o Tratamento para Síndrome do Túnel do Carpo?
Para a maioria das pessoas, a síndrome do túnel do carpo vai piorar progressivamente sem alguma forma de tratamento. Pode, no entanto, ser modificada ou parar nas primeiras fases. Por exemplo, se os sintomas estão claramente relacionados a uma atividade ou ocupação, a a dor e a parestesia podem progredir se a ocupação ou atividade não for interrompida ou modificada.

Tratamento não-cirúrgico
Se diagnosticada e tratada precocemente, a síndrome do túnel do carpo pode ser aliviada sem cirurgia. Nos casos em que o diagnóstico é incerto ou a condição é leve a moderada, o seu médico pode tentar medidas de tratamento mais simples como mudança da atividade.
Órteses ou talas à noite mantém o punho numa posição neutra. Isso evita a irritação do nervo mediano que ocorre quando os punho é hiperfletido durante o sono. Talas também podem ser usadas durante as atividades que agravam os sintomas.
Medicamentos. Medicamentos simples podem ajudar a aliviar a dor. Estes medicamentos incluem anti-inflamatórios não esteróides (AINE), tais como o ibuprofeno, diclofenaco, cetoprofeno, nimesulida, etc.
Mudanças de atividade. Mudanças nos padrões de uso da mão para evitar determinadas posições e atividades que agravam os sintomas podem ser úteis. Se os requisitos de trabalho causam sintomas, alterar ou modificar tarefas pode retardar ou parar a progressão da doença.
Injeções de esteróides. A injeção de corticosteróide, muitas vezes, prestar socorro, mas os sintomas podem voltar.

Tratamento Cirúrgico
A cirurgia pode ser considerada se você não obter alívio a partir de tratamentos não-cirúrgicos. A decisão de ter a cirurgia é baseada principalmente na gravidade dos sintomas.
Em casos mais graves, a cirurgia é considerada mais cedo porque outras opções de tratamento não cirúrgico são improváveis ​​de ajudar.
Casos grave e longa duração com dormência constante e atrofia dos músculos o polegar, a cirurgia pode ser recomendada para evitar danos irreversíveis.

O que é feito na Cirurgia para Síndrome do túnel do carpo?
O ligamento transverso é liberado durante a cirurgia para aliviar a pressão sobre o nervo mediano . Isso permite mais espaço para o nervo e os tendões.
Técnica cirúrgica. A cirurgia do túnel do carpo pode ser feito em nível Day Clinic sob anestesia local com liberação do paciente no mesmo dia.
Durante a cirurgia, um corte é feito na palma da mão. O telhado do túnel do carpo (ligamento carpal transversal)  é dividido. Isso aumenta o tamanho do túnel e diminui a pressão sobre o nervo.
Uma vez que a pele é fechada, o ligamento começa a curar e crescer através da divisão. O novo crescimento cura do ligamento e permite mais espaço para os nervos e tendões flexores.
Método endoscópico. Alguns cirurgiões fazem uma incisão menor de pele e usam uma pequena câmera, chamado endoscópio, para cortar o ligamento do lado de dentro do túnel do carpo.

Recuperação. Logo após a cirurgia, você será instruído a elevar a mão acima do coração e mover os dedos. Isso reduz o inchaço e evita a rigidez.

Pós Operatório.
Um pouco de dor, inchaço e rigidez podem ser esperados após a cirurgia. Pode ser necessário usar uma tipóia ou órtese por 3 semanas. O uso da mão é orientado pelo cirurgião.
Alguma dor menor na palma da mão é comum por vários meses após a cirurgia. Fraqueza no movimento de pinça e aderência pode persistir por até 6 meses.
O seu ortopedista irá determinar quando retornar ao trabalho e se deveria haver quaisquer restrições nas atividades de trabalho.

Complicações. Os riscos mais comuns de uma cirurgia para a síndrome do túnel do carpo incluem:
  • Hemorragia
  • Infecção
  • Lesão do nervo
Resultados a longo prazo. A maioria dos sintomas dos pacientes melhoram após a cirurgia, mas a recuperação pode ser gradual. O retorno da força pode demorar cerca de 2 meses após a cirurgia. A recuperação completa pode levar até um ano. Se houver dor significativa e fraqueza contínua por mais de dois meses, seu médico pode aconselhá-lo a trabalhar com um terapeuta de mão ( mais frequente em casos que aguardaram muitos meses antes de operar)

Sequelas permanentes Casos de longa duração de síndrome do túnel do carpo, com grave perda de sensibilidade e / ou perda de massa muscular em torno da base do seu polegar, podem evoluir com recuperação incompleta e sintomas de fraqueza e parestesia para o resto da vida.

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Rio de Janeiro, RJ, Brasil
atualizado em 26/01/2012

Protese de Quadril

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Artroplastia total do quadril é um procedimento ortopédico comum. Como o envelhecimento da população, espera-se que se torne ainda mais comum. A cirurgia de substituição da articulação do envolve a remoção da cabeça do fémur e a substituir do mecanismo de bola-e-soquete do quadril por implantes artificiais. Isto alivia a dor e melhora a mobilidade. A Prótese de quadril também é usada em algumas situações após a fratura do quadril. As cirurgias de prótese de quadril são realizados pelo ortopedista especialista em quadril

A Substituição do quadril minimamente invasiva permite ao cirurgião realizar a substituição de quadril por meio de uma ou duas pequenas incisões. Os pacientes geralmente têm menos dor, em comparação com a cirurgia tradicional e a reabilitação é mais rápida.

Artrose e Prótese de quadril
A Osteoartrite do quadril é a razão mais comum para uma substituição dessa articulação. A osteoartrite é causado pelo desgaste ou pelo envelhecimento. Isso faz com que a cartilagem que cobre as superfícies articulares de desgaste, resultando em dor, rigidez, dor ao andar pequenas distãncias, dor para sentar e levantar, etc.

Outras condições que podem causar a destruição da articulação do quadril incluem a perda do suprimento de sangue para a cabeça do fémur (osteonecrose avascular da cabeça do fémur), artrite reumatóide, lesões, infecções e anomalias do desenvolvimento do quadril. Pacientes com artrite também podem ter ossos frágeis (osteoporose), porém não há relação direta entre a densidade óssea e o desenvolvimento de artrite do quadril.

Sintomas da Artrose do Quadril
A artrose do quadril geralmente provoca dor intensa. A dor pode ser constante ou pode ir e vir. A dor pode ser sentida na virilha, coxa e nádega, ou pode haver dor referida para o joelho. Andar a pé, especialmente para longas distâncias, pode causar dor ou fazer o paciente mancar.
Alguns pacientes podem necessitar de uma bengala, muleta ou andador para ajudá-los a se locomover. A dor geralmente começa lentamente e piora com o tempo a níveis menos elevados de atividade.
Pacientes com artrose do quadril podem ter dificuldade em subir escadas. Vestir-se, amarrar sapatos, e cortar as unhas dos pés pode ser difícil ou impossível. A dor também pode interferir com o sono.
o exame de Raios-X pode mostrar a perda do espaço da cartilagem na articulação do quadril e uma aparência de "osso com osso" . Osteófitos e cistos ósseos são comuns nas radiografias simples.
Às vezes, o ortopedista pode recomendar testes adicionais para confirmar o diagnóstico, incluindo ressonância magnética (RM) ou tomografia computadorizada (TC).

Tratamento da Artrose do Quadril
O tratamento não cirúrgico
Para a artrose do quadril, o primeiro tratamento que um ortopedista pode recomendar é um analgésico e medicações anti-inflamatórias. Alguns suplementos nutricionais, incluindo a glicosamina, podem fornecer algum alívio ( cerca de 30% dos casos) por um curto espaço de tempo. A fisioterapia pode ajudar a melhorar a força e reduzir a rigidez antes da progressão da doença.

Para pacientes com artrose mais avançados, o uso de uma bengala no lado oposto do quadril afetado pode ajudar a transferência de peso e melhorar a capacidade de andar. Um andador também pode ser usado. A artrose no entanto, é progressiva. Mesmo com o tratamento, ele vai piorar com o tempo. Perda de peso pode ajudar a diminuir tensões em todas as articulações e adiar a necessidade de colocar uma prótese de quadril

Tratamento Cirúrgico
A Dor e a mobilidade podem piorar com artrose do quadril, mesmo quando todos os tratamentos não-cirúrgicos recomendados foram tentadas. Se isso acontecer, o ortopedista pode recomendar a cirurgia. As opções cirúrgicas incluem:
* Artroscopia. Artroscopia do quadril é um procedimento minimamente invasivo, que é relativamente incomum. O médico pode recomendar esse procedimento quando a articulação do quadril mostra evidências de cartilagem lesada ou fragmentos soltos de osso ou cartilagem.
* A osteotomia. Candidatos para osteotomia incluem pacientes mais jovens com artrite precoce, particularmente aqueles com um encaixe do quadril anormalmente rasas (displasia). O procedimento envolve corte e realinhamento dos ossos da articulação do quadril e / ou fêmur para diminuir a pressão dentro da articulação. Em algumas pessoas, isso pode atrasar a necessidade de cirurgia de substituição por 10 a 20 anos.

Tipos de Prótese para substituição do Quadril
Próteses de substituição tradicionais do quadril

A Cirurgia de substituição da anca tradicional envolve fazer uma incisão de 10  a 12 polegadas no lado do quadril. Os músculos são divididos ou separados a partir do quadril, permitindo que o quadril seja deslocado.

Uma vez que o conjunto foi aberto e as superfícies articulares expostas, o cirurgião remove a cabeça do fémur. O acetábulo é preparada através da remoção d0 restante da cartilagem e alguns ossos circundantes. Um implante em forma de taça é então prensado dentro do osso da articulação do quadril. Pode ser fixada com parafusos
Em seguida, o fémur será preparado. Uma haste de metal é colocado no fêmur a uma profundidade de cerca de 6 centímetros. O implante-tronco é fixado com cimento ósseo ou é implantado sem cimento. Implantes cimentadas têm uma superfície áspera, porosa. Isso permite que ao osso aderir ao implante para segurá-la no lugar. A bola metálica é então colocada na parte superior do tronco da haste femoral.
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Protese de substituição Quadril Minimamente Invasiva

A Cirurgia de substituição do quadril minimamente invasiva permite ao cirurgião realizar a substituição de quadril por meio de uma ou duas pequenas incisões.
Os Candidatos para o procedimento de incisão mínima são tipicamente mais magros, mais jovens, mais saudáveis e mais motivados a ter uma recuperação rápida em comparação com pacientes que se submetem a cirurgia tradicional.
Antes de decidir fazer uma substituição do quadril minimamente invasiva, você deve ter uma avaliação completa do seu cirurgião. Discutir com ele os riscos e benefícios. Tanto o método  Tradicional ou quando os minimamente invasivos de substituição do quadril são tecnicamente exigentes. Eles exigem que o cirurgião e equipe operacional tenham uma experiência considerável.

Técnica Cirúrgica
Os implantes artificiais utilizados para os procedimentos de substituição do quadril minimamente invasiva são os mesmos que os utilizados para a substituição tradicional. Instrumentos especialmente concebidos são necessários para preparar o acetábulo e o fêmur e colocar os implantes corretamente.
O procedimento cirúrgico é semelhante, mas há menos dissecção dos tecidos moles. Uma incisão única ao quadril minimamente invasiva pode medir apenas 15 cm . Depende do tamanho do paciente e da dificuldade do procedimento.
A incisão é realizada na parte externa do quadril. Os músculos e tendões são divididos  mas em menor grau do que na operação tradicional de protese de quadril. Eles são rotineiramente reparados após o cirurgião para colocação do implante. Isso incentiva a cura e ajuda a prevenir luxação do quadril.

Benefícios da técnica minimamente Invasiva
Benefícios relatados na protese de quadril com técnica minimamente invasiva:
* Menos dor
* Incisões cosméticas
* Menos danos no músculo
*Tempo de Reabilitação é mais rápido
* A permanência no Hospital é mais curta

Para prótese de Quadril da tradicional, a internação hospitalar média é de 4 a 5 dias. Muitos pacientes precisam de reabilitação extensa depois. Com procedimentos menos invasivos, a internação pode ser tão curto quanto 2 dias.

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista e Medicina do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 15/01/2013

PRP Plasma Rico em Plaquetas e Fatores de Crescimento

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O que é PRP?
PRP significa Plasma Rico em plaquetas ( Platelet-rich Plasma ).

Como é obtido o PRP?
O Plasma Rico em Plaquetas é um preparação feita com sangue colhido do próprio paciente.

A preparação do PRP é segura?
Sim, o Plasma Rico em Plaquetas é preparado somente em centros de excelência com sangue do próprio paciente o que garante a segurança.

Como surgiu o uso do PRP?
O Plasma Rico em Plaquetasé usado em cirurgia Bucomaxilo facial e na Cirurgia Plástica há 20 anos , no início dessa década surgiram os primeiros trabalhos com uso em ortopedia principalmente para o tratamento das dificuldades de consolidação óssea. Nos últimos anos tem aumentado ainda mais o uso em ortopedia principalmente para tratamento de lesôes articulares e de partes moles.

Quais as vantagens do uso do PRP.
O Plasma Rico em Plaquetas está sendo usado devido ao seu potencial para melhorar a cicatrização do músculo e dos tendões. Estudos in vitro sugerem que fatores de crescimento liberados pelas plaquetas aumentam e melhoram a reparação dos tecidos moles e recrutam células reparadoras que potencializam esse efeito

O PRP já está sendo usado na prática clínica ou ainda é uma pesquisa?
O Plasma Rico em Plaquetas já está sendo usado na prática clínica e temos inclusive trabalhos científicos sobre a sua utilização nas cirurgias do manguito rotados, tendão de Aquiles, lesões musculares e cirurgias de joelho. 

Como funciona o PRP?
O plasma rico em plaquetas libera fatores de crescimento e recruta células reparadoras que ajudam na cicatrização das partes moles, ou seja, tendões, músculos, ligamentos, cartilagem, etc.


Quais os fatores de crescimento presentes no PRP e suas principais funções? 
  • Fator de crescimento derivado das plaquetas  Função: estímulo para a proliferação celular, angiogênese
  • Fator de crescimento vascular endotelial  Função: Angiogênese
  • Fator de crescimento β1 (beta 1)   Função: chave reguladora no balanço entre fibrose e a regeneração das células musculares
  • Fator de crescimento de Fibroblasto  Função: estimula a proliferação de mioblastos e angiogênese.)
  • Fator  de crescimento da epiderme   Função: estimula a proliferação das células mesenquimais e epiteliais, potencializa outros fatores de crescimento)
  • Fator de crescimento do hepatócito   Função: angiogênese, estimula a mitose das células endoteliais e é antifibrótico.)
  • Fator de crescimento semelhante a insulina-1   Função: Estimula os mioblastos e fibroblastos, realiza a mediação e a reparação das fibras musculares esqueléticas.
Quais locais atualmente estamos aplicando O PRP plasma rico em plaquetas?
Plasma Rico em Plaquetas está sendo usado na  Reconstrução ligamentar do cruzado anterior, Lesão de cartilagem articular, lesão meniscal, osteoartrite do joelho, pubalgia e isso parece ser somente o inícioVários  ensaios clínicos já foram publicados e outros estão em curso para determinar o valor terapêutico da PRP nas diversas patologias músculo esqueléticas

Porque a PRP está sendo tão falada atualmente?
O principal fator provavelmente é o excelente perfil de segurança e facilidade de sua preparação. O
Plasma Rico em Plaquetasé preparado com o sangue coletado do próprio paciente que irá ser submetido ao tratamento.

No Ultimo Congresso da Academia Americana de Cirurgiões ortopédicos AAOS 2013 que ocorreu em Chicago em Março de 2013 um dos temas mais falados foi a terapia com Plasma Rico em Plaquetas ou como preferem outros autores Plasma Rico em Fatores de Crecimento, Os trabalhos apresentados relataram o uso na epicondilite de cotovelo, nas lesões do Manguito Rotador e na reconstrução do Ligamento Cruzado Anterior do Joelho, entre outras aplicações.

Quais as principais novidades sobre o PRP?
O congresso mostrou que o uso do PRP está com algumas indicações bem estabelecidas, porém seu uso ainda é controverso em todos as situações. As indicações para o uso do PRP aumentaram muito, e os resultados ainda não são homogênios. Existem grandes diferenças nas técnicas de preparação. Com variações em relação ao volume, celularidade e seu uso ativado ao não nas diversas patologias.

Quais os principais usos do PRP na medicina do esporte.
O Plasma Rico em Plaquetas e fatores de crescimento está sendo usado principalmente nas lesões tendinosas e musculares. Com destaque para os casos de tendinopatia insercional ( epicondilite, pubalgia, tendinite de Aquiles, manguito rotador, etc). Alguns trabalhos ressaltam também o uso nas lesões musculares com retorno mais precoce aos treinos e aos jogos Alguns colegas também comentaram o uso como coadjuvante na cirurgia, principalmente de joelho.

Artigos científicos sobre plasma rico em plaquetas e fatores de crescimento.
Para procurarmos artigos científicos não devemos usar o google e a melhor ferramenta online e a PUBMED. Em 1 de Novembro de 2010 a busca por Platelet Rich Plasma ( plasma rico em plaquetas) na PubMed retorna 5530 artigos!
Hoje dia 11 de Abril de 2013 temos publicados 6564
Clique na paravra Pubmed e você será direcionado aos resultados para PRP em revistas científicas

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedia, Traumatologia e Medicina do Esporte
Rio de Janeiro, RJ. Brasil
atualizado em 11/04/2013.

GLOSSARY OF ORTHOPAEDIC TERMS

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Acetabulum: the part of the pelvis connecting with the femur (thighbone) to form the hip joint
Addiction services clinician: a clinical professional — usually a nurse or counselor — with specialized training in the field of alcohol and drug dependence 
Angiogram: a set of x-ray-like pictures that are taken to diagnose injuries to arteries and veins 
Anesthesiologist: a physician who has special training in the branch of medicine that deals with anesthesia; he/she is the person who puts you to sleep prior to surgery 
Anticoagulant: a medication that prevents or restricts the clotting of blood 
Attending Orthopaedic surgeon: the Orthopaedic doctor who directs your care and assumes ultimate responsibility for all treatments and plans of care (often referred to as the “attending”) 
Bones: the hard, connective tissue that forms the body’s skeleton; function as a struc- tural support 
Brace: a device — sometimes jointed — to support and hold any part of the body in the correct position to allow healing.
Calcaneus: the heel
Cane: a sturdy wooden or metal staff or walking stick used to give support and mobility to a partially disabled person. 
Care coordinator: a registered nurse who helps you and your family make plans for further care and treatment once you leave the hospital (i.e., in a rehabilitation hospi- tal or home environment) 
Cast: hard plaster or fiberglass device placed on the outside of the fracture site that keeps the bones from moving 
Cast boot: a large open shoe with Velcro that fits over your cast and allows you to put weight on the leg without damaging the cast 
Clavicle: the collarbone; the bone that connects the shoulder to the chest wall 
Clinical nurse specialist: a nurse who has special knowledge and experience in a clini- cal area (in your case, Orthopaedics); this nurse gives advice to the nursing staff and health care team members on caring for a patient and is available to answer your questions about your injuries 
Comminuted fracture: an injury where the bone is broken in many places 
Compartment syndrome: a condition caused by the progression of pressure on the blood vessels of an extremity from swelling in the surrounding tissue. This results in reduced blood supply to an extremity, severe pain and limited movement. Treatment includes removal of restrictive dressings or casts or possibly surgery to release the pressure in the tissue. 
Compound fracture: an open fracture; an injury where the broken bone sticks through the skin 
Crutch: a wooden or metal staff, the most common kind of which reaches from the ground to the arm pit, used to aid a person in walking 
CT scan: specialized x-ray studies that can find and/or provide more detailed pictures about a patient’s injury 
Dislocation: an injury where a bone is displaced from the joint socket
Emergency department: the place where you are taken to receive your initial/life-saving hospital care; commonly referred to as the “ER” or “ED” 
External fixator: a metal device visible on the outside of the body that treats frac- tures by stabilizing the involved bones 
Extubation: (see intubation) the process of removing a breathing tube from your throat; extubation takes place once intubated patients become able to breathe on their own
Fasciotomy: a surgical procedure where the connective tissues are cut open — or “released” — to relieve the pressure caused by reduced blood flow to the muscle compartments surrounding the fractured bone (see compartment syndrome) 
Femur: the longest bone in both the leg and the body; known commonly as the thighbone 
Fibula: the smaller of the two bones in the lower leg/shin area 
Fracture: a broken bone 
Glenoid: the “socket” portion of the shoulder; is also a part of the scapula 
Greenstick fracture: a fracture where the bone is not completely broken. Appearing most frequently in children, the bone does not break, but bends like a “green stick.” 
Health care proxy: the person you name to make medical decisions for you during times when you are not able to make them for yourself 
Home health care: a team of nurses and/or therapists who go to your home to help you with your therapy and recovery process; they will teach your family how to care for you at home 
Humerus: the bone of the upper arm
Infection: the invasion of the body by micro-organisms that reproduce and multiply,  causing disease through local cell injury and the release of toxins 
Inpatient unit nurse: a registered nurse stationed on a patient care unit who works with you and your family to coordinate day to day activities while in the hospital 
Intensive care unit (ICU): an inpatient nursing unit where patients go to recover when they are seriously ill or injured, or when they require very close medical and nursing observation following major surgery 
Intravenous (IV): the process during which fluid or medicine is passed by a tube into a vein — usually in the arm 
Intubation: the process during which a tube is placed in your throat to help you breathe. Sometimes this tube is attached to a machine called a ventilator that helps you breathe. 
Joint: a point of connection between two or more bones
Ligament: a stabilizing cord, band or sheet of soft tissue that links two or more bones or pieces of cartilage together 
Mechanism of injury: the way in which a traumatic injury happens; for example, a fall, motor vehicle crash or direct blow
MRI: a technique that uses magnetic fields to produce pictures of the body that show great detail about the part of the body being examined 
Muscle flap: a surgical procedure where muscle is transferred from an uninjured part of the body to the injured area/part of the body so that healing may take place 
NPO: NOT PRIOR OPERATION usually used on night prior or morning of surgery when a patient is not allowed to eat or drink anything in order to keep the stomach empty for surgery. “You’re NPO,” means that you should not eat or drink anything until notified otherwise. 
Nutrition: the food and drink needed to help the body heal while in the hospital Nutritionist: a professional with specific clinical training who addresses issues pertaining to a patient’s diet and nutritional status Oblique fracture: an angular break in the bone
Occupational therapist: A rehabilitation specialist trained to evaluate and treat restric- tions/ limitations in your ability to function independently in daily life roles. The occu- pational therapist provides treatment to address identified limitations or to teach other strategies to compensate for any loss of function. 
Olecranon: the bony tip of the elbow; the upper end of the ulna
Open reduction internal fixation: (ORIF); a surgical procedure used to fix a fracture, usually involving metal rods, plates or screws 
Operating room: a room in a hospital in which surgical procedures requiring anesthesia are performed 
Operation: a surgical procedure 
Orthopaedics: the medical specialty that includes the diagnosis, preservation and restoration of the form and function of limbs, spine and other muscle and bone struc- tures by medical, surgical, and physical methods 
PACU: the Post Anesthesia Care Unit; commonly referred to as the recovery room 
Pain service clinician: a physician or certified nurse anesthetist who has specialized training in the science of pain management; the team will consult this person when routine methods of pain control do not work as expected 
Patella: the kneecap
Pelvis: the bony, ring-shaped part of the body connecting on top with the spine and on the bottom with the femurs
Phases of care: the specific times for particular treatments you receive after your injury; these phases are emergency, surgery, intensive care, intermediate care and rehabilitation 
Physical therapist: a rehabilitation professional trained to examine and evaluate physi- cal impairments, functional limitations and disability. The physical therapist provides exercise therapy and functional training to help you achieve your best function. 
Pneumo boots: a tubular device that is placed around a patient’s leg and alternately inflated and deflated with air to maintain constant blood flow and good circulation in the extremities 
PCA: patient controlled analgesia; a system where the patient controls the delivery of pain medication into his/her body (usually by pressing a button connected to an IV) 
PO: may refer to food, drink and pills or other medications a patient must take by mouth 
Radiologist: a physician with special training in the branch of medicine that deals with the use of x-rays, radioactive substances and other forms of radiant energy in the diagnosis and treatment of injury and disease 
Radius: one of the two bones of the forearm located on the thumb side of the arm; it extends from the wrist to the elbow 
Reduction: the physical process of correcting or restoring bone fragments or joint dis- locations to their normal anatomical position 
Rehabilitation hospital: a hospital a patient may go to after BWH where you will receive intensive therapies (i.e. physical and occupational) for injuries 
Resident Orthopaedic surgeon: a doctor who has completed medical school and is now obtaining specialized training in Orthopaedics (often referred to as a “resident”) 
Rounds: the physician team’s early morning visits with and examinations of patients 
Scaphoid: one of the small bones in the wrist located near the base of the thumb 
Scapula: the broad bone on the back of the shoulder and upper back 
SICU: the Surgical Intensive Care Unit; an inpatient nursing unit where the seriously ill are treated after surgery 
Simple fracture: one break in the bone
Skin graft: repair of a wound site with skin from another part of the body or from a skin bank 
Sling: a bandage or device used to support an injured part of the body, most often the arm 
Sling and swathe: a sling with an additional strap that holds the arm tightly to the body 
SNF: skilled nursing facility; a hospital-like setting a patient may go to after discharge from hospital to continue recovery through appropriate therapies and nursing care
Soft tissue: skin, fat and muscle
Spine: the long bony column from the base of the head to the pelvis that protects the spinal cord
Spiral fracture: a long break in the shaft of the bone 
Splint: an Orthopaedic device for immobilization, restraint or support of any part of the body 
Sprain: a tension injury to a ligament that may cause swelling, pain, some loss of function or joint instability 
Surgery: the field of medicine dedicated to the treatment of disease or injury by operation; an operation 
TCU: transitional care unit; a unit or floor within a rehabilitation hospital to which a patient may go to after discharge from the hospital to continue recovery through appropri- ate therapies and nursing care 
Team: the patient, family and group of medical professionals who work together to diagnose, treat and rehabilitate patients with traumatic injuries 
Tibia: the larger of the two bones in the lower leg or shin area 
Traction: the process of putting a limb, bone, or group of muscles under tension by “pulling” by means of weights and pulleys to align or immobilize the part or to relieve pressure on it 
Transverse fracture: a type of fracture where the bone has been broken in half 
Trauma nurse coordinator: an expert nurse who specializes in trauma; he/she func- tions to coordinate the services involved in a patient’s care, and works closely with family and the staff 
Ulna: one of the two bones of the forearm extending from the wrist to the elbow; located on the pinky side of the arm 
Urinary catheter: a slender, soft plastic tube that is inserted into the bladder for tem- porary or permanent drainage of urine 
VNA: Visiting Nurses Association; a team of nurses and/or therapists who go to a patient’s home to help with therapy and the recovery process; they will teach family members how to care for the patient at home
Walker: a light, movable metal frame, about waist high, used to aid a patient in walking 
Weaning from the vent: when a patient practices breathing on his or her own versus breathing with the assistance of a breathing machine (vent)
Weight bearing status: a recommendation as to the amount of weight one can place on an injured leg when walking. Usually recommended as no weight, weight bearing as tolerated, partial weight or full weight bearing 
X-ray: an image taken by electromagnetic radiation that may be used to diagnose fractures 

Espero que você não precise porém caso sofra um acidente e seja internado fora do Brasil essa lista pode lhe ajudar a entender os termos médicos num centro de trauma.







BONES, FRACTURES AND DISLOCATIONS

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What bones are made of 
To understand why bones break, it helps to know what bones do and what they are made of. The bones of the body form the human frame, or skeleton, which supports and protects the softer parts of the body. Bones are living tissue. They grow rapidly during one’s early years and renew themselves when they are broken. Bones have a center called the marrow, which is softer than the outer part of the bone. Bone marrow has cells that develop into red blood cells (which carry oxygen to all parts of the body) and white blood cells (which help fight disease). Bones also contain the minerals calcium and phosphorus. These minerals are combined in a crystal like or latticework structure. Because of their unique structure, bones can bear large amounts of weight.

How fractures occur 
People often think that a fracture is less severe than a broken bone, but fractures are, in fact, the same as broken bones. Bones are rigid, but they do bend or “give” somewhat when an outside force is applied to them. When this force stops, bones return to their original shape. For example, if you fall forward and land on your outstretched hand, there is an impact on the bones and connective tissue of your wrist as you hit the ground. The bones of the hand, wrist and arm can usually absorb this shock by bending slightly and then returning to their original shape and position. If the force is too great, however, bones will break, just as a plastic ruler breaks after being bent too far.

Types of fractures
The severity of a fracture usually depends on the force that caused the fracture and the strength of the bone. If the bone is bent only slightly, then the bone may crack rather than breaking all the way through. If the force is extreme, such as in an automobile collision or a gunshot, the bone may shatter. If the bone breaks in such a way that bone fragments stick out through the skin or a wound penetrates down to the broken bone, the fracture is called an “open” fracture. This type of fracture is particularly serious because once the skin is broken, infection in both the wound and the bone can occur. “Closed” fractures — breaks in the bone that do not cause it to stick through the skin — are the more common type of fracture. All fractures are either open or closed.

Signs/symptoms of a fracture
Signs that a fracture has occurred include: being unable to move the affected area, complaints of pain with movement, deformity, and swelling. The medical team will examine you to determine if any of these signs are present. They also will check to see if you have movement, sensation, and circulation to the area below the possible fracture.

Dislocations
A dislocation occurs when a joint exceeds its range of motion so that the bone is no longer in its socket. When dislocations occur, there may be a large amount of soft tissue injury in the joint capsule and surrounding ligaments and muscle, with possible vein, artery, and nerve damage. Signs of dislocations include: severe pain, joint deformity, inability to move the joint and swelling. The team may attempt to relocate the limb (called a reduction) while in the ED or the operating room.

Risks and complications of a fracture and/or dislocation
The following are other injuries and potential complications that may occur when a bone has fractured or become dislocated. Blood vessel injury: Patients who fracture a bone also may have injuries to the veins and arteries surrounding the broken bone. These types of injuries can cause bleeding or loss of blood flow below the injured area. The team will follow your bleeding studies, examine the injured limb, and check your pulses and circulation closely. Sometimes further studies - like an angiogram - and / or surgery may be required to repair the damaged vein or artery.

Compartment syndrome: 
Patients with severe fractures or crush injuries are at risk for developing compartment syndrome — a condition that occurs most frequently in the leg or forearm. Compartment syndrome causes increased pressure in the soft tissues that, in turn, causes decreased blood supply to the affected muscles and nerves. This decreased blood supply can lead to damage if the pressures are not relieved. The team will check you closely for signs of compartment syndrome, which include: throbbing pain that does not become better with pain medicine; swelling and increased pain to the muscle when it is stretched; and firmness over the compartment. Doctors have a device to check pressures in the compartment when this syndrome is suspected. If compartment pressures are high, you will be taken to surgery for a procedure called a fasciotomy. In this procedure, the compartments are opened up to relieve the pressure. Once swelling to the area goes down, the team will close and cover these wounds.

Damage to nerves: 
Patients with fractures may also experience damage to the nerves close to the injured area. To diagnose potential nerve injuries, the team will ask you if you can move and/or feel the affected limb. Some nerve injuries may improve with time as swelling around the area decreases.

Deep Vein Thrombosis (DVT): A DVT is a blood clot that develops in one of the blood vessels in the leg or pelvis. Trauma patients are at risk for developing DVTs because of both the nature of the injury and the inactivity associated with it. Trauma patients often need to stay in bed for a period of time until their injuries are stabilized or repaired. Signs of DVT include pain or tenderness over the injury site, swelling, fevers and/or changes in skin color. The team will order a special radiological test that looks for blood clots in your body and may take precautionary measures such as giving you blood thinning medicine and devices to wear on your legs called “pneumo boots” to prevent DVTs from forming.

Infection: All fractures put you at increased risk for infection. However, open fractures (fractures in which the skin is broken) put patients at even higher risk for infection. Wound and bone infections can be disabling for patients because they can delay or prevent healing of the fracture. Open fractures are evaluated in the ED, where patients are given antibiotics and a tetanus vaccine. If you have an open fracture, you will be taken to surgery right away, so that the fracture site may be cleaned. If the wound is not completely clean, it will be kept open to the air, while the fracture will be immobilized with a cast, splint, traction, or an external fixator. You will return for more surgery in about 48 hours to see if the wound needs cleaning. If it is clean at this time, the wound may be closed and internal fixation may be performed. There are times when the wound may be too big to close. When this occurs, a skin graft or local muscle flap will be placed to cover the wound.

Pneumonia: A patient who cannot or does not get out of bed frequently may develop pneumonia — a result of fluids building up in the lungs. Signs of pneumonia include fever, chills and a cough. The team may order an x-ray of your chest to detect pneumonia and may give you an antibiotic to treat it if diagnosed. You can help prevent pneumonia by coughing and breathing deeply on a regular basis and by getting out of bed as soon as the team feels it is safe for you to do so.

Post-traumatic arthritis: Fractures that involve the joint have a higher risk of developing arthritis (inflammation of the joint) at some point after healing has taken place. Early treatment of these fractures and proper healing reduce this risk.

Pulmonary embolism (PE): A pulmonary embolism — commonly referred to as a “PE” — is a blood clot that develops in the leg or pelvis and then travels through the bloodstream to the lungs, where it can cause problems. A trauma patient who is not active is at risk for developing a PE. Signs of this type of complication include shortness of breath, difficulty breathing and taking short and rapid breaths. A patient who is suspected to have a PE will be given oxygen and placed on a monitor to evaluate heart rate and how much oxygen is entering the bloodstream. He/she will also undergo a special test that searches for this type of clot.

Swelling and blisters: Injury to the soft tissues near the fracture or dislocation site can occur, resulting in bruising and swelling to the area. The swelling can be significant and possibly cause blisters. You may be instructed to keep the affected limb elevated and/or apply ice to help decrease the swelling. The team will examine the fractured area to watch for the development of blisters. Significant swelling and blister formation can cause surgery to be delayed.

Prepared by BWH
September 2008

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Entorse do Tornozelo

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A entorse do tornozelo é uma lesão muito comum. Aproximadamente 25.000* pessoas sofrem entorse de tornozelo a cada dia. A entorse de tornozelo  pode acontecer em os atletas, não atletas, crianças e adultos. Isso pode acontecer ao pisar num buraco na calçada ou numa superfície irregular, as lesões durante o esporte também são muito comuns principalmente no futebol.

O que é um a entorse de tornozelo?
A entorse de tornozelo é um estiramento dos ligamentos ao redor da articulação do tornozelo.

Quais ligamentos são mais afetados na entorse de tornozelo?
As lesões são mais comuns na região lateral  e o ligamento mais afetado é o talo-fibular anterior e depois o calcâneo fibular.

Torcer o tornozelo é pior que quebrar?
Isso é um mito, a maioria das entorses é leve e os ligamentos estiram porém não rompem. Entorses graves e fraturas desviadas podem requerem tratamento cirúrgico e nesse aspecto são lesões mais importantes.

O que provoca a entorse do tornozelo?
A entorse ocorre quando o pé vira abruptamente e o peso do corpo permanece sobre o tornozelo ou o pé fica preso no chão e o corpo gira ao redor do tornozelo.

Quais os sinais clínicos da entorse de tornozelo?
Dor, edema e equimose ao redor do tornozelo.

Quanto tempo depois da entorse surge o inchaço?
Depende, se surgir nas primeiras 2 horas provavelmente é sangue e a lesão é mais grave. quando surge 12/24 horas depois é uma sinovite.

Todas as entorses de tornozelo são iguais?
Não, classificamos as entorses de tornozelo de acordo com a gravidade.

Entorse de grau 1:
Ligeiro alongamento e alguns danos às fibras do ligamento.

Entorse de grau 2:
Ruptura parcial do ligamento. A articulação do tornozelo pode se tornar parcialmente instável.

Entorse de grau 3:
Ruptura Completa do ligamento, ocorre instabilidade grosseira.

Como é feito do tratamento da entorse de tornozelo?
O tratamento vai variar de acordo com o grau de lesão dos ligamento e as estruturas associadas.
As lesões menores são tratadas com  gelo, as lesões maiores se beneficiam de mobilização e um par de muletas sem carga. Casos mais graves e com lesões associadas podem necessitar de tratamento cirúrgico. 

Em quanto tempo um paciente com entorse fica bom?
Não exite uma receita de bolo ou seja uma resposta simples para essa pergunta. nas entorses leves em geral após 15 dias o paciente está bem, nos demais casos a tempo aumenta de acordo com a gravidade da lesão. Em algumas situações o paciente tem lesões associadas com fraturas ocultas, edema e contusão intra óssea, lesões condrais etc. nesses casos a tratamento inadequado pode levar o paciente a dores crônicas e instabilidade.

Como é feito o diagnóstico da entorse de tornozelo?
Exame clínico, radiografia simples e o ortopedista pode pedir um exame de RM (ressonância magnética) se ele suspeitar de uma lesão  mais grave nos ligamentos, cartilagem ou ossos. A ressonância magnética ajuda muito no diagnóstico das lesões associadas.

O entorse de tornozelo necessita de tratamento com fisioterapia?
Sim, a reabilitação é usado para ajudar a diminuir a dor e o inchaço e restabelecer a função. casos mais leves são tratados sem fisioterapia, porém caso o paciente tenha dificuldade de retorno as funções normais a fisioterapia é fundamental.

Como é a recuperação da entorse de tornozelo?
Fase 1 inclui descansar, proteger o tornozelo e reduzir o inchaço (uma semana).
Fase 2 inclui restauração da força de movimento e flexibilidade (uma semana ou duas semanas).
Fase 3 inclui retorno gradual às atividades que não exigem giro ou de torção do tornozelo e fazer exercícios de propriocepção (3 -12 semanas)..

Tratamento Cirúrgico
Tratamento cirúrgico para entorses de tornozelo é raro. A cirurgia é reservada para lesões que não respondem ao tratamento não cirúrgico, e para a instabilidade persistente após reabilitação e tratamento não-cirúrgico.

Quais as complicações da entorse de tornozelo?
Possíveis complicações de entorses de tornozelo e tratamento incluem propriocepção anormal. Pode haver desequilíbrio e fraqueza muscular que favorecem a novas lesões e também: Dor, Instabilidade,  Edema crônico

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedia, Traumatologia e Medicina do Esporte
Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 11/04/2013

* Estatística dos Estados Unidos.

Deformidade em Pescoço de Ciste nos dedos

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O que a deformidade em pescoço de cisne?
A deformidade em pescoço de cisne dos dedos das mãos é basicamente o resultado da hiperextensão da articulação interfalângica proximal ( a articulação do dedo próxima da mão) e da flexão, com incapacidade de extensão, da interfalângica distal  (ultima articulação do dedo) na foto o dedo anular e o Mindinho

Qual a causa da deformidade?
Do ponto de vista anatômico, a deformidade é devida ao desvio dorsal dos tendões extensores laterais na articulação proximal, causado por uma lesão ou simplesmente o afrouxamento das estruturas que seguram a articulação no lugar, principalmente dos ligamentos retinaculares transverso e oblíquo. A deformidade pode também ser devida à lesão do tendão extensor terminal iso faz com que toda força dos tendões laterais seja transferida para a articulação inter falangiana proximal ou por lesão do flexor superficial permitindo a hiperextensão da articulação interfalangiana.

Existem outras causas?
Sim, outra causa da deformidade em pescoço de cisne é a perda do equilíbrio entre os músculos intrínsecos e extrínsecos, como na paralisia cerebral e também na seqüela de lesões no sistema nervoso central.  

Qual a consequência da deformidade?
Mesmo com articulações normais, não degeneradas, pode haver um distúrbio dos movimentos, principalmente nos mais delicados.

Quais patologias evoluem com essa deformidade?
A instalação da deformidade típica é encontrada nas mãos reumatóides, ocasionalmente na síndrome de Volkmann, na paralisia cerebral e em outras causas de disfunção da flexoextensão dos dedos.

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedia, Traumatologia e Medicina do Esporte
Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 14/04/2013

Pubalgia

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A Dor na virilha nos atletas pode ser um problema desafiador para o ortopedista que pratica medicina esportiva, bem como uma lesão frustrante para o atleta.

O que é a Pubalgia?
A Pubalgia quer dizer dor na Pubis. A Pubis é a região imediatamente abaixo do Abdomem e acima dos orgãos genitais. apertando suavemente a região inferior do abdomem conseguimos palpar um osso, esse osso é a região da púbis.

Quais esportes estão relacionados com pubalgia?
Estas lesões geralmente ocorrem em esportes que envolvem acelerações rápidas e bruscas mudanças de direção. O início pode ser gradual e insidioso, ou pode ser devido a um evento específico traumático. O espectro de condições que podem causar dor na virilha incluem condições não só ortopédicos, mas podem incluem cirurgia urológica e hernias inguinais. Uma abordagem de equipe com muitas especialidades diferentes é geralmente a melhor abordagem para obter o atleta de volta para o seu esporte.

Quais as causas da Pubalgia?
A causa mais comum de dor na virilha é e uma inflamação nos tendões adutores da coxa. O desconforto na região é muito frequente em alguns esportes. Alguns artigos dizem que a prevalência de algum desconforto no exame físico dos adutores pode estar presente entre 10 a 25 % dos praticantes de futebol e hoquei de gelo.  Os músculos adutores podem ser testados com a  palpação e dor produzida em adução contra a resistência. A força é geralmente menor do que o lado oposto. O tendão iliopsoas e bursa também podem se tornar inflamados por lesões e / ou excesso de uso.

Exame Físico
O iliopsoas é testado com resistência à flexão do quadril. O quadril também pode ser flexionado e externamente rodados, e depois estendido e internamente girado a procura de dor, desconforto e estalos.
Devido à proximidade anatômica de estruturas da região inguinal, deve ser lembrado que a dor na virilha pode ter mais do que uma etiologia.

Avaliações de ressonância magnética.
A maioria destes testes não mostram uma etiologia específica para a dor no atleta. O valor destes testes é, principalmente, excluir outras condições patológicas. Em o atleta adolescente, Legg-Calve-Perthes, epifisiólise femoral, e AVN (Necrose avascular) deve ser descartada. A ressonancia pode ajudar muito no diagnóstico

Pubeite e Hernia Inguinal
A dor na região inguinal podem significar uma hernia inguinal e o paciente deve também procurar um cirurgião geral, o Exame físico e em alguns casos a ressonancia fazem o diagnóstico diferencial. A dor com o aumento da pressão abdominal, como por exemplo, durante a tosse falam a favor de hernia inguinal, apesar estar presente também em algumas patologias musculo tendinosas. Geralmente a hérnia inguinal é palpável.

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedia, Traumatologia e Medicina do Esporte
Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 27/04/2013

Fraturas Ocultas e Fraturas de Stress

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O diagnóstico das fraturas ocultas tem se tornado cada vez mais frequente na prática diaria do médico do esporte e nos consultórios ortopédicos. A fratura oculta é aquela que não aparece inicialmente nos exames de radiografia simples. 

Porque a radiografia simples não mostra todas as fraturas?

R. O osso é uma estrutura tridimensional e a radiografia mostra a soma de imagens num único plano de cada vez. Para melhorar a acuidade dos exames radiológicos, em geral, fazemos 2 ou mais incidências de uma mesma região. Exemplo radiografia do Cotovelo em AP ( antero posterior ) e P ( perfil ), Radiografia de Joelho AP, P e A ( axial ), Radiografia da Mão AP e O ( obliqua ).
Imagine um copo que caiu no chão e rachou, a medida que você gira o copo você consegue ver a trinca ( fissura ), porém, em algumas posições é impossível ver onde está fissurado ( rachado ). 
O mesmo acontece com o osso. Algumas vezes radiografamos e a fratura não aparece no rx inicial, fazendo uma nova radiografia após 15 a 21 dias e conseguimos visualizar o traço de fratura.

Porque a fratura não aparece no radiografia inicial e aparece 15 a 21 dias depois?

R. No processo de cicatrização da fratura ( processo de consolidação óssea ) inicialmente ocorre uma reabsorção das margens da fratura, feita pelos osteoclastos ( células responsáveis pela reabsorção óssea). Essa reabsorção faz com que o distância entre os fragmentos aumente e fica mais fácil ver a fratura na radiografia simples após alguns dias.

Temos que esperar 15 a 21 dias para fazer o diagnóstico da fratura oculta?

R. Não, o diagnóstico clínico inicial, na maioria dos casos, pode guiar o tratamento. Quando o paciente tem dor óssea mesmo sem uma imagem de fratura na radiografia simples que comprove a fratura, podemos tratar com imobilização e no caso dos membros inferiores, em alguns casos, proibindo a carga. ( não pode pisar com o membro doente no chão ).

Existem exames de imagem que podem diagnosticar a fratura oculta?

R. Sim, A Ressonância Magnética e a cintilografia óssea podem ajudar no diagnóstico da fratura oculta, em alguns casos a tomografia computadorizada também.

Porque algumas lesões nos membros são avaliadas com Ressonancia magnética e outras com radiografia simples?

R. Usamos a ressonância na investigação de problemas nas partes moles (o termo partes moles é usado para definir músculos, tendões, ligamentos, Cartigalem, cápsula articular, gordura, etc. todos os tecidos não ósseos ). Em algumas situações usamos a ressonância para avaliar lesões ósseas.

Como funciona o exame de Ressonância Nuclear Magnética ?

R. A ressonancia é muitas vezes escrita como IRM = Imagem de Ressonância Magnética. ( em inglês MRI = Magnetic Resonance Imaging )
O ressonância é um exame que não emite radiação. Está baseada na ionização de ions de hidrogênio que se alinham com um campo magnético poderoso gerado pelo equipamento. Os núcleos dos átomos de hidrogênio estão produzem um campo magnético que é manipulado e interpretado pelo equipamento. O hidrogênio está presente na água (H2O) ou seja mais de 70% do organismo. Os óssos são um tecido vivo e além da estrutura mineral formada com sais de cálcio possui uma grande quantidade de sangue e em menor parte de gordura que podem ser visualizados com a IRM. A lesão de algumas trabéculas ósseas faz com que a região aumente a sua vascularização e recrute células inflamatórias que podem ser identificados me modo precoce com a Ressonância.

Pacientes com marcapasso podem fazer exames de ressonância?

R. Sim, porém nem todos marcapassos e tem todos os pacientes. O exame de ressonância em pacientes com marcapasso deve ser realizado somente em centros especializados. O paciente deve ser avaliado antes do exame por uma equipe de arritmia que fará uma programação específica no marcapasso e liberará ou não o paciente para realizar o exame. Após a realização do exame o paciente é novamente avaliado pela equipe de arritmia. No Rio de Janeiro meus paciente com marcapasso realizam o Exame de ressonância no Hospital Pró Cardíaco em Botafogo.

O que é uma contusão óssea?

R. A contusão óssea é um diagnóstico relativamente recente e surgiu com a maior investigação feita após contusões e lesões nos atletas com o exame de ressonância nuclear magnética. 
Com o aumento do uso da ressonância observamos que alguns pacientes com lesões nos ligamentos articulares muitas vezes apresentavam sinais de edema intraósseo, esse edema é causado pela ruptura de algumas trabéculas ósseas. 

Essa ruptura de trabéculas é uma microfratura?
Sim, a região metafisária ( região próxima as articulações nos ossos longos como o fêmur e a tíbia) tem um grande quantidade de trabeculado ósseo. Rompendo somente algumas trabéculas o osso não perde a forma e não mostra uma fratura na radiografia simples. Essa é uma causa frequente de dor crônica periarticular pós contusão. Essas lesões ocorrem em atletas e não atletas. 
Em geral o tratamento consiste em evitar a carga sobre o membro machucado. O contusão óssea em geral não apresenta traço de fratura mesmo após algumas semanas, porém, em alguns casos, quando o paciente não faz repouso e pisa sobre o membro fraturado o osso da região metafisária pode colabar ( afundar ) deixando uma depressão dentro da articulação e levar a uma artrose secundária ( veja artigo Artrite e Artrose )

Fratura oculta é o mesmo que fratura de stress?

R. A fratura de stress é um tipo de fratura oculta. A fratura de stress é causada por microtraumas repetidos.
Essas fraturas são muito comuns nos membros inferiores de atletas corredores, principalmente na tíbia e nos metatarsos, porém, pode ocorrer em outros ossos. O diagnóstico precoce também pode ser feito com a ressonância que mostra uma área de " edema " ósseo. A fratura oculta em geral ocorre após um trauma agudo e a fratura de stress ocorre após um repetição de microtraumas. A fratura de stress pode ocorrer por exemplo após uma caminhada de várias horas, ou em pessoas que aumentaram de peso e estão caminhando ou correndo para perder peso. Isso ocorre porque o esqueleto ainda não está forte o suficiente para aguentar aquela carga. 


Dr. Marcos Britto da Silva

Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Rio de Janeiro, RJ, Brasil
atualizado em 27/03/2013

Fraturas de Estresse Diagnóstico e Prevenção

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Introdução

     A fratura por estresse é a lesão causada por sobrecarga mecânica comumente vista em atletas e recrutas militares. É também conhecida como fratura oculta, pois na maioria dos casos ela não aparece no exame de Raio x simples. A patogênese da fratura de estresse é multifatorial e envolve tensões submáximas repetidas sobre o osso; esse mecanismo cíclico é conhecido como fator extrínseco. Porém, a fratura de estresse também pode ser precipitada por fatores biológicos metabólicos e nutricionais conhecidos como fatores intrínsecos. A apresentação clássica da fratura de estresse é a seguinte: um paciente com dor de início insidioso. Essa dor está relacionada ao aumento abrupto na duração ou da intensidade do exercício nas das atividades físicas. 
     O diagnóstico é clínico e a confirmação é feita através de exames de imagem tais como radiografia simples, cintilografia óssea, tomografia computadorizada e a ressonância magnética. A maioria das fraturas por estresse são simples e podem ser tratadas pelo repouso e restrição da atividade que levou ao surgimento da fratura. Um subconjunto de fraturas por estresse podem apresentar um risco elevado de progressão para fratura completa, retardo de consolidação ou pseudartrose (não consolidação de uma fratura).Essas fraturas com risco elevado para complicações podem requerer um tratamento mais vigoroso, inclusive cirúrgico. Alguns locais apresentam mais frequentemente essas complicações, podemos destacar o colo do fêmur no lado de tensão (superior) , a patela, o córtex anterior da tíbia, o maléolo medial, o tálus, o navicular do tarso, o quinto metatarso e os sesamóides do hálux. 
     Embora seja relatado uma incidência < que 1% de fraturas por estresse na população em geral, a incidência em atletas corredores pode ser tão alta quanto 20%. Em uma revisão de 370 atletas com fratura de estresse a tíbia foi o osso mais envolvido, representando 49,1% dos casos, seguido dos ossos do tarso, em 25,3%, e dos metatarsos, em 8,8%. Fraturas por estresse bilateral ocorreram em 16,6% dos casos.
A fratura de estresse é mais frequente nos jovens, porém, com o aumento da ênfase nas caminhadas para as pessoas idosas, a fraturas de estresse não deve ser esquecidas nesta população.
     A fratura de estresse foi descrita em quase todos os ossos, porém, é mais comum nos ossos que suportam o peso corporal. Cada esporte apresenta locais anatômicos específicos para a fratura de estresse, o úmero é afetado em esportes de arremesso, as costelas no golfe e no remo, a coluna vertebral na ginástica de solo, as extremidades inferiores em corredores e o pé nas longas caminhadas. ( fig. 1) Na tibia, o local da fratura está relacionado em alguns casos ao tipo de esporte.
     Nos corredores de longa distância, são encontradas fraturas preferencialmente na transição do terço médio/distal. (Fig. 2) Nos esportes de saltos (basquete, voleibol, atletismo), encontramos fraturas no terço proximal (Fig. 3) e nos bailarinos, são mais frequentes as fraturas no terço médio da tíbia e também no pé (Fig. 4). Na fíbula, as fraturas de estresse são frequentemente descritas no terço distal, porém na brigada paraquedista foram relatadas fraturas no terço proximal.

Patogênese

     A etiologia da fratura por estresse é multifatorial. A taxa de ocorrência depende da composição do osso, do suprimento vascular local, do volume do envelope muscular, de fatores sistêmicos e do tipo de atividade atlética. Do ponto de vista biomecânico, a fratura por estresse pode ser o resultado de fadiga muscular, o que leva à transmissão de forças excessivas para o osso subjacente. (Fig. 5) Os músculos podem também contribuir para as lesões por estresse ao concentrar as forças em uma determinada área do osso, causando assim lesões mecânicas ao exceder a capacidade de suporte da tensão. Além dos fatores mecânicos extrínsecos (trauma repetido, tração muscular, etc), fatores sistêmicos, tais como desequilíbrios hormonais, deficiências nutricionais, privação do sono, anormalidades do colágeno e doenças metabólicas ósseas, podem contribuir para o desenvolvimento de fraturas por estresse.
     A fratura por estresse é o resultado da aplicação de um estresse cíclico com carga submáxima repetida até que o micro trabeculado ósseo começa a falhar. Um aumento abrupto na duração, na intensidade ou na freqüência de atividade física, sem períodos adequados de descanso, está sempre presente na história clínica. (fig. 2)
     Em mulheres sedentárias, após a quarta década, é comum surgir a dor no pé após uma viagem com uma história de que caminhou muito durante vários dias. ( fig. 1 )
     A aplicação de uma carga hiperfisiologica, produz microfraturas, essas microfraturas podem coaleger e se transformar em pequenas trincas ou fissuras. ( fig. 6) Havendo a continuação da atividade física na mesma intensidade, fissuras e trincas podem propagarse e coalescer em fraturas completas. Outra teoria relaciona a fratura de estresse aos osteoclastos: a atividade física de alta intensidade levaria a um aumento na atividade dos osteoclastos com reabsorção óssea num ponto de maior concentração de força e consequente fratura por estresse. A incidência de fraturas por estresse em mulheres é alta, portanto é especialmente importante investigar os fatores intrínsecos em atletas do sexo feminino.
     O termo tríade do atleta Feminino refere-se à combinação de um transtorno alimentar, amenorréia, e osteoporose. Mulheres participantes de esporte de alto nível, como patinação, ginástica e crosscountry são particularmente propensas a esta tríade. Em um esforço para minimizar a gordura corporal e manter alta performance atlética, muitas mulheres jovens desenvolvem distúrbios alimentares durante a puberdade. Amenorréia e oligomenorréia são achados comuns em corredores do sexo feminino de longas distâncias, com relatos de irregularidades menstruais em algumas séries em 50% dos casos. A deficiência de estrogenio leva à diminuição da densidade mineral óssea e ao aumento no risco de fratura por estresse.
     Atletas de corrida de endurance do sexo masculino são também predispostos a fraturas por estresse devido a baixa da testosterona, os níveis hormonais podem diminuir até 25% dos níveis fisiológicos com dois dias de treinamento vigoroso. A Testosterona inibe a interleucina-6, uma citocina responsável pelo reforço no desenvolvimento do osteoclastos. Por isso, baixos níveis de testosterona em atletas de resistência resultam
no aumento da produção dos osteoclastos e consequente a reabsorção óssea nas áreas de estresse mecânico.

Avaliação Clínica

     O diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações e um atraso no retorno às competições. Como já afirmado inicialmente, a fratura de Estresse apresenta um início insidioso de dor durante um período de dias a semanas. Os sintomas são agravados pela atividade e aliviados com o repouso. A avaliação inicial deve incluir uma revisão dos exercícios e do programa de treinamento, qualquer alteração recente no tipo ou no nível de atividade deve ser anotado. A saúde geral do paciente, medicamentos, dieta, ocupação e atividades relacionadas devem também ser avaliados, bem como o ciclo menstrual em mulheres.
      A dor óssea é o achado mais importante no exame físico. Em áreas profundas de difícil palpação, como o colo do fêmur, a dor pode ser provocada com rotação do membro e manobras de adução e abdução. A fratura por estresse em ossos subcutâneos podem apresentar edema local e espessamento periosteal palpáveis. A avaliação da biomecânica do membro é essencial para identificar fatores de risco tais como o desequilíbrio muscular, discrepância no comprimento do membro, pronação subtalar excessiva e pé plano. O diagnóstico diferencial para a fratura por estresse inclui a reação de estresse, que é uma etapa pré fratura bem visualizada nos exames de ressonância magnética. Na reação de estresse o osso está enfraquecido, porém, ainda não está fisicamente quebrado.
     Outros processos patológicos que fazem diagnóstico diferencial com a fratura de estresse incluem: periostite, infecções, lesões ósseas por avulsão, estiramento muscular, bursites, neoplasia, síndrome compartimental e compressões nervosas. Na pelve e fêmur, o diagnóstico muitas vezes é tardio, pois a lesão é confundida com outras condições benignas, como estiramento muscular ou bursite.

Diagnóstico por Imagem.

     O diagnóstico de suspeição é feito com base na história clínica e no exame físico, porém os exames de imagem são úteis para confirmar esse diagnóstico e também para o estadiamento da lesão. Radiografias simples geralmente são normais nos primeiras 2 a 3 semanas após o início dos sintomas e podem não revelar o traço de fratura por vários meses. Reação periosteal, radiolucencia cortical, ou mesmo uma linha de fratura pode ser visto nos exames posteriores. A Ressonancia e a cintilografia óssea tradicionalmente são métodos sensíveis para confirmar casos suspeitos de fraturas de estresse. Nos estágios iniciais de uma fratura por estresse, antes da visualização em radiografias simples, a cintilografia óssea e a ressonância são altamente sensíveis para detectar lesões por estresse.
     Nos casos agudos de fraturas por estresse observamos na cintilografia, áreas de aumento linear da fixação do radiotraçador Tecnécio 99 em todas as três fases. Ferimentos nas partes moles são caracterizadas pelo aumento da captação apenas nas duas primeiras fases, não havendo captação na fase tardia. Na ressonância, observamos áreas de edema intraósseo e em casos mais avançados o traço de fratura pode ser visualizado. Figura 4 Com a cura da fratura de estresse, ocorre a normalização da primeira fase da cintilografia, chamada fase angiográfica (fase I). A intensidade da atividade em imagens tardias (Fase III) diminui com 3-18 meses com a remodelação óssea, bem depois da resolução clínica dos sintomas. Portanto, a cintilografia não deve ser usada como parâmetro único para monitorar a cicatrização e ditar o regresso aos treinos e competições.
     A cintilografia óssea com Tecnécio é altamente sensível para detectar as fraturas de estresse, mas carece de especificidade. A cintilografia óssea é muito sensível na avaliação lesões suspeitas na coluna vertebral e pelve, identificando múltiplas fraturas e também distinguindo um osso bipartido de fratura por estresse. Na ressonância observamos áreas de contusão óssea com edema intraósseo. (Fig. 1 a 6) Nos dias de hoje temos preferido a ressonância magnética para avaliar as lesões por estresse, por ser um exame menos invasivo e não usar radioisótopos, porém a cintilografia ainda é usada em algumas situações.

Tratamento

     Atletas que sofrem de dores crónicas e achados normais na radiografia simples devem ser investigados com cintilografia óssea ou ressonância magnética. Fraturas positivas na cintilografia (com captação) ou na ressonância magnética ( áreas de edema ósseo) porém com Radiografia simples negativa devem ser tratados com um período de descanso. Nas fraturas de estresse em locais com baixo potencial de complicação assim que o paciente puder realizar atividades de baixo impacto por maiores períodos sem dor, iniciamos os exercícios de maior impacto lentamente. Se a fratura por estresse torna-se evidente em radiografias simples o tratamento deve ser individualizado.
     A fratura por estresse de alto risco pode ser tratada como fratura aguda. Por exemplo, quando o diagnóstico é retardado, o tratamento não operatório tem piores resultados devido ao elevado índice de complicação. Na fratura de estresse simples diminuimos o rítmo dos treinos e após algumas semanas o atleta aumenta gradualmente a quilometragem da corrida e volta progressivamente às atividades esportivas específicas, com monitoramento clínico da dor pelo médico do esporte ou ortopedista.
     Para a maioria das fraturas de estresse de alto risco da perna e do pé, um protocolo conservador agressivo constituído por suspensão da carga e imobilização é recomendado, especialmente se o diagnóstico é feito logo após o início dos sintomas. Existem exceções a essa regra, como por exemplo a fratura por estresse no lado de tensão do colo do fêmur, que requer a fixação interna para evitar a progressão da fratura, que pode ter uma complicação devastadora.
     No atleta de alta performance, cuja subsistência depende do regresso antecipado à competição ou o atleta que necessita de um retorno precoce à atividade, a intervenção cirúrgica pode ser indicada. Por fim, a fratura por estresse com imagens de esclerose intramedular ou lesões císticas, podem necessitar de intervenção cirúrgica.

Prevenção

     A fratura por estresse é melhor tratada com prevenção. Erros de treinamento, com um aumento excessivo da intensidade e frequência nos treinos são a causa mais comum para a ocorrência da patologia e devem ser desencorajados. Pacientes que não estão habituados a andar longas distâncias devem ser orientados a usar calçados confortáveis. Além disso, os pacientes devem ser orientados a levar um par de ténis em suas viagens onde terão de caminhar por longos períodos.
     Novas atividades, como corridas em aclives e numa superfície dura, podem contribuir para o surgimento da fratura. O tipo e a condição do tênis (calçado) deve ser avaliado. Os corredores devem trocar de tênis a cada 500 km. Para os militares, a melhoria das botas, com o uso de palmilhas viscoelásticas, podemajudar a reduzir a incidência de fratura por estresse de baixo impacto (fratura da marcha).
    Os Atletas, treinadores, o pessoal militar e os pais devem ser educados sobre os efeitos deletérios do excesso de treinamento e da importância de dias de descanso periódico. Além disso, atletas e seus treinadores precisam ser alertados para os efeitos adversos dos distúrbios alimentares e também das alterações hormonais.



Atualizado em 03/01/2013
Dr Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Médico do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Porque acordo com dor nas costas?

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Lombalgia e a Posição de dormir.
Uma queixa comum no consultório é a queixa de acorda com dor lombar. A lombalgia é provavelmente a dor que mais aflige o ser humano. Todos em algum momento da vida apresentam dor lombar.

Quais as causas da dor lombar?
As causas da lombalgia são variadas, a medida que envelhecemos as dores em geral estão relacionadas a artrose, bicos de papagaio, desidratação  e degeneração dos discos intervertebrais e hérnias de disco. Nos jovens as dores estão relacionadas a hábitos posturais ruins para sentar, posição errada para levantar pesos, abaixar de modo errado e principalmente erros de postura na posição de dormir.

Qual a posição ideal para dormir? 
Devemos dormir em decúbito lateral com os joelhos semi fletidos.

Dormir em bruços (decúbito ventral) causa dor nas costas?
Sim, dormir em decúbito ventral provoca hiperpressão nas articulações intervertebrais e o paciente acorda com dor na região lombar e cervical ( a cabeça passa a noite toda girada para o lado )

Porque acordo com dor nas costas?
Como dito acima se você dorme em decúbito ventral você esta forçando a coluna n uma posição ruim e que a longo prazo pode lhe causar problemas maiores.
Quais os riscos de dormir sempre em decúbito ventral? 
Dormindo sempre com a barriga virada para baixo, a longo prazo, a hiperpressão nas articulações intervertebrais pode levar a artrose e nos pacientes que já apresentam artrose ao agravamento desta.

Como melhorar a dor lombar relacionada a posição errada para dormir e aos erros posturais?
A primeira medida é a mudança dos hábitos posturais, sentar ereto com a região lombar apoiando no espaldar da cadeira ou sofá, levantar objetos flexionando os joelhos e mantendo a coluna reta e parar de dormir em decúbito ventral. Um tratamento fisioterápico também auxilia. Uma medida simples é alongar a região lombar quando acordar. Ainda deitado, Abrace um joelho e o encoste no peito, repita com o outro joelho. Depois abrace os dois joelhos ao mesmo tempo passando a as mãos atrás do joelho, tente colocar as mão na ponta dos pés mantendo as pernas esticadas, peça auxilio a um familiar. Realize exercícios de fortalecimento abdominal com as pernas fletidas.

Dr Marcos Britto da Silva 
Ortopedista, Medicina do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 01/04/2013.

Obesidade Artrose e dor no Joelho

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A Artrose pode ser definida com uma doença inflamatória crônica das articulações resultado de eventos mecânicos e biológicos. Eventos mecânicos desacoplam a degradação e a síntese de cartilagem, com predomínio da degradação sobre a síntese. Em última análise mudanças morfológicos, bioquímicas, moleculares e biomecânicas ocorrem com graus variáveis de inflamação articular porém sem repercussão sistêmica. 

O paciente típico é uma mulher com obesidade, dor crônica articular, principalmente nos joelhos. Os investigadores notaram que a artrose de joelho não é sempre uma doença mecânica e do envelhecimento, mas pode estar relacionada com a síndrome metabólica.

Estudos recentes tem demostrado que a redução da massa corporal (sobrepeso e da obesidade) pode diminuir a progressão da artrose e aliviar a dor da artrose nas articulações dos membros inferiores. O último Congresso Brasileiro de Cirurgia de Joelho ressaltou a relação da obesidade com a infecção pós operatória, principalmente, após a prótese total de joelho. Foram apresentados também trabalhos que demostraram a redução importante da dor no joelho nos paciente que perderam 5% da massa corporal em poucos meses semanas.


Dr Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologia e Medicina do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 09/04/2012

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Lesão do Ligamento Cruzado Anterior

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Uma das lesões mais comuns do joelho é uma entorse, na entorse de joelho pode ocorrer o estiramento ao a ruptura do ligamento cruzado anterior (LCA).
Atletas que participam de esportes de alta impacto como futebol e basquete são mais propensos a ferir os ligamentos cruzados anteriores, as mulheres atletas também são mais propensas a lesão do LCA.

Anatomia

Anatomia normal do joelho, vista frontal
Três ossos se encontram para formar o joelho: o fêmur, tíbia e rótula (patela). 
Existem quatro principais ligamentos no joelho. Eles agem como cordas fortes para manter os ossos juntos e o joelho estável.

Ligamentos colaterais
Estes são encontrados nas laterais do joelho. O ligamento colateral medial está na interna do joelho e o ligamento colateral lateral fica no lado de fora da articulação. Eles controlam os movimentos laterais, varo e valgo.

Ligamentos cruzados
Estes são encontrados dentro da articulação do joelho. Eles se cruzam para formar um "X" com o ligamento cruzado anterior na frente e o ligamento cruzado posterior atrás. Os ligamentos cruzados controlar o movimento de vaivém de seu joelho, com o joelho em extensão completa também ajudam na estabilização de varo e valgo

O ligamento cruzado anterior corre diagonalmente no meio do joelho. Ela impede que a tíbia de deslize para frente do fémur, bem como fornece estabilidade rotacional para o joelho.

Descrição
Cerca de metade de todas as lesões do ligamento cruzado anterior ocorrem em associação com outras estruturas do joelho, como a cartilagem articular, meniscos, ligamentos colaterais ou fraturas.

A lesão ligamentar pode ser considerada uma "entorses" e são classificados em uma escala de gravidade.

Entorses Grau 1. O ligamento é levemente danificado em um grau um entorse. Foi ligeiramente esticado, mas ainda é capaz de ajudar a manter a estabilidade da articulação do joelho.

Entorse Grau 2. nessa situação algumas fibras se rompem. Isto é muitas vezes referido como uma ruptura parcial do ligamento.

Entorse Grau 3 . Este tipo de entorse é geralmente referido como uma ruptura completa do ligamento. O ligamento foi dividido em duas partes e da articulação do joelho fica instável.

As Rupturas parciais do ligamento cruzado anterior são raros, a maioria das lesões do LCA são rupturas completas ou quase completa.

Mecanismo de trauma
O ligamento cruzado anterior pode ser lesado de várias maneiras:
Mudando rápida de direção.
Parada abrupta 
Aterrissagem incorreta do salto
Trauma direto ou colisão, como no choque entre dois jogadores de futebol

Vários estudos têm mostrado que os atletas do sexo feminino têm uma maior incidência de lesão do LCA do que os atletas do sexo masculino em determinados esportes. A teoria do porque isso ocorre se deve a diferenças no condicionamento físico, força muscular e controle neuro muscular. Outras causas sugeridas incluem diferenças na pelve e membros inferiores e no alinhamento das pernas, frouxidão nos ligamentos e os efeito direto do estrogênio sobre as propriedades elásticas dos ligamentos.

Sintomas
Um dos sinais mais frequentes na ruptura do ligamento cruzado anterior e ouvir um ruído de estalo, muitas vezes esse estalo é ouvido pelas pessoas ao redor.Imediatamente após o paciente sente o joelho instável ou que vai sair do lugar. Outros sintomas comuns incluem:

  • Dor com o inchaço. O derrame articular é precoce, antes de 24 horas.  O inchaço e a dor podem resolver por conta própria em alguns dias porém ao retornar ao esporte o paciente relata uma sensação de falsei e instabilidade principalmente nas mudanças de direção. A realização de esportes com um lesão completa do LCA pode levar a agravamento das lesões articulares com lesão da cartilagem e dos meniscos. 
  • Perda de amplitude de movimento
  • Dor ao longo da linha articular
  • Desconforto ao caminhar
Exame Médico

Exame físico e história do paciente
Durante a primeira visita, o ortopedista colhe a história da lesão e o paciente deve tentar fazer um relato do mecanismo de trauma pois isso ajuda no diagnóstico das lesões associadas.

Exame físico, 
A maioria das lesões ligamentares pode ser diagnosticada com um exame físico completo do joelho. As principais manobras são: o Pivot Shift, exame de Lackman e a Gaveta Anterior, nessas manobras o ortopedista comprova o deslizamento anterior e a rotação antero lateral da tíbia sobre o fémur, A sensibilidade dos exames aumenta após a terceira semana após a lesão e o exame físico deve ser sempre repetido 15 dias após o exame clínico inicial.

Exames de imagem
Outros exames que podem ajudar no diagnóstico incluem:
Raios-X simples. Embora eles não mostrem a lesão do ligamento cruzado anterior, o raios-X simples pode mostrar uma lesão óssea associada.

Ressonância. Este estudo cria melhores imagens das partes moles como o ligamento cruzado anterior. No entanto, uma ressonância magnética geralmente não é necessário para fazer o diagnóstico de um LCA lesado, porém algumas vezes o exame se torna obrigatório principalmente para justificar uma cirurgia de reconstrução ligamentar junto ao seguro médico.

Tratamento
O Tratamento de uma ruptura do LCA não é necessariamente cirúrgica, dependendo das necessidades individuais do paciente. O jovem atleta envolvido em esportes de agilidade provavelmente irá necessitar de cirurgia para retornar com segurança ao esporte. O paciente menos ativo, geralmente mais indivíduos mais velhos,  podem ser capazes de retornar a uma vida mais calma, sem cirurgia.


História Natural da lesão do LCA
A história natural de uma lesão do LCA sem intervenção cirúrgica varia de paciente para paciente e depende do nível de atividade do paciente, grau de lesão e sintomas de instabilidade.

O prognóstico para a lesão  parcial do LCA é muitas vezes favorável com um período de reabilitação de pelo menos três meses. No entanto, alguns pacientes com rupturas parciais do LCA ainda podem ter sintomas de instabilidade. O acompanhamento clínico e o exame físico sequencial ajuda a identificar os pacientes com joelhos instáveis ​​devido a rupturas parciais do LCA.

As rupturas completas do LCA tem um resultado muito menos favorável. Depois de uma ruptura completa do LCA, alguns pacientes são incapazes de participar esportes com mudanças bruscas de direção como o futebol, enquanto outros têm instabilidade mesmo durante as atividades cotidianas como caminhar. Há alguns raros indivíduos que podem participar de esportes, sem quaisquer sintomas de instabilidade. Esta variabilidade está relacionada com a gravidade da lesão original e demais ligamentos rompidos no joelho, assim como as exigências físicas do paciente.


Tratamento não-cirúrgico
A ruptura completa do LCA não vai cicatrizar sem cirurgia. Mas o tratamento não-cirúrgico pode ser eficaz para os pacientes mais idosos ou têm um nível de atividade muito baixa. Se a estabilidade global do joelho está intacta o ortopedista pode recomendar um tratamento não-cirúrgicos com o uso.

Órteses. um tensor com reforço lateral irá proteger o joelho de uma instabilidade maior. O uso de um par de muletas por algumas semanas após a lesão acelera a recuperação das partes moles.

Fisioterapia. O tratamento inicial é com fisioterapia analgésica. À medida que o inchaço vai diminuindo, um programa de reabilitação é iniciado. Exercícios específicos restabelecerão o arco de movimento e a função.

Tratamento Cirúrgico
A cirurgia irá realizar a reconstrução do ligamento cruzado anterior. Ainda não dispomos de métodos eficientes de sutura para a maioria das lesões do LCA. Para reparar cirurgicamente o LCA e restaurar a estabilidade do joelho, o ligamento deve ser reconstruído usando tendões flexores ou parte do ligamento patelar. 

Os enxertos podem ser obtidas a partir de várias fontes. Muitas vezes, eles são retirados do tendão patelar, que corre entre a rótula e a tíbia. Os tendões isquiotibiais na parte de trás da coxa são uma fonte comum de enxertos. Menos frequentemente usamos um tendão do quadríceps. Finalmente, o enxerto de cadáver pode ser usado nos locais com banco de tecidos.
Há vantagens e desvantagens de todas as fontes de enxerto. A cirurgia para reconstrução do LCA é video assistida. A cirurgia artroscópica é menos invasiva e melhora o posicionamento dos túneis ósseos. Os benefícios de técnicas menos invasiva incluem menos dor no pós operatório, menos tempo e gasto no hospital e recuperação mais rápida.

Momento da cirurgia
A espera de algumas semanas para realizar a cirurgia permite a diminuição do edema e da inflamação pós traumática das partes moles e o restabelecimento do arco de movimento. A fisioterapia pré operatória ajuda na recuperação pós reconstrução do LCA. A realização precoce de uma reconstrução do LCA pode aumentar o risco de artrofibrose e diminuição do arco de movimento no pós operatório.


Reabilitação
A reabilitação desempenha um papel vital no retorno as atividades diárias e ao esporte. Um programa de fisioterapia irá a recuperar a força e o arco de movimentos do joelho. O tratamento fisioterápico inicialmente visa o retorno do arco de movimento, a seguir o foco e no retorno da força e no controle de propriocepção dos membros inferiores e retorno ao esporte.


Retorno ao Esporte.
Os protocolos atuais permitem o retorno ao esporte com 5 a 6 meses após a reconstrução do LCA.



Dr Marcos Britto da Silva

Ortopedista, Traumatologia e Medicina do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 22/05/2013

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Tendinite

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A tendinite ou tenossinovite é uma inflamação na Bainha do tendão ( Fina camada que envolve e lubrifica o tendão) que pode ser causado por um esforço repetido ou por uma doença. O trauma local também pode provocar tendinite. Os principais sintomas são: Dor edema, Hiperemia (vermelhidão) e algumas vezes pode surgir crepitação ( ao colocarmos a mão sobre o local sentimos uma discreta vibração durante o movimento do tendão). Temos vários tipos de tendinite: tendinte calcária, Tendinite estenosante (dedo em gatilho), tendinite ocasionais, tenossinovite tuberculosa, tenossinovite nas doenças reumáticas, tenossinovite de DeQuervain, tenossinovite infecciosa.

O que é a tendinite?
Para entendermos a tendinite, precisamos saber o que é o TENDÃO. O tendão é a estrutura que liga os músculos aos ossos. Quando contraímos a musculatura, o tendão faz com que o osso se movimente. Então, a tendinite nada mais é do que a inflamação do tendão e geralmente é causada pelo atrito entre o tendão e as estruturas ao seu redor. Para diminuir esse atrito, o tendão desliza dentro de uma membrana, que o envolve, chamada peritendão. Dentro do peritendão, existe uma fina lâmina de líquido que proporciona uma diminuição do atrito entre o tendão e as estruturas que o cercam.O tendão é como uma corda amarrada a um balde quando puxamos a corda o balde de movimenta. Imagine que você está em cima da casa e quer puxar o balde para o telhado. Quando puxamos o balde várias vezes a corda começa a ficar gasta e com o passar dos dias ela pode esgarçar ou até mesmo romper. Imagine que você está puxando o balde para o telhado porém colocou uma roldana na quina da laje para impedir que a corda encoste na borda da laje. Essa roldana faz o mesmo papel da peritendão. Outra maneira de evitar o atrito entre a borda da laje e a corda é projetar o nosso corpo para fora e puxar o balde sem que a corda encoste na borda da laje. Da mesma forma podemos mudar a posição da mão para diminuir o atrito e evitar a tendinite no punho.

A tendinite ocorre quando há atrito entre o tendão e as estruturas ao seu redor. Para evitar a tendinite devemos minimizar esse atrito. A tendinite pode ser provocada por movimentos repetitivos ou agudamente por um trauma.


O que é o dedo em Gatilho?
O dedo em gatilho é uma tendinite estenosante que ocorre na mão, ocorre devido a um espessamento do tendão que fica preso sob a polia. O tratamento inicialmente é feito com medidas locais e antinflamatórios, porém mitos casos necessitam de tratamento cirúrgico.

Como saber se uma dor que estamos sentindo no punho, por exemplo, é tendinite?
O paciente deve desconfiar de tendinite quando sente dores durante o movimento ou ao segurar objetos. As tendinites podem ocorrer também nos membros inferiores. mulheres que usam sandálias amarradas nos tornozelos podem apresentar tendinite nos extensores dos artelhos.

Anatomicamente falando, como o uso dos computadores favorece o aparecimento da tendinite?
O ato de digitar é um movimento repetitivo ( puxamos o balde para o telhado centenas de vezes). o posicionamento adequado das mãos, punho, cotovelo e ombros diminui o atrito entre os tendões e as estruturas ao redor. ( imagine puxar o balde com o corpo para fora, você evita atrito entre a corda e a borda da laje) usar o computador por si só não provoca diretamente a tendinite, porém o uso excessivo e em posições incorretas podem ser um fator coadjuvante no surgimento da tendinite.
 
O que pode acontecer quando não se faz o tratamento correto?
A tendinite sem o tratamento correto pode levar a dor crônica e a ruptura dos tendões.

O que você acha do tratamento concomitante de antiinflamatórios, terapia ocupacional e fisioterapia para a tendinite?
O tratamento concomitante é viável, porém, prefiro o tratamento sequencial. Na tendinite o fator mais importante é a reeducação postural na execução das atividades que levaram à tendinite. No cotovelo devemos priorizar também o alongamento e no ombro devemos fazer um reforço muscular para diminuir o impacto que ocorre durante os movimentos. O tratamento deve ser individualizado, caso a caso, de acordo com os fatores envolvidos na gênese do problema. Antinflamatórios usados cronicamente podem levar a uma série de complicações e não devem ser tomados sem orientação médica.

Dr. Marcos Brito da Silva
Ortopedia, Traumatologia e  Medicina do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ
atualizado em 01/06/2013

Função Sexual após colocação de Protese Quadril e Joelho

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Melhora da Função sexual após Artroplastia do Quadril e Joelho.
A osteoartrose (OA) do quadril ou do joelho, que afetam milhões de pessoas a cada ano, é conhecida por limitar a atividade sexual. De acordo com os resultados da pesquisa apresentados no Pôster Científico 023, exibibido no Academy Hall B AAOS Meeting 2013, a artroplastia total de quadril (ATQ) ou a cirurgia de artroplastia total do joelho (ATJ) melhoram a função sexual em 90% dos pacientes.

O estudo envolveu 147 pacientes com menos de 70 anos de idade, que estavam programados para passar por uma cirurgia de ATJ primária ou ATQ primária. Todos os pacientes concordaram em completar três questionários: um antes da cirurgia, um de seis meses após a cirurgia, e um 1 ano após a cirurgia. Sessenta e cinco por cento dos pacientes retornaram as três pesquisas.

O grupo de pacientes que incluiu 68 homens e 78 mulheres, os pacientes tinham uma idade média de 57,7 anos. Mais de dois terços dos pacientes relataram problemas físicos com a atividade sexual antes da cirurgia. As principais queixas sexuais e a porcentagem de pacientes relatando o problema foram os seguintes:

· dor (67%)
· rigidez articular (36%)
· diminuição da libido (49%)
· incapacidade de alcançar uma posição adequada (14%)

Quase todos os pacientes participantes (91%) relataram problemas psicológicos relacionados com a sua artrose do quadril ou do joelho. Desses, a maioria (91%) relatou uma diminuição do bem-estar geral e, mais da metade (53%) relataram uma diminuição da auto-estima sexual.

Após a cirurgia, 42% dos pacientes relataram uma melhora na libido, 41% relataram aumento da duração sexual e 41% relataram maior freqüência sexual. Os pacientes também relataram uma melhora no bem-estar geral (84%) e na auto-estima sexual (55%).

Um pequeno grupo (16%) de pacientes relataram que a cirurgia de substituição da articulação prejudicou ou afetou a sua função sexual, principalmente devido ao medo de danificar a articulação substituída.

No geral, 90% dos pacientes com ATQ e ATJ relataram melhora da função sexual em geral; os pacientes com prótese de quadril apresentaram uma taxa ligeiramente superior a dos pacientes com artroplastia de Joelho. Mais pacientes do sexo feminino relataram melhora após a artroplastia de quadril do que pacientes do sexo masculino. Provavelmente pela maior facilidade de abduzir (abrir) os membros inferiores.

“Esse estudo dá ênfase à importância de se incluir a sexualidade e a atividade sexual como um componente importante para avaliar o resultado funcional da artroplastia total do quadril e do joelho”, disse o pesquisador principal Jose A. Rodriguez, cirurgião ortopédico e diretor do Center for Joint Preservation and Reconstruction do Lenox Hill Hospital, em Nova York.
A substituição do quadril ou do joelho “oferece melhora na atividade sexual e na sexualidade em geral, após a cirurgia, especialmente se (sexualidade) é afetada antes da cirurgia”, disse o Dr. Rodriguez.

Já que alguns pacientes relataram medo de danificar seu novo quadril ou joelho como uma razão para limitar a atividade sexual após a cirurgia, “é importante para o profissional de saúde discutir a situação funcional de cada paciente em termos de atividade sexual e sexualidade em geral”, disse Dr. Rodriguez. “Isso pode ser feito durante as consultas pré e pós operatórias ou através do fornecimento de folhetos informativos, ou ambos, se necessário, para determinar e tratar esse medo de forma eficaz”.

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Trabalho apresentado no Congresso da Academia Americana de Cirurgiões ortopédicos de Chicago 2013.

Dr. Marcos Brito da Silva
Ortopedia, Traumatologia e Medicina do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ
atualizado em 13/06/2013

Sutura Biológico do LCA

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Pesquisa pode tornar possível a cura das lesões do Ligamento Cruzado Anterior sem uma cirurgia de reconstrução
Método biológico combina proteínas da matriz extracelular e PRP

Durante a cerimônia de abertura do Congresso da AAOS 2013 em Chicago, o prêmio Ann Doner Vaughan Kappa Delta Award foi dato a Martha M. Murray e Braden C. Fleming, por suas pesquisas sobre o uso de uma técnica de "Reparação Biológica" para as lesões do ligamento cruzado anterior (LCA) como uma alternativa para a sua reconstrução.
O próximo passo, relata o Dr. Murray, é a realização de testes pré-clínicos exigido pelo Food and Drug Administration (FDA), para fornecer a tecnologia para realizar ensaios clínicos em pacientes.
Após uma série de estudos laboratoriais que examinaram a biologia da lesão e reparo do do LCA , Dr. Murray, do Boston Children’s Hospital, e o Dr. Fleming, da Brown University, desenvolveram uma técnica que envolve a aplicação de uma matriz extracelular (MEC) com base numa matriz carregada com plaquetas autólogas para tratamento de uma ruptura completa do LCA. O tratamento biológico proporcionou cura tanto biológica quanto mecânica em estudos feitos em grandes animais

Sutura do LCA
As reparações por sutura de uma lesão do LCA são geralmente mal sucedidas, com uma taxa de 90% de fracasso. Como resultado, o padrão atual para o tratamento de uma lesão do LCA é remover o ligamento e substituí-lo com um enxerto de tendão. No entanto, muitos pacientes com reconstrução do LCA continuam a exibir um dano progressivo à cartilagem articular. Da mesma forma, dois terços podem apresentam evidências radiográficas de OsteoArtrose (OA) entre 10 e 15 anos após a cirurgia.
"Considerando que muitos dos nossos pacientes apresentam essas lesões antes dos 16 anos, lesões do LCA colocam pacientes jovens em risco de OA prematura pós-traumática antes dos 30 anos, mesmo com os nossos melhores métodos atuais de tratamento", observam os autores.
Dr. Murray e sua equipe queriam saber por que um LCA lesado não cicatriza e se um tratamento poderia ser desenvolvido, que podesse levar a uma melhor função a longo prazo. Eles projetaram uma série de experimentos para definir as diferenças biológicas fundamentais entre os ligamentos, como o Ligamento colateral médio (LCM), que curam, e aqueles, como a LCA, que não cicatrizam.
Eles compararam primeiro fibroblastos do LCA com os do LCM. Eles descobriram que as células de ambos os ligamentos lesionados tem taxas comparáveis de proliferação, que cada ligamento foi capaz de revascularização após a ruptura, e que a produção de colágeno em cada ligamento foi comparável até 1 ano após a lesão. Mas para LCMs lesados e outros ligamentos extra-articulares, uma matriz provisória se desenvolvia, algo que não foi visto no LCA.
O líquido sinovial que rodeia a LCA lavou o coágulo que se forma como uma ponte entre o início das duas extremidades lesadas do ligamento. Como resultado, "não ocorre a formação de uma matriz temporária estrutural no local para formar uma ponte nas duas extremidades do ligamento, não havia um andaime para as células vizinhas invadirem e remodelarem um tecido cicatricial funcional", disse o Dr. Murray.
Os investigadores levantaram a hipótese de que a falta de um andaime provisório entre as duas extremidades da LCA lesado foi o mecanismo chave por trás da sua insuficiência para cicatrização do LCA.
Um estudo ao vivo num modelo animal de grande porte apoiou essa hipótese e indicou que a falta de um andaime também foi associada a uma diminuição da presença de proteínas de matriz extracelular e citocinas no interior da ferida aguda do ligamento.

Construindo um andaime
O próximo desafio era projetar um andaime substituto provisório que seria de fácil implante e capaz de prover os fatores de crescimento e enzimas necessárias para otimizar fibroblastos e o crescimento interno neurovascular.
Eles descobriram que o plasma rico em plaquetas (PRP) foi útil na estimulação de compomentes celulares chave.
Usando a trombina para ativar o PRP, resultou em uma libertação imediata dos fatores de crescimento derivados de plaquetas, enquanto que o uso de colágeno como um ativador do PRP resultou numa libertação prolongada e contínua de fatores de crescimento. Manter as plaquetas no plasma fisiológico, melhorou a capacidade destas plaquetas para estimular a síntese de colágeno por fibroblastos do LCA.
Para transpor o que eles aprenderam na placa de Petri para um organismo vivo, os pesquisadores desenvolveram um modelo de teste em grande animal e identificaram resultados clinicamente relevantes. Uma série de experiências resultoram em uma técnica que combinava um tecido desenvolvido em laboratório como andaime e a sutura do ligamento, a chamada "Sutura Bio-Melhorada ".
Embora o uso da um andaime de matriz extracelular-plaquetária estimule a cura funcional, o mesmo não acontece com o uso de proteínas de matriz extracelular sozinha ou plaquetas sozinhas. Os pesquisadores também descobriram que mesmo que o aumento da concentração de plaquetas seja três vezes maior do que os níveis normais, isso não melhorava os resultados.
A utilização do andaime de matriz extracelular-plaquetário também melhorou significativamente o rendimento de carga e rigidez do tecido de reparação; quase duplicou o rendimento de carga e rigidez em quase 60% ao longo da reparação de sutura sozinho. Um estudo randomizado em modelo com um grande animal descobriu que o resultado biomecânico da "Sutura Bio-Melhorada ".] foi equivalente à de reconstrução do LCA.
Essas descobertas foram em animais jovens e os pesquisadores procuraram a seguir avaliar o efeito da idade sobre a cura do ligamento. Eles descobriram que os animais com esqueleto imaturo foram curados mais rapidamente e de forma mais completa que os adultos, provavelmente devido à maior capacidade de proliferação e migração de células mais jovens.
Recentemente, os autores relataram que a técnica de reparação "Sutura Bio-Melhorada ". pode retardar ou mesmo impedir o desenvolvimento de artrose pós traumática após uma lesão do LCA. Em seu estudo com animais, a artrose pós traumática foi vista em 80% dos joelhos tratados com a tradicional reconstrução do LCA, 1 ano após a cirurgia, mas não foi visto no grupo que foi submetido a "Sutura Bio-Melhorada "

Próximo passo: ensaios
De acordo com esses estudos, os autores acreditam nas seguintes hipóteses:
1. A perda precoce do andaime provisório (i.e., ponte sobre o local da ferida) inibe a cura do LCA.
2. A colocação de um andaime provisório substituto pode restaurar a cura funcional.
3. Os sistemas de liberação dos fatores de crescimento podem ser projetados especificamente para uso nas articulações.
Se os resultados de ensaios clínicos forem possíveis em seres humanos, um método menos invasivo para reparação do LCA estaria disponível. Essa nova técnica também pode diminuir o risco de OA prematura após a lesão do LCA, porém testar essa hipótese leva muito mais tempo.
A proposta do Dr. Murray para completar os estudos pré-clínicos necessários de segurança e eficácia em preparação de ensaios clínicos foi aceita no programa piloto de viabilidade inicial da FDA. Os ensaios começarão assim que esses estudos sejam concluídos e a documentação aprovada entrar em vigor.
O numero de pacientes com lesão no LCA nos USA e de 400.000 ano, eles são jovens saudáveis e ativos, “há uma necessidade de melhorar o tratamento dessas lesões”, disse o Dr. Murray. “Esperamos começar a mudar o futuro com um foco na pesquisa das cirurgias biológicas de sutura e regeneração das lesões do LCA.”

Trabalho apresentado no Congresso da Academia Americana de Cirurgiões ortopédicos de Chicago 2013.

Dr. Marcos Brito da Silva
Ortopedia, Traumatologia e Medicina do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ
atualizado em 16/06/2013

Perguntas e Respostas sobre Osteoporose

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Colocar informações médicas na internet é sempre uma coisa dificil.
Em 1985, primeiro semestre na Faculdade de Medicina da UFRJ, meu professor de Fisiologia disse: " em medicina pas toujours, pas jamais  " que quer dizer mais ou menos "Em medicina nem sempre nem nunca ". Informações isoladas analisadas fora do contexto e do paciente individualmente podem ser verdade para uns e não para todos. Tentei dar respostas genéricas porém podemos ter variações em casos específicos.
Segundo um colega da Faculdade de Medicina da UFRJ da turma de 1971 a frase correta é " La mèdicine est comme l'amour; ni jamais ni toujour! " veja comentário abaixo.

1) O que é osteoporose ?
R. A Osteoporoseé a perda da massa óssea, porém além da perda do cálcio pelo osso esse também sobre uma transformação extrutural. Essas alterações deixam o osso mais fraco, esse osso pode sofrer fraturas com pequenos traumas ou até mesmo fraturas expontâneas. Nesse caso o osso funciona com a coluna de um prédio que falha e o prédio desaba.

2) A partir de que qual faixa etária ela se inicia no homem e na mulher?
R. A osteoporose ocorre na mulher em geral no pós menopausa ( a menopausa é a última menstruação da mulher - a primeira menstruação tem o nome de menarca - o período que se segue após a última menstruação é chamado de pós menopausa.)
No homem a osteoporose ocorre mais tarde, não existe uma idade certa para início da osteoporose, porém em geral nossa massa óssea aumenta do nascimento até os trinta anos, fica estável dos 30 aos 40 anos e começa a diminuir após os quarenta anos.

O ritmo dessa diminuição é em geral de 0,5 a 2% ao ano. Essa perda é mais acentuada no mulher que perde maiores quantidades de cálcio depois que para de menstruar. Nesse periodo de pós menopausa a mulher fica sem a proteção dos hormónios sexuais que funcionam como reguladores do cálcio no osso.

A perda nos homens está entre 0,5 a 1% ao ano e na Mulher entre 1 a 2% ( esses números não são uma verdade absoluta e nem foram retirados de trabalhos científicos. São valores aproximados e estão aqui simplesmente para dar uma idéia da diferença de velocidade de perda óssea que ocorre entre homens e mulheres)

3) Crianças também podem ser portadoras de osteoporose ?
R. As crianças podem ter perda óssea porém em geral essa perda está ligada a outras doenças, principalmente relacionadas a vitamina D.

4) A osteoporoseé hereditária ?
R. Diretamente não, porém indiretamente sim.

O calcio é absorvido no intestino e essa aborção é mediada pela vitamina D, na ausência de vitamina D a absorção do cálcio é muito dificil e o organismo praticamente não absorve o cálcio ingerido.

A vitamina D tem um polimorfismo de resposta pois ela atua sobre receptores celulares. Esse receptores celulares, por terem capacidade diferente de responder a vitamina D, se comportam diferentemente em cada indivíduo.
Resumidamente: A vitamina D é mais eficiente na absorção do cálcio em algumas pessoas que em outras e essa característica é hereditária.
Descendentes de pessoas que tem menor capacidade de absorção do cálcio no organismo e apresentaram osteoporose quando adultas tem maior probabilidade de apresentar Osteoporose.
Para esse subgrupo poderíamos dizer que temos provas científicas de hereditariedade na osteoporose. Porém isso não é verdade para todos pois os hábitos alimentares e físicos podem mudar o seu destino.

5) Quando devemos fazer o primeiro exame de "Densitometriaóssea" ?
A densitometria desse ser feita sob orientação médica em geral solicitamos uma densitometria de base no pós menopausa, independentemente da idade. Em homens em torno dos cinquenta anos, novamente esses parâmetros podem variar caso a caso, podemos pedir a primeira densitometria em outras idades.

5) Qual a periodicidade para a realização do exame da "Densitometriaóssea" ?
R. Com intervalos de 1 ano nos pacientes em tratamento ou com intervalos de 2 ou 5 anos nos demais casos. Existem pacientes que tem uma boa massa óssea e podem fazer densitometria com intervalos ainda maiores.

6) Existe algum hábito alimentar que deverá ser evitado para quem é portador de osteoporose ?
O portador de osteoporose pode comer de tudo porém alguns alimentos devem ser evitados simultaneamente com o leite ( leite e derivados são a principal fonte de cácio para o organismo )
• Ácido fítico, ácido oxálico, celulose, alginatos, álcool, antiácidos, bloqueadores da secreção ácida, colestiramina e tetraciclina – Diminuem a absorção do cálcio por redução da solubilidade, quer por alteração do pH, quer por formação de sais insolúveis como fitato e oxalato de cálcio.
O calcio em geral deve ser ingerido durante as refeições.

7) As drogas, o álcool e cigarro contribuem para a aceleração da osteoporose ?
R. Sim, Alcool e cigarro levem ser evitados, porém não devemos esquecer dos possíveis efeitos benéficos do vinho tinto (1 ou 2 taças no máximo) durante as refeições principalmente quando comemos carne! O vinho pode ser substituído pelo suco de uva ou por suco de frutas vermelhas com o mesmo efeito.

8) Quando acontece uma fratura em decorrência da osteoporose, quais os procedimentos a serem adotados?
R. Quantificar a osteoporose, identificar a sua causa e iniciar o tratamento.

9) Após a fratura em decorrência da osteoporose o acidentado pode ser contaminado ?
R. Não, a osteoporose não é uma doença contagiosa não há perigo de contaminação.

10) O clima interfere na absorção ou perda de cálcio ?
R. Sim, Apesar do nome de vitamina, a chamada vitamina D pode ser classificada como um hormónio que é produzido pelo organismo a partir do colesterol.
A produção da vitamina D ocorre nas camadas mais profundas da pele e essa produção ocorre quando a pele é exposta aos raios Ultra Violeta do sol, o comprimento de onda ideal esta entre 295-297 nm com indice UV 3. Países de clima temperado em geral não tem esse índice UV durante o outono e o inverno e esse índice nunca é alcançado nos polos.
Durante o inverno e em pessoas que não tem uma exposição adequada ao sol deve ser feito suplementação de vitamina D.

11) Há diferença de tempo na perda ou na absorção de cálcio entre o homem e a mulher?
R. A perda de cálcio é maior na mulher no pós menopausa porém após os 70 anos a velocidade de perda é semelhante, importante lembrar que essa perda pode ser minimizada, neutralizada ou até mesmo revertida com tratamento adequado e principalmente com atividades físicas.
A absorção da cálcio parece ser igual entre os sexos, respeitando as diferenças hereditárias em relação ao polimorfismo de resposta dos receptores de vitamina D ( veja pergunta numero 4 )

12) No tratamento da osteoporose, com cálcio + vitamina D, se faz necessário o uso de hormônios ?
R. Os hormônios e seus análogos, em geral, somente são usados em mulheres porém o seu uso deve ser cauteloso e supervisionado por médico ginecologista. Que atuará, nesse caso, em conjunto com o ortopedista no tratamento da osteoporose.

13) O sedentarismo é prejudicial a quem é portador de osteoporose ?
R. Sim, o sedentarismo é um dos principais fatores que desencadeiam a osteoporose. Pessoas ativas que praticam atividade física regular de 3 a 5 horas divididos ao longo da semana ( 40 minutos a 1 hora 5X por semana ) tem menor incidência de osteoporose. O tempo e a atididade física devem ser orientados pelo seu médico. Pessoas idosas podem apresentar restrições para determinadas atividades físicas bem como problemas cardíacos que limitem algumas outras.

14) Quais os alimentos que auxiliam no tratamento ou prevenção da osteoporose ?
R. Leite e devivados são os principais alimentos. São melhor absorvidos devido a maior solubilidade do caseinato de cálcio, do citrato de cálcio e também complexado a lactose. Leite com menor conteudo de lactose tem mais dificuldade de absorção porém o leite desnatado não tem esse problema e alguns são inclusive mais ricos em cálcio que os demais!

15) Existe algum princípio ativo em algum medicamento que não deve ser ingerido quando portadores de osteoporose ou que façam tratamento com cálcio + vitamina D ?
R. A calcio e vitamina D são melhor absorvidos durante as refeições. A interação com os demais medicamentos devem ser discutidas com o seu médico.


16) A ministração prolongada de cálcio + vitamina D, pode causar algum efeito colateral ?
R. A quantidade de cálcio absorvida é determinada pela ingesta e pela capacidade de absorção do intestino. Se a ingesta é baixa, a absorção é alta, enquanto na ingesta alta a absorção é menor. Ou seja se o organismo não estiver precisando de cálcio ele não vai absorver. O Uso prolongado em geral não causa prejuizo porém devemos tomar cuidado com hiperdosagem.

17) A ministração de cálcio + vitamina D no tratamento da osteoporose, traz algum benefício adicional?
R. Sim, o cálcio é um ion que participa da resposta dos nervos, e também da contração muscular. A carencia de vitamina D tem sido relacionada nos últimos anos à hipertensão, doenças cardíacas, equilíbrio e quedas.

18) Qual seria a exposição corpórea mais adequada para a absorção dos raios solares? Há tempo de exposição diferente para cada tipo de cor de pele?
R. 15 minutos, 4 x por semana, no rosto, braços, pernas e costas. O tempo de exposição varia de abordo com o tom de pele. Homens e mulheres com tons de pele mais escuros podem necessitar de mais tempo expostos ao sol. A vitamina D e produzida nas camadas mais profundas da pele e a melanina funciona como um filtro solar natural, dificultando a transformação da 7-dehidrocoleterol em Vitamina D3 nas camadas Basal e Espinhosa na pele. Importante lembrar de se proteger com filtros solares e pegar o Sol antes da 8 horas da manhã ou no final da tarde.

19) Quais os tipos de exercícios físicos mais adequados para o tratamento da osteoporose no quadril, fêmur, braço, etc.?
R. A osteoporose ocorre em todos os ossos do organismo, os exercícios físicos mais eficientes são os exercícios antigravitacionais, ou seja caminhar, correr e esportes. A musculação também é muito eficiente. Novamente importante lembrar que tem todos os pacientes podem fazer esses exercícios lembre-se sempre de fazer um checkup esportivo com um cardiologista e um ortopedista antes de iniciar práticas esportivas.

20) Para quem é portador de osteoporose, o estresse pode prejudicar a absorção do cálcio e da vitamina D no organismo ?
R. O estresse em geral ocorre em periodos do dia ou durante poucas semanas nessse caso não causaria problemas. Estresses prolongados podem alterar os hábitos alimentares e dessa maneira interferir com o oferta de cálcio e vitamina D ao organismo.


21) Existe relação entre o colesterol e a osteoporose ?

R. Existem estudos que mostram que alguns pacientes com doença cardíaca tem também osteoporose.
Teoria: Uma das hipóteses para explicar esse fenomeno é a relação entre o Colesterol LDL, células imunes T, RANKL e Osteoclastos. O RANKL é um receptor activator da NFκB ligand).
Linfócitos T expostos a LDL minimamente oxidada induzem a produção de RANKL. A RANKL por sua vez ativa e amadurece celulas que reabsorvem o osso chamados osteoclastos.
Resumidamente: Portanto níveis altos de colesterol LDL podem estar ossociados a Osteoporose pois níveis altos de LDL podem ser indiretamento responsáveis pelo aumento da atividade dos Osteoclastos.
Referencia: L.S. Graham, et al., Oxidized lipids enhance RANKL production by T lymphocytes: Implications for lipid-induced bone loss, Clin. Immunol. (2009), doi: 10.1016 / j.clim. 2009. 07. 011.

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista Medico do Esporte
Rio de Janeiro, RJ, Brasil

atualizado em 17/11/2010
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