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Channel: Dr. Marcos Britto da Silva, MD, MSc Ortopedista Traumatologia Esportiva
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Exercícios para Manguito Rotador

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Programa de exercícios para Patologias do Manguito rotador do Ombro
Após uma lesão ou cirurgia no ombro a fisioterapia é uma etapa importante da recuperação, um programa de condicionamento exercício vai ajudá-lo a retornar às atividades diárias e desfrutar de um estilo de vida mais ativo e saudável. Um programa de condicionamento bem estruturada também ajudará a retornar aos esportes e outras atividades recreativas.

Este é um programa de condicionamento geral que fornece uma grande variedade de exercícios. Para garantir que o programa seja seguro e eficaz, o paciente deve realiza-lo sob a supervisão do seu médico. Fale com o seu ortopedista ou fisioterapeuta sobre quais os exercícios que melhor irão ajudá-lo a alcançar seus objetivos de reabilitação.

Tipos de Exercício
Força: Fortalecer os músculos que suportam o ombro irão ajudar a manter a estabilidade da articulação do ombro. Manter estes músculos fortes pode aliviar as dores no ombro e prevenir novas lesões.

Flexibilidade: Alongar os músculos é importante para fortalecer a restaurar a amplitude de movimento e para preveni lesões. O alongamento suave antes e após os exercícios de fortalecimento pode ajudar a reduzir a dor muscular e manter seus músculos flexíveis.

Músculos alvo: Os grupos musculares neste programa de condicionamento incluem:
Deltóides (frente, atrás e sobre o ombro)
Trapézio (parte superior das costas)
Rombóide (parte superior das costas)
Redondo Menor (apoiar a articulação do ombro)
Supra-espinal (apoiar a articulação do ombro, elevação)
Infraespinal (apoiar a articulação do ombro, rotação externa)
Subescapular (frente do ombro, rotação interna)
Bíceps (frente de braço)
Tríceps (parte de trás do braço)

Duração do programa: Este programa de condicionamento ombro obtém melhores resultados após 8/12 semanas Depois da recuperação, estes exercícios podem ser continuado como um programa de manutenção para a proteção ao longo da vida e saúde de seus ombros. Na fase de recuperação sugerimos exercícios diários na fase de manutenção executar os exercícios dois a três dias por semana, vai manter a força e amplitude de movimento em seus ombros.

1. Aquecimento
1. Pêndulo
Principais músculos trabalhados:
deltóides, supra espinhoso, infra subscapular

 Repetições: 2 séries de 10
Primeiros passos
Aquecimento: Antes de fazer os exercícios a seguir, aqueça com 5 a 10 minutos de atividade de baixo impacto, como caminhar ou andar numa bicicleta estacionaria (ergométrica). Paciente com dor mais intensa podem se beneficiar de aplicação de gelo 10 a 20 minutos para facilitar a execução dos exercícios.
Alongamento: Após o aquecimento, fazer os exercícios de alongamento mostrados na figura 1 antes de passar para os exercícios de fortalecimento. Quando completar os exercícios de fortalecimento, repita os exercícios de alongamento para finalizar o programa.

DICAS
Não ignore a dor: Você não deve sentir dor durante um exercício. Fale com o seu médico ou fisioterapeuta se você tiver qualquer dor durante o exercício.
Faça perguntas: Se você não tem certeza de como fazer um exercício, ou quantas vezes a fazê-lo, contacte o seu médico ou fisioterapeuta.
Passo-a-passo
Incline-se para frente e colocar uma mão em um balcão ou mesa de apoio. Deixe o seu outro braço solto e pendente ao seu lado.
Delicadamente balançar o braço para a frente e para trás. Repita o exercício movendo o braço do lado-a-lado, e repita novamente em um movimento circular. ( imagine estar mexendo num tacho de doce, o tamanho do tacho vai aumentando a medida você avança semana a semana.
Repetir toda a sequência com o outro braço.
Dica: Não curvar as costas ou fletir os joelhos.

2. Alongamento sobre o tórax
Principais músculos trabalhados: Região posterior do deltóide
e cápsula posterior Você deve sentir esticar a parte detrás de seu ombro
Equipamentos necessários: Nenhum
Repetições: 4 de cada lado
Dias por semana: Todos os dias
Passo-a-passo
Relaxe os ombros e puxe um braço sobre o peito, tanto quanto possível, segurando em seu braço. Mantenha a posição por 30 segundos e depois relaxe por 30 segundos. Repetir com o outro braço.
Dica: Não puxe ou colocar pressão sobre o seu cotovelo.

3. Alongamento com Bastão atrás do corpo 
Principais músculos trabalhados: subscapular
Você deve sentir esticar este trecho na frente do seu ombro
Equipamento necessário: bastão de luz, como um ponto de referência
Repetições: 4 de cada lado
Dias por semana: 5-6
Passo-a-passo
Segure um bastão atrás das costas com uma mão e levemente agarrar a outra extremidade da vara com a outra mão. Puxe a vara na horizontal, como mostrado para que seu ombro seja passivamente esticada ao ponto de sentir um puxão sem dor. Mantenha a posição por 30 segundos e depois relaxe por 30 segundos. Repetir do outro lado.
Dica: Não se inclinar sobre ou torcer para o lado enquanto puxa a vara.

4. Alongamento dom Bastão a frente do corpo
Principais músculos trabalhados: Infraespinal, redondo menor
Você deve sentir este trecho na parte de trás de seu ombro
Equipamento necessário: bastão de luz, como um ponto de referência
Repetições: 4 de cada lado
Dias por semana: 5-6
Passo-a-passo
Segure o pau com uma mão e copo na outra extremidade da vara com a outra mão. Mantenha o cotovelo do ombro você está esticando contra a lateral de seu corpo e empurrar a vara na horizontal, como mostrado ao ponto de sentir um puxão sem dor. Mantenha a posição por 30 segundos e depois relaxe por 30 segundos. Repetir do outro lado.
Dica: Mantenha os quadris para a frente e não torcer.

5. Alongamento de Cápsula Posterior
Principais músculos trabalhados: Infraespinal, redondo menor
Você deve sentir este região atrás de seu ombro
Equipamentos necessários: Nenhum
Repetições: 4 repetições, 3x por dia
Dias por semana: Diariamente
Passo-a-passo
Deite-se de lado em uma superfície firme e plana com o ombro afetado e seu braço dobrado, como mostrado. Você pode colocar sua cabeça em um travesseiro para melhorar o conforto, se necessário.
Use o braço afetado para empurrar o outro braço para baixo. Pare de pressionar para baixo quando você sentir um estiramento na parte traseira de seu ombro afetado.
Mantenha essa posição por 30 segundos, depois relaxe o braço por 30 segundos.
Dica: Não dobre seu punho ou pressione para baixo em seu pulso.

6. Trapézio
Principais músculos trabalhados: trapézio regiões média e inferior
Você deve sentir este exercício na parte de trás do seu ombro e na parte superior das costas
Equipamento necessário: Use uma Faixa Elástico de resistência confortável. À medida que o exercício se torne mais fácil de realizar, progredir para 3 séries de 12 repetições. Trocar a cor da faixa e usar faixas cada vez mais escura e portanto com maior resistência. Se você tiver acesso a um centro de fitness, este exercício também pode ser executado em uma máquina de peso. Um Professor da academia pode instruí-lo sobre como usar as máquinas com segurança. Repetições: 3 séries de 8. Dias por semana: 3
Passo-a-passo
Faça um laço de 3 metros de comprimento com o elástico e amarre as pontas. Prenda o laço para uma maçaneta ou outro objeto estável.
Segure a faixa com o seu cotovelo dobrado e ao seu lado, como mostrado na posição de partida.
Mantenha o seu braço ao seu lado e puxe o cotovelo para trás.
Lentamente retorne à posição inicial e repita.
Dica: Aperte as omoplatas juntos quando puxar.

7. Rotação externa Com braço abduzido a 90 °
Principais músculos trabalhados: Infraespinal e redondo menor
Você deve sentir este exercício na parte de trás do seu ombro e em na parte superior das costas
Equipamento necessário: Use uma faixa elástica de resistência tipo theraband confortável. À medida que o exercício se torne mais fácil de realizar, progredir para 3 séries de 12 repetições. Se você tiver acesso a um centro de fitness, este exercício também pode ser executado em uma máquina de peso. Um assistente de fitness em seu ginásio pode instruí-lo sobre como usar as máquinas com segurança.
Repetições: 3 séries de 8
Dias por semana: 3
Passo-a-passo
Faça um laço de 3 metros de comprimento com o elástico e amarre as pontas. Prenda o laço para uma maçaneta de porta ou outro objeto estável.
Segure a faixa com o cotovelo dobrado a 90 ° e elevado a altura dos ombros, tal como mostrado na posição de partida. Mantendo o seu ombro e cotovelo em angulo reto, devagar, levante a mão até que esteja em linha com a sua cabeça.
Lentamente retorne à posição inicial e repita.
Dica: Verifique se o cotovelo está em linha com o ombro.

8. Rotação Interna
Principais músculos trabalhados: peitoral, subscapular
Você deve sentir este exercício em seu peito e ombro
Equipamento necessário: Use uma Faixa elástica de resistência confortável. À medida que o exercício se torne mais fácil de realizar, progredir para 3 séries de 12 repetições. Se você tiver acesso a um centro de fitness, este exercício também pode ser executado em uma máquina de peso. Um assistente de fitness em seu ginásio pode instruí-lo sobre como usar as máquinas com segurança.
Repetições: 3 séries de 8
Dias por semana: 3
Passo-a-passo
Faça um laço de 3 metros de comprimento com o elástico e amarre as pontas. Prenda o laço para uma maçaneta ou outro objeto estável.
Segure a faixa com o cotovelo dobrado e ao lado, como mostrado na posição de partida.
Mantenha o cotovelo para ao lado e trazer o seu braço sobre o corpo.
Lentamente retorne à posição inicial e repita.
Dica: Mantenha o cotovelo junto ao tórax.

9. Rotação externa
Principais músculos trabalhados: Infraespinal, redondo menor, região posterior do deltóide.
Você deve sentir este exercício na parte de trás do ombro e parte superior das costas
Equipamento necessário: Use uma faixa elástica de resistência confortável. À medida que o exercício se torne mais fácil de realizar, progredir para 3 séries de 12 repetições. Se você tiver acesso a um centro de fitness, este exercício também pode ser executado em uma máquina de peso. Um assistente de fitness em seu ginásio pode instruí-lo sobre como usar as máquinas com segurança.
Repetições: 3 séries de 8
Dias por semana: 3
Passo-a-passo
Faça um laço de 3 metros de comprimento com o elástico e amarre as pontas.
Prenda o laço para uma maçaneta ou outro objeto estável.
Segure a faixa com o seu cotovelo dobrado e ao seu lado, como mostrado na posição de partida.
Mantenha o cotovelo junto ao tórax, gire lentamente o braço para fora.
Lentamente retorne à posição inicial e repita.
Dica: Aperte as omoplatas juntos quando você puxar o cotovelo para trás.

10. Flexão do cotovelo: Bíceps
Principais músculos trabalhados: bíceps
Você deve sentir este exercício na frente de seu braço
Equipamento necessário: Comece com um peso de 1 a 2 kg (que permite 3 séries de 8 repetições) e progrida para 3 séries de 12 repetições. À medida que o exercício se torne mais fácil, adicionar peso a um máximo de 3 kg. Cada vez que você aumenta o peso, começar de novo em 3 séries de 8 repetições.
Repetições: 3 séries de 8
Dias por semana: 3
Passo-a-passo
Fique em pé com o peso distribuído igualmente sobre os dois pés.
Mantenha o cotovelo ao lado do corpo e lentamente, trazer o peso para cima em direção ao ombro, como mostrado.
Segure por 2 segundos.
Lentamente retorne à posição inicial e repita.
Dica: Não faça o exercício demasiado depressa ou balançando o braço.

11. Extensão do cotovelo (tríceps)
Principais músculos trabalhados: Tríceps
Você deve sentir este exercício na parte de trás de seu braço
Equipamento necessário: Comece com um peso que permite 3 séries de 8 repetições e progrida para 3 séries de 12 repetições. À medida que o exercício se torne mais fácil, adicionar peso em incrementos de 0,5 kg a um máximo de 3 kg. Cada vez que você aumentar o peso, começar de novo em 3 séries de 8 repetições.
Repetições: 3 séries de 8
Dias por semana: 3
Passo-a-passo
Fique em pé com o peso distribuído igualmente sobre os dois pés.
Levante o braço e dobrar o cotovelo, com o peso atrás da cabeça.
Apoiar o seu braço, colocando a mão oposta em seu braço.
Lentamente, estenda o cotovelo e trazer a sobrecarga de peso.
Segure por 2 segundos.
Lentamente, abaixe o braço para trás para baixo atrás da cabeça e repita.
Dica: Mantenha seus músculos abdominais contraídos e não arquear as costas.

12. Fortalecimento do trapézio
Principais músculos trabalhados: deltóide região Média e posterior, supra espinhal, região média do trapézio
Você deve sentir este exercício na parte de trás do ombro e na parte superior das costas
Equipamento necessário: Comece com um peso leve o suficiente para permitir 3 a 4 séries de 20 repetições sem dor. A medida que  o exercício torne-se mais fácil de executar, adicionar 2 a 3 quilos de peso, mas não menos repetições. Evoluir para 3 séries de 15 repetições em cada incremento de peso, com o peso máximo de cerca de 5 a 7 quilos.
Repetições: 3 séries de 20
Dias por semana: 3 a 5
Passo-a-passo
Coloque o seu joelho em um banco ou cadeira e inclinar para a frente, de modo que sua mão alcança o banco e ajuda a suportar o seu peso. A outra mão está ao seu lado, com a palma virada seu corpo.
Lentamente levantar o braço, girando a mão para a posição polegar para cima e parar quando sua mão estiver na altura do ombro, com o braço paralelo ao chão.
Lentamente, abaixe o braço para a posição original para uma contagem de 5.
Dica: Use um peso que torne as últimas repetições difíceis, mas sem dor.

13. Músculos da escápula
Principais músculos trabalhados: Região Média do Trapézio, Serrátil
Você deve sentir este exercício na parte superior das costas, em seu ombro
Equipamentos necessários: Nenhum
Repetições: 10
Dias por semana: 3
Passo-a-passo
Deite-se de barriga para baixo com os braços ao lado do corpo.
Coloque um travesseiro sob a testa para conforto, se necessário.
Eleve suavemente as omoplatas juntos e abaixe, tanto quanto possível.
Pare na metade do caminho e segure por 10 segundos.
Relaxe e repita 10 vezes.
Dica: não coloque tendão no pescoço.

14. Adução da Escapula 
Principais músculos trabalhados: Região média do trapézio, Serrátil
Você deve sentir este exercício em sua parte superior das costas no ombro
Equipamento necessário: Comece com um peso que permite duas séries de 8 a 10 repetições e progrida para 3 séries de 15 repetições. À medida que o exercício se torne mais fácil, adicionar peso em incrementos de 0,5 kg a um máximo de 3 kg. Quando aumentar o peso, começar de novo em 2 séries de 8 a 10 repetições.
Repetições: 2 séries de 10
Dias por semana: 3
Passo-a-passo
Deite-se de barriga para baixo sobre uma mesa ou cama com o braço lesionado pendurado para o lado.
Mantenha o cotovelo reto e levantar o peso devagar, elevando a escápula e aproximando uma escápula da outra, tanto quanto possível.
Retornar lentamente à posição inicial e repita.
Dica: não levantar o ombro em direção a sua orelha.

15. Desenvolvimento dos estabilizadores da escápula
Principais músculos trabalhados: Região média e inferior do trapézio, infraespinal, redondo menor e região posterior do deltóide
Você deve sentir este exercício na parte de trás do ombro e parte superior das costas
Equipamento necessário: Comece com um peso que permite 3 séries de 8 repetições e progrida para 3 séries de 12 repetições. À medida que o exercício se torne mais fácil, adicionar peso em incrementos de de 0,5 kg a um máximo de 3 kg  Cada vez aumentar o peso, começar de novo em 3 séries de 8 repetições.
Repetições: 3 séries de 8
Dias por semana: 3
Passo-a-passo
Deite-se de barriga para baixo sobre uma mesa ou cama com o braço lesionado pendurado para o lado.
Mantenha o seu braço direito e, lentamente, levantá-lo ao nível dos olhos.
Lentamente, abaixe-lo de volta para a posição inicial e repita.
Dica: Controle o movimento não deixe o braço descer muito rapidamente.

16. Rotação interna e externa
Principais músculos trabalhados: Rotação interna: deltóide anterior, peitoral, subscapular, grande dorsal.
Rotação externa: deltóide posterior, infraespinal, redondo menor
Você deve sentir este exercício na parte da frente e de trás do seu ombro, peito e costas
Equipamento necessário: Comece com um peso leve o suficiente para permitir que 3 a 4 séries de 20 repetições sem dor. A medida que o exercício se torne mais fácil de executar, adicionar 2 a 3 quilos de peso, mas não menos repetições. Evoluir para 3 séries de 15 repetições em cada incremento de peso, com o peso máximo de cerca de 5 a 7 quilos.
Repetições: 3 a 4 séries de 20
Dias por semana: 3 a 5
Passo-a-passo
Deite-se de costas sobre uma superfície plana.
Estenda o braço para fora do ombro e dobrar o cotovelo a 90 °.
Mantendo o seu cotovelo dobrado e apoiado na maca, lentamente, mover o seu braço no arco mostrado. Traga o seu cotovelo para baixo em um ângulo de 45 °, se você sentir dor a 90 °.
Dica: Use um peso que torne as últimas repetições difíceis, mas sem dor.

17. Rotação externa com halteres
Principais músculos trabalhados: Infraespinal, redondo menor região posterior do deltóide
Você deve sentir este exercício na parte de trás do ombro e parte superior das costas
Equipamento necessário: Comece com pesos que permitam duas séries de 8 a 10 repetições (cerca de 1 a 2 quilos), e avançar para 3 séries de 5 repetições. À medida que o exercício se torne mais fácil, adicionar peso em incrementos de 0,5 kg a um máximo de 3 kg. Cada vez que você aumentar o peso, começar de novo em 2 séries de 8 a 10 repetições.
Repetições: 2 séries de 10
Dias por semana: 3
Passo-a-passo
Deite-se de lado em uma superfície plana firme com o braço afetado para cima, procure usar um travesseiro não use a mão como apoio ( a figura está errada).
Segure o braço como mostrado, com o cotovelo dobrado em um ângulo de 90 °.
Mantenha o cotovelo ao lado do corpo e gire lentamente o braço na altura do ombro, levantando o peso para a posição vertical.
Lentamente baixar o peso para a posição de partida para uma contagem de 5.
Dica: Não deixe seu corpo rolar para trás ao levantar o peso.

18. Rotação Interna com Halteres
Principais músculos trabalhados: subscapular, redondo maior
Você deve sentir este exercício na frente do seu ombro
Equipamento necessário: Comece com pesos que permitem duas séries de 8 a 10 repetições (cerca de 1 a 2 quilos), e avançar para 3 séries de 5 repetições. À medida que o exercício se torne mais fácil, adicionar peso em incrementos de 0,5 kg a um máximo de 3 kg. Cada vez que aumentar o peso, começar de novo em 2 séries de 8 a 10 repetições.
Repetições: 2 séries de 10
Dias por semana: 3
Passo-a-passo
Deite-se sobre uma superfície plana firme ao lado de seu braço afetado.
Coloque um travesseiro ou pano dobrado sob a cabeça para manter sua coluna reta.
Segure o braço lesionado ao lado do corpo, como mostrado, com o cotovelo dobrado em um ângulo de 90 °.
Mantenha o cotovelo dobrado ao lado do corpo e girar lentamente o braço na altura do ombro, levantando o peso para a posição vertical.
Lentamente baixar o peso para a posição inicial.
Dica: Não deixe seu corpo rolar ao levantar o peso.

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
atualizado em 05/11/2012

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Sindrome Ciclops após reconstrução do Ligamento Cruzado Anterior

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A Perda da extensão do joelho após a reconstrução do ligamento cruzado anterior pode ocorrer devido a formação de um nódulo fibroso localizado na região ântero-lateral do túnel tibial, denominada Síndrome Cyclops. Este nódulo ocorre geralmente no pós-operatório imediato, porém existem relatos de formação tardia. A formação do Nódulo resulta na diminuição da extensão do joelho, com preenchimento da fossa intercondilar. 

A diminuição do arco de movimento do joelho é uma das complicações mais freqüentes e difíceis após a reconstrução do ligamento cruzado anterior (LCA) e pode levar o paciente a um maior desconforto do que a própria instabilidade pré-operatória si. 
.
A sindrome de Cyclops pode surgir após reconstrução do LCA ou após a ruptura do LCA sem tratamento cirúrgico.

Quais os sintomas?
Os sintomas da síndrome cyclops geralmente começam no período pós-operatório e pode incluir perda de extensão do joelho, um sonoro click perto da extensão completa, crepitações dolorosas, travamento, rigidez ou frouxidão residual. 

Qual a importância da recuperação da extensão do joelho pós reconstrução do LCA.

Os estudos mostraram que os pacientes que não recuperam a extensão completa após a reconstrução do LCA sentem mais dor na região anterior do joelho. 

Quais as possíveis causas para perda da extensão após reconstrução do LCA?
Problemas na articulação patelo-femoral ou um enfraquecimento do músculo quadríceps. Outras possibilidades: posicionamento não ideal do enxerto, artrofibrose, não aderência as recomendações médicas, fisioterapia insuficiente, síndrome da contratura infra-patelar (IPCS) e finalmente a síndrome de cyclops devem ser consideradas como diagnósticos diferenciais . 


Tratamento.
A Excisão artroscópica da cicatriz geralmente é bem sucedida para aliviar os sintomas dos pacientes e é recomendado se um programa de reabilitação agressivo com ênfase em recuperar extensão total do joelho falhar.

A preservação de uma gama completa de movimento após a reconstrução do LCA é crucial para recuperar uma função normal do joelho e para assegurar um elevado nível de satisfação do paciente. 

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista, Médico do Esporte
Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Atualizado em 10/11/2012

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Dor Crônica

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O que é dor crônica?
A dor crônica é uma condição clínica caracterizada pela ocorrência de dor músculo-esquelética crônica na ausência de processos inflamatórios articulares ou musculares ( ausência de substrato orgânico).  Codigo Internacional de Doenças - CID10 - M79.7 ( 
Fibromilagia )

Toda dor crônica é fibromialgia?

Como veremos abaixo em teoria sim, porém particularmente não gosto do termo fibromilagia, Prefiro usar o termo Sindrome Álgica Crônica, ou simplesmente dor crônica . Defino a Sindrome Álgica Crônica, como uma dor ou várias dores que duram meses ou anos, sem substrato orgânico ( casos onde os médicos não conseguem chegar a um diagnóstico de um problema no local ) que justifique as dores. Nesses pacientes as dores não são causadas por um processo inflamatório no local da dor. A sistema de percepção da dor pelo cérebro é que está alterado. Ou seja o problema não está onde esta a dor e sim no modo como o cérebro interpreta os estímulos que recebe. Nos pacientes com dor crõnica os estímulos não dolorosas podem provocar dor, o toque do Soutien na pele pode fazer doer, Ficar sentado pode fazer doer, ficar deitado pode causar dor, o simples ato de andar pode provocar dores fortes.Nesse texto uso o termo fibromialgia como sinônimo de dor crônica para facilitar a leitura e a correlação com os demais dados da literatura.

Quando surgiu o diagnóstico de dor crônica?
A síndrome fibromiálgica (SFM) é reconhecida desde meados do século XIX. Gowers, em 1904, sugeriu o termo “fibrosite” para cognominar as síndromes dolorosas musculares regionais Várias denominações como “fibrosite”, reumatismo muscular, miofascites, mialgia, síndrome dolorosa miofascial, Dores crônicas foram adotadas. 
Yunus et al. (1981) propuseram o termo“fibromialgia” para denominar “fibrosite”, pois nesta entidade não há inflamação tecidual, apenas dor muscular difusa, relacionada a outras
anormalidades do sistema nervoso central (SNC).

Quais as caracteísticas da dor crônica sem substrato orgânico?
Estudo multicêntrico revelou que a combinação de dor difusa, bilateral, acima e abaixo da cintura, nas extremidades e no esqueleto axial e, pelo menos, a identificação clínica desses pontos favorece o diagnósticos de fibromialgia. Esses pontos dolorosos  estão relacionados com depressão, fadiga e anormalidades do sono. A ocorrência da Dor crônica independe de idade, nível sócio econômico e cultural dos indivíduos e frequentemente esta relacionado a um episódio de perda. Perda de um ente querido, perda do namorado, perda do emprego,  perda da vida que tinha antes, etc.

Como é o quadro clínico da dor crônica?
As dores musculares generalizadas são sintomas característicos, entretanto, a rigidez matinal, fadiga, anormalidades sensitivas, neurovegetativas, cognitivas e de qualidade do sono, cefaleia, hipersensibilidade ao frio, hiperemia cutânea, dismenorréia, síndrome de cólon irritável, cistite de repetição, fenómeno de Raynaud, ansiedade e depressão podem  estar
associados.

Como é feito o diagnóstico da Fibromialgia?
O diagnóstico da Fibromialgia é clínico. Não há evidências de anormalidades laboratoriais ou radiológicas. Os critérios diagnósticos da fibromialgia sugeridas são:
• História clínica: dor cronica generalizada localizada no hemicorpo direito e esquerdo, acima e abaixo da cintura, além do eixo axial (regiões da coluna cervical, face anterior do tórax, coluna dorsal e/ou coluna lombar)
• Exame físico: ocorrência de dor à palpação digital com 4 kg/força/cm2 em áreas denominadas de pontos dolorosos (tender points) 
1. inserção dos músculos suboccipitais na nuca;
2. ligamentos dos processos transversos da quinta a sétima vertebra cervical;
3. bordo rostral do trapézio;
4. músculo supra-espinhoso;
5. junção do músculo peitoral com a articulação costocondral da segunda costela;
6. área situada dois centímetros proximais ou distais ao epicôndilo lateral do cotovelo;
7. quadrante látero-superior da região glútea, distal à espinha ilíaca;
8. inserções musculares no trôcanter femoral; 
9. região situada dois centímetros rostralmente à linha articular do côndilo medial do fêmur.
Um paciente com dor crônica não precisa ter todos esses sintomas descritos acima, em algumas situações dói um único local durante anos.

Existe diagnóstico diferencial com fibromialgia?
Sim, O diagnóstico diferencial da fibromialgia inclui as doenças autoimunes, síndrome dolorosa miofascial (SDM), as poliartrites , as polineuropatias periféricas o hipotireoidismo e a polimialgia reumática, dentre outras condições.
Várias outras afecções podem constituir comorbidades com a fibromialgia, incluindo a depressão, a síndrome do cólon irritável, as cefaléias e a síndrome da fadiga crônica.
Qual a relação entre depressão e dor crônica?
Aproximadamente 25% dos doentes com fibromialgia apresentam depressão maior e 50% história de depressão em algum período da vida. Os sintomas de depressão incluem fadiga, desânimo, falta de energia, alterações do sono e dor crônica.

Distúrbios do Sono e dor crônica.

O sono não reparador está clinicamente relacionado à intensidade e à duração da dor musculo esquelética.  Outros distúrbios da arquitetura do sono estão presentes e todos se relacionam com alterações bioquímicas de neurotransmissores, como a serotonina e a substância P.

Substancia P e Dor Crônica
A Substância P é um importante neurotransmissor nociceptivo. Há dois estudos que demostram um aumento de três vezes na quantidade de substância P em LCR de pacientes fibromiálgicos(13-14). Esses achados, de aumento dos níveis de substância P, estão de acordo com a noção de que a sensibilização central é o início da patogênese da fibromialgia.

Quala relação entre doença reumática e dor crônica?
Algumas afecções reumatológicas como artrite reumatóide (AR), síndrome de Sjögren ou lúpus eritematoso sistêmico (LES) podem apresentar-se inicialmente como dor difusa e fadiga. Nestes casos, a fibromialgia pode coexistir.  Cerca de 12% dos doentes com Artrite Reumatoide, 7% dos doentes com osteoartrose e 22% dos casos de Lupus Eritematoso Sistêmico apresentam associadamente fibromialgia. 

Qual a relação entre dor Crônica fenômeno de Raynaud e outras afecções reumáticas?
Cerca de 20% a 35% dos doentes com fibromialgia apresentam fenômeno de Raynaud e secura da mucosa ocular e oral sugerindo síndrome de Sjögren. A polimialgia reumática pode apresentar-se de modo similar à fibromialgia Naquela condição os pontos dolorosos não são achados constantes, a velocidade de hemossedimentação é elevada e a evolução é favorável com uso de corticosteróides. A espondilite anquilosante se apresenta como comprometimento axial, redução da flexibilidade à movimentação da coluna toracolombossacral e alterações radiológicas típicas; a ocorrência de sinovite e alterações sistêmicas do tecido conectivo auxiliam o diagnóstico destas últimas afecções. A miosite inflamatória e as miopatias metabólicas podem ocasionar fraqueza e fadiga muscular, mas geralmente não causam dor difusa. Não ocorre fraqueza muscular significativa em casos de fibromialgia; quando presente, é devido à dor e ao desuso. As enzimas musculares são normais e o quadro histopatológico também é normal ou inespecífico em biópsias musculares de doentes com fibromialgia. Afecções metabólicas ou inflamatórias podem ocorrer em doentes com fibromialgia, incluindo o hipotireoidismo e o diabetes mellitus; entretanto, tratamento das condições não implica em regressão das manifestações da fibromialgia. 

Qual a relação entre síndrome de fadiga crônica e dor crônica/fibromialgia?
A síndrome da fadiga crônica (SFC) apresenta similaridade com a fibromialgia. Os sintomas se instalam agudamente após doenças infecciosas e se caracterizam pela persistência de fadiga debilitante e desconforto após os exercícios. Cerca de 75% dos doentes com diagnóstico de síndrome da fadiga crônica apresenta dor.

Como é a fisiopatologia da dor crônica?
Mecanismos neurogênicos
A fisiopatologia da dor crônica está relacionada a anormalidades no Sistema Nervoso Central. Várias evidências sugerem que a dor experienciada pelos doentes com dor crônica resulta de anormalidades no processamento sensitivo no Sistema Nervoso Central. 
Os estudos sugerem que o processamento sensitivo é anormal em doentes com fibromialgia  A Dor é o sintoma mais importante da fibromialgia. Anormalidades periféricas podem desempenhar algum papel na patogênese da fibromialgia . Os nociceptores são ativados por estímulos mecânicos, térmicos e/ou químicos teciduais. Neurotransmissores liberados retrogradamente (sP – substância P, neurocininas, PGRC) modificam a atividade da placa motora. 

Qual a relação entre a atitude positiva e negativa e a dor crônica
A atividade mental do indivíduo influencia a sensação dolorosa desagradável, pois modifica o fluxo sangüíneo no giro anterior do cíngulo. Isto significa que a atividade pré-frontal cortical (pensamento positivo ou negativo) pode influenciar a percepção da dor.  É esta a base funcional da somatização e da eficácia da psicoterapia  em doentes com dor crônica.

Qual a relação do Sono com as dores crônicas e a fibromialgia?
A depleção da serotonina ocasiona redução da duração do sono não REM e aumento das queixas somáticas, depressão e percepção de dor. A redução da atuação de serotonina nos receptores serotoninérgicos do SNC encefálico e espinal, pode ocasionar redução na produção de hormônios do eixo hipotálamo-hipofisário- adrenal, do sono delta e da sP no encéfalo. O aumento da sP na medula espinal relaciona- se à alodínea e à hiperalgesia difusa. É possível que a hipoatividade destes neurotransmissores justifique a ocorrência de dor em casos de fibromialgia . É provável, portanto, que nos doentes com fibromialgia ocorram disfunções no SNC relacionadas à sensibilização nociceptiva e à inadequação da modulação da sensibilidade dolorosa. Parece ocorrer aumento da atividade de neurotransmissores excitatórios e deficiência da atividade dos neurotransmissores inibitórios em casos de fibromialgia; o aumento da atividade dos neurotransmissores excitatórios, especialmente da sP e a deficiência de neurotransmissores inibitórios, em especial da serotonina, poderiam implicar na percepção alterada dos estímulos nociceptivos. Portanto, déficit serotoninérgico, incluindo desrregulação serotoninérgica do eixo hipotálamo-pituitário, anormalidades no eixo hipófise-adrenal, anormalidades na atuação da sP, do peptídeo geneticamente relacionado à calcitonina e dos receptores de NMDA do SNC parecem ocorrer nos casos de fibromialgia.

Qual
 a relação entre Anormalidades músculo-esqueléticas e a dor crônica?
O falta de condicionamento físico é característico em doentes com dor crônica e exerce papel importante na expressão dos sintomas; predispõe-nos a microtraumatismos musculares, à dor e à fadiga crônica. O metabolismo muscular é normal apesar de haver redução da oxigenação nos locais dos pontos dolorosos, provavelmente resultante da falta de condicionamento físico.

Como
 é o mecanismo de dor referida na fibromialgia?
A sensibilização dos nociceptores é responsável pela dor localizada à digitopressão e contribui para o mecanismo de dor referida. A dor referida, em grande parte, é devido à sensibilização dos neurônios sensitivos da substância cinzenta do corno posterior da medula espinal que apresentam ampliação de seus campos receptivos e se tornam reativos aos estímulos nociceptivos e não nociceptivos.

Referencia: Kaziyama, H.H.S., Lin, T.Y., Teixeira, M.J., Piagge, F.D. Síndrome fibromiálgica. Rev. Med. (São Paulo), 80(ed. esp. pt.1):111-27,


Dr. Marcos Britto da Silva

Ortopedista, Traumatologista, Médico do Esporte
Rio de Janeiro, RJ, Brasil
atualizado em 22/11/1012.

Desidratação, Dores Musculares e Rabdomiólise

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Embora historicamente identificadas nos militares e paramilitares, com poucos dados de incidência  reconhecido na população civil, vemos com alguma frequência quadros leves de rabdomiólise pós esforço, ainda que subnotificados em contextos recreativos. 
Indivíduos envolvidos no esporte de alta performance podem ter experimentado rabdomiólise induzida por exercício, sem procurar assistência médica, atribuindo a fraqueza muscular temporária e a dor ao overtraining.

O que é a rabdomiólise?
O rabdomiólise é a destruição das células musculares com liberação do conteúdo intracelular na corrente sanguínea.

Quais órgãos são afetados pela rabdomiólise?
Os órgãos mais afetados são o rim e o coração.

Como ocorre a destruição das células musculares após esforço e exercícios físicos?
Durante o exercício o consumo rápido dos níveis de ATP leva a uma grande acumulação intracelular de Ca + + através da Na-K ATPase. O passo seguinte neste caminho molecular específico é a ativação de proteases, nucleases e fosfolipases A2, que estimulam a produção de oxigénio de radicais livres e a hiperoxidase dos lipídios. Por conseguinte, há degeneração da membrana externa e, portanto, citolise (lise=quebra) A membrana celular se quebra liberando o conteúdo intracelular na corrente sanguínea.

O que é a Dor Muscular de Início Tardio ( DMIT)?
O DMIT é a dor muscular que surge horas depois de uma atividade física extenuante, principalmente em indivíduos sem preparo físico. É aquela famosa dor que surge no dia seguinte após o primeiro dia de academia.

Qual a relação entre a rabdomiolise e o Dor Muscular de Início Tardio?
Alguns estudos categorizam a rabdomiólise pós esforço e a Dor Muscular de Início Tardio (DMIT) como uma sequência de uma mesma patologia, sendo a rabdomiólise  o estágio final do espectro iniciado com a DMIT. 

Quais as características clássicas da rabdomiólise?
Dor, fraqueza muscular e urina escura ( vermelho acastanhada).

Como se manifesta a doença?
Pode se manifestar com cansado e músculos doloridos, 1-5 dias após o exercício. O surgimento de urina escura está presente nos casos mais graves. 
Exames de Laboratório podem incluir elevação da CK plasmática, mioglobinemia e alterações na histologia do músculo. A atividade física pode freqüentemente produzir grandes aumentos na atividade da CK circulante sem uma conseqüência direta sobre o Rim e alguns casos de rabdomiólise por esforço podem provavelmente resolver-se por conta própria. 

Qual o mecanismo de lesão renal na rabdomiólise?
A lesão muscular libera substancias de dentro das células musculares na corrente sanguínea principalmente Hemoglobina e Mioblogina.  Ambas podem ser dissociadas em hematina  (ferrihemato) na presença de pH urinário menor 5,6 sendo esta hematina diretamente nefrotóxica. Enquanto a hemoglobina só penetra nas  células se elas tiverem sido lesadas previamente por isquemia, anóxia ou hematina, a mioglobina, dado o seu PM mais baixo, penetra nas células mais facilmente e alguns autores atribuem-lhe carácter nefrotóxico direto, mesmo que presente em meio alcalino. A lesão renal pode levar a insuficiencia renal Aguda e ser fatal nos casos mais graves.

Quais os tipos de Creatina Quinase encontradas no organismo e qual usamos para identificar a Rabdomiólise?
A creatina quinase consiste de um dímero composto de duas subunidades (B e M) que são separadas em três formas moleculares distintas:  CK-BB ou CK-1 encontrada predominantemente no  cérebro CK-MB ou CK-2, forma híbrida, predominante  no miocárdio e CK-MM ou CK-3 predominante no  músculo esquelético, portanto usamos a dosagem sanguínea da CK-MM ou CK-3 para avaliar a rabdomiólise.

A insuficiencia renal é frequente rabdomiólise induzida por exercícios?
Senert et al demonstraram que a rabdomiólise de esforço pode ter uma incidência muito menor de insuficiência renal do que outras formas, mesmo com hematúria e níveis elevados de creatina quinase. Ele demostrou que a rabdomiólise induzida por exercício normalmente segue um curso benigno sem produção de hematina nefrotoxica. Porém alguns casos de rabdomiólise mais graves podem evoluir com insuficiencia renal aguda e morte.

Quais os fatores de risco para rabdomiólise?
O trauma muscular é a causa mais comum de rabdomiólise. Fatores de risco para rabdomiólise por esforço incluem o exercício em condições extremas de calor, desidratação, umidade, exercícios em locais altos em condições de hipóxia (alpinismo em altitude), ou em pacientes com doença viral ou bacteriana. Drogas (álcool, aspirina, estatinas, substâncias ergogênicas, diuréticos, toxinas, endocrinopatias (diabetes, hipotireoidismo), e doenças hereditárias (tais como o traço falciforme, doença McArdles por vezes com fraqueza muscular permanente), alguns alimentos e até mesmo dieta mal planejada vegeteriana, também pode predispor a rabdomiólise.

Porque a desidratação pode provocar Rabdomiólise?
Praticar exercícios em dias muito quentes e úmidos com roupas inadequadas provoca um grande aumento de temperatura e que leva a uma grande sudorese. Essa sudorese pode levar a uma diminuição dos eletrólitos que facilitariam a lesão muscular. A hidratação adequada ( agua e eletrólitos) é uma das melhores maneiras de evitar e mininizar os efeitos da rabdomiólise.

Rabdomiólise em atletas mais velhos.
Os atletas mais velhos podem estar mais propensos a tomar medicação que aumentam a lesão muscular, como as estatinas, diuréticos, etc. A hemoglubinúria ocorre somente numa parte dos pacientes com rabdomiólise, então um teste negativo não pode excluir a diagnóstico. Mialgia, fraqueza e urina cor de chá são os principais sintomas clínicos. Se não reconhecidos e não tratados precocemente, a rabdomiólise pode ter conseqüências graves, inclusive, insuficiência renal, coagulopatia intravascular disseminada e arritmia cardíaca secundária a hipercalemia podendo levar a morte.

Dr Marcos Britto da Silva 
Ortopedista, Medicina do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 03/04/2011.

Desidratação e Performance nos Esportes

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Importância da correta hidratação nos exercícios.
Uma hidratação apropriada durante a atividade física de caráter recreativo ou competitivo pode garantir que o desempenho esperado seja atingido e que problemas de saúde sejam evitados. Os procedimentos para assegurá-la requerem conhecimento de fatores que influenciam quando e o quanto beber de água. As recomendações dependem do tipo de atividade e de fatores individuais, como condicionamento físico, idade, modalidade praticada, estresse ambiental, entre outros.
Efeitos da Desidratação sobre o desempenho
O estresse do exercício é acentuado pela desidratação, que aumenta a temperatura corporal, prejudica as respostas fisiológicas e o desempenho físico, com riscos para a saúde. Esses efeitos podem ocorrer mesmo que a desidratação seja leve ou moderada, com até 2% de perda do peso corporal, agravando-se à medida que ela se acentua.
  • Com 1 a 2% de desidratação inicia-se o aumento da temperatura corporal em até 0,4oC para cada percentual subsequente de desidratação. 
  • Em torno de 3%, há redução importante do desempenho; 
  • com 4 a 6% pode ocorrer fadiga térmica; 
  • a partir de 6% existe risco de choque térmico, coma e morte. 
Suor, temperatura do corpo e osmolaridade sanguinea.
Como o suor é hipotônico em relação ao sangue, a desidratação provocada pelo exercício pode resultar em aumento da osmolaridade sanguínea. Tanto a hipovolemia como a hiperosmolaridade aumentam a temperatura interna e reduzem a dissipação de calor pela evaporação e convecção. A hiperosmolaridade plasmática pode aumentar a temperatura interna, afetando o hipotálamo e/ou glândulas sudoríparas e retardando o início da sudorese e da vasodilatação periférica durante o exercício. 

Repercução Cardiada da Desidratação
A desidratação afeta o desempenho aeróbio, diminui o volume de ejeção ventricular pela redução no volume sanguíneo e aumenta a frequência cardíaca. São alterações acentuadas em climas quentes e úmidos, pois a maior vasodilatação cutânea transfere grande parte do fluxo sanguíneo para a periferia, em vez da musculatura esquelética, ocasionando importantes reduções da pressão arterial, do retorno venoso e do débito cardíaco.

Reposição hidrica e desempenho esportivo
A reposição hídrica em volumes equivalentes aos das perdas de água pela sudorese pode prevenir declínio no volume de ejeção ventricular, sendo, também, benéfica para a termorregulação, pois aumenta o fluxo sanguíneo periférico, facilitando a transferência de calor interno para a periferia. O reconhecimento dos sinais e sintomas da desidratação é fundamental. Quando leve a moderada, ela se manifesta com fadiga, perda de apetite e sede, pele vermelha, intolerância ao calor, tontura, oligúria e aumento da concentração urinária. Quando grave, ocorre dificuldade para engolir, perda de equilíbrio, a pele se apresenta seca e murcha, olhos afundados e visão fosca, disúria, pele dormente, delírio e espasmos musculares.

Esse artigo é baseado na Diretriz da AMB/SBMEE clique e leia mais
Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Rio de Janeiro, RJ, Brasil
atualizado em 24/08/2011

Sindrome Compartimental: Fatores predisponentes

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Estudo apresentado na AAOS Meeting 2012 identifica fatores preditivos da síndrome do compartimento. Os principais fatores são: gravidade e desvio (deslocamento) entre os a tibia e o fêmur na fraturas do platô Tibial.

A Síndrome compartimental é uma condição séria, grave e difícil de diagnosticar. Os cirurgiões ortopédicos tinham como principais métodos a avaliação clínica e a aferição da pressão  intra compartimental. 
Os dados do estudo apresentado dia 10 de fevereiro de 2012 no Anual Meeting da Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos indicam que o deslocamento lateral e medial do fêmur e gravidade da fratura são fortes preditores de síndrome compartimental, nas fraturas do planalto tibial. 
Fig. 1 - Fratura do Platô Tibial
Índice de Alargamento Tibial
Foto do Artigo de Bruce Ziran
Fig. 2 Índice de deslocamento
Látero-Lateral Fêmur Tíbia
Foto do Artigo de Bruce Ziran
Os Autores do Trabalho Dr. Becher e  Bruce Ziran, MD, realizaram uma análise retrospectiva de 240 pacientes com fraturas do planalto tibial que tinham sido tratados em uma única instituição entre fevereiro de 2006 e setembro de 2010. Eles identificaram 159 pacientes (162 fraturas), cujo eixo proximal do fêmur e da tíbia distal do eixo estavam intactos e bem visualizado em radiografias ântero-posterior (AP)

A maioria das lesões (42 por cento) foram o resultado de colisões de veículos a motor. A coorte foi dividida em dois grupos: fraturas do planalto tibial com síndrome de compartimento (n = 18; 13 homens, 5 mulheres, com idade média = 42 anos) fraturas do planalto tibial sem síndrome compartimental (n = 141; 84 homens, 57 mulheres, com idade média = 48 anos) Usando as radiografias e avaliando o índice de deslocamento no AP, os autores mediram o alargamento da tíbia ao nível da articulação, calculado como uma relação entre a largura do fémur em relação a largura da tíbia (Fig. 1); e o deslocamento medial do fémur em relação à tíbia, calculado como a razão do deslocamento no longo eixo femoral em relação ao longo eixo da tíbia (Fig. 2) Avaliaram também a gravidade da fratura em ambos os grupos. 

Para explicar as diferenças de tamanho e ampliação, a largura intacta da região condilar femoral serviu como parâmetro de normatização. Os investigadores idealizaram a hipótese de que o risco de síndroma de compartimento seria aumentada quando o fémur estivesse deslocado em relação à tíbia, e houvesse um maior alargamento tibial levando a mudança da arquitetura vascular. 
Eles também avaliaram parâmetros clássicos de gravidade em radiografias, incluindo a classificação de Schatzker. 
Schatzker é um sistema de classificação que avalia a gravidade das fraturas do planalto tibial nos seguintes seis tipos: 
Resultados: A análise multivariada revelou uma maior taxa de deslocamento do fêmur (maior que 10%, P = 0,004) e maior grau na classificação de Schatzker (IV-VI, P = 0,031) estavam fortemente associadas à síndrome de compartimento. O alargamento tibial foi menos significante como preditor de síndrome compartimental.

Conclusão: o deslocamento do fêmur em ambos os sentidos lateral e medial ( >10%), bem como a gravidade da fratura ( Shatzker IV, V e VI), foram fortemente preditivas de síndrome de compartimento," e isso possibilita ao médico outro método para determinar a quantidade de tecidos moles lesados: O Índice de deslocamento látero-Lateral Fêmur Tíbia (figura 2).

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Rio de Janeiro, RJ, Brasil
atualizado em 12/02/2012
Leia os outros Artigos publicados sobre as novidades apresentadas no Congresso da AAOS - 2012

Fratura do Platô Tibial

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Fratura de Plato Tibial Uso de substituto ósseo para
sustentação: esse cimento será incorporado pelo
organismo nos próximos meses

Fraturas da região proximal da tíbia ( Platô ou Planalto tibial)

A fratura ou ruptura, na parte superior da tíbia pode resultar de uma lesão de baixa energia, tal como uma queda de uma altura, ou a partir de uma lesão de alta energia, tal como um acidente de automóvel ou um atropelamento O manuseio correto dessas fraturas irão ajudar a restaurar a função do membro (força, movimento, estabilidade e diminuir o risco de artrose secundária a um degrau articular.
Os tecidos moles (pele, músculo, nervos, vasos sanguíneos e ligamentos) também podem ser lesados no momento da fratura. Devido a isso, o cirurgião ortopédico também vai procurar por sinais de danos nas partes moles pois grandes lesões podem atrapalhar o tratamento cirúrgico.
A grande maioria das fraturas do platô tibial requer tratamento cirúrgico, porém nas fraturas de baixa energia e sem desvio ou afundamento articular o tratamento não operatório pode ser considerado




Anatomia
A articulação do joelho é o maior junta de carga do membro inferior e suporta aproximadamente 85% do peso corporal. Apresenta movimentos complexos.O movimento do joelho ocorre em vários planos, por exemplo, para trás e para a frente e, em menor grau, para os lados e em rotação. A estabilidade da articulação é dependente não só nos tecidos moles (músculos e ligamentos) mas também da maneira pela qual as superfícies da articulação se opõem ( fêmur / tíbia / rotula )  para manter os ossos do joelho adequadamente alinhados.
O osso que compreende o planalto tibial é esponjoso, ao contrário do osso cortical mais grossa da diáfise da tibial. A composição do osso é importante, porque a osso esponjoso pode comprimir e permanecer deprimido quando está lesionado. Isso permite freqüentemente o afundamento de parte da articulação após uma fratura do 1/3 proximal da tíbia.

As lesões de alta energia em pacientes mais jovens e de baixa energia em pacientes idosos em geral evoluem com depressão e afundamento de parte da fratura que irá produzir um degrau articular a menos que a fratura seja tratada com redução, enxertia e fixação.

Os Tecidos moles também estão em risco. Nervos e vasos sanguíneos que percorrem através do joelho são adjacentes às estruturas ósseas e pode ser lesados também. A pele ao redor da articulação pode ser comprometida pela lesão em si ou  inchaço do tecido mole que muitas vezes resulta.



Causas
As fraturas do platô tibial em lesão estão relacionadas ao trauma, traumas agudos por acidentes e quedas ou traumas crônicos , de traumas de pequena intensidade e/ou repetidos, em pacientes com ossos mais fracos, pacientes obesos, com doenças óssea, doenças metabólicas, desnutrição, baixa ingesta de leite e derivados ou baixa ingestão proteica.Uma fratura da região superior da tíbia pode ocorrer a partir de estresse (fraturas de estresse) ou num osso já comprometido (como no câncer ou infecção). A maior parte, contudo, são o resultado de um trauma .


No jovem essas fraturas ocorrem, muitas vezes, como resultado de uma lesão de alta energia,  tais como uma queda de uma grande altura, lesão desportiva, traumas e acidentes de trânsito.
Idosos com pior qualidade óssea, muitas vezes, necessitam apenas um trauma de baixa energia (queda de uma posição em pé) para criar essas fraturas.Muitas pessoas mais velhas também podem ter preocupações médicas, tais como problemas cardíacos ou pulmonares, diabetes ou outras doenças que devem ser consideradas e tratadas.

Os sintomas
Uma fratura do terço proximal da tíbia, pode resultar em prejuízo para  os ossos e os tecidos moles da região do joelho.Dor na sustentação de peso. Normalmente, o indivíduo ferido é mais consciente de uma incapacidade dolorosa ao tentar colocar peso sobre o membro afetado.
Dolorimento ao torno do joelho e dificuldade para dobrar. O joelho pode inchar e parecer tenso, devido ao sangramento dentro da articulação. Isto também limita o movimento (flexão) da articulação.
Deformidade em torno do joelho. A perna pode parecer deformada.
Pé, pálido e fria. A aparência pálida ou sensação de frio ao pé pode sugerir que o fornecimento de sangue esta de alguma forma prejudicada.
Dormência em torno do pé. Dormência ou "alfinetes e agulhas " espetando o pé levanta a preocupação sobre lesão do nervo ou inchaço excessivo dentro da perna

Se estes sintomas estão presentes após uma fratura, você deve procurar atendimento médico imediato. 

Diagnóstico
O diagnóstico de uma fratura da região proximal da  tíbia, comprometendo a articulação do joelho é baseada tanto no exame clínico quanto nos exames de imagem.
Durante o exame clínico, o médico vai pedir detalhes sobre as circunstâncias que resultaram na  lesão ( história clínica do acidente). Relate detalhadamente a história.

O ortopedista poderá examinar toda a perna em busca de hematomas, bolhas, flictenas inchaço, escoriações e feridas abertas. O exame neurológico e vascular em geral acompanha a exame clínico. 

Exames de Imagem

Fratura do Plato Tibial Lateral o afundamento é melhor
demonstrado na tomografia computadorizada a esquerda

As radiografias simples e a tomografia computadorizada são os principais exames para avaliar, classificar e planejar o tratamento operatório. Nas fraturas de estresse a ressonância magnética ( fraturas ocultas e lesões ligamentares) e a cintilografia óssea podem ajudar no diagnóstico


Tratamento
Considerações
O médico irá avaliar vários parâmetros como idade, grau de atividades, tipo de fratura, degrau articular e lesões de partes moles para determinar se o tratamento é cirúrgico ou conservador.  Há vantagens e os riscos associados com as duas formas de tratamento.
A decisão de se tratar o paciente de modo cirúrgico é um escolha feito pelo ortopedista em associação com o paciente e a família. O tratamento preferido é, portanto, baseada nos detalhes específicos da lesão e as necessidades gerais do paciente. Importante lembrar que os desvios articulares irão evoluir para artrose secundária, e caso o paciente opte por tratamento não operatório nos desvios maiores estará ciente desse risco.
Em um indivíduo ativo, restaurar a articulação através de cirurgia é muitas vezes a melhor opção, porque isso irá maximizar a estabilidade da articulação e o movimento e minimizar o risco de artrose.
Pacientes mais idosos com várias comorbidades e limitação funcional prévia podem se beneficiar menos do tratamento operatório. 

Cuidados de Emergência
Logo depois de um acidente a pele lesada e os tecidos moles podem estar ainda mais prejudicados e impedir uma cirurgia aberta. Nesse caso, uma fixador externo temporário pode ser aplicado para suportar o membro. Os tecidos moles podem, em seguida se recuperar permitindo a cirurgia definitiva numa data posterior

Se a pele estiver lesada e há uma ferida aberta, existe a preocupação de que a fratura subjacente pode ser exposta a bactérias que podem causar uma infecção. O tratamento cirúrgico inicial serve para limpar as superfícies de fratura e os tecidos moles para diminuir o risco de infecção.

Raramente, o inchaço dos tecidos moles pode ser tão grave a ponto de ameaçar o fornecimento de sangue para a perna e o pé (uma condição conhecida como síndrome do compartimento). Isto pode requerer uma cirurgia de emergência, em que são feitas incisões verticais para soltar a pele e o fáscia muscular. Isso é chamado de fasciotomia. Estas incisões são muitas vezes deixadas abertas e, em seguida, fechados ou cobertas dias ou semanas mais tarde, como os tecidos moles e recuperar resolve inchaço. Normalmente também aplicamos um fixador externo temporário ou em algumas situações como tratamento definitivo

O tratamento não cirúrgico
O tratamento não cirúrgico pode incluir restrições de movimento e de sustentação do peso, além da aplicação de dispositivos externos (suspensórios, moldes, gesso, braces, imobilizadores). Tipicamente, os tecidos moles são avaliadas periodicamente e os exames de raios X são tomadas em intervalos determinados.  

Tratamento Cirúrgico
Se o tratamento cirúrgico é a escolha para obter e manter o alinhamento e corrigir o degrau articular, diversos dispositivos podem ser considerados.
As placas são geralmente usados ​​para fraturas peri articulares. Se a fratura compromete a articulação e apresenta afundamento será necessário elevar esses fragmentos e colocar uma sustentação abaixo para permitir a cicatrização na posição correta. Essa sustentação pode ser feita com auto enxerto de crista ilíaca ou com um substituto óssea. Cada um desses métodos tem vantagens e desvantagens.
Após a redução o ortopedista aplica fios, parafusos e placas para manter os fragmentos ósseos no lugar.

Pós operatório
As sínteses estáveis permitem a mobilidade precoce e a fisioterapia ajuda na recuperação do arco de movimento.
A carga ( pisar no chão e colocar peso na perna operada) deve ser terminantemente proibida e o paciente somente poderá pisar quando autorizado pelo seu cirurgião ortopedista. Somente o cirurgião pode autorizar a carga. 

O que discutir com seu cirurgião ortopédico
  • Quais são os meus riscos e benefícios com tratamento não cirúrgico e cirúrgico?
  • Como isso pode afetar a longo prazo as atividades da vida diária, trabalho e atividades de lazer?
  • Eu tenho história médica ou social de tabagismo, uso de drogas, álcool isso pode ter um impacto sobre o meu tratamento ou o resultado?
  • Se eu evoluir para artrose, o que posso esperar e quais são as minhas opções?
  • Após o início do tratamento (cirúrgico ou não cirúrgico) quando posso esperar para suportar o peso e dobrar meu joelho?
  • Como será a fase de recuperação ?
  • Que tipo de ajuda, se houver, vou precisar durante a minha recuperação?
  • Se eu for tratado de modo cirúrgico e um "enchimento ósseo" ou substituto ósseo for usado, quais são as minhas opções? Quais são os riscos e os benefícios?
  • Usarei medicamentos anti coagulantes ("afinadores de sangue")? Se sim, qual e por quanto tempo?
Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologia e Medicina do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 14/12/2012

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10 Alimentos Ricos em Vitamina D

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A vitamina D é uma hormônio essencial requerido pelo corpo para a absorção do cálcio, o desenvolvimento dos ossos, o controle do crescimento celular, manutenção da função neuromuscular, adequado funcionamento do sistema imunológico e redução da inflamação. A deficiência de vitamina D pode levar ao raquitismo na infância (uma doença em que os ossos não conseguem desenvolver adequadamente) e a Osteomalácia no adulto. Além disso, a níveis inadequados de vitamina D podem levar a um sistema imunitário enfraquecido, aumento do risco de desenvolver Câncer, o diminuição do crescimento e queda de cabelo e osteomalacia, uma condição que leva ao enfraquecimento de músculos e ossos. O atual recomendação dos EUA para a vitamina D é de 600 a 1200 UI (unidades internacionais) e o limiar de toxicidade para a vitamina D é pensado para estar entre  20.000 a 40.000 IU por dia. A vitamina D é solúvel em óleo, o que significa que você precisa comer gordura para absorvê-lo. É naturalmente encontrado principalmente em óleos de peixe, peixes gordurosos, e em menor medida, em fígado bovino, queijo, gema de ovo e certos cogumelos. A vitamina D também é feita naturalmente pelo seu corpo quando você expõe sua pele ao sol e portanto é chamada de vitamina do sol. Além disso a vitamina D é amplamente adicionado a muitos alimentos, tais como leite e suco de laranja ( nos Estados Unidos e Europa e um pouco menos no Brasil) e pode também simplesmente ser consumido como um suplemento. Abaixo está uma lista de alimentos ricos em vitamina D.


1: Óleo de Fígado de Bacalhau
Óleo de fígado de bacalhau tem sido um suplemento popular por muitos anos e, naturalmente, contém altos níveis de vitamina A e vitamina D. O óleo de fígado de bacalhau proporciona tem uma concentração variada de vitamina D e você deve verificar a formula antes de comprar.

2: Peixe
Vários tipos de peixe são ricos em vitamina D. Normalmente peixe cru contém mais vitamina D do que cozidos e os peixes gordos contém mais vitamina D que os peixes magros. Além disso, as conservas de peixe em óleo terá mais vitamina D do que os enlatados na água. Peixe cru é normalmente ingerido na forma de sushi e sashime. Arenque fornece a maior parte da vitamina D com 1628IU (1667% VD) por 100 gramas , 2996IU (499% VD) 100g de filé.  Salmão enlatado (127% VD), Sardinhas enlatado em óleo (45% VD) e atum enlatado em óleo (39% VD).

3: cereais fortificados
Cereais comerciais são enriquecidos com vitaminas e nutrientes essenciais. Tenha cuidado e verifique os rótulos dos alimentos ao comprar cereais, certifique-se de escolher os produtos que têm pouco ou nenhum açúcar refinado e óleos parcialmente hidrogenados! Cereais enriquecidos pode fornecer até 342IU (57% VD) por 100 gramas porção (aproximadamente 2 xícaras), e ainda mais se combinado com laticínios fortificados ou leite de soja fortificado. Produtos variam muito por isso não deixe de verificar o rótulo nutricional antes de comprar.

4: Ostras
Além da vitamina D, ostras são uma excelente fonte de vitamina B12, zinco, ferro,  manganês, selênio e cobre. Ostras também são ricos em colesterol e devem ser consumidos com moderação por pessoas em situação de risco de doença cardíaca ou acidente vascular cerebral. - Ostras fornecer 320IU (80% VD) por 100 gramas, 269IU (67% VD) em seis ostras médias.

5: Caviar (preto e vermelho)
Caviar é um ingrediente comum em sushi e mais acessível do que as pessoas pensam. Caviar proporciona 232IU (58% VD) de vitamina D por 100 gramas, ou 37.1IU (9% VD) por colher de chá.

6: Produtos de soja fortificado (tofu e leite de soja)
Produtos de soja fortificados são frequentemente enriquecidos com vitamina D e cálcio. Tofu fortificada pode fornecer até 157IU (39% VD) de vitamina D por porção de 100 gramas. Leite de soja fortificado pode fornecer até 49IU (12% VD) de vitamina D por porção 100 gramas, 119IU (30% VD) por xícara. Quantidades de vitamina D variam muito entre os produtos, por isso não deixe de verificar informações nutricionais do teor de vitamina D nos rótulos.

7: Salame, presunto, salsichas 
Presunto, salame e salsichas são uma boa fonte de vitamina B12 e cobre. Infelizmente, eles também são ricos em colesterol e sódio, e assim devem ser limitados nas pessoas em risco de hipertensão, ataque cardíaco e derrame. O Salami fornece 62.0IU (16% VD) de vitamina D por 100 gramas, ou 16.7IU (4% VD)  em 3 fatias. 

8: Produtos lácteos fortificados
Os produtos lácteos já são ricos em cálcio, porém podem receber suplementos de vitamina D. O leite pode fornecer até 52.0IU (13% VD) de vitamina D por porção 100 ml, 127IU (32% VD) por xícara. Queijo pode fornecer até 6.6IU (2% DV) em uma polegada cúbica e manteiga fornece 7.8IU (2% DV) em uma única colher. Verifique os rótulos nutricionais para quantidades exatas.

9: Ovos
Além da vitamina D, os ovos são uma boa fonte de vitamina B12 e proteínas. Os ovos fornecem 37.0 IU (9% DV) de vitamina D por 100 gramas, ou 17.0 IU (4% DV) em um ovo frito.

10: Cogumelos
Mais do que apenas um alimento de alta concentração de vitamina D, cogumelos também fornecem vitamina B5 (ácido pantotênico) e cobre. Levemente cozidos os cogumelos brancos fornecem 27.0IU vitamina D com (7% VD) por 100 gramas.

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologia e Medicina do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 14/12/2012

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Edema de Estase e pós Imobilização

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O edema de estase é um inchaço de origem vascular e ocorre quando o membro fica muito tempo parado.
Exemplo: quando ficamos muito tempo parado em pé ou sentado sem mexer as pernas o pé fica um pouco mais inchado. A simples imobilização favorece o edema porém ele é agravado pela insuficiência venosa. 

Edema pós fratura ou após imobilização.
O edema residual após uma fratura ou imobilização pode ser um edema de estase, porém, também pode ser causado por lesão nos vasos linfáticos. Em várias situações esse edema residual está relacionado a alterações neurológicas transitórias que causam vasoplegia ( os vasos sanguíneos se contraem menos e tendem a permitir que o liquido que deveria ficar dentro do vaso saia para o espaço entre as células). Isso em geral é temporário e melhora muito com fisioterapia, banhos de contraste , turbilhão e principalmente com mobilidade ativa dos membros inferiores pois a contração muscular funciona com um coração periférico jogando o sangue de volta para o coração.

Leia Mais Atrofia de Sudeck

Dr Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Medicina do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 18/12/2012

Dor Músculo Esquelética

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Na vida as coisas tem o tamanho da importância que damos a ela, isso vale para tudo inclusive para a dor. A dor tem dimensões diferentes de acordo com o estado emocional, com a idade, as experiências e  vivências prévias.

Quando estamos fragilizados, sentimos mais dor. Quando estamos fortalecidos sentimos menos dor.
Quando estamos deprimidos sentimos mais dor. Quando estamos felizes sentimos menos dor
Quando ficamos preocupados sentimos mais dor. Quando não estamos preocupados sentimos menos dor.
  • A dor é a mesma, porém, o quando ela nos incomoda varia muito.
Um pequeno desconforto pode ser uma dor muito intensa numa pessoa fragilizada ou ser percebida somente como um desconforto numa pessoa que esta de bem com a vida. Cabe ao médico identificar e diferenciar essas dores.

É dito que:
 - O médico pode CURAR ÀS VEZESREMEDIAR CONSTANTEMENTE e CONSOLAR SEMPRE. Não devemos menosprezar o problema, devemos dar ao problema a importância que ele merece ou seja dizer qual a dimensão do problema de modo a não impressionar o paciente. Depois da Consulta a dor melhorar ou piorar simplesmente com o tamanho das palavras ditas.
    Porém não cabe somente ao médico essa tarefa. o paciente também precisa ter o coração e a mente aberta para ouvir. Alguns pacientes vão a um consultório com um pé atrás com os médicos. Muitos continuam armados, sem ouvidos para ouvir. 
    Quando procuramos um médico devemos ouvir e acreditar no que foi dito. Tem que ter fé, ao acreditarmos no que está sendo dito fica mais fácil melhorar. Ao procurar um médico tenha um coração aberto e acredite que vai melhorar, quando você vai ao consultório achando que não tem jeito, que ninguém cura a sua dor a sua chance de melhorar fica muito reduzida.

    Dr. Marcos Britto da Silva
    Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
    Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
    atualizado em 27/12/2012

    Osteocondrite e Osteocondrose

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    As doenças ósseas infantis muitas vezes são osteocondrites e osteocondroses. Os termos osteocondrite e osteocondrose se referem a patologias ortopédicas que acometem o entorno das articulações, acomete as crianças, adolescentes e adultos jovens. Em algumas situações os termos são usados como sinônimos. Historicamente, a osteocondrose de cada osso recebe o nome de quem descreveu a doença pela primeira vez, uma prática que resultou em uma lista volumosa de epônimosA situação é ainda mais confusa porque algumas das ditas osteochondroses são causados por necrose asséptica do osso e/ou por sobrecarga mecânica e fraturas por estresse, enquanto outras são simples variações  fisiológicas do crescimento. A seguir apresentamos alguns epônimos e um pequeno resumo sobre cada patologia.

    O que é a doença de Sever?
    O doença de Sever provoca dor no calcanhar da criança e é uma osteocondrose na epífise do calcâneo. Ocorre somente em crianças e tem uma boa evolução com a passar do tempo. O diagnóstico é feito com exame radiográfico do calcanhar em perfil. O exame comparativo com o lado contra lateral algumas vezes auxilia o diagnóstico.

    O que é epifisiólise?
    A epifisiólise é o escorregamento da cabeça do fémur. A epifisiólise pode ser aguda ( quando surge após um traumatismo) crónica quando ocorre lentamente sem história de trauma ou crónica agudizada quando ocorre após um trauma de menor intensidade no quadril que já apresentava dor previamente. Talvez o sintoma mais importante veja a dor no quadril e na face interna do joelho quando a criança corre. Com o passar do tempo a flexão do quadril e a rotação externa se tornam limitados. O pediatra quando reconhece o problema encaminha ao ortopedista, pois o tratamento da epifisiólise é cirúrgico.

    O que é a doença de Panner?
    O doença de Panner é a osteocondrose do capítulo umeral. O tratamento depende da extensão da lesão. A criança se queixa de dor na face lateral do cotovelo. Quando parte do capítulo se solta pode travar a articulação e o ortopedista pediátrico pode indicar a cirurgia.

    O que é a doença de Legg Calvé e Pherthes?
    O doença de Legg Pherthes é uma osteonecrose na cabeça femural que ocorre na infância, o mecanismo é diferente da osteonecrose avascular da cabeça femural do adulto. A doença é auto-limitada porém em geral evoluiu com mudança da anatomia e do contorno da cabeça fémur que provocará artrose no futuro. O tratamento consiste em manter a cabeça femural centrada no acetábulo. Isso pode ser feito com Orteses, porém, algumas vezes a criança requer tratamento cirúrgico.

    O que a Tíbia vara ou doença de Blount?
    A enfermidade de Blount é uma alteração no crescimento da epísife tibial medial que faz com que a perna da criança fique arcada. ( tíbia vara)

    O que é a doença de Osgood Schalatter?
    A osteocondrose da Tuberosidade Anterior da  Tibial  (TAT) é provavelmente a osteocondrite mais frequente, provoca dor e edema na região anterior do joelho da criança, principalmente dos meninos. Está relacionado ao estirão puberal, portando é uma doença do pré adolescente com uma incidência em meninas mais jovens e em meninos mais velhos. A doença é auto limitada e desaparece com o final do crescimento ósseo.

    O que é a osteocondrose de Sinding Larsen Wolf?
    Acomete o polo inferior da Patela.

    O que é a doença de Köhler?
    A doença de Köhler é a osteocondrose do osso  navicular do pé, foi descrito em 1908 com Köhler. É mais comum em meninos ( aproximadamento 80% dos casos) muitos casos estão relacionados a traumas repetidos no pé. A marcha antálgica é típica e a criança em geral deambula com a face lateral do pé. A evolução é benígna porém pode ser necessário imobilizar o local por algumas semanas.

    O que é a doença de Freiberg?
    Freiberg é o nome dado a osteocondrose da cabeça do segundo metatarsiano, é mais comum em meninas mais velhas ( maior que 15 anos) e algumas vezes os sintomas não aparecem na adolescencia, somente na vida adulta. O sintoma mais frequentes é a metartarsalgia sobre a cabeça do segundo metatarsiano e a doença está relacionada a sobrecarga mecânica no local.

    O que é a osteocondrose de Meilstrup?
    É a osteocondrose que acomete ao cuneiforme medial do tarso.

    O que é a epifisite de Iselin?
    É a osteoconcrose que acomete a cabeça do 5 metatarsiano.

    O que é a doença de Madelung?
    É o acometimento do crescimento ósseo da epífise distal do rádio, semelhante ao acometimento da tíbia na doença de Blount. Provoca deformidade no punho que fica com desvio radial.

    Como é conhecida o osteocondrose da cabeça dos metacarpianos?
    Osteocondrite de Mauclaire.

    O que é a doença de Kienbock?
    A doença de Kienbock acomete o semilunar e provoca necrose asséptica desse osso, a evolução é semelhante a necrose avascular da cabeça do úmero.

    O que é a cifose de Scheuermann?
    As vértebras podem também ser acometidas pela osteocondrose e a deformidade típica é a cifose torácica que é conhecida com enfermidade de Scheuermann. Algumas vezes o cirurgião de coluna pode indicar o uso de colete para prevenir deformidades, outros tratamentos podem estar indicados de acordo com a gravidade da deformidade.

    O que é a Osteocondrite Dissecante?
    O osteocondrite dissecante é a lesão da cartilagem articular que começa a se soltar dentro da articulação, é muito comum no Joelho. Imagine a parede de uma caixa d`água que apresente uma rachadura a agua começa a infiltrar por essa rachadura ( o liquido sinovial começa a infiltrar pela rachadura que ocorreu na cartilagem) com o passar do tempo a agua pode fazer um caminho por dentro da parede da caixa d´agua e novamente encontrar outra rachadura (o liquido sinovial disseca a cartilagem por dentro até encontrar outra rachadura nesse momento a cartilagem se desprende e cai dentro da articulação deixando um buraco dentro da cartilagem e expondo o osso subcontral )

    Como é feito o tratamento da osteocondrite dissecante?
    Cirurgicamente fixamos a cartilagem no lugar antes dela soltar completamente.

    Dr. Marcos Britto da Silva
    Ortopedista, Traumatologia, Medicina do Esporte
    Botafoge, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
    Atualizado em 25/08/2012.

    Dor Regional Complexa/Atrofia de Sudeck

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    A síndrome de dor regional complexa ou Atrofia de Sudeck é uma condição de dor em queimação intensa, rigidez, inchaço ( edema) e palidez que compromete frequentemente a mão após um trauma ou fratura . Os braços, pernas e pés também podem ser afetados pela Síndrome de dor regional complexa
    Esta condição também é conhecida como distrofia simpático-reflexa, Síndrome de Sudeck, Síndrome ombro-mão, causalgia doença fraturaria ou doença do gesso..

    Descrição
    Existem dois tipos de síndrome de dor regional complexa:
    Tipo 1 segue a lesão definida do nervo
    Tipo 2 ocorre depois que uma doença ou uma lesão temporária do nervo
    Embora os gatilhos variam, os dois tipos de atrofia de Sudeck tem os mesmos sintomas e através das mesmas três fases da doença.

    Estágio I: Aguda
    Pode durar até 3 meses. Os pacientes em geral relatam dor em queimação e sensibilidade aumentada ao toque, são os sintomas iniciais mais comuns. Esta dor é diferente, mais constante e dura mais tempo do que seria de esperar com uma determinada lesão. Inchaço e rigidez muitas vezes surgem a seguir, juntamente com uma zona de calor e vermelhidão no membro afetado. Pode haver crescimento de pelos e unhas mais rapidamente e transpiração excessiva.

    Estágio II: Distrófico
    Pode durar de 3-12 meses. melhora o inchaço e surgem rugas na pele. A temperatura da pele torna-se mais frio. As unhas dos dedos das mãos se tornam frágeis. A dor é mais disseminada, aumenta a rigidez e a área afetada torna-se mais sensível ao toque.

    Fase III: Atrófica
    Fase III ocorre depois de 1 ano. A pele da área afetada torna-se pálida, seca, muito apertado e brilhante. A área é rígida e há menos possibilidade de recuperar o movimento. A dor pode diminuir e a doença pode se espalhar para outras áreas do corpo.

    Causas do desenvolvimento da Atrofia de Sudeck
    Ambos os tipos de síndrome de dor regional complexa  podem estar ligadas a uma lesão ou doença não é conhecida a causa exata da síndrome. Uma teoria é que um "curto-circuito" do sistema nervoso é o responsável. A doença leva a uma atividade excessiva do sistema nervoso simpático (inconsciente) que afeta o fluxo de sangue e as glândulas de suor na área afetada.
    Os sintomas mais comumente ocorrem após uma lesão: contusão mais grave ou uma fratura, porém pode surgir após uma cirurgia. Outras causas incluem a pressão sobre um nervo, infecções, câncer, problemas no pescoço, AVC ou ataque cardíaco.

    Exames
    O diagnóstico a Síndrome  é eminentemente clínico pela história e exame físico, nos casos mais avançados podemos observar uma intensa desmineralização dos exames de Raios X simples. (Osteopenia) Alguns estudos de imagem, como, cintilografia óssea e ressonância magnética (RM) podem ajudar o médico a fazer um diagnóstico definitivo.

    Tratamento
    O diagnóstico precoce  e o tratamento precoce são importantes para evitar que a atrofia de Sudeck evolua para estágios mais avançados.
    Também é importante que esses pacientes sejam informados de que a dor faz parte da síndrome e é uma condição fisiológica. Embora não é totalmente compreendido a dor regional complexa é tratável.
    O objetivo do tratamento é diminuir a dor e permitir que o paciente movimente as extremidades, em geral o movimento piora as dores e o paciente tente a ficar totalmente imobilizado o que piora a atrofia muscular.

    O tratamento não cirúrgico
    Medicamentos. Anti-inflamatórios não esteróides (AINEs), analgésicos, calcitonina, antidepressivos, anticonvulsivantes, corticosteróides orais, e analgésicos opióides são fármacos que podem ser tentados para aliviar os sintomas. Exercício ativo que enfatiza a utilização normal do membro afetado é essencial para alívio permanente desta condição. 

    Tratamento injetável. A injeção de um anestésico (medicamento anestésico) perto dos nervos simpáticos afetadas podem reduzir os sintomas. Isso geralmente recomendado no início da síndrome para prevenir a progressão para estádios mais avançados, porém pode não ser efetivo em todos os pacientes

    A  Dor Regional Complexa em geral é autolimitada e mesmo nos casos mais demorados a longo praso evolui com melhora dos sintomas. Pacientes com quadro depressivo associado tendem a uma evolução mais lenta.

    Fisioterapia são importantes para ajudar os pacientes a recuperar padrões normais de uso. Medicamentos e outras opções de tratamento podem reduzir a dor, permitindo ao paciente participar do exercício ativo. Os exercícios ativos que enfatizam a utilização normal do membro afetado é essencial para alívio permanente desta condição.
    Biofeedback. A consciência corporal e técnicas de relaxamento podem ajudar no alívio da dor.
    Tratamento Cirúrgico
    São relatados na literatura vários tratamento cirúrgico porém em geral consigo bons resultados com o tratamento medicamentoso. Exceção as lesões neurológicas primárias onde abordamos diretamente o nervo com reconstrução ou descompressão.
    Muitos pacientes com sintomas crônicos (meses/anos) tem poucos benefícios com cirurgia e nesses pacientes foi sugerido avaliação e aconselhamento psicológico.

    Dr Marcos Britto da Silva
    Ortopedista, Medicina do Esporte
    Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
    Atualizado em 19/12/2012

    Fraturas Osteoporóticas da Coluna tratamento com Cifoplastia e Vertebroplastia

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    As fraturas osteoporóticas são muito frequentes. As fraturas mais frequentes são as fraturas da coluna vertebral porém a osteoporose também esta associada a fraturas do quadril, punho e ombro.
     As fraturas vertebrais são duas vezes mais comum que as fraturas de quadril, cerca de 25% das mulheres na pós-menopausa tiveram terão ao menos uma fratura osteoporótica.. Ao contrário de fraturas de quadril, que quase sempre resultam de uma queda, fraturas vertebrais geralmente envolvem pouco ou nenhum trauma. Vértebras enfraquecidas pela osteoporose podem não resistir a tensão e pressão normais e quebram espontaneamente, então eles podem sucumbir a um movimento simples como abaixar, levantar uma janela ou mover um móvel para varrer.  
    Cerca de dois terços das fraturas vertebrais não têm sintomas e podem permanecer sem diagnóstico até que sejam encontrados em um raio-x realizado por algum outro motivo. A única fratura pode parecer de pouca importância, mas ter tido um tem implicações de longo prazo, incluindo um maior risco de novas fraturas. Em um estudo publicado em 2007 no Journal of American Medical Association, os investigadores para o estudo de fraturas osteoporóticas descobriram que as mulheres com história de fratura vertebral tiveram um risco quatro vezes maior de sofrer um nova fratura durante os 15 anos de follow-up. Eles também tinham um risco maior de sofrer outras fraturas, especialmente fraturas do quadril.

    O efeito cumulativo de múltiplas fraturas vertebrais pode ser devastador. As fraturas vertebrais  osteoporóticas estão relacionadas a dor crônica e a dificuldade de realizar atividades normais da vida diária. Esses fatores por si só podem levar ao isolamento, depressão e problemas de relacionamento. A depressão se desenvolve em 40% das pessoas com fraturas vertebrais. As fraturas vertebrais por osteoporose também aumentam o risco de morte prematura, porém em menor escala quando comparada as  fraturas de quadril.
    Como a população está envelhecendo mais a taxa de fraturas osteoporóticas deve aumentar. Felizmente, surgiram outras alternativas para tratar essas fraturas nos últimos  20 anos, incluindo procedimentos que aliviam a dor, escoram as vértebras danificadas e reduzem a incapacidade e melhoram a qualidade de vida.

    Consequências de fraturas vertebrais
    Uma vértebra com osteoporose quebrada é diferente de um lápis quebrado ela parece mais um copo de papel esmagado quando você pisa nele. O termo comum para este tipo de fratura é a fratura de compressão ou fratura por insuficiência

    A dor resultante pode ser aguda em pontada ou difusa e isso pode ser sentida no local da fratura ou um pouco mais longe nas laterais ou no abdômen. Em muitos casos, há pouca ou nenhuma dor e o principal sinal é a perda gradual de altura e a cifose ( corcunda - postura curvada). A quantidade de perda de altura e deformidade depende do número de vertebras acometidas, da localização e da gravidade das fraturas.
    A maioria das pessoas com fraturas osteoporóticas vertebrais desenvolvem mais de uma fratura comumente na coluna torácica (meio das costas) e às vezes na região lombar (lombalgia). 
    Uma ou duas fraturas são susceptíveis de produzir uma ligeira perda de altura, mas múltiplas fraturas podem contribuir para um arredondamento das costas conhecida como cifose dorsal ou corcunda. 

    A cifose é causada por uma série de fatores, incluindo alterações degenerativas nas articulações, discos e ossos. A cifose pode afetar profundamente a aparência, a mobilidade e a saúde. A coluna se torna progressivamente mais desalinhada. A parte superior do corpo é lançada para frente e arredondado. O espaço entre as costelas e pelve fecha, a parede torácica é apertada, e os órgãos abdominais ficam amassados, fazendo com que o abdômen fique em bojo para frente. Em casos muito graves, a respiração pode ser difícil e a digestão prejudicada.
    Fraturas por compressão cumulativas podem causar quase tanto incapacidade física e funcional como fraturas de quadril. A dor pode se tornar crônica com os músculos das costas trabalhando mais para acomodar alterações na coluna vertebral. A bengala ou andador podem ser necessários. Até mesmo andar de carro por mais de alguns minutos pode tornar-se insuportável.

    Anatomia de uma fratura vertebral
    Quando ocorre uma fratura vertebral, o corpo vertebral (a parte da frente da vértebra) colapsa sobre si mesma. Uma ou duas fraturas podem causar uma perda de altura. Se há colapso de várias vértebras pode resultar em uma curvatura acentuada da coluna vertebral.

    O que fazer com fraturas vertebrais
    Um raio-x da coluna vertebral pode confirmar o diagnóstico. Fraturas por compressão vertebral em mulheres no pós-menopausa são geralmente causadas pela osteoporose, mas ocasionalmente resultam de trauma, infecção ou um tumor canceroso.

    O tratamento para fraturas dolorosas começa com analgésicos. A dor grave pode necessitar de curto prazo repouso e drogas mais fortes, a começar com doses baixas de derivados opiáceos, muitas vezes combinados com analgésicos. O repouso prolongado na cama deve ser evitada, uma vez que podem contribuir para a perda de massa óssea e outros problemas de saúde. Gelo ou calor aplicados à área afetada da coluna também pode ajudar.

    Uma cinta de volta é geralmente recomendado para ajudar a controlar a dor e estabilizar a coluna como tratamento. A chave é manter a coluna mais ereta do que o habitual, aliviando a pressão sobre a região anterior das vértebras danificadas e reduzindo a chance de um novo colapso. A cura pode demorar até três meses. Os pacientes geralmente são incentivados a fazer exercício físico suave após algumas semanas, como caminhar, tão logo eles possam tolerar o movimento. Posteriormente um programa de fisioterapia para fortalecimento muscular do tronco pode ser introduzido.

    Sugere-se que os pacientes com prováveis fraturas osteoporóticas sejam avaliados com densitometria óssea e um tratamento medicamentoso e físico seja instituído como parte do tratamento.
    Os bisfosfonatos (alendronado, residronato, ibandronato, pamidronato) podem ajudar com a dor aguda, mas seu principal benefício é melhorar a densidade mineral óssea. A longo prazo, eles podem reduzir a taxa de novas fraturas vertebrais em até 50%. 
    Bisfosfonatos injetáveis ​​- são uma alternativa para as mulheres que não podem tomar a forma oral. 
    Outra medicação, a calcitonina , é menos eficaz em melhorar a densidade mineral óssea, porém pode fornecer alívio da dor, embora não seja um substituto de analgésicos. A teriparatida droga de construção óssea, administrado por injeção, aumenta a densidade mineral óssea pode reduzir o risco de fraturas vertebrais.

    Procedimentos para o tratamento de fraturas vertebrais
    Dois procedimentos minimamente invasivos - a vertebroplastia e a cifoplastia - envolvem a injeção de um cimento para estabilizar a vértebra comprimida. 
    Introduzido nos Estados Unidos nos anos 1990 e no Brasil um pouco depois, eles se tornaram cada vez mais disponíveis para o tratamento da dor e que não respondem à terapia conservadora e ajudam a prevenir as deformidades toráxicas.

    A principal razão para realização destes procedimentos é o tratamento da dor e a melhora na qualidade de vida dos pacientes, a grande maioria 85% a 90% das pessoas que se submetem ao procedimento obtiveram alívio imediato. 
    Ainda não conhecemos o mecanismo exato da melhora da dor , porém a estabilização óssea sempre está envolvida na melhora da dor nas fraturas e observamos isso claramente nas fraturas dos ossos longos. O cimento pode ainda produzir um efeito antinflamatório e reduzir a condução dos estímulos nervosos. 
    Antes de qualquer procedimento, a ressonância nuclear magnética é realizada para determinar se o paciente é susceptível de se beneficiar. Um bom candidato é aquele cuja IRM mostra a presença de edema do osso (T2 com supressão de gordura), que está associado com uma fratura recente. Se edema ósseo está ausente, isso implica numa fratura antiga e a dor provavelmente tem outras causas. Uma ressonância magnética pode também ajudar a determinar se o disco, a medula espinal ou outros tecidos moles estão envolvidos.

    Ambos: cifoplastia e vertebroplastia são realizados por via percutânea (isto é, através da pele), a cirurgia muitas vezes é realizada em regime de day clinic e sob sedação consciente. Se as fraturas são numerosos ou graves, ou o paciente é mais velho e com maiores complicações ou não consegue realizar decúbito ventral a anestesia geral pode ser usado. Às vezes, uma internação hospitalar durante a noite é necessária. 

    Vertebroplastia. Guiada por tomografia computadorizada (TC) ou fluoroscopia (Raios X em tempo real ), um médico insere uma agulha oca através de uma pequena incisão na pele para a parte comprimida da vértebra. Quando a agulha está no lugar, ela ou ele injeta um cimento cirúrgico (metacrilato de metila), que tem a consistência de creme dental. Ele misturado com um agente que permite que o cirurgião de coluna veja o seu fluxo no interior da vértebra. O cimento endurece em cerca de 15 minutos. 

    Cifoplastia. Neste procedimento o ortopedista é guiada por imagem e realizada através de pequenas incisões nas costas, balões insufláveis ​​são inseridos através dos tubos em ambos os lados da vértebra fraturada (ver figura). Os balões são insuflados, a criação de uma cavidade restaura a altura vertebral. Eles são, em seguida, esvaziados e retirados e a cavidade é preenchida com cimento. O procedimento leva de 30 a 60 minutos para cada fratura e às vezes envolve uma internação hospitalar durante a noite.

    O que é cifoplastia?
    A cifoplastia é um procedimento de duas etapas. Em primeiro lugar, um dispositivo tubular com um balão na extremidade é inserida em cada lado da vértebra colapsada (A). Os balões são inflados em seguida, criando uma cavidade e restaurando a altura vertebral. O balão é retirado e o cimento ósseo é injetado, o enchimento da cavidade (B).

    Quais são os riscos?
    Nas mãos bem treinados e experientes, a vertebroplastia e a cifoplastia são geralmente bastante seguros. Atualmente usamos anestesia local e sedação, o paciente fica semi acordado durante o procedimento.

    Vazamentos de cimento podem ser uma preocupação, mas com monitoramento em tempo real usando tomografia computadorizada ou fluoroscopia, o médico pode detecta-los precocemente e parar a injeção. As fraturas vertebrais por insuficiência em pacientes com câncer e metástase podem apresentar maiores taxas de complicação.
    Alguns médicos indicam vertebroplastia ou cifoplastia como primeira opção, ao invés de esperar quatro a seis semanas para avaliar o efeito do repouso e dos medicamentos para a dor. 

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    Dr Marcos Britto da Silva
    Ortopedista, Medicina do Esporte
    Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
    Atualizado em 30/12/2012

    COLUNA VERTEBRAL

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    FRATURA DE COLUNA LOMBAR E TORÁXICA


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    Dor no Joelho do Adolescente

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    Introdução
    A Dor na região anterior do joelho é muito comum entre os adolescentes, principalmente os ​​jovens esportistas e especialmente nas meninas.
    Essas dores em geral não são causadas por uma anormalidade maior no joelho e não significam que o joelho esteja danificado.
    A dor localizada na região superior da tíbia abaixo da rótula é um problema diferente e pode estar relacionada a osteocondrite da tuberosidade anterior da Tíbia ( TAT) chamada de Osgood-Schlatter.

    Causas das dores na região anterior da tíbia.
    Em muitos casos, a verdadeira causa da dor anterior do joelho pode não ser clarA. A articulação do joelho tem uma anatomia complexa que permite dobrar a perna e suportar cargas pesadas. essa anatomia complexa é extremamente sensível a pequenos problemas de alinhamento, atividades excessivas e erros de treinamento. A pressão para os lados da rótula pode provocar a desalinhamento dinâmico, além e forçar a rótula contra as paredes da tróclea (região no fêmur onde a rotula fica encaixada) e provocar dor.

    Nos adolescentes,  vários fatores podem estar envolvidos.
    • Desequilíbrio dos músculos da coxa (quadríceps e isquiotibiais) que suportam a articulação do joelho
    • Diminuição da Flexibilidade com encurtamento muscular e tendinoso
    • Problemas com o alinhamento das pernas entre os quadris e os tornozelos ( geno valgo e varo)
    • Técnica inadequada de treinamento
    • Equipamentos inadequados de treinamento
    • Excesso de treinamento
    Sintomas comuns no adolescente com dor no joelho
    A dor geralmente começa de forma gradual. os sintomas mais comuns são:
    • Estalos ou sons crepitantes no joelho para subir ou descer escadas, levantar-se, agachar ou caminhar após vários minutos sentado.
    • Dor à noite
    • Dor durante as atividades com flexão repetida do joelho (ou seja, saltar, agachar, correr, e outro exercício, especialmente envolvendo levantamento de peso).
    • Dor relacionada com uma alteração no nível de atividade ou da intensidade, mudança superfície na jogo, exemplo trocar a quadra de saibro pela quadra de cimento no jogo de tênis
    • Fraqueza e atrofia muscular da coxa (quadríceps) podem desenvolver-se pois a dor pode limitar as atividades.
    Apesar das dores do joelho do adolescente estarem relacionadas a problemas mecânicos podem significar um problema na cartilagem da rótula e quando as dores persistem por mais de 2 semanas é muito importante consultar um ortopedista.

    Exame Ortopédico
    Um exame de joelho padrão vai ajudar a determinar a causa da dor no joelho e descartar outros problemas mais graves.
    No exame médico procuramos identificar:
    • O alinhamento da parte inferior da perna e a posição da rótula
    • A estabilidade do joelho, a rotação do quadril e a amplitude de movimento dos joelhos e quadris
    • Palpamos a rótula e realizamos manobras especiais para identificar uma dor na cartilagem
    • Testamos a forção, circunferência e a flexibilidade dos músculos da coxa (quadríceps) e os músculos da região posterior da coxa (isquiotibiais)
    • Avaliamos também a pisada, a forma do pé e encurtamentos do tendão de aquiles.
    Avaliação com exames de Imagem
    Podemos usar além do exame clínico exames de imagem Como RX, Tomografia e Ressonancia
    Raios-X fornecem imagens de estruturas densas, como o osso. Ambas as pernas podem ser radiografadas em pé com carga. Exames de raios-x com incidências especiais podem ajudar na determinação da forma e posição da rótula.
    Tomografia Computadorizada
    A tomografia fornece o parâmetro TA-GT que mostra um desalinhamento da rotula em relação a inserção do tendão patelar na TAT - Tuberosidade Anterior da Tíbia.
    Ressonância magnética (RM)
    Este estudo de imagem pode criar melhores imagens dos tecidos moles ao redor do joelho. A ressonância é um ótimo exame para avaliar eventuais dados na cartilagem, meniscos e ligamentos do joelho, essas são estruturas de partes moles que não são avaliadas com detalhes nos exames de Raios X e Tomografia

    Tratamento
    As dores mais simples são tratadas com medicas fisioterápicas em casa com: descanso, gelo e exercícios simples essas medidas são muito úteis para dores nos joelhos dos adolescentes. O uso de analgésicos também podem ajudar. As dores que persistem mais de 2 semanas ou nos causos de um trauma de maior intensidade procurar um ortopedista é fundamental.

    Gelo
    Para aliviar o inchaço e a inflamação, aplicar gelo envolto em uma toalha 20 minutos no joelho algumas vezes por dia.
    Repouso
    Fazer repouso até o desconforto ir embora, parar  as atividades que provocam dor no joelho machucado. Mudar a rotina de treinamento. Procurar orientação e aprimorar a técnica dos exercícios e treinamento para as provas. Consulte um instrutor ou professor de educação física. Se o paciente está acima do peso, perder peso vai ajudar a reduzir a pressão sobre o joelho.

    Exercícios
    Com a diminuição dos sintomas, regressão da doR e do inchaço o paciente irá necessitar de um programa específico de exercícios para recuperar a força, mobilidade e potencia nos músculos do membro inferior. Exercícios de amplitude de movimento, força, potência, resistência, velocidade, agilidade e coordenação são fundamentais para prevenir novas lesões. Um treinador pode mostrar-lhe um programa de exercícios para melhorar sua flexibilidade e força muscular na coxa, ou recomendar atividades tipo cross-training que enfatizam o alongamento (como hidroginástica ou andar de bicicleta). Importante voltar a correr e realizar outras atividades com impacto de outras esportivas de forma gradual. Em algumas situações usar a ponta dos pés para correr pode ajudar nas dores anteriores do joelho pois diminuem o impacto da rótula sobre o fêmur.

    Uso de medicamentos
    O uso de medicamentos analgésicos deve ser feito somente com orientação médica. Sempre tomar estes medicamentos com algum alimento, a fim de evitar o potencial problema de dor no estômago.

    Prevenção das dores nos joelho
    Se a dor é intensa e persistente é importante consultar um médico para um investigação diagnóstica . Para prevenir recorrências as recomendações incluem:
    • Use sapatos adequados para suas atividades.
    • Nos corredores troque o tênis a cada 500 Km
    • Aqueça-se com exercícios e realize alongamentos suaves no inicio e no final da atividade física principalmente no quadríceps.
    • Identifique erros de treinamento e faça a correção com a ajuda de um professor de educação física ou treinador.
    • Cuidado com o excesso de treinamento, se deseja correr longas distâncias monte uma planilha com vários meses de treinamento e incremento gradual e lento.
    • Evite as atividades que provocam dor
    • Limite o numero de quilômetros dos treinos.
    Dr Marcos Britto da Silva
    Ortopedista, Medicina do Esporte
    Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
    Atualizado em 02/1/2013

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    Perguntas ao Especialista em Ombro e Cotovelo

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    O ortopedista é comumente procurado para avaliar lesões no ombro, abaixo algumas considerações sobre as origens das lesões no ombro de atletas. O ortopedista que cuida do ombro é conhecido como médico de ombro ou médico especialista em ombro, porém o especialista em ombro em geral cuida também do cotovelo.
    O ombro é uma articulação complexa, com um elevado grau de movimento em múltiplas direções. A compensação para essa mobilidade é uma relativa falta de estabilidade. Embora classificada como articulação em bola e soquete o ombro possui uma estabilidade óssea muito pequena.
    Os estabilizadores estáticos do ombro fornecem pouco apoio já os estabilizadores dinâmicos, tais como músculos do manguito rotador e da cintura escapular são vitais para a manutenção da estabilidade do ombro. Esta combinação de mobilidade e estabilidade dinâmica permite a função normal do ombro nas atividades da vida diária, trabalho, recreação e esporte.

    Qual o melhor tratamento para o Ombro?
    A maioria das lesões de ombro são tratados, inicialmente, de modo não operatorio e com fisioterapia. Os protocolos de reabilitação são bem sucedidos na maioria dos pacientes. No pós-operatório a reabilitação é fundamental para o êxito dos pacientes que necessitam tratamento operatório.

    Qual a relação entre o tipo de esporte e a dor no Ombro?
    Nos esportes com raquete ou no vólei, na maioria das vezes, os atletas têm lesões nos músculo e tendões relacionadas a sobrecarga e a sindrome de uso excessivo. Treino e jogos com posição inadequada, técnica inadequada para bater na bola e impacto externo. Raramente, esses atletas têm rupturas do manguito rotador. Atletas de natação são sujeitos a impacto e lesões de uso excessivo, secundária à instabilidade subjacente e fatores biomecânicos relacionados a grande amplitude de movimentos do ombro. Os atletas envolvidos em esportes de contato ( futebol, basquete, etc) estão sujeitas a lesões traumáticas, como lesões musculares, fraturas, lesões tendinosas, rupturas do manguito rotador, luxação do ombro e instabilidade ( subluxação do ombro) com sindrome de impacto interno secundária a instabilidade.
     
    Qual o melhor tratamento para patologias do ombro?
    Algumas patologias requerem tratamento cirúrgico imediato, converse com um especialista em cirurgia de ombro que ele saberá orientá-lo.

    Outros artigos sobre ombro: Click no título que você será redirecionado.
      Dr. Marcos Britto da Silva 
      Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
      Médico Especialista em Ombro e Cotovelo

      Vitamina D - IV Encontro SBEM-RS / SBD-RS

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      A prevalência da deficiência de Vitamina D é real ou está super-estimada?
      Inicialmente fica claro que apesar da escassez de estudos de prevalência no Brasil, a deficiência de Vitamina D parece ser um problema comum em regiões de latitudes mais baixas como a região sul, e é especialmente uma condição mais prevalente no idoso. Em um estudo realizado com 102 idosos, não institucionalizados, de baixa renda, em Porto Alegre (Scalco et al Endocrine 2008 33(1) 95-100), a prevalência da deficiência de vitamina D chegou a 85,7%. Estes dados destoam entretanto, de um estudo realizado em crianças em Recife, que virtualmente não encontrou casos de deficiência de Vitamina D. Na Europa, há uma nitida variação sazonal, com quedas no inverno, chegando a ocorrer uma prevalência de 40% em adultos jovens nesta estação do ano. Nos EUA, entretanto, o comitê do Instituto de Medicina (IOM) concluiu que a prevalência de deficiência de vitamina D está super-estimada, sendo que a maioria da população americana tem níveis acima de 20ng/ml. Durante o evento, foi ponderado pelo Dr. Mauro Czepielewski que, em crianças com baixa estatura, também há uma alta prevalência de deficiência de vitamina D. Baseado no estudo de seu grupo, publicado no European Journal of Clinical Nutrition (2010) 64 1296-31, em uma amostra de 58 crianças e adolescentes com baixa estatura, pertencentes a uma coorte de 851 pacientes que consultam por baixa-estatura no ambulatório de endocrinologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, 47,6% apresentavam niveis insuficientes de vitamina D (21-29 ng/ml) e 8,6% tinham deficiência de vitamina D < 20ng 

      Quem deve dosar a vitamina D?

      É importante salientar que não está indicado realizar o rastreamento universal para deficiência de vitamina D. O que se preconiza é que sejam realizadas dosagens somente em casos de maior risco. Estes seriam os idosos (especialmente com história de quedas ou fraturas não-traumáticas, pacientes com osteoporose, com doença renal crônica, sindromes de mal-absorção, doenças granulomatosas, pacientes em uso de anticonvulsivantes, glicocorticóide, anti-retrovirais, antifúngicos e pacientes com doença hepática crônica, além de crianças e adultos obesos. (Guidelines on Vitamin D deficiency - JCEM 2011, 96(7)1-20). O Dr Mauro Czepielewski pondera que esta indicação também deveria ser extendida a crianças com baixa estatura, como citado acima.

      Como se define a deficiência de vitamina D?
      A partir do consenso da Endocrine Society de 2011 passa a ser aceito como diagnóstico de deficiência de Vitamina D com níveis de 25(OH)D abaixo de 20ng/ml. Estudos indicam que há uma clara alteração no remodelamento ósseo, com redução da massa óssea, quando os niveis ficam abaixo de 30ng/ml. O aumento secundário mais significativo do PTH, entretanto, tende a ocorrer abaixo de 25ng/ml (Wagman RB, JCEM 2002; 87:4429-30). Portanto níveis entre 20-30ng/ml são considerados insuficiência de vitamina D e, entre 30 e 100ng/ml, níveis suficientes.

      Os ensaios da vitamina D são confiáveis?
      O exame de escolha para avaliação do status de vitamina D é a dosagem da 25-hidroxi-vitamina D- 25(OH)D, devido a meia-vida mais longa e por refletir melhor o estado nutricional da vitamina D. O método padrão-ouro atualmente é por HPLC. Esta técnica porém é muito laboriosa e cara para ser popularizada. Desta forma, os laboratórios utilizam kits de quimioluminescência ou radioimunoensaio, sem a mesma precisão. No Brasil não há sistema de validação inter-laboratórios. Há, entretanto, um programa internacional de aferição (DEQAS- Dannish External Quality Assessment System) que certifica laboratórios com níveis aceitáveis de precisão em todo mundo, inclusive brasileiros. Mesmo assim a variabilidade do ensaio ainda é grande atingindo 20-30%. (Roth HJ, Schmidt-Gayk H et al. Ann Clin Biochem 2008 45:153 – 159).

      Mudanças de estilo de vida apenas, são eficazes em melhorar os níveis de Vitamina D?
      Segundo o Dr Tiago Schuch, provavelmente não. A exposição da pele ao sol seria a maneira fisiológica mais eficiente para a manutenção de níveis adequados de vitamina D, porém diversas variáveis ambientais (como latitude, sazonalidade e cobertura climática por nuvens) e variáveis individuais ( cor da pele, uso de protetores solares) podem influenciar a quantidade de sol necessária para a produção da vitamina D. É importante ressaltar que ainda não há definição de qual tempo de exposição solar seria seguro em relação ao risco de câncer de pele. Isto limita esta recomendação de forma universal. Por outro lado, as fontes alimentares são em geral insuficientes para se atingir as necessidades mínimas diárias de vitamina D.

      Qual a melhor forma de se repôr Vitamina D e em que doses?
      Em adultos, as doses atualmente recomendadas para a prevenção da deficiência de Vitamina D vão de 600 UI (entre 19-70 anos) a 800 UI em idosos. Em um estudo randomizado francês (Chapuy MC, NEJM 1992 327:1637), realizado em mulheres na pós-menopausa, aquelas recebendo reposição de calcio e 800 UI de vitamina D/dia tiveram redução significativa da incidência de fraturas vertebrais e não-vertebrais.

      Para se atingir níveis acima de 30ng/ml, entretanto ( considerado o nível necessário pra manter a saúde óssea) é preciso ingerir 1500 a 2000 UI de vitamina D ao dia. Em caso de tratamento da deficiência de Vitamina D, são necessárias doses diárias de 6.000 UI/dia até que sejam atingidos os niveis adequados ou doses semanais de 50.000UI por 6 a 8 semanas. O uso de doses elevadas anuais não é recomendado.

      Quais são os benefícios não-calcêmicos da Vitamina D?
      Como a maioria dos tecidos e células do corpo alberga o receptor para vitamina D e a 1,25(OH)2D influencia a sua expressão juntamente com outros fatores em até 1/3 do genoma humano, não é surpreendente que diversos estudos tenham encontrado associações entre vitamina D e diversos tipos de cancer, incluindo cólon, prostata, mama e pâncreas. Diversas doenças auto-imunes como artrite reumatóide, doença de Crohn e esclerose múltipla também estão associadas. De maior importância para o endocrinologista foi discutido especialmente a associação da deficiência de vitamina D com diabetes e doença cardiovascular.

      O Dr. Sergio Atala Dib discutiu as inter-relações entre a vitamina D e o diabetes mélito tipos 1 e 2, salientando que estas ocorrem através do seu efeito coadjuvante na secreção e na ação da insulina apresentando também um efeito anti-inflamatório. Especificamente em relação ao diabetes mélito do tipo 1, essa última ação está associada aos seus efeitos imunomoduladores que mostram o seu potencial, junto a insulinoterapia, para preservar a secreção residual de peptideo-C nesses pacientes. Dib observou que a Vitamina D tem potencial, provavelmente em doses mais altas, associada à imunoterapia na prevenção secundária (indivíduos com 2 ou mais anticorpos anti-ilhotas) e terciária (diagnóstico recente) do DM1. Com relação ao DM2, existem estudos mostrando que entre os individuos de risco, os que possuem valores mais baixos de vitamina D evoluem mais frequentemente para doença manifesta.

      O Dr. Canani discutiu principalmente a associação entre a vitamina D e a doença cardiovascular. Foi dito que existe uma grande quantidade de evidência representada por estudos observacionais associando baixos níveis de vitamina D a maior risco de doença cardiovascular. Entretanto, ainda são poucos os estudos randomizados que sugerem um efeito protetor da suplementação de vitamina D na prevenção. Todas as evidências existentes são oriundas de estudos onde o objetivo primário era a prevenção ou tratamento da doença óssea, sendo portanto desfechos substitutos. Provavelmente um dos aspectos mais avaliado é o efeito da vitamina D na mortalidade cardiovascular e geral. Meta-análises recentes chegaram a resultados discordantes neste aspecto. Intervenções buscando elevar os níveis de vitamina por sua vez, foram associadas a reduções não-significativas de mortalidade (Elamin MB JCEM 10.121/jc.2011-0398). Desta forma, a prescrição de vitamina D para prevenção ou tratamento de doença cardiovascular, até o momento não é preconizada.

      Em relação a câncer, nenhum estudo randomizado de larga escala foi realizado usando esta patologia no desfecho principal. As evidências derivam de estudos observacionais e de associação e não provam causa-efeito, embora haja plausibilidade biológica para a teoria de que o câncer possa ser prevenido pela vitamina D. Há dados interessantes relatando que o risco para cancer colo-retal se torna progressivamente mais baixo na medida em que os niveis de 25(OH)D sobem para 30-32ng/ml, mas as análises secundárias de grandes estudos avaliando suplementação de vitamina D e incidência total de cancer não tem se mostrado ser significatvas ( NEJM364 (15) 2011 p 1385-87).

      Dia 1 de dezembro de 2012 realizou-se o quarto encontro anual das regionais SBEM e SBD em Porto Alegre, Diversos aspectos abordados esclareceram muitas dúvidas dos participantes sobre aspectos clínicos da deficiência da Vitamina D. Alguns tópicos importantes estão relacionados no artigo acima..

      Artigo original em http://www.diabetes.org.br


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      Esse artigo não foi escrito pelo Dr. Marcos Britto
      Como as informações contidas são interessantes ele foi reproduzido aqui
      Para mais informações acesse o portal Diabetes.org.br

      Cirurgia de Joelho

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      Quais as cirurgias mais comuns realizados pelo ortopedista especialista em joelho?
      As cirurgias mais freqüentes estão relacionadas as lesões mais freqüentes.
      O que é um médico especialista em joelho?
      Médico especialista em joelho é um ortopedista habituado a realizar cirurgias no joelho.
      Qual a diferença entre meniscectomia ou meniscorrafia?
      A meniscectomia é a retirada de parte do menisco. A meniscorrafia é a sutura do menisco. A meniscectomia permite uma recuperação mais rápida pois o paciente pode sair andando do hospital. Na meniscorrafia é necessário o uso de um par de muletas no pós operatório e o paciente não pode colocar o pé no chão até a cicatrização da sutura do menisco.
      O especialista em joelho realiza cirurgias de reconstrução articular?Sim, principalmente nos casos onde é necessário a colocação de uma prótese de joelho. Nos casos de fratura o traumatologista tem uma atuação mais importante, porém ambos realizam a reconstrução em casos de fratura.
      Quando está indicada uma prótese de joelho?
      A prótese de joelho está indicada nos casos onde não é possível fazer reconstrução articular ou houve uma perda da cartilagem que não pode ser tratada de nenhuma outra maneira.
      O que é uma prótese de joelho primária?
      O prótese primária de joelho é a primeira prótese realizada num determinado paciente. Ela tem esse nome para diferencia-la de próteses que eventualmente venham a ser realizadas na mesma articulação. Essas são chamadas de próteses de revisão.
      As próteses de joelho primárias são iguais as prótese de revisão ?
      Não, o design das próteses primárias de joelho são diferentes da prótese de revisão. As próteses de revisão são usadas somente nos casos de revisão, ou seja quando retiramos uma prótese primária e a substituímos por uma nova prótese.
      Porque precisamos trocar as próteses de joelho de tempos em tempos?
      A troca de uma prótese de tempos em tempos não é obrigatória. A troca das próteses é realizada somente quando há desgaste dos seus componentes ou quando a prótese se desprende do osso.
      A soltura da prótese do osso é devido a um erro cirúrgico?
      Não, após a colocação da prótese deve haver uma perfeita integração da prótese ao osso que a sustenta. Essa integração pode acabar com o passar dos anos e a prótese pode se soltar, pacientes com menor massa óssea ( osteoporose ) podem ter maior chance de afrouxamento.
      Por que uma prótese se desgasta?
      A prótese é uma engrenagem e como tal está submetida a atrito entre os seus componentes. O atrito entre os componentes da prótese leva ao desgaste do polieliteno de alta densidade que é colocado entre os componentes metálicos do fêmur e da tíbia ( veja foto acima: o polietileno mantém afastado os componentes femoral e tibial. Ele aparece como uma área escura pois é rádiotransparente)
      Numa cirurgia de revisão de prótese de joelho podemos trocar somente o polietileno?
      Em teoria sim, porém na maioria dos casos a prótese também está solta e temos que trocar também os componentes metálicos do fêmur e a tíbia.
      O que é uma prótese parcial de joelho?
      A prótese parcial de joelho é feita com a troca se somente parte da articulação, podemos trocar a metade da superfície articular da tíbia e do fêmur e em alguns casos a articulação entre a rótula e a tróclea femural. ( Prótese na articulação fêmuro patelar)

      Dr. Marcos Britto da Silva
      Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
      Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
      Atualizado em 19/01/2013

      Como Prevenir Lesões Tendinosas e Musculares na Ténis de Quadra

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      Quais as lesões mais frequentes no ténis de quadra?
      As lesões mais frequentes são as lesões tendinosas e musculares e podemos destacar a epicondilite lateral ( tennis Elbow), tendinites e tendinopatias no ombro, e lesões musculares nos membros inferiores, principalmente na panturrilha.

      Epicondilite Lateral do Cotovelo
      A epicondilite lateral (tennis elbow) é provavelmente a mais conhecida lesão entre os tenistas, alguns estudos relatam uma incidência de 50% entre os jogadores regulares.  Apesar da alta incidencia existem meiospara prevenir  essa tendinopatia.  No ténis de quadra muitas vezes a epiconlite lateral do cotovelo está associada a uma técnica errada  na rebatida principalmente no movimento de backhand. Leia artigo sobre epicondilite
      O quadro de inflamação inicial em geral e bem tolerado e esse é o problema, o tenista não procura o ortopedista e permanece sentindo dor por várias semanas. Isso é um erro. Com o passar dos dias e semanas a lesão se agrava e pode surgir degeneração tendinosa e as dores tendem a cronificar.
      Com o tempo, a degeneração e o desgaste aumentam, e podem levar a rupturas tendinosas. Esta geralmente é a hora em que o tenista vai ao médico, e aí pode ser tarde demais para um tratamento menos invasivo. O tratamento vai desde o uso de antiinflamatórios até a cirurgia, no caso de lesões crónicas com ruptura do tendão.

      Dicas de prevenção da Epicondilite Lateral do Cotovelo
      1. Melhore seu condicionamento físico para evitar pegar as bolas atrasado – procure fazer sempre o contato da bola à frente da região correspondente à posição do cotovelo;
      2. Use sempre bolas novas – bolas velhas podem aumentar  a vibração da raquete
      3. Quem bate muito forte deve evitar raquetes muito leves
      4. Use raquetes que absorvem o impacto e diminuem a vibração causada pela impacto da bola;
      5. Compre raquetes com uma maior área de sweet spot ( em geral essas raquetes tem uma cabeça maior);
      6. Treine sempre e aprimore continuamente a técnica com um bom professor  – a técnica adequada é a melhor prevenção para a epicondilite;
      7. Evite tencionar muito o encordoamento (&lt; 58  libras)
      8. Procure um ortopedista se a dor persistir por mais de 10 dias dores crónicas são mais difíceis de tratar e dores crónicas impedem o retorno ao esporte no nível máximo.;
      9. Para praticar um esporte regularmente precisamos estar preparados fisicamente portanto faça musculação para membros superiores e inferiores e não esqueça de aquecer e alongar antes do jogo e alongar novamente no final.

      Sindrome da Pedrada - Lesão Muscular na Panturrilha( Batata da perna )
      As lesões musculares na panturrilha são lesões muito frequentes em jogadores de ténis de quadra. Ocorrem em geral durante uma corrida com desaceleração brusta  ( correr para pegar uma bola difícil). A lesão ocorre mais frequentemente na massa muscular porém em alguns casos a lesão é mais baixa e compromente a transição musculo tendinosa ou em alguns casos no tendão de aquiles, esses casos em geral o paciente relata uma história de dor crónica prévia no local. Essa lesão ocorre em geral em tendões de Aquiles previamente doentes e muitos casos são encaminhados para tratamento cirúrgico.

      Como evitar lesões musculares na panturrilha?
      1- Alongue antes e depois do jogo.
      2- Faço reforço muscular nas panturrilhas.
      3- procure um médico se surgir dor
      4- Na dúvida não force
      5- Se estiver jogando em quadra de cimento considere a possibilidade de trocar para quadra de saibro

      O que fazer se você sentir uma dor aguda atrás da perna como se tivesse levado uma pedrada ( alguns pacientes relatam ouvir um barulho tipo um estalo)
      1. Pare de jogar imediatamente;
      2. Coloque gelo no local da dor por 20 minutos com a pele protegida
      3. Eleve e enfaixe o membro com uma bandagem elástica
      4. Repita gelo de 2/2 horas, mantenha o membro enfaixado e elevado
      5. Procure um ortopedista.
      Lesões mais graves podem ser cirúrgicas, lesões menores podem ser tratadas não operatoriamente com repouso. O tempo de repouso será determinado pelo seu ortopedista de acordo com a gravidade da lesão.

      Tendinopatia, tendinites, tendinoses e lesões tendinosas no ombro
      As tendinites, tendinopatia e tendinoses vão se tornando mais frequentes a medida que envelhecemos. Após os 40 anos de idade são ainda mais  frequentes, principalmente em atletas com atividade das mãos acima do nível dos ombros. O  tenista realiza vários movimentos com a mão acima da cabeça e está sujeita as tendinites principalmente após os 40 anos de idade. Quando surge a dor no ombro o tenista deve procurar o ortopedista, as lesões parciais podem ser tratadas com alongamento e reforço muscular, porém as lesões completas podem necessitar de cirurgia.

      Como prevenir as tendinites, tendinopatias, tendinoses e rupturas do manguito rotador?
      1. O movimento de rotação do ombro deve ser feito no plano da escapula e para gerar mais força o tenista deve girar o tronco para trás no momento de preparação do saque, girando o tronco para frente a medida que gira o ombro no plano da escápula, isso aumenta a velocidade angular e consequentemente a potencia do saque, sem sobrecarregar os tendões do ombro.
      2. O alongamento e o fortalecimento muscular dos músculos da cintura escapular são fundamentais nessa prevenção;

      Dr. Marcos Britto da Silva
      Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
      Rio de Janeiro, RJ, Brasil
      Atualizado em 28/01/2013

      Como escolher a melhor mochila Escolar para seu filho ?

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      Segurança para uso da Mochila
      Dicas do ortopedista para escolher e como usar a mochila escolar
      Prevenção de Lesões com o uso das mochilas escolares
      Dicas para os Pais

      Mochilas são uma maneira popular e práticos para crianças e adolescentes transportar livros escolares. Elas são projetadas para distribuir o peso da carga nos músculos do corpo. Quando usadas corretamente as mochilas podem ser uma boa maneira de transportar os materiais necessários as necessidades do dia a dia na escola.

      Dicas para uma utilização adequada de mochilas escolares
      Mochilas muito pesadas ​​ou usadas ​​incorretamente podem causar problemas para as crianças e adolescentes. O uso indevido das mochilas podem ferir músculos e articulações. Isso pode levar a dores na coluna, pescoço e ombros, assim como problemas de postura. Mochilas pesadas não causam escoliose. A escoliose é uma curva lateral da coluna, que muitas vezes aparece em crianças durante a adolescência.

      As seguintes diretrizes podem ajudar a sua família a usar mochilas com segurança.

      Escolhendo a melhor mochila escolar
      A utilização correta de alças largas, bem acolchoadas ajudará a distribuir o peso da mochila.
      Ao escolher uma mochila, olhar para algumas das seguintes características.
      * Alças de ombro acolchoadas
      * Duas alças de ombro
      * Acolchoado na região posterior que apoia nas costas.
      * Tira na cintura para manter a mochila próxima ao corpo
      * A Mochila deve ser leve
      * Evitar mochilas grandes que ultrapassam a altura ou a largura dos ombros ou fiquem abaixo da linha da cintura.
      * Prefira mochila com rodinhas
      * a mochila deve ser proporcional ao tamanho da criança, evite mochilas muito grandes.

      Prevenção de Lesões
      Use sempre as duas alças. Apertar as tiras de modo que a mochila fique perto do corpo.
      Para evitar ferimentos durante a utilização de uma mochila, faça o seguinte:
      * Use sempre as duas alças de ombro
      * Apertar as tiras
      * Mantenha a mochila leve
      * Organize a mochila
      * Remover itens desnecessários
      * Levantar corretamente a mochila
      * Usar mochilas com rodinhas. 

      Dicas para os Pais
      Os pais também podem ajudar.
      * Incentivar a criança ou adolescente para falar sobre a dor ou desconforto que pode ser causada por uma mochila pesada.
      * Não ignore qualquer dor nas costas em uma criança ou adolescente.
      * Converse com a escola sobre a diminuição do peso ( transportar menos livros diariamente, usar o armário da escola).
      * Tenha certeza que a escola permite que os alunos tenham acesso a seus armários ao longo do dia.Converse com outros pais para encorajar mudanças.
      * Se o seu filho tem dor nas costas que não melhora pois a mochila é muito pesada, considerar a compra de um segundo conjunto de livros didáticos para mantê-los em casa ( isso é muito caro e deve ser usado em último caso)

      Dr. Marcos Britto da Silva
      Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
      Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
      Atualizado em 16/02/2013.
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